sexta-feira, 26 de maio de 2023

Cristãos são maioria dos 900 mortos na Nigéria em 2 anos, diz relatório

 


Relatório divulgado pela Intersociety em 10 de abril, foi revelado que mais de 50.000 cristãos foram mortos na Nigéria desde 2009. (Foto representativa: Portas Abertas)

Parcela significativa das vítimas mortas no estado de Imo e em outras regiões do sudeste da Nigéria pode ter sido alvo devido à sua fé cristã.

Um relatório alarmante foi divulgado por uma organização nigeriana de direitos humanos, ressaltando a gravidade das estatísticas relacionadas a execuções sumárias, mutilações, desaparecimentos forçados e detenções ilegais no estado de Imo, localizado no sudeste da Nigéria.

Durante uma coletiva de imprensa realizada em 21 de maio, Emeka Umeagbalasi, ativista católico de direitos humanos e presidente da organização Intersociety, divulgou dados preocupantes presentes no relatório.

Segundo Umeagbalasi, no período de 29 meses, compreendido entre janeiro de 2021 e maio de 2023, “as forças de segurança e milícias aliadas mataram 900 cidadãos desarmados, 700 feridos, 3.500 presos, 1.400 extorquidos, 300 desaparecidos.”

O relatório também revelou que aproximadamente 1.200 casas de civis foram incendiadas, resultando no deslocamento de 30.000 proprietários e suas famílias, além de forçar cerca de 500.000 cidadãos a deixarem suas residências em busca de segurança.

De acordo com o relatório, atores não estatais, como jihadistas Fulani e outras milícias, foram identificados como responsáveis pela maioria das mortes, totalizando 700 vítimas, além de estarem envolvidos em outros 900 casos de sequestros ocorridos durante o mesmo período.

Fé cristã

Os autores do relatório enfatizaram que uma parcela significativa das vítimas mortas no estado de Imo e em outras regiões do sudeste da Nigéria pode ter sido alvo devido à sua fé cristã.

Umeagbalasi expressou preocupação ao afirmar que as pessoas estão sendo mortas com base em sua etnia e religião, ressaltando a existência de motivações discriminatórias por trás desses crimes.

“Não somos contra a polícia e as agências de segurança realizarem seus trabalhos”, disse Umeagbalasi aos jornalistas, “mas eles têm que fazer isso dentro dos limites da lei”.


Cristãos são cada vez mais atacados na Nigéria. (Foto representativa: Portas Abertas)

“Você não deixa as partes em combate” e “fecha os olhos” para os civis, reclamou.

Durante a conferência de imprensa, a organização confirmou que casas de culto foram saqueadas no estado de Imo. Cerca de 200 sinagogas e 300 templos de crenças tradicionais foram incendiados ou destruídos, muitas vezes sob a mera suspeita de que estavam sendo utilizados como centros de apoio a movimentos separatistas locais.

“Não há nenhuma evidência para esta alegação”, disse Umeagbalasi, que é originalmente da Arquidiocese de Onitsha.

“Você não pode matar todos os muçulmanos no norte e rotulá-los como Boko Haram. Você não pode ir a uma mesquita e incendiá-la e dizer que é um campo de treinamento para o Boko Haram”, disse Umeagbalasi, referindo-se a um grupo terrorista que visa cristãos, mas enfatizando que os cristãos nunca adotam esse tipo de abordagem vingativa.

50.000 cristãos mortos

Em um relatório anterior divulgado pela Intersociety em 10 de abril, foi revelado que mais de 50.000 cristãos foram mortos na Nigéria desde o levante islâmico de 2009 no país, que é o mais populoso da África. Grupos católicos afirmam que o governo do presidente Muhammadu Buhari tem mantido silêncio diante desses assassinatos desde que assumiu o poder em 2015.

“Todas as pessoas de boa vontade podem atestar que o governo federal fez muito mal em responder a este desafio de segurança. Depois de oito anos, não houve nenhuma prisão e nenhum julgamento dos perpetradores desses crimes hediondos, o que dá razão à sugestão de que o governo do dia pode ser cúmplice do que está acontecendo”, disse o padre Remigius Ihyula, da diocese de Makurdi, à OSV News.

