segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Mais de 1300 igrejas deixam a Metodista Unida por doutrina LGBT


A White’s Chapel de Southlake, no Texas, votou para deixar a Igreja Metodista Unida. (Captura de tela: YouTube/Drone Star State)

A maioria das igrejas que votaram para sair da UMC planeja se juntar à recém-criada Igreja Metodista Global (GMC).

Os órgãos regionais da Igreja Metodista Unida (UMC, sigla em inglês), no Texas, votaram no fim de semana para aprovar a desfiliação de centenas de igrejas, com a maioria planejando se juntar à recém-criada Igreja Metodista Global (GMC).

O número total de congregações que saíram da UMC inclui 294 das 598 igrejas pertencentes à Conferência Central do Texas, com sede em Houston, e 145 das 201 igrejas pertencentes à Conferência do Noroeste do Texas, com sede em Lubbock, informou o The Dallas Morning News.

As igrejas que saíram formam quase a metade de todas as congregações da UMC no Texas e se somam a centenas em outros estados que tiveram suas saídas confirmadas por seus órgãos regionais.

Toda essa movimentação gira em torno do polêmico debate enfrentado pela UMC por sua posição oficial sobre a homossexualidade, conforme estabelecido em seu Livro de Disciplina, que proíbe a bênção de casamentos de pessoas do mesmo sexo, além da ordenação de homossexuais não celibatários.

Frustração conservadora

Embora os liberais teológicos tenham falhado em mudar a postura oficial, muitos líderes se recusaram a aplicar ou seguir as regras, levando a muita frustração entre os conservadores teológicos, diz o Christian Post.

Como exemplo, citam a eleição da Reverenda Karen Oliveto como bispa da UMC Mountain Sky Area. Enquanto Oliveto está em um casamento gay e teve sua eleição declarada inválida pelo Conselho Judicial Metodista Unido em 2017, a partir deste mês, ela permanece no cargo.

Saída será ainda maior

Mark Tooley, chefe do teologicamente conservador do Instituto de Religião e Democracia, conta as igrejas que deixaram a UMC nos últimos meses para mais de 1.300 em um artigo recente, com a expectativa de mais abandonos.

“Até o final do próximo ano (o prazo para sair com a propriedade da igreja), pelo menos 3.000 e possivelmente 5.000 igrejas devem sair”, escreveu Tooley um dia antes das conferências do Texas finalizarem a saída das igrejas.

“As agências denominacionais estão se preparando para uma queda de 38% no financiamento para 2025-2028, o que implica uma perda aproximada de membros esperada de 2,3 milhões de membros dos quase 6,3 milhões que a denominação tinha nos Estados Unidos em 2020. Isso não é um êxodo menor.”

O Rev. Nathan Lonsdale Bledsoe, pastor sênior da Igreja Metodista Unida de St. Stephen de Houston, disse ao The Texas Tribune que acredita que as saídas refletem a divisão geral nos Estados Unidos.

“É paralelo a este momento no mundo mais amplo”, disse Bledsoe, cuja congregação planeja permanecer com a UMC. “É um momento difícil para unir as pessoas. Nós realmente refletimos a fragilidade da cultura e do mundo.”

Nova denominação

Em maio, a Igreja Metodista Global (GMC) foi oficialmente lançada para servir como uma alternativa teologicamente conservadora à UMC, com muitas congregações Metodistas Unidas decidindo se juntar à nova denominação.

No mês passado, a Conferência UMC da Carolina do Norte realizou uma sessão especial para aprovar oficialmente os votos de desfiliação de 249 congregações, quase um terço das igrejas membros da conferência.

“O futuro é brilhante, especialmente porque Deus tem algo a ver com isso”, disse o bispo da Carolina do Norte, Leonard E. Fairley, em um comunicado.

“Sabemos o final desta história por causa de quem Jesus Cristo é. Que vocês se considerem queridos, independentemente do que votamos aqui. Tenham uns aos outros queridos em suas orações.”

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Pais lamentam clubes satânicos nas escolas dos EUA: ‘Passaram dos limites’

 


Aspen Nolette. (Foto: Captura de tela/Vídeo Fox News)

O satanismo nas escolas infantis chegaram logo após os banheiros transgêneros e os livros pornográficos no currículo escolar.

Enquanto várias escolas americanas são praticamente invadidas pelos “clubes satânicos para crianças”, muitos pais, mães e responsáveis pelos alunos levantam questões importantes sobre a educação e a vida espiritual da sociedade. A Fox News Digital publicou várias perspectivas compartilhadas, tanto dos pais quanto dos satanistas. 

“Em relação aos pais que estão chateados com o clube, gostaria que soubessem que estamos aqui porque trabalhamos com educadores para desenvolver um programa pós-escola que seja envolvente e divertido e ajude as mentes dos jovens a crescer e prosperar”, tentou defender June Everett, pai de um dos alunos, ministro ordenado no Templo Satânico e diretor de campanha do ASSC (After School Satan Club). 

Por outro lado, Lydia Kaiser, da Associação de Evangelismo Infantil, desmascarou os planos do Templo Satânico: “Eles dizem que na verdade não ensinam as crianças sobre Satanás. Eles dizem que é mais sobre humanismo e a chamada tolerância, o que é irônico quando na verdade eles estão sendo intolerantes, tentando nos expulsar”. 

Alegações dos satanistas

O então ministro do Templo Satânico disse que seu filho da primeira série estava “chorando e traumatizado” depois de participar do Christian Good News Club (Clube Cristão de Boas Novas) — uma iniciativa dos cristãos nas escolas americanas.

Segundo Everett, o menino foi informado “que iria queimar no inferno” caso ele e sua família não aceitassem Jesus Cristo em seus corações: “Eu sabia que havia um Good News Club na época, e isso me levou a começar a pesquisá-los. Percebi que o objetivo deles é usar as crianças que frequentam o clube para fazer proselitismo com seus colegas”. 

Na ocasião, ao procurar o Templo Satânico, Everett disse que foi recebido de braços abertos: “Eu nunca conheci pessoas tão genuínas e sem julgamento em minha vida. O satanismo realmente me tornou uma pessoa melhor, um amigo melhor, um pai melhor e um membro que contribui muito melhor para a sociedade”. 

