sexta-feira, 31 de março de 2023

SANTIDADE

 



Textos: Êxodo 28.36; 39.30; Hebreus 12.14-16

John C. Ryle, bispo em Liverpool no século XIX, disse: “Precisamos ser santos, porque esse é um supremo fim e propósito pelo qual Cristo veio ao mundo… Jesus é um Salvador completo. Ele não retira, meramente, a culpa do pecado do que crê, ele vai além… rompe o seu poder (1 Pe 1.2; Rm 8.29)”.

A união entre paz e santificação aqui é uma advertência implícita de que não devemos buscar a paz a ponto de comprometer a santificação. O cristão busca a paz com todos, mas busca a santidade também, e esta não pode ser sacrificada por aquela.

A sã doutrina reformada da santificação será inútil, se não for acompanhada por uma vida santa. Tenho a firme impressão de que precisamos de um completo reavivamento acerca da santidade bíblica hoje. Por quê ?

1-NOS FAZ PERCEBER O PECADO (Rm 3.23) – O pecado é a transgressão da lei 1 João 3.4. Aquele que desejar ter pontos de vista corretos sobre a santidade cristã terá de começar examinando o vasto e solene assunto do pecado. Conceitos errôneos sobre a santidade geralmente advêm de ideias distorcidas quanto à corrupção humana.

A verdade absoluta é que o correto conhecimento do pecado jaz à raiz de todo o cristianismo salvífico. Sem ele, doutrinas como justificação, conversão e santificação serão apenas “palavras e nomes” que não transmitem qualquer sentido à nossa mente. John Owen escreveu, com toda a razão: “Não posso entender como um homem pode ser um crente verdadeiro, se para ele o pecado não é a maior carga, a maior tristeza e o maior motivo de perturbação”.

No entanto, a primeira coisa que Deus faz quando quer tornar alguém em uma nova criatura em Cristo é iluminar-lhe o coração, mostrando-lhe que ele é um pecador culpado. Se um homem não percebe a natureza perigosa da doença de sua alma, ninguém poderá admirar-se de que ele se contente com remédios falsos ou imperfeitos.

2- A VERDADEIRA SANTIFICAÇÃO É OPERADA PELO ESPÍRITO (Jo 17.17; I Ts 4.3) – Esse é um assunto de máxima importância para a nossa alma. Há três coisas que, de acordo com a Bíblia, são absolutamente necessárias para a salvação de todo homem e mulher na cristandade. Essas três coisas são justificação, regeneração e santificação.

A santificação é aquela operação interna que o Senhor Jesus Cristo realiza em uma pessoa pelo Espírito Santo, quando Ele a chama para ser um servo verdadeiro. O instrumento mediante o qual o Espírito efetua essa obra geralmente é a Palavra de Deus, embora algumas vezes use as aflições e as visitas providenciais “sem palavra alguma” (1 Pe 3.1).É o invariável resultado da união vital com Cristo, que a verdadeira fé confere a um crente: “Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto” (Jo 15.5). Aquele que tem uma esperança real e viva em Cristo purifica-se a si mesmo, assim como Ele é puro (Tg 2.17-20; Tt 1.1; Gl 5.6; 1 Jo 1.7; 3.3).

É absolutamente necessária para nos treinar e nos preparar para o céu. A maioria dos homens espera chegar ao céu quando morrerem; mas bem poucos, o que é de se temer, preocupam-se em considerar se conseguirão apreciar o céu, se ali chegarem. Teremos de ser santos antes de morrer, se quisermos ser santos quando estivermos na glória.

3 -A SANTIDADE IMPLICA EM VIDA PRÁTICA (Hb. 12.14) – A santificação [santidade], sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14). Trata-se da santidade prática. Ele sugere um questionamento que requer a atenção de todos os cristãos professos, a saber: Somos santos? Veremos o Senhor? Esta pergunta diz respeito aos homens de todas as classes e condições.

Por qual motivo a santidade é tão importante? Permita-me expor algumas razões que explicam isso. Acima de tudo, devemos ser santos porque a voz de Deus, nas Escrituras Sagradas, assim nos ordena claramente dizendo: “Sede santos, porque eu sou santo”(I Pe 1.16). Porque essa é a grandiosa finalidade e propósito daquilo que Cristo veio fazer no mundo. Paulo escreveu: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse” (Ef 5.25,26 Porque essa é a única prova de que amamos o Senhor Jesus Cristo com sinceridade. Esse é um ponto acerca do qual Ele falou nos mais claros termos em João (Jo 14.15,21,23 e 15.14).

