Ex
28.1-4,36;Lv 16;Ed 9; Dt 6.
O casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher na
presença das testemunhas e de Deus, através do qual se forma uma nova família, onde cada um tem seu papel. E para que a o
lar seja uma bênção cada membro precisa desenvolver a sua função. Neste texto
eu vou me deter sobre o papel do pai na família da aliança.
Nos nossos dias marcado pelo materialismo, muitos pais pensam,
que só precisam ter uma boa casa, carro e ser um sucesso no trabalho, etc. Mais
o que adianta ter uma casa e uma famílias infeliz? Que adianta ser um sucesso
no trabalho e ter um lar ser fracasso? Nenhum sucesso compensa o fracasso da
família. A família é um projeto de Deus, para a glória dEle, e para que isso
possa acontecer os pais precisam desenvolver o seu sacerdócio no lar. Para
sermos sacerdotes em nossos lares, cada pai precisa:
1-VIVER
EM SANTIDADE (Êx 28.1-4; Lv 16; 19.1,2; 21.6,8) –
Quando os sacerdotes foram estabelecidos por Deus, ao separar Arão e seus
filhos, ordenou que eles vivessem em santidade. A santidade era indispensável a
vida dos sacerdotes para exercerem o seu ministério diante do Senhor, porque
senão seriam destruídos como aconteceu com Nadabe e Abiú filhos de Arão que
morreram diante do Senhor (Lv. 10.1-7). Deus ao chamar o seu povo do Egito
ordenou dizendo: “Disse mais o Senhor a Moisés:“Fala a toda a congregação dos
filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus,
sou santo”(Lv 19.1,2), e também o apóstolo Pedro ao escrever aos irmãos
dispersos disse:“porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”(1 Pe
1.16).
Sem santidade não podemos desfrutar da presença de Deus e
desenvolver o sacerdócio do lar. Os pais precisam levar o relacionamento com Deus
a sério, para serem bênção e exemplo para os familiares, pois eles sabem muito
bem que somos dentro de casa. Se os nossos familiares nos conhecem, pense,
quanto mais o nosso Deus. Ele conhece cada pai (Sl 139). Portanto, precisamos
de pais santos para serem bênçãos e seus lares.
2-SER
UM PAI DE ORAÇÃO (Lv 9.1,2,22-24; 16.2-34; Ed 9.15) – A vida
de oração é era uma das características dos verdadeiros sacerdotes, na casa de
oração. O capítulo de 16 do livro de Levítico é o clímax do livro que apresenta
o caminho de acesso a Deus, onde os sacerdotes no dia da expiação se achegavam
diante de Deus, principalmente quando o sumo-sacerdote se apresentava diante de
Deus para fazer expiação por sua casa, pelos sacerdotes e pelo povo. O dia da
expiação era um dia de jejum e lamentação pelos pecados Dt 9.18, de confissão !
Sm 7.9, Ne 9.1,2. Era um momento de intercessão pelas famílias e nação (Lv
16.11-34). Jó foi um homem rico, integro e temente a Deus que se desviava do
mal, que também intercedia por seus filhos (Jó 1.5).
Orar uma vez pela família é fácil, mais ter uma vida de
oração não é, pois para sermos maridos de oração precisamos ter fé, dedicação,
tempo, etc. Em nossa igreja, quando os pais apresentam os seus filhos para
serem batizados, um dos compromissos assumidos é de ter uma vida de oração com e
pelos filhos. Hoje precisamos orar apresentando a Deus as nossas famílias.
Portanto, precisamos de pais de oração, como alguém já disse: “pais de oração famílias
de pé”.
3- ENSINAR
A PALAVRA DE DEUS (Ed 7.10;10.10,16, Dt 6.6-9; 2 Tm 3.14-16) – Os sacerdotes
também tinham a responsabilidade de ensinar a Lei do Senhor como podemos ver o
exemplo de Esdras Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e
cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas
ordenanças”(7.10). Os sacerdotes ensinavam aos de sua casa como ao povo. Quando
o sacerdote Ele deixou de ensinar aos seus filhos ele foi repreendido, pois o
verdadeiro ensino é muito mais do que palavras, envolve atitude. Eli precisava
ter confrontado os seus filhos, sua falha em não ter tomado uma atitude “foi
interpretada como ter honrado mais os seus filhos do que o Senhor” (1 Sm 2.29).
Como homens de Deus, os pais israelitas precisavam ensinar a Palavra de
Deus aos seus filhos conforme as sagradas escrituras: “E estas palavras, que
hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas
falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao
levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais
entre os teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas”(Dt
6.7-9).
Paulo ao escrever a Timóteo disse: “Tu, porém, permanece naquilo que
aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que
desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a
salvação, pela que há em Cristo Jesus. Toda Escritura é divinamente inspirada e
proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em
justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para
toda boa obra”(2 Tm 3.14-17).
Como homens de Deus precisamos ensinar a palavra
de Deus em nossos lares, e não deixar esta responsabilidade só para a igreja, os
professores, etc. Você não precisa ser pastor para ensinar aos seus filhos!
Você precisa conhecer a Deus e sua palavra e fazer a sua parte sem se acomodar.
Entretanto, pai, você precisa estudar a palavra, ir à igreja, tirar suas
dúvidas com o pastor, missionário, presbítero ou algum líder da igreja. Nós
também, precisamos orar rogando a iluminação do Senhor para crescermos na graça
e no conhecimento do nosso Deus para assim ensinarmos a nossa família.
Meus irmãos, nesta atualidade tão desafiadora em que
estamos vivendo, onde podemos ver o problema das drogas, prostituição,
corrupção, idolatria, etc. O os pesquisadores já descobriram que o problema começa
nos lares. Como homens de Deus somos privilegiados, mas grandes privilégios
implicam em grandes responsabilidades. Os pais cristãos, como sacerdotes do lar
tem grande responsabilidade de viverem em santidade não só na igreja, mais em
toda a sociedade, de serem homens de oração, que intercedem por seus lares e
ensinam a palavra da vida. Grande é o nosso desafio, mas não podemos desanimar
e sim despertar para cumprirmos o nosso papel de pais para a glória de Deus.
Sobre o autor: Eli Vieira é formado pelo Seminário Presbiteriano do Norte-Recife, cursando Administração na Uninassau e pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Filadélfia, Garanhuns-PE
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