Ele agora acusa os cristãos por enfatizar o medo e a doutrinação em sua abordagem, intimidando as crianças ao cristianismo.

Os cristãos respondem

“Acreditamos que existe um lugar físico chamado inferno, acreditamos em tudo o que a Bíblia diz sobre isso, mas quando falamos com crianças, descrevemos isso como ‘separação de Deus’. Não precisamos de toda a descrição assustadora”, esclareceu Lydia.

“Não queremos assustar as crianças para que tomem uma decisão. Queremos que elas desejem um relacionamento com Deus. Esse é o nosso objetivo. E assim enfatizamos a bondade e o amor de Deus”, continuou. Ela também destacou que os pais sempre foram bem-vindos para observar o que acontece nos clubes das boas novas, depois da escola.

Stephen Mannix, que trabalhou 15 anos nas escolas da região de Virginia Tidewater, disse que é necessário alertar sobre o perigo dos clubes satânicos para crianças: “Eles dizem que não têm nenhum conteúdo religioso e que não ensinam sobre um demônio pessoal”, disse ao apontar para o discurso mentiroso dos satanistas.

Tanto Mannix quanto Lydia acreditam que, desde que o Templo Satânico iniciou sua campanha, em 2016, tem usado a Suprema Corte para incitar a histeria em vários lugares que patrocinam os clubes cristãos.

Tentativa de derrubar o cristianismo nas escolas

De acordo com a Fox News, o Templo Satânico já afirmou que só abrirá seus clubes em escolas onde já existem outros grupos religiosos. Vale lembrar que a organização se define como “religião”.

Fica claro que os satanistas querem competir com os cristãos e estão disputando espaços escolares, visando as crianças: “Só estamos fazendo isso porque os clubes cristãos criaram uma necessidade para isso”, disse Lucien Greaves, cofundador do Templo Satânico.

“Se os clubes cristãos operassem em igrejas em vez de escolas públicas, essa necessidade desapareceria. Mas nosso ponto é que se você deixa uma religião entrar nas escolas públicas, você tem que deixar outras, caso contrário, é um estabelecimento de religião”, ele defendeu. 

Lydia rebateu: “O perigo está nessa mentira de um ‘espaço secularizado’ que proíbe e censura os cristãos, mandando-os embora”. 

‘Preparando crianças para o satanismo na vida adulta’

“Eles têm uma estátua de Satanás de 8 mil libras com duas crianças olhando para ela com adoração. Se toda vez que a história fosse publicada, eles mostrassem uma foto desse mascote, as pessoas seriam capazes de julgar por si mesmas que estão tentando atrair crianças ao satanismo”, apontou Lydia. 

“Eles estão desgastando a inibição das crianças para que pensem que não há problema em participar de um evento verdadeiramente satânico quando forem mais velhas”, alertou ainda. 

Além disso, o Templo Satânico tem uma estátua de Baphomet, uma figura andrógina — que mistura os dois sexos, masculino e feminino. Mas Greaves, um dos fundadores do Templo, disse que os seios de Baphomet foram removidos para evitar debates culturais de gênero. Ele explicou que agora, o “dualismo masculino-feminino” do desenho original é representado pelas duas crianças.

‘Os pais já estão cansados’

Aspen Nolette, uma mãe local e fundadora da Chesapeake Parents for Freedom, disse que a campanha do Templo Satânico causou um rebuliço em sua comunidade e que os pais estão cada vez mais cansados ​​com o que está acontecendo nas escolas públicas.

“As pessoas estão extremamente chateadas, extremamente perturbadas, eu acho”, disse Nolette à Fox News Digital.

“Na nação agora, você tem meninos tentando entrar em banheiros femininos. Você viu o que aconteceu no condado de Loudoun, Virgínia, e o ataque que ocorreu lá por causa disso”, lembrou.

“Você tem livros pornográficos e histórias em quadrinhos em nossas escolas e os pais estão extremamente angustiados porque existem até mesmo leis sobre a distribuição de pornografia para crianças”, continuou. 

“E agora você tem os Clubes Satânicos depois da escola. Pelo que vejo, há muitos pais envolvidos nisso há alguns anos e esses pais estão perdendo o juízo”, concluiu. 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE FOX NEWS

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Mais de 87 mil pessoas pedem fim de clube satânico para crianças nos EUA


 Logo do Clube Satânico Pós-Escola. (Foto: Captura de tela/YouTube Fox 43 News)

Pais e mães lutam para proteger seus filhos de influência satânica em escola dos EUA: ‘Isso é terrorismo espiritual’.

Milhares de pais e mães nos EUA, estão profundamente preocupados com a abertura de um “After School Satan Club” (Clube Satânico Pós-Escola) para crianças, na Golden Hills Elementary School, em Tehachapi, na Califórnia. 

O clube estava previsto para acontecer em 5 de dezembro, mas uma petição contra sua abertura foi assinada por 87.402 pessoas: “Diga ‘NÃO’ ao After School Satan Club que está visando nossos pequeninos”.

A petição foi organizada pela TFP Student Action dirigida ao distrito escolar. “A América é uma nação sob Deus e eu encorajo você a usar todos os meios legais para proteger nossos filhos de Satanás, o pai da mentira”, diz o texto.

‘Terrorismo espiritual’

Os organizadores alegam que “incentivar deliberadamente o satanismo a crianças pequenas é uma forma de terrorismo espiritual”, conforme comparou John Ritchie, diretor da Ação Estudantil da TFP. 

“O que as escolas mais precisam é de Deus, verdade e virtude. Mas o Templo Satânico quer abrir mais clubes satânicos e expor crianças inocentes, de 5 a 12 anos, ao maior perigo espiritual e à influência destrutiva do Inferno”, continuou.

“Enquanto os pais claramente não querem atividades satânicas perto de seus filhos, seus direitos parentais são pisoteados e não são mais respeitados. Muitos pais são deixados de lado. Suas vozes não importam. E os funcionários da escola insistem — com base em um conceito distorcido de igualdade — que eles não têm outra escolha senão acolher a influência nociva de satanás na escola”, disse ainda conforme o Christian News Wire. 