Além disso, a santificação é o único sinal seguro da eleição divina. O apóstolo Paulo percebeu a “fé” atuante, o “amor” operante e a “esperança” paciente dos crentes de Tessalônica, disse: “reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição” (1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13; Rm 8.29; Ef 1.4; 1 Ts 1.3-4). Aquele que se orgulha de ser um dos escolhidos de Deus enquanto voluntária e habitualmente vive em pecado; está apenas enganando a si mesmo e proferindo ímpias blasfêmias. O catecismo da nossa igreja ensina, de forma correta e sábia, que o Espírito Santo “santifica todos os eleitos de Deus”.

Devemos ser santos na terra, se quisermos ser santos no céu. Foi Deus quem o disse e Ele não retrocederá: “A santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Observou Jenkyn: “O calendário do papa só declara santos às pessoas mortas, mas as Escrituras requerem a santidade da parte dos vivos”.

Conclusão

Portanto, você quer ser santo? Então terá de começar com Cristo. Você simplesmente não conseguirá fazer coisa alguma e nem obterá qualquer progresso, enquanto não sentir os seus pecados e fraquezas, e não fugir para Ele. A santidade é a obra que Jesus efetua nos corações dos crentes, através do Espírito que Ele lhes proporciona no íntimo. Cristo foi nomeado para ser “Príncipe e Salvador, a fim de conceder ao homem o arrependimento e a remissão de pecados”. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem em seu nome” (Jo 1.12).


Pr. Eli Vieira

PASTOR É MORTO E ESPOSA É SEQUESTRADA POR TERRORISTAS NA NIGÉRIA



 O estado de Kaduna vive uma onda de ataques. (Foto: Imagem ilustrativa/International Christian Concern).

Um pastor foi morto e sua esposa sequestrada por terroristas Fulani no estado de Kaduna, na Nigéria. O caso de perseguição acontece apenas duas semanas depois de radicais matarem o filho de um pastor batista no mesmo estado.

De acordo com o Morning Star News, o reverendo Musa Mairimi, líder da Igreja Evangélica Ganhando Todos, foi assassinado na sua residência na vila de Buda 2, no condado de Kajuru.

“Os pastores [fulanis] e terroristas invadiram a comunidade na quinta-feira e mataram o pastor em sua casa. Sua esposa foi levada em cativeiro sob a mira de uma arma”, relatou o presidente da Associação Cristã da Nigéria em Kaduna (CAN), reverendo Joseph Hayab.

Segundo ele, mais de 100 cristãos foram sequestrados nos condados de Kauru, Jaba, Kachia, Kagarko e Kajuru, no estado de Kaduna, que vive uma onda de ataques contra comunidades cristãs.

“A quem iremos clamar e a quem iremos pedir ajuda, exceto a Deus? Imagine que desde que a carnificina do sequestro de cristãos começou no estado de Kaduna, nenhuma prisão foi feita”, denunciou Joseph.

O morador local Istifanus Ma’aji pediu oração pela situação. “Vamos orar pelo retorno seguro da esposa do pastor e de outros cristãos capturados pelos pastores e bandidos”, disse Ma’aji.

Onda de ataques em março

O mês de março registrou dois ataques contra cristãos no estado de Kaduna, na Nigéria, realizados por pastores Fulani e outros terroristas, resultando na morte de 27 pessoas, de acordo com informações locais.

No dia 10 de março, terroristas invadiram a casa do pastor batista Dadi Babas no vilarejo de Karimbu-Kahugu, no estado de Kaduna, e mataram seu filho e sequestraram sua esposa e três outros membros da família.

Ao Morning Star News, o pastor Dadi informou que sua esposa foi libertada logo após o ataque.

“Enquanto envio esta mensagem, três membros da minha família permanecem em cativeiro com os bandidos, enquanto minha esposa foi abandonada pelos terroristas por causa de sua doença”, afirmou.

E acrescentou: “Meu filho foi brutalmente morto pelos terroristas”. De acordo com o pastor, os terroristas estão pedindo um resgate de mais de 10 mil dólares pela libertação dos outros familiares.

Perseguição em crescimento

A Nigéria liderou o mundo em cristãos mortos por sua fé em 2022, com 5.014, de acordo com a Lista Mundial da Perseguição de 2023 da Portas Abertas.

O país africano também liderou o mundo em cristãos sequestrados (4.726), agredidos ou assediados sexualmente, casados ​​à força ou abusados ​​física ou mentalmente, e teve o maior número de casas e empresas atacadas por motivos religiosos.

Como no ano anterior, a Nigéria teve o segundo maior número de ataques a igrejas e pessoas deslocadas internamente.