‘Satanismo é anti-religião’

Ritchie continua explicando que “há uma diferença fundamental entre o bem e o mal, a verdade e a mentira, o satanismo e o cristianismo”.

“É um grande erro dar ao satanismo igual acesso às escolas porque o satanismo é, por sua própria essência, contra Deus, ou seja, o inimigo declarado de Deus e, portanto, é anti-religião”, explicou.

Vale ressaltar que o Templo Satânico, que vem promovendo os Clubes Satânicos nas escolas, é uma organização que se descreve como “grupo religioso não teísta” e quer que as pessoas pensem que eles “usam o imaginário satânico para promover o igualitarismo e a justiça social”. 

“Enquanto a maioria das crianças está pensando sobre a beleza pacífica do Natal, as crianças da Golden Hills Elementary estão lutando contra o inimigo do Natal: satanismo obscuro, anticristão e direto”, continuou Ritchie.

“Esta é uma batalha espiritual com dois resultados possíveis. Se quisermos restaurar a paz nas escolas e promover a harmonia na sociedade, devemos respeitar e honrar o Príncipe da Paz”, frisou.

“Como cultura, não podemos servir a dois senhores. Ou servimos a Deus e desfrutamos da paz, ou servimos ao pai da mentira, um assassino desde o princípio, conforme João 8.44, e experimentamos mais crimes, mais revoltas e mais caos”, concluiu.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN NEWS WIRE

Mais de 1300 igrejas deixam a Metodista Unida por doutrina LGBT

 


A White’s Chapel de Southlake, no Texas, votou para deixar a Igreja Metodista Unida. (Captura de tela: YouTube/Drone Star State)

A maioria das igrejas que votaram para sair da UMC planeja se juntar à recém-criada Igreja Metodista Global (GMC).

Os órgãos regionais da Igreja Metodista Unida (UMC, sigla em inglês), no Texas, votaram no fim de semana para aprovar a desfiliação de centenas de igrejas, com a maioria planejando se juntar à recém-criada Igreja Metodista Global (GMC).

O número total de congregações que saíram da UMC inclui 294 das 598 igrejas pertencentes à Conferência Central do Texas, com sede em Houston, e 145 das 201 igrejas pertencentes à Conferência do Noroeste do Texas, com sede em Lubbock, informou o The Dallas Morning News.

As igrejas que saíram formam quase a metade de todas as congregações da UMC no Texas e se somam a centenas em outros estados que tiveram suas saídas confirmadas por seus órgãos regionais.

Toda essa movimentação gira em torno do polêmico debate enfrentado pela UMC por sua posição oficial sobre a homossexualidade, conforme estabelecido em seu Livro de Disciplina, que proíbe a bênção de casamentos de pessoas do mesmo sexo, além da ordenação de homossexuais não celibatários.

Frustração conservadora

Embora os liberais teológicos tenham falhado em mudar a postura oficial, muitos líderes se recusaram a aplicar ou seguir as regras, levando a muita frustração entre os conservadores teológicos, diz o Christian Post.

Como exemplo, citam a eleição da Reverenda Karen Oliveto como bispa da UMC Mountain Sky Area. Enquanto Oliveto está em um casamento gay e teve sua eleição declarada inválida pelo Conselho Judicial Metodista Unido em 2017, a partir deste mês, ela permanece no cargo.

Saída será ainda maior

Mark Tooley, chefe do teologicamente conservador do Instituto de Religião e Democracia, conta as igrejas que deixaram a UMC nos últimos meses para mais de 1.300 em um artigo recente, com a expectativa de mais abandonos.

“Até o final do próximo ano (o prazo para sair com a propriedade da igreja), pelo menos 3.000 e possivelmente 5.000 igrejas devem sair”, escreveu Tooley um dia antes das conferências do Texas finalizarem a saída das igrejas.

“As agências denominacionais estão se preparando para uma queda de 38% no financiamento para 2025-2028, o que implica uma perda aproximada de membros esperada de 2,3 milhões de membros dos quase 6,3 milhões que a denominação tinha nos Estados Unidos em 2020. Isso não é um êxodo menor.”

O Rev. Nathan Lonsdale Bledsoe, pastor sênior da Igreja Metodista Unida de St. Stephen de Houston, disse ao The Texas Tribune que acredita que as saídas refletem a divisão geral nos Estados Unidos.

“É paralelo a este momento no mundo mais amplo”, disse Bledsoe, cuja congregação planeja permanecer com a UMC. “É um momento difícil para unir as pessoas. Nós realmente refletimos a fragilidade da cultura e do mundo.”

Nova denominação

Em maio, a Igreja Metodista Global (GMC) foi oficialmente lançada para servir como uma alternativa teologicamente conservadora à UMC, com muitas congregações Metodistas Unidas decidindo se juntar à nova denominação.

No mês passado, a Conferência UMC da Carolina do Norte realizou uma sessão especial para aprovar oficialmente os votos de desfiliação de 249 congregações, quase um terço das igrejas membros da conferência.

“O futuro é brilhante, especialmente porque Deus tem algo a ver com isso”, disse o bispo da Carolina do Norte, Leonard E. Fairley, em um comunicado.

“Sabemos o final desta história por causa de quem Jesus Cristo é. Que vocês se considerem queridos, independentemente do que votamos aqui. Tenham uns aos outros queridos em suas orações.”

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

O DEUS QUE ADORAMOS

 


O Deus do Povo de Deus

Deuteronômio 4 – 5

O povo de Israel foi abençoado mais do que todas as nações da terra, pois pertencia ao verdadeiro Deus vivo e tinha um relacionamento de aliança com ele. Estavam se preparando para entrar na terra que Deus prometeu quando chamou Abraão, o pai dos israelitas (Gn 12:1-3; 13:14-18), e parte dessa preparação consistia em ouvir atenciosamente discurso de despedida de Moisés, o profeta do Senhor e líder do povo de Deus.

Depois de relatar a história de Israel (Dt 1-3), Moisés lembrou o povo do caráter do Deus de Israel e de como deveriam responder a ele. Se não conhecermos o caráter do Deus a quem adoramos, como poderemos adorá-lo “em espírito e em verdade” (Jo 4:24)?

1. DEUS FALA – DEVEMOS OUVI-LO (Dt 4:1,2)
O grande estudioso judeu Abraham Joshua Heschel escreveu: “Para crer, precisamos de Deus, de uma alma e da Palavra”. Outro estudioso judeu, o apóstolo Paulo, chegou à mesma conclusão e escreveu: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10:17).
O Deus que fez a criação existir por sua Palavra (Sl 33:6-9) ordenou que seu povo deve ter uma vida dedicada à atenção e à obediência a sua Palavra.

O verbo “ouvir” é usado quase cem vezes em Deuteronômio. A confissão de fé tradicional dos judeus (Dt 6:4,5) é chamada de Shema, palavra que vem do hebraico e significa “ouvir, prestar atenção, compreender, obedecer”. Para o judeu do Antigo Testamento e o cristão do Novo Testamento, ouvir a Palavra de Deus implica muito mais do que ondas de som chegando ao ouvido humano.

Ouvir a Palavra de Deus é uma questão de concentrar todo nosso ser – mente, alma e vontade – no Senhor, recebendo o que ele nos diz e obedecendo. A fim de transformar nossa vida, a Palavra de Deus deve penetrar em nosso coração e tornar-se parte de nosso ser interior. Foi isso o que Jesus quis dizer quando falou: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 8:8). Essa declaração aparece pelo menos oito vezes nos Evangelhos e, portanto, deve ser importante (ver também Dt 29:4 e Ez 12:2).

Ouvir a Palavra de Deus e lhe obedecer era a essência de Israel (Dt 4:1a). Quando Deus fala, coloca diante de nós a vida e a morte (Dt 30:15-20), e nossa resposta determina qual se concretizará. “Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou o S e n h o r ” (Lv 18:5). Deuteronômio 4:1, 2 e 5 enfatiza o mandamento e o ensino, pois o Senhor não apenas nos diz o que fazer, mas também explica a verdade por trás de suas prescrições. É possível que Jesus tivesse isso em mente quando disse a seus discípulos que os tratava como amigos e não como escravos, pois lhes explicava o que estava fazendo (Jo 15:14, 15).

Não era apenas a vida de Israel que dependia da obediência à Palavra de Deus, mas também sua vitória sobre o inimigo (Dt 4:1b). Sem fé e obediência, Israel não poderia entrar na terra e derrotar as nações fortemente entrincheiradas naquela região. O Senhor não poderia ir adiante de seu povo e dar-lhes a vitória se eles não o seguissem em obediência (Dt 1:30). Os dez espias que não compreenderam o poder das promessas de Deus levaram Israel ao desânimo, à derrota e à morte por causa de sua incredulidade (Nm 13-14). “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5:4), e a fé vem da Palavra (Rm 10:17).

Os cristãos de hoje devem buscar sua vida e sua vitória na Palavra de Deus. Não podemos obedecer a Deus se não conhecemos seus mandamentos. Mas se os conhecemos, cremos neles e lhes obedecemos, então o poder de Deus opera em nossa vida. “Ora, os seus mandamentos não são penosos” (1 Jo 5:3). Obedecer ao Senhor torna-se um privilégio prazeroso quando percebemos que seus mandamentos são expressões de seu amor, garantias de sua força, convites às suas bênçãos, oportunidades de crescer e de trazer glória para o nome do Senhor e ocasiões de desfrutar o amor de Deus e a comunhão com ele, à medida que procuramos agradá-lo. A Palavra de Deus é a porta para os tesouros da graça divina.

Moisés deu ainda uma advertência sobre mudar a Palavra de Deus, acrescentando a ela ou subtraindo dela (Dt 4:2; ver 12:32; Pv 30:6; Gl 3:15; Ap 22:18, 19). Os primeiros manuscritos das Escrituras eram copiados a mão, e era fácil um copista fazer mudanças; mas Deus cuida de sua Palavra (Jr 1:12) e julga aqueles que adulteram seu conteúdo. Os fariseus do tempo de Jesus guardavam as Escrituras com grande zelo e, no entanto, adulteravam a Palavra de Deus ao colocar no lugar dela suas próprias tradições (Mc 7:1-1 3). Se a Palavra de Deus é nossa vida, então estamos pondo nosso próprio futuro em risco se deixarmos de honrá-la e de lhe obedecer de todo o coração (Ef 6:6).

1.1- DEUS É SANTO – DEVEMOS TEMÊ-LO (DT 4:3,4)
A idolatria e as práticas imorais associadas a ela eram o pecado contumaz de Israel. Enquanto viveram no Egito, os hebreus tiveram contato com a idolatria e chegaram a praticá-la em sua jornada pelo deserto (At 7:42, 43). Enquanto Moisés estava com Deus no monte Sinai, o povo no acampamento adorou a um bezerro de ouro (Êx 32). A idolatria era um pecado muito grave, pois Israel havia se “casado” com Jeová no monte Sinai, de modo que, na verdade, sua adoração a ídolos era adultério (Jr 3; Os 1-2). Era um pecado contra o amor de Deus e uma transgressão à lei divina. Por fim, o Senhor teve de mandar seu povo à Babilônia para curá-lo de sua idolatria.

Pode ter sido esse o motivo que levou Moisés a citar a tragédia dos pecados de Israel em Baal-Peor (Dt 4:3,4; Nm 25). O acontecimento era recente o suficiente para que o povo se lembrasse dele. O falso profeta Balaão havia sido contratado pelo rei Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mas cada vez que Balaão tentava amaldiçoa-los, acabava abençoando-os (Nm 22 – 24). Suas maldições não funcionaram, mas ele elaborou um plano que deu certo. Balaão e Balaque convidaram os homens israelitas para as festas religiosas dos moabitas e incentivaram sua total participação (Nm 25). Isso significava ter relações com prostitutas cultuais dos templos, e um dos homens chegou a levar sua “namorada” de volta para o acampamento de Israel! O fato de Deus julgar seu povo matando vinte e quatro mil homens indica que muitos dos israelitas não hesitaram em tomar parte naquela libertinagem. Aquilo que o inimigo não conseguiu fazer com maldições e combate, foi capaz de realizar por meio da condescendência e da “amizade”.