Na lista dos países onde é mais difícil ser cristão, a Nigéria subiu para a sexta posição, sua classificação mais alta até o momento, em comparação com a sétima posição do ano anterior.

“Militantes do Fulani, Boko Haram, Província do Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP) e outros conduzem ataques a comunidades cristãs, matando, mutilando, estuprando e sequestrando para resgate ou escravidão sexual”, observou o relatório da Portas Abertas.

“Este ano também viu essa violência se espalhar para a maioria cristã ao sul da nação… O governo da Nigéria continua a negar que isso seja perseguição religiosa, então as violações dos direitos dos cristãos são realizadas com impunidade.”

De acordo com um relatório recente do Grupo Parlamentar de Todos os Partidos do Reino Unido para a Liberdade Internacional ou Crença (APPG), os Fulani, predominantemente muçulmanos, são compostos por centenas de clãs de várias linhagens diferentes, que não possuem visões extremistas. No entanto, há alguns grupos de Fulani que aderem à ideologia islâmica radical. Os Fulani contam com milhões de pessoas na Nigéria e no Sahel.

“Eles adotam uma estratégia comparável ao Boko Haram e ISWAP e demonstram uma clara intenção de atingir os cristãos e símbolos poderosos da identidade cristã”, afirma o relatório do APPG.

Líderes cristãos na Nigéria acreditam que os ataques de pastores às comunidades cristãs no Cinturão Médio da Nigéria são motivados pelo desejo de tomar à força as terras dos cristãos e impor o Islã, já que a desertificação tornou difícil para os pastores sustentarem seus rebanhos.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MORNING STAR NEWS

Filha de pastor está entre as 6 vítimas do ataque a escola cristã nos EUA


Hallie Scruggs, de 9 anos, era filha de Chad Scruggs, pastor da Igreja Presbiteriana Covenant. (Foto: Reprodução/YouTube/CBN News).

Hallie Scruggs, de 9 anos, era filha de Chad Scruggs, pastor da Igreja Presbiteriana Covenant.

A filha de um pastor está entre as seis vítimas do tiroteio em uma escola cristã em Nashville, nos Estados Unidos.

Na manhã da segunda-feira (27), um jovem de 28 anos entrou na Covenant Presbyterian School of Nashville, e abriu fogo, matando três crianças e três adultos.

A polícia identificou o atirador como uma ex-aluna do colégio, que recentemente se tornou transgênero e teria planejado o ataque com antecedência.

As autoridades divulgaram que as vítimas foram Evelyn Dieckhaus, Hallie Scruggs e William Kinney, alunos de 8 a 9 anos. E a diretora da escola, Katherine Koonce, a professora Cynthia Peak e o zelador Mike Hill, conforme a CBN News.

Hallie Scruggs, de 9 anos, era filha de Chad Scruggs, pastor sênior da Igreja Presbiteriana Covenant. 

“Amamos a família Scruggs e choramos com eles por sua preciosa filha, Hallie. Juntos, confiamos no poder de Cristo para se aproximar e nos dar o conforto e a esperança de que precisamos desesperadamente”, declarou o pastor sênior da Igreja Presbiteriana de Park Cities, Mark Davis.

Ajuda e consolo

Outros líderes locais também lamentaram a tragédia e estão fornecendo ajuda à comunidade afetada.

“Membros da nossa igreja estão voando para Nashville para estar com eles. O impacto que tiveram aqui foi enorme”, afirmou Mark Davis, pastor sênior de Park Cities, em Dallas.

O pastor Paul Goebel, da Park Cities Presbyterian Church Dallas, disse que sua congregação está chorando “profundamente pela tristeza inimaginável que nossos amigos da Igreja e Escola Presbiteriana Covenant estão sofrendo e continuarão a sofrer”.

“Como irmãos e irmãs em Cristo, sofreremos ao lado de nossos amigos e sofreremos juntos, mas não como aqueles sem a esperança de Jesus”, comentou ele.

Segundo o chefe da polícia de Nashville, John Drake, foram encontrados mapas detalhados da escola e seus protocolos de segurança na casa do atirador. Além da polícia local, o FBI também está investigando o crime.

pedimos as orações dos irmãos em favor da família do pastor Chad Scruggs, pastor da Igreja Presbiteriana Covenant. Que o nosso bom Deus console e fortaleça a todos neste momento.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE THE CHRISTIAN POST E CBN NEWS

Cristãos se encontram em florestas escuras na Coreia do Norte para cultos secretos


 

Estratégias de cristãos para se encontrarem em segredo na Coreia do Norte mantém a igreja viva no país. (Foto representativa: Portas Abertas)

O país ocupa o primeiro lugar na Lista Mundial da Perseguição, onde os cristãos são tratados “como animais”.