Temer ao Senhor significa respeitar quem ele é, o que ele é e o que ele diz, e por meio de nossa submissão e obediência demonstrar nosso amor e o desejo de lhe agradar. Deus é o Criador e nós somos as criaturas; ele é o Senhor e nós somos os servos. Quando desrespeitamos sua autoridade deliberada e propositadamente, tentamos o Senhor a nos disciplinar, e nossa arrogância só causa dor e perdas trágicas. Não vale a pena. Se você quer identificar as bênçãos que os cristãos perdem quando não temem ao Senhor, leia e medite nos seguintes versículos: Deuteronômio 6:24; Salmos 25:12; 31:19; 34:9; 112; 145:19; Provérbios 1:7; Isaías 33:6; Efésios 5:21; Hebreus 12:28, 29.

1.2-DEUS É SÁBIO – DEVEMOS APRENDER DELE (Dt 4:5-9) A Palavra de Deus é a revelação da sabedoria de Deus, e precisamos conhecer e seguir tal sabedoria se queremos ter uma vida que agrade e que glorifique ao Senhor. Para Deus, a sabedoria do mundo é insensatez (1 Co 3:19) e aqueles que a seguem ficarão desapontados. No Antigo Testamento, a palavra “sabedoria” está relacionada ao caráter e não à inteligência humana e descreve o uso correto do conhecimento. De acordo com o Dr. Roy Zuck: “A sabedoria consiste em demonstrar aptidão e em ter sucesso nos relacionamentos e responsabilidades, observando e seguindo os princípios de ordem do Criador no universo moral”.2 A prática da sabedoria de Deus implica não apenas sobreviver, mas viver de fato.

Há ainda outro benefício que gozamos quando seguimos a sabedoria de Deus: ela nos ajuda a construir lares tementes ao Senhor (Dt 4:9, 10). Cercados como estavam de povos pagãos, apenas uma geração separava Israel de perder as bênçãos de Deus, sendo que o mesmo se aplica à Igreja de hoje (2 Tm 2:2). Se não ensinarmos nossos filhos sobre Deus e sua Palavra, um dia surgirá uma geração que não conhece ao Senhor, como acabou acontecendo em Israel (Jz 2:7-15). “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18:8).

Qual a melhor maneira de os pais cristãos influenciarem seus filhos de modo que confiem no Senhor e vivam de acordo com a sabedoria de Deus? Moisés dá três sugestões aos adultos: sejam exemplos para seus filhos; não deixem que a Palavra de Deus saia da mente e do coração deles; e lembrem-se do que o Senhor fez por vocês no passado, compartilhando essas experiências com seus filhos. Todas as crianças israelitas no tempo de Moisés deveriam conhecer a história do êxodo (Dt 6:20-25; Êx 10:1, 2; 12:24-28; 13:1-16), e, posteriormente, toda criança deveria saber o que significava o fato de Israel ter cruzado o rio Jordão (Js 4:1-7, 21-24). A negligência espiritual e os maus exemplos – podem ser imitados pelos filhos e produzir consequências tristes ao longo da vida desses jovens (Dt 5:8-10; Êx 20:5, 6; Nm 14:17, 18).4

2- SOMENTEO SENHOR É DEUS – DEVEMOS ADORÁ-LO (Dt 4:10-43)
As nações ao redor de Israel adoravam vários deuses e deusas, mas Israel deveria adorar somente o único e verdadeiro Deus. “Ouve, Israel, o S e n h o r , nosso Deus, é o único S en h o r ” – esse é o primeiro princípio fundamental da confissão de fé dos judeus, o Shema (Dt 6:4, 5), e o primeiro dos dez mandamentos é: “Não terás outros deuses diante de mim” (Dt 5:7). Isso porque todos os outros “deuses” são apenas fruto de imaginações pecaminosas e, na verdade, não são deuses coisa nenhuma (Rm 1:18ss). Adorar outros deuses significa adorar o nada e tornar-se nulo (Sl 115:8). Uma das palavras hebraicas para “ídolos” significa “vaidade, inutilidade”. Em sua mensagem, Moisés apresenta vários argumentos para apoiar essa advertências contra a idolatria.

A experiência de Israel no Sinai (w.10-19). Moisés lembrou o povo das experiências extraordinárias de Israel no Sinai, quando Deus fez sua aliança com eles. A montanha ardeu em fogo e cobriu-se de nuvens e de grande escuridão.
“Aquele que pode ouvir, pode ver”, disse, com toda razão, um sábio judeu.
“Aparência nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo” (Dt 4:15). A conclusão é óbvia: o Senhor proíbe seu povo de adorar representações visíveis de Deus ou qualquer coisa que Deus tenha feito, sejam seres humanos, animais, aves, peixes, o Sol, a Lua ou as estrelas.

O livramento de Israel do Egito (v. 20). Moisés havia acabado de mencionar todas as nações (v. 19), de modo que lembrou o povo que Israel era diferente desses outros povos, pois Israel era o povo escolhido de Deus e sua propriedade peculiar (Êx 19:1- 6). O Senhor escolheu Abraão e seus descendentes para levar suas bênçãos ao mundo todo (Gn 12:1-3; Jo 4:22), e, a fim de realizar essa tarefa importante, era preciso que Israel fosse um povo separado

A experiência de Moisés em Cades (vv.21-24; Nm 20:1-13). Quando Moisés feriu a rocha em vez de falar-lhe, Deus, em sua bondade, supriu água em abundância para seu povo sedento, mas disciplinou seu servo, que havia glorificado a si mesmo em lugar de glorificar ao Senhor. Não há outro Deus além do Senhor e somente ele deve ser glorificado. “Eu sou o S e n h o r , este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem” (Is 42:8).

A aliança de amor de Deus (w. 25-31). Deus fez uma aliança com seu povo e esperava que eles a guardassem. A palavra “aliança” é usada pelo menos vinte e sete vezes em Deuteronômio e vem do termo hebraico berith que, de acordo com alguns estudiosos, significa “comer pão”. No Oriente, quando as pessoas faziam uma refeição juntas, formavam uma aliança ou tratado de ajuda e de proteção mútuas (ver Gn 26:26-35).

O amor de Deus (w. 32-43). Ao educar crianças pequenas, usam-se recompensas e castigos para ensiná-las a obedecer, mas quando ficam mais velhas, espera-se que o caráter e o amor sejam sua motivação para evitar o mal e fazer o que é certo. O Senhor é um Deus misericordioso (Dt 4:31), mas não devemos tentá-lo, pois também é um Deus zeloso (v. 24). Como prova do amor e da misericórdia de Deus, Moisés separou três “cidades de refúgio” do lado leste do Jordão, para onde as pessoas que tivessem matado alguém acidentalmente poderiam fugir, receber justiça e encontrar proteção (vv. 41-43). Trataremos desse assunto com mais detalhes em Deuteronômio 19:1-14.

3. DEUS É SENHOR DE TUDO – DEVEMOS LHE OBEDECER (Dt 4:44-5:33)
As descobertas arqueológicas revelam que o Livro de Deuteronômio segue um padrão literário empregado em tratados entre um soberano e seus vassalos no antigo Oriente Próximo. No caso de Israel, é evidente que o Senhor havia conquistado seus inimigos e libertado os israelitas, seu povo especial. Israel era o povo da aliança, e Deuteronômio define os termos desse acordo. Assim como os antigos tratados de vassalos, Deuteronômio contém um preâmbulo (Dt 1:1-5) e uma recapitulação da história por trás do tratado (1:6 – 4:49). Em seguida, apresenta uma lista das estipulações do soberano quanto à conduta de seus súditos (caps. 5 – 26) e o que aconteceria em caso de desobediência (caps. 27 – 30). Encerra com uma explicação de como o tratado funcionaria nas gerações futuras (caps. 31 – 34).

Moisés começou chamando Israel para ouvir a aliança de Deus, aprendê-la e cumpri-la (Dt 5:1). Como vimos, “ouvir” significa muito mais do que escutar casualmente aquilo que alguém está dizendo. Significa ouvir atentamente, compreender, atender e obedecer.

Moisés era o mediador entre Jeová e Israel, pois o povo tinha medo de ouvir a voz de Deus (Dt 5:23-27; Êx 20:18-21; ver também Gl 3:19). Para quem é cristão e obediente, ouvir a voz de Deus significa bênção e ânimo; mas se nosso coração não está em ordem com Deus, sua voz significa juízo.

A lei de Deus (w. 6-21; Êx 20:1-17). O Senhor deu início à proclamação de sua lei lembrando o povo de que era ele quem os havia livrado da escravidão do Egito (Dt 5:6; ver Ne 9:9-11; Sl 77:14, 15; 105:23-38; 136:10-1 5; Is 63:11-14). Esse grande ato de redenção deveria ter sido motivo suficiente para o povo de Israel ouvir a lei de Deus e lhe obedecer, assim como a redenção que temos em Cristo deve servir de motivação para que obedeçamos ao Senhor. A cada Páscoa, os israelitas eram lembrados do grande ato de salvação de Deus, e cada vez que nós, como igreja, celebramos a Ceia do Senhor, somos lembrados de que Cristo morreu por nós para que fôssemos salvos de nossos pecados e pertencêssemos a ele. O Senhor deseja que sejamos obedientes a ele, não como escravos que estremecem de medo diante de um capataz, mas como filhos gratos que amam o Pai celeste e apreciam tudo o que ele é para nós e que faz por nós.

No terceiro mandamento (Dt 5:11), o nome de Deus representa o caráter e a reputação do Senhor, e honrar o nome dele significa falar bem dele para as pessoas a nosso redor. Todo pai quer que seus filhos honrem o nome da família.
Nove dos dez mandamentos são repetidos no Novo Testamento para que a Igreja obedeça; a exceção é o quarto mandamento (Dt 5:12-15) sobre o sábado. Isso porque o sábado era um sinal especial entre Israel e o Senhor (Êx 31:12-1 7; Ne 9:13-1 5; Ez 20:1 2, 20) e não foi dado a nenhuma outra nação (Sl 147:19, 20).

O quinto mandamento (Dt 5:16) nos leva do relacionamento com o Senhor para a prática desse relacionamento com outras pessoas, começando no lar..Isso leva, logicamente, ao sexto mandamento (Dt 5:1 7), que exige que honremos a vida humana e que não matemos.
O sétimo mandamento (Dt 5:18) requer a pureza sexual e a fidelidade no casamento como forma instituída por Deus para o uso e desfrute apropriados da sexualidade.

O nono mandamento (Dt 5:20) proíbe todas as formas de mentira, desde aquelas contadas no banco de testemunhas no tribunal até aquelas ditas ao vizinho (ver Dt 1 7:6-13).O Deus da lei (w. 22-33). O propósito da lei de Deus é revelar o Deus da lei, e, quando nos concentramos nele, vemos que é agradável obedecer a seus mandamentos (Sl 40:8). Moisés encerrou sua recapitulação dos dez mandamentos lembrando a nova geração de que, no Sinai, Deus revelou sua glória e grandeza.

Muitas igrejas de hoje perderam o conceito bíblico da majestade e da autoridade de Deus conforme expressas em sua lei. Essa deficiência empobreceu nosso culto, transformou o evangelismo numa técnica de venda religiosa e converteu a Bíblia num livro de auto-ajuda, que garante transformar você num sucesso. A. W. Tozer estava certo quando disse que: “religião alguma jamais foi maior do que sua concepção de Deus”. Também de acordo com Tozer: “A essência da idolatria é alimentar pensamentos sobre Deus que não são dignos dele”.6 Se isso é verdade, e creio que é, então muitos cristãos evangélicos estão caindo em idolatria.