Coreia do Norte está classificada como o “pior lugar do mundo” para quem se decide pelo cristianismo. De acordo com a Portas Abertas, é o país que ocupa o 1º lugar no ranking da Lista Mundial da Perseguição. 

Há notícias de grupos cristãos que se reúnem em florestas, quando tudo está escuro, com apenas uma vela para iluminar o caminho. Essas pessoas fazem isso para poder cultuar a Deus e falar sobre Jesus.

Além disso, há muitos cristãos que se encontram em banheiros nas prisões, com o mesmo objetivo. Quem aceita Cristo como salvador de suas vidas passa a ser constantemente vigiado, tanto pelas autoridades quanto pelos próprios vizinhos. 

Em locais de trabalho, os cristãos são apontados por delatores que, em troca, recebem recompensas do Estado, como porções de alimento ou fornecimento de eletricidade.

Hostilidade brutal contra cristãos

A organização conta também que, quando reunidos, os cristãos sussurram a palavra de Deus, oram uns pelos outros e adoram o nome de Jesus. 

Por trás da postura bélica do regime ditatorial, há uma hostilidade brutal contra os cristãos norte-coreanos. Eles são enviados para campos de trabalho forçado, sob condições atrozes ou são executados.

“A igreja se reúne em segredo, com muito cuidado”, disse a organização ao revelar que, apesar da pressão, os norte-coreanos têm conhecido a Jesus nas casas de refúgio, na China.

“Outros relembram a fé dos avós e assim se achegam a Cristo. Uma jovem se converteu em um grupo de estudo bíblico secreto para mulheres. Outro cristão tem visto a presença de Jesus a cada dia, enquanto ora, na cela da prisão”, continuou.  
Sobre as prisões na Coreia do Norte

Entre 50 e 70 mil cristãos estão presos na Coreia do Norte e são obrigados a realizar trabalhos forçados nas prisões chamadas “Kwalliso”, onde ficam os presos políticos, incluindo cristãos.

Seguir a Jesus é considerado um crime político, na Coreia do Norte. Os cristãos dificilmente são julgados antes da condenação e muitos deles desaparecem.  

Uma prisioneira que conseguiu escapar da prisão conta: “Aquele lugar não foi feito para um ser humano, até porque, para os guardas, não somos humanos. Somos menos do que animais”.

“Ore para que os cristãos norte-coreanos sintam a presença de Deus e peça ao Senhor que conceda força sobrenatural para que suportem a violência e as condições deploráveis da prisão”, pediu a Portas Abertas em seu site. 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE PORTAS ABERTAS

Igrejas são fechadas pelo governo do Vietnã e oficiais são impedidos de investigar

 


Igrejas no Vietnã são fechadas pelo governo. (Foto representativa: Portas Abertas)

Funcionários do Consulado dos EUA foram enviados ao país para verificar possíveis violações de direitos humanos.

Autoridades locais no Vietnã bloquearam várias igrejas que já eram constantemente monitoradas. O Consulado dos EUA, que ficou sabendo do ocorrido, enviou dois funcionários e um intérprete vietnamita para descobrir se havia violações dos direitos humanos ou questões sobre liberdade religiosa.

Um relatório foi feito por eles, no entanto, foram forçados a sair sem falar com os cristãos das duas igrejas que visitaram. Os agentes americanos foram proibidos pelas autoridades locais, incluindo a polícia local e os moradores.

Esse tipo de procedimento não é novidade para quem tenta saber o que realmente está ocorrendo com a Igreja no Vietnã. De acordo com a Portas Abertas, o país que ocupa o 25º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023 já persegue o cristianismo há décadas.

Igreja cresce apesar da perseguição

Recentemente, o Guiame publicou sobre uma cruzada evangelística no Vietnã — Spring Love Festival, organizada pelo ministério de Franklin Graham — onde milhares de pessoas aceitaram Jesus como Salvador. 

“Agora as pessoas têm escolhas no meu país, pois há milhões aqui que nunca ouviram sobre Jesus”, disse uma participante sobre a fé no Vietnã. Ao final do evento, muitos líderes de igrejas que estavam presentes apoiaram os novos convertidos e se comprometeram a ajudá-los no estudo da Palavra.

Há notícias de que muitos adolescentes e jovens passam a ser perseguidos pela própria família ao se tornarem cristãos.

Além disso, há crentes sendo expulsos de suas próprias casas pelo governo vietnamita para a criação de “zonas livres de cristãos”. Eles são forçados a ir embora apenas com uma pequena bagagem de roupas por não negarem o nome de Cristo. 

quarta-feira, 29 de março de 2023

MARCAS DE UMA IGREJA RELEVANTE



 Atos 2.1-47


O ateu e a Igreja incendiada

Havia um ateu que morava já há muito tempo ao lado de uma Igreja, passava pra lá, passava pra cá, e assim ia vivendo a sua vida.

O pastor e os membros daquela Igreja nunca se preocuparam em evangelizá-lo, e ele também nunca se preocupou em ouvir o evangelho.

Mas certo dia se iniciou um incêndio naquela Igreja, e o fogo já ia destruindo tudo, o ateu vendo a situação, pois se a ajudar a apagar o fogo, e pouco a pouco foram chegando os crentes para ajudarem a controlar o fogo.

Quando o pastor viu o ateu, ficou surpreso com a sua voluntariedade, então foi agradecê-lo e conversar com ele.

Pastor:_ Muito obrigado, por sua colaboração. Ateu: _Não foi nada, é sempre bom ajudar. Pastor:_Nossa é a primeira vez que te vejo aqui na Igreja. Ateu:_Mas também pastor, é a primeira vez que esta Igreja pega fogo.

Quantas Igrejas têm perdido a sua autenticidade e o fervor do Espírito Santo, igrejas mornas sem vida, sem graça, sem unção, que não faz a diferença, igrejas sem fé e sem obras, igrejas sem testemunho.

Atos dos Apóstolos é o primeiro livro da história da igreja cristã. Registra a caminhada da igreja de Jerusalém a Roma.

Atos desenvolve o esboço traçado por Jesus, o Senhor da Igreja, quando disse aos seus discípulos: E recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia, Samaria e até aos confins da terra (1.8).

Nos sete capítulos iniciais de Atos, vemos o avanço da igreja em Jerusalém e Judeia. No capítulo 8, o evangelho chega a Samaria. E a partir do capítulo 9, avança para os confins da terra.

William Barclay considera-o um dos mais importantes livros do Novo Testamento.1 Calvino o chamou de “um grande tesouro” e Martyn Loyd-Jones, de “o mais lírico dos livros”.2 O livro de Atos é a segunda parte de uma obra cujo primeiro volume é o Evangelho de Lucas.

Matthew Henry diz que as promessas feitas nos evangelhos têm seu cumprimento em Atos. A comissão dada aos apóstolos lá é executada aqui, e os poderes implantados lá são mostrados aqui em milagres feitos no corpo das pessoas: milagres de misericórdia, curando corpos doentes e ressuscitando corpos mortos.

John Stott diz que Atos é fundamental por causa de seus registros históricos e também por sua inspiração contem[1]porânea.8 Atos narra a história da igreja apostólica, desde os seus primeiros passos em Jerusalém até Roma, a cidade imperial.

Atos é um manual sobre o crescimento saudável da igreja. Vi[1]vemos num tempo de busca desenfreada pelo crescimento numérico da igreja.

O livro de Atos trata do crescimento espiritual e numérico da igreja. Para alcançar esse alvo, a igreja manteve, inseparavelmente, ortodoxia e piedade, doutrina e vida, palavra e poder. Ortodoxia sem piedade gera racionalismo estéril. Piedade sem ortodoxia produz misticismo histérico. Ao longo da história, a igreja várias vezes caiu num extremo ou noutro.

Ao estudarmos o livro de atos podemos aprender algumas lições especiais para que possamos ser uma igreja relevante nesta atualidade desafiadora. Uma igreja relevante é:

1-UMA IGREJA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO (Atos 2.1-13)

Lucas é o evangelista que mais enfatiza a obra do Espírito Santo na vida de Jesus e da igreja. O mesmo Espírito que desceu sobre Jesus no Jordão, guiou-o no deserto e revestiu-o com poder para salvar, libertar e curar (Lc 3.21,22; 4.1,14,18) agora vem sobre os discípulos de Jesus (At 1.5,8; 2.33). Nos capítulos iniciais de Atos, Lucas refere- -se à promessa, à dádiva, ao batismo, ao poder e à plenitude do Espírito na experiência do povo de Deus.

O pastor Hernandes diz: “O Pentecostes não foi um acontecimento casual, mas uma agenda estabelecida por Deus desde a eternidade. Como o Calvário, o Pentecostes foi um acontecimento único e irrepetível”. O espírito foi enviado a igreja do Senhor para estar com ela independente das circunstâncias.