Em seu apelo a Israel, Moisés instou o povo a lembrar a majestade de Deus e a respeitar a Palavra de Deus. Citou as palavras do próprio Jeová: “Quem dera que eles tivessem tal coração, que me temessem e guardassem em todo o tempo todos os meus mandamentos” (Dt 5:29). A obediência envolve sempre uma atitude do coração, e se amamos ao Senhor, guardaremos seus mandamentos (Jo 14:15, 21-24).
“Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra” (SI 119:16).
Pr. Ele Vieira adap. de WW.

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

“O espírito do Anticristo já está presente”, diz Nicodemus sobre o fim dos tempos

 

Pastor Augustus Nicodemus. (Foto: Captura de tela/YouTube Flow Podcasts)

Conforme o pastor, todos os sinais dados por Jesus já estão sendo cumpridos.

De acordo com o pastor Augustus Nicodemus, o livro de Apocalipse “pede para ser interpretado simbolicamente”, conforme ele explica em entrevista ao Flow Podcasts, na última sexta-feira (18).

Ao ser questionado sobre o arrebatamento, a volta de Cristo e o fim dos tempos, o pastor começa falando sobre o milênio. Sendo amilenista, ele acredita que já vivemos no fim dos tempos.

Segundo os amilenistas, Jesus começou a reinar a partir de sua ressurreição e os próximos eventos serão a volta Dele, a ressurreição dos mortos e o Juízo Final.

Pré-milenismo X Pós-milenismo

Lembrando que o pré-milenismo interpreta os “mil anos” citados na Bíblia como sendo literais, período em que Jesus vai reinar na terra. Nessa linha interpretativa, Jesus volta antes do milênio e a sede de Seu reinado será em Jerusalém.

Nicodemus esclarece que os pré-milenistas acreditam que ainda virá a Grande Tribulação (GT), citada em Mateus 24.

Já para os seguidores da linha pós-milenista, conforme explica Nicodemus, o milênio é figurado, ou seja, não vai durar exatamente mil anos e Jesus só voltará após esse período indefinido.

Nessa interpretação, o milênio é considerado como um tempo de paz, com a Igreja sendo proeminente no mundo. “Há pouca gente que acredita nessa visão”, ele mencionou.

Amilenismo

Segundo Nicodemus, os amilenistas não acreditam que haverá um milênio literal. “Ele é figurado e já está acontecendo a partir da ressurreição de Cristo, que se sentou no Trono do Universo”, explicou ao esclarecer que a paz e o domínio de Cristo é sobre Sua Igreja e não ainda no mundo.

Depois disso, o próximo passo é a vinda de Jesus para o início dos novos céus e nova terra, após o Juízo Final, conforme cita Nicodemus.

“Eu sou amilenista e creio que Cristo já reina, já governa no coração do Seu povo”, disse ao compartilhar que não acredita em arrebatamento secreto, antes da GT, já que a Bíblia não fala sobre o tema.

Essa ideia muito propagada pelos filmes, segundo o pastor, surgiu há 200 anos, aproximadamente e não existia entre os teólogos mais tradicionais.

Sobre a figura do Anticristo

O Anticristo, o homem da iniquidade ou a besta que sai do mar, conforme a Bíblia, é uma figura profética que vai surgir durante o período de maior perseguição à Igreja.

Nicodemus acredita em sua vinda literal, no futuro, mas também considera o “espírito do Anticristo” que já está entre nós.

“Anticristo é uma palavra que pode significar ‘no lugar de Cristo’ ou ‘contra Cristo’. Ou então as duas coisas juntas, pois a ambiguidade enriquece esse sentido”, disse.

Ao falar dos falsos profetas e anticristos, Nicodemus lembra que muitos apontam para a figura do Papa ou do Hitler, entre outros. Depois, lembrou que o apóstolo João escreveu sobre os anticristos: “Aqueles que negavam a humanidade de Cristo”.

Além disso, disse que alguns estudiosos apontam para o Anticristo, não como uma pessoa, mas como um sistema que se levanta contra Cristo: “E, ao mesmo tempo, se oferece no lugar de Cristo para resolver os problemas da humanidade”.

Sobre o número da besta 666

Nicodemus disse: “Em minha interpretação, o número 7 é o número de Deus [perfeito] e 6 é o número do homem, e ele nunca será Deus”.

O pastor explica que o Anticristo quer tomar o lugar de Deus, mas será sempre 666, ou seja, sempre o número 6, nunca alcançará o 7. A Bíblia deixa isso claro: “Pois é número de homem”. (Ap 13.18).

E sobre os sinais bíblicos sobre a vida do Anticristo e o fim dos tempos, o pastor cita Mateus 24 e lembra de cada profecia: guerras, rumores de guerras, perseguição aos cristãos, fomes, terremotos, pestes, pandemias e falsos profetas.

‘Jesus é o Filho de Deus’

“Jesus deu 9 ou 10 sinais que eram difíceis de acontecer naquela época”, disse o pastor ao mencionar que Jesus estava vivendo o tempo da Pax Romana, e mesmo assim falou das guerras.

“Jesus estava sozinho no Monte das Oliveiras, sendo perseguido, já traído por Judas, iria ser negado por Pedro e os outros discípulos fugiram”, citou o pastor ao destacar como Jesus profetizou.

“Como Ele poderia dizer que o nome Dele seria tão conhecido e que seus discípulos seriam levados diante de reis e autoridades? Aqueles sinais foram dados para mostrar que Jesus é o Filho de Deus e o Profeta, pois Ele conhece o futuro”, continuou.

Nicodemus finaliza dizendo que, desde que Jesus falou sobre os sinais, tudo vem se cumprindo: “Nunca parou de ter guerras, pandemias, pestes, doenças, perseguições, falsos profetas. Sempre teve [tudo isso], em algumas épocas mais, em outras menos”.

“Esses sinais foram dados, não para marcar a data da vinda Dele, mas para termos certeza de que isso vai acontecer [Jesus vai voltar]”, concluiu.

FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

Catar: como é a realidade dos cristãos no país da Copa do Mundo

 

Culto na Assembleia de Deus Bethel – Doha Catar. (Foto: Facebook/Igreja Bethel AG Doha Catar)

Apesar da relativa liberdade religiosa, os cristãos, que correspondem 9,6% da população do Catar, sofrem pressões e as igrejas só funcionam sob égide de denominações reconhecidas pelo governo.

Catar ou Qatar, uma península localizada no litoral do Golfo Pérsico, no oriente Médio, está em evidência em todo a mídia. Os holofotes apontados para o pequeno emirado são devidos à maior competição de esporte único: a Copa do Mundo de futebol.

A cerimônia de abertura da Copa do Catar aconteceu no domingo (20), às 11h (horário de Brasília).

Segundo a Forbes, em 2022 o país, que faz fronteira com a Arábia Saudita e é separado por um estreito do Golfo Pérsico do Bahrein, foi considerado o 4º mais rico do mundo.

Comandado pela família al-Thani, que ganhou esse direito político concedido pelo Reino Unido e pelo Império Otomano, o país asiático tem uma população de aproximadamente 2,8 milhões de habitantes. Do total, cerca de 75% são estrangeiros, representados especialmente pelos indianos. Quase 90% da população vive na área urbana.

De acordo com o Qatar Statistics Authority, a população masculina atual é de aproximadamente 2.036.932 homens e cerca de 646.575 mulheres. Esses números fazem do Catar o país com o maior número de homens para cada mulher.

Estrangeiros

Outras comunidades estrangeiras também ajudam a compor a população catariana, entre elas nepalenses, filipinas, paquistanesas e de outras nacionalidades menos representativas. Segundo dados do país, cerca de 800 brasileiros vivem no Catar.

A dinastia reinante no Catar está no poder desde 1825. Após a renúncia sobre a região do Catar pelos otomanos, o país passou a ser um protetorado britânico, em 1916. Quase 60 anos depois, país conquistou sua independência do Reino Unido, e se tornou um Estado Soberano.

Só em 2003, uma Constituição foi aprovada após um referendo com cerca de 98% de aprovação. O Catar corresponde a uma Monarquia Absolutista e Constitucional. No Catar, partidos políticos são proibidos e não há legislatura independente.

Religião

A principal religião do país é o islamismo, mas outras crenças em minoria podem ser praticadas no país entre elas o cristianismo.

Aproximadamente 9,6% da população do Catar é cristã, formada em sua imensa maioria por trabalhadores filipinos, indianos e libaneses, além de alguns convertidos do islamismo.

Apesar de grupos missionários estrangeiros não ter permissão para trabalhar no país, a Copa do Mundo é uma oportunidade para evangelizar no Catar.

Sociedade Bíblica divulgou que irá distribuir exemplares do Novo Testamento e do Evangelho de João durante a competição. A tradução será em 14 idiomas, entre eles o árabe, inglês, francês, alemão, hindi, italiano, malaiala, nepalês, português e cingalês.


Assembleia de Deus Bethel – Doha Catar. (Foto: Facebook/Igreja Bethel AG Doha Catar)

As Bíblias serão oferecidas aos turistas de várias nacionalidades que visitarão o país árabe e aos trabalhadores imigrantes.

“Nosso mandato como Sociedade Bíblica é acender esperança, cuidado e amor nos corações de milhares”, declarou o Dr. Hrayr Jebejian, secretário-geral da Sociedade Bíblica no Golfo.

Igrejas cristãs

Segundo a Religion and Public Life, antes da construção contínua de igrejas, os cristãos se reuniam em casas particulares e centros comunitários para adoração. Tanto o governo quanto os líderes cristãos promovem a necessidade de discrição e comunicação amigável, e os símbolos cristãos não são permitidos no exterior das igrejas.

Entre a minoria cristã, os católicos romanos encabeçam a lista, seguidos por protestantes, anglicanos e cristãos não afiliados. Apenas seis igrejas são reconhecidas pelo governo do Catar: católica romana, anglicana, ortodoxa grega, ortodoxa síria, copta e cristã indiana.

As denominações menores não reconhecidas oficialmente, em grande parte protestantes, devem realizar cultos sob o amparo de um dos seis grupos reconhecidos. A Igreja Anglicana abriga sessenta evangélicos, protestantes e pentecostais.

Aos poucos, as igrejas estão conseguindo algumas conquistas. Segundo a Religion and Public Life, várias já foram construídas e outras foram aprovadas para construção futura.

“Uma igreja católica foi inaugurada em março de 2008, cujo terreno foi doado diretamente ao Emir, Sheikh Hamad bin Khalifa. Uma Igreja Anglicana foi consagrada em setembro de 2013 com capacidade para 15.000 lugares e é supervisionada pela Diocese Anglicana de Chipre e do Golfo”, diz a RPL.

A instituição, ligada à Harvard Divinity School, diz ainda que várias outras igrejas estão planejadas para o mesmo complexo, conhecido como Complexo Religioso de Mesaymir ou “Cidade da Igreja”, um movimento visto como consistente com os esforços do Catar para modernizar e atrair trabalhadores expatriados.

Liberdade religiosa

Apesar da relativa liberdade religiosa, o Catar figura em 18º lugar na lista da perseguição da Portas Abertas.

As mullheres enfrentam restrições e limitações aos direitos humanos devido à sharia (conjunto de leis islâmicas). Elas são obrigadas a obedecer ao marido, serem vulneráveis à violência doméstica e restringidas legalmente de herdar metade do que um familiar masculino nas mesmas condições receberia.


Culto na Assembleia de Deus Bethel – Doha Catar. (Foto: Facebook/Igreja Bethel AG Doha Catar)

No Catar, os homens são mais visíveis na esfera pública e, portanto, estão à frente da interação com as autoridades. Os que estão na liderança cristã são obrigados a relatar detalhes das atividades da igreja.

Os homens cristãos ex-muçulmanos não são imunes à pressão doméstica. Quando a conversão se torna conhecida, a família pode ameaçar de tirar as esposas e os filhos e colocá-los com outra família. A fé cristã de um pai jamais deve ser compartilhada com um filho. 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO G1 E RELIGION AND PUBLIC LIFE

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