Em atos 2 podemos ver a descida do Espírito santo (At. 2.1-4), “Cristo subiu, e o Espírito Santo desceu. O Cristo ressurreto ascendeu aos céus e enviou o Espírito a fim de habitar para sempre com a igreja”.

Ao cumprir-se o dia de Pentecostes… A palavra pentecoste significa o quinquagésimo dia. Pentecostes era a festa que acontecia cinquenta dias após o sábado da semana da Páscoa (Lv 23.15,16), portanto era o primeiro dia da semana. E também chamado de Festa das Semanas (Dt 16.10), Festa da Colheita (Êx 23.16) e Festa das Primícias (Nm 28.26). Cristo ressuscitou como as primícias dos que dormem e durante quarenta dias deu provas incontestáveis de sua ressurreição com várias aparições a seus discípulos. Estavam reunidos a espera do Pentecostes (2.1b). … estavam todos reunidos no mesmo lugar. Os 120 discípulos estavam congregados no cenáculo em unânime e perseverante oração, quando, de repente, o Espírito Santo foi derramado sobre eles.

O derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo produzido, ensaiado, fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. Foi incontestável e irresistível. Foi soberano, ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz, ninguém pôde desfazer os seus resultados. Foi definitivo, ele veio para ficar para sempre com a igreja.

O pastor Hernandes destaca três fatos: Três fatos nos chamam a atenção. Primeiro, o derramamento do Espírito veio como um som (2.2). Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. A palavra grega echos, usada aqui, é a mesma usada em Lucas 21.25 para descrever o estrondo do mar.72 O derramamento do Espírito foi um acontecimento audível, verificável, público, reverberando sua influência na sociedade. Esse impacto atraiu grande multidão para ouvir a Palavra.

Segundo, o derramamento do Espírito veio como um vento (2.2). O vento é símbolo do Espírito Santo (Ez 37.9,14; Jo 3.8). O Espírito veio em forma de vento para mostrar sua soberania, liberdade e inescrutabilidade. Assim como o vento é livre, o Espírito sopra onde quer, da forma que quer, em quem quer. O Espírito sopra onde jamais sopraríamos e deixa de soprar onde gostaríamos que ele soprasse. Como o vento, o Espírito é soberano; ele sopra irresistivelmente. O chamado de Deus é irresistível, e sua graça é eficaz. O Espírito sopra no templo, na rua, no hospital, no campo, na cidade, nos ermos da terra e nos antros do peca[1]do. Quando ele sopra, ninguém pode detê-lo.

Terceiro, o derramamento do Espírito veio em línguas como de fogo (2.3). O fogo também é símbolo do Espírito Santo. Deus se manifestou a Moisés na sarça em que o fogo ardia e não se consumia (Ex 3.2). Quando Salomão consagrou o templo ao Senhor, desceu fogo do céu (2Cr 7.1). No Carmelo, Elias orou, e fogo desceu (lR s 18.38,39). Deus é fogo. Sua Palavra é fogo. Ele faz dos seus ministros labaredas de fogo. Jesus batiza com fogo, e o Espírito desceu em línguas como de fogo. O fogo ilumina, purifica, aquece e alastra. Jesus veio para lançar fogo sobre a terra.

Certa feita alguém perguntou a Dwight Moody: “Como podemos experimentar um reavivamento na igreja?”. O grande avivalista respondeu: “Acenda uma fogueira no púlpito”. Quando gravetos secos pegam fogo, até lenha verde começa a arder. John Wesley disse: “Ponha fogo no seu sermão, ou ponha o seu sermão no fogo”.

Quarto, o derramamento do Espírito traz uma experiência pessoal de enchimento do Espírito Santo (2.4). Aqueles discípulos já eram salvos. Por três vezes Jesus havia deixado isso claro (Jo 13.10; 15.3; 17.12). De acordo com a teologia de Paulo, se eles já eram já salvos, já tinham o Espírito Santo, pois o apóstolo escreveu: […] Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele (Rm 8.9). Jesus disse: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino (Jo 3.5).

A experiência da plenitude é pessoal (At 2.3,4). O Espírito desce sobre cada um individualmente. Cada um vive sua própria experiência. Ninguém precisa pedir, como as virgens néscias, azeite emprestado. Todos ficaram cheios do Espírito.

O fenômeno das línguas (2.4-13) O derramamento do Espírito Santo produziu o fenômeno das línguas. O Pentecostes foi o oposto de Babel. Em Babel as línguas eram ininteligíveis; no Pentecostes, não houve necessidade de interpretação. Em Babel houve dispersão; no Pentecostes, ajuntamento. Babel foi resultado de rebeldia contra Deus; Pentecostes, fruto da oração perseverante a Deus. Em Babel os homens enalteciam seu próprio nome; no Pentecostes, falavam sobre as grandezas de Deus.

A glossolalia de Atos 2 foi um fenômeno tanto de fala como de audição. Não foram sons incoerentes, mas uma habilidade sobrenatural para falar em línguas reconhecíveis. Assim, a expressão outras línguas poderia ser traduzida por “línguas diferentes da sua língua materna”. Os discípulos falaram línguas que ainda não haviam aprendido.

Três foram as reações da multidão com respeito ao milagre do Pentecostes:

1. Preconceito (2.7). Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? Os galileus eram recebidos em Jerusalém com grande preconceito. Eram pessoas de segunda classe. Os sulistas da Judeia consideravam gentios os nortistas da Galileia . A primeira reação ao Pentecostes foi de profundo preconceito.

2. Ceticismo (2.12). Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? O milagre do derramamento do Espírito clareou a mente dos discípulos e turvou a mente dos céticos.

3. Zombaria (2.13). Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados! Um grupo dentre a multidão rotulou o fenômeno das línguas como resultado de embriaguez. Confundiram a plenitude do Espírito como o enchimento de vinho.

2- PREGA O PODEROSO EVANGELHO DA GRAÇA (2.14-41)

O milagre pode atrair a multidão, mas não toca os corações. O milagre abre portas para o evangelho, mas não é o evangelho. Pedro se levantou para pregar uma mensagem eminentemente bíblica. A primeira coisa que Pedro fez foi esclarecer que aquele fenômeno extraordinário não era resultado da embriaguez, mas do cumprimento da profecia de Joel (2.28-32).

O evangelho é um só. Proclama a salvação pela graça mediante a fé, independentemente das obras. A salvação não é resultado da obra que fazemos para Deus, mas da obra que Deus fez por nós em Cristo Jesus, seu amado Filho.

Os tempos mudaram, mas Deus não mudou. As circunstâncias são outras, mas o evangelho é o mesmo. A forma de pregar pode ser repaginada, mas o conteúdo da pregação permanece inalterável. Não pregamos um Cristo que esteve vivo e agora está morto, mas o Cristo que esteve morto e agora está vivo. Pregamos o Cristo que padeceu por nossos pecados, mas triunfou sobre a morte e desbancou os principados e potestades na cruz. Pregamos o Cristo que ressuscitou e está assentado no trono; governa a igreja e tem as rédeas da história em suas mãos. Pregamos o Cristo que voltará em glória para colocar todos os seus inimigos debaixo de seus pés e reinar para sempre com sua igreja¹.

Certa feita, David Hume, o patrono dos agnósticos, foi visto correndo pelas ruas de Londres. Alguém o abordou: “Para onde você vai, com tanta pressa?”. O filósofo respondeu: “Vou ver George Whitefield pregar”. O questionador lhe perguntou, espantado: “Mas você não acredita no que ele prega, acredita?”. Hume respondeu: “Eu não acredito, mas ele acredita!”. Um crente cheio do Espírito prega a Palavra com poder e autoridade.

O padrão e os temas da mensagem pregada por Pedro tornaram-se comuns na igreja primitiva: a) a explanação dos eventos (2.14-21); b) o evangelho de Jesus Cristo — sua morte, ressurreição e exaltação (2.22-36); c) uma exortação para o arrependimento e batismo (2.37-40).

Em primeiro lugar, uma pregação cristocêntrica na sua essência. A mensagem de Pedro versou sobre a pessoa de Cristo e sua obra.

Uma igreja cheia do Espírito santo prega somente Jesus, a maior necessidade do homem hoje e sempre, pois sem Jesus, não há esperança, não há vida, muito menos salvação. Assim como Pedro pregou sobre: 1. A vida de Cristo (2.22). 2. A morte de Cristo (2.23). 3. A ressurreição de Cristo (2.24-32). 4. A exaltação de Cristo (2.33-35). 5. O senhorio de Cristo (2.36). Jesus é o Senhor do universo, da história e da igreja.

A pregação de Pedro explodiu como dinamite no coração da multidão. Produziu uma compulsão na alma. Foi um sermão penetrante. Uma pregação clara em suas exigências (2.38). Antes de falar sobre perdão, Pedro falou sobre culpa. Antes de falar sobre cura, ele revelou à multidão a sua doença. Antes de falar sobre redenção, falou sobre pecado. Antes de falar sobre salvação, mostrou que eles estavam perdidos em seus pecados. Antes de pregar o evangelho, mostrou-lhes a lei. Não há salvação sem arrependimento. Ninguém entra no céu sem antes saber que é um pecador.

Vemos hoje uma mudança desastrosa na pregação. Tem-se pregado muito sobre libertação e quase nada sobre arrependimento. Uma pregação vitoriosa quanto aos resultados (2.41). Quando há poder na pregação, vidas são salvas. A pregação de Pedro não apenas produziu conversões abundantes, mas também frutos permanentes.

Ao concluir essa exposição sobre o sermão de Pedro, John Stott destaca que Pedro enfocou a pessoa de Cristo.

3- VIVE DE FORMA DIFERENTE (2.42-47)

A VIDA DA IGREJA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO (2.42-47) é diferente. A igreja de Jerusalém conjugava doutrina e vida, credo e conduta, palavra e poder, qualidade e quantidade. Hoje vemos igrejas que revelam grandes desequilíbrios. As igrejas que zelam pela doutrina não celebram com entusiasmo. As igrejas ativas na ação social desprezam a oração.

Quais são as marcas de uma igreja cheia do Espírito Santo?

Em primeiro lugar, uma igreja cheia do Espírito é comprometida com a fidelidade à Palavra de Deus (2.42). Ao longo da história houve muitos desvios da verdade: às heresias da Idade Média; a ortodoxia sem piedade; o Pietismo — piedade sem ortodoxia; os quacres — o importante é a luz interior; o movimento liberal — a razão acima da revelação.

Em segundo lugar, uma igreja cheia do Espírito é perseverante na oração (2.42). Uma igreja cheia do Espírito ora com fervor e constância. A igreja de Jerusalém não apenas possuia uma boa teologia da oração, mas efetivamente orava. Ela dependia mais de Deus do que dos próprios recursos:

Em terceiro lugar, uma igreja cheia do Espírito tem uma profunda comunhão (2.42,44-46). Em uma igreja cheia do Espírito os irmãos se amam profundamente. Na igreja de Jerusalém os irmãos gostavam de estar juntos (2.44). Eles partilhavam seus bens (2.45). Eles apreciavam estar no templo (2.46) e também nos lares (2.46b). Havia um só coração e uma só alma.

Em quarto lugar, uma igreja cheia do Espírito adora a Deus com entusiasmo (2.47). Uma igreja cheia do Espírito canta com fervor e louva a Deus com entusiasmo. O culto era um deleite. Eles amavam a casa de Deus. Uma igreja viva tem alegria de estar na casa de Deus para adorar. A comunhão no templo é uma das marcas da igreja ao longo dos séculos. O louvor da igreja era constante. Uma igreja alegre canta.

Em quinto lugar, uma igreja cheia do Espírito teme a Deus e experimenta os seus milagres (2.43). Uma igreja cheia do Espírito é formada por um povo cheio de reverência. Ela tem compreensão da santidade de Deus. Ela se curva diante da majestade de Deus. Hoje as pessoas estão acostumadas com o sagrado. Há uma banalização do sagrado. Há saturação, comercialização e paganização das coisas de Deus.

Em sexto lugar, uma igreja cheia do Espírito tem a simpatia dos homens e a bênção do crescimento numérico por parte de Deus (2.47). Essa igreja é simpática e amável. Ela é sal e luz. E boca de Deus e monumento da graça. Essa igreja tem qualidade e também quantidade. Cresce para o alto e também para os lados. Mostra vida e também números. A igreja crescia diariamente por adição de vidas salvas e por ação divina. Vejamos o cresci[1]mento da igreja: • Atos 1.15: 120 membros; • Atos 2.41: três 3 mil membros. • Atos 4.4: cinco 5 mil membros. • Atos 5.14: Uma multidão é agregada à igreja. • Atos 6.7: O número dos discípulos é multiplicado. • Atos 9.31: A igreja se expande para a Judeia, Galileia e Samaria. • Atos 16.5: Igrejas são estabelecidas e fortalecidas

Conclusão

Portanto, como podemos ver o livro de "Atos é um livro para ser estudado não como uma história remota e distante, mas como um desafio presente", pois se queremos ser uma igreja relevante nesta atualidade, precisamos ser cheios do Espírito Santo para sair das quatro paredes, e proclamarr somente Jesus, qe é o verdadeiro evangelho e firmados nele nós não iremos apenas pregar, mas viver o que pregamos e assim veremos o reino de Deus crescendo e a Palavra prevalecendo, para honra e glória de Deus.


Pr. Eli Vieira

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