Em 20 de maio ocorreu o mais recente trágico assassinato em massa por um grupo jihadista Fulani, quando fiéis da paróquia de St. Michael’s Agasha, na diocese do padre Ihyula, foram atacados e mortos enquanto trabalhavam pacificamente em suas fazendas.

Subornos e coações

Segundo Umeagbalasi, o governo, em vez de proteger os cidadãos, recorreu a “subornos” destinados a “silenciar as vozes dissidentes”. Ele disse ainda que muitos ativistas foram “coagidos” a “se tornarem apoiadores do governo”.

Umeagbalasi afirmou que o governo fez empréstimos para pagar lobistas e “encobrir a perseguição aos cristãos“.

Em 29 de maio, Bola Tinubu, o recém-eleito presidente da Nigéria, assumirá o cargo, sucedendo o presidente Buhari. No entanto, Johan Viljoen, diretor do Denis Hurley Peace Institute (DHPI) da Conferência Episcopal da África do Sul, prevê que “está claro que nada vai mudar” em relação à perseguição aos cristãos na Nigéria.

“Com uma chapa muçulmano-muçulmana, podemos esperar que as coisas piorem. E parece haver uma escalada. No dia seguinte à eleição, seis comunidades no estado de Benue estavam sob ataque simultâneo. Agora estamos vendo a violência se espalhar. Do estado de Imo para Anambra”, disse Viljoen à OSV News.

Diante da persistência dos assassinatos no estado de Imo e em outras regiões da Nigéria, a organização Intersociety, liderada por Umeagbalasi, está fazendo um apelo por uma investigação criminal internacional. Segundo eles, “crimes contra a humanidade, crimes de guerra ou outros atos ou condutas internacionalmente proibidas estão ocorrendo em Imo”.

Em resposta, o grupo de direitos humanos pediu ao Escritório de Direitos Humanos do Alto Comissariado da ONU que investigue a questão por especialistas independentes, normalmente encarregados de apontar “abusos e violações horríveis e flagrantes dos direitos humanos, como o caso do estado de Imo”, disse Umeagbalasi.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA UCA

VIVER EM OBEDIÊNCIA A DEUS

 



Obediência por amor ao Senhor a chave de toda bênção

Texto: Dt 10:12 – 11:32

As palavras: “Agora, pois, ó Israel” (Dt 10:12) constituem a transição a que Moisés chega ao encerrar essa parte de seu discurso, uma seção em que ele lembra o povo dos motivos para obedecer ao Senhor seu Deus.

 Não se tratava de um assunto novo, porém, ainda assim, era uma questão importante, e Moisés queria que todos compreendessem a mensagem e que não a esquecessem: Viver em  OBEDIÊNCIA POR AMOR AO SENHOR ERA A CHAVE DE TODA BÊNÇÃO.

O Deus que age, ensina ao seu povo que a obediência por amor ao Senhor é a chave para uma vida  abençoada, Por isso Moisés falou aos filhos de Israel:

1-OBEDEÇAM OS MANDAMENTOS DO SENHOR (w. 12, 13) – A sequência destes cinco verbos é significativa: temer, andar, amar, servir e guardar. O temor do Senhor é a reverência que lhe devemos pelo simples fato de ele ser Senhor. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a vida de fé é comparada a uma caminhada (Ef 4:1, 17; 5:2, 8, 15).

O elemento central desse conjunto de cinco verbos é o amor, sendo que nessa parte de seu discurso Moisés emprega seis vezes termos relacionados a ele (Dt 10:12, 15, 19; 11:1, 13, 22). É possível temer e amar ao Senhor ao mesmo tempo? Sim, pois a reverência que demonstramos para com ele é uma forma amorosa de respeito que vem do coração. A palavra “coração” aparece cinco vezes nessa parte do discurso de Moisés (Dt 10:12, 16; 11:13, 16, 18), de modo que ele deixou claro que o Senhor quer mais do que obediência externa. Deseja que façamos a vontade dele de coração (Ef 6:6), uma obediência motivada pelo amor que alegra nosso Pai celestial.

Portanto, se amarmos a Deus, não será um fardo nem uma batalha lhe servir e guardar seus mandamentos. Esses cinco elementos são como partes de um motor, que devem ficar juntas e trabalhar em conjunto.

2-OBEDEÇAM PELO CARÁTER DE DEUS (VV. 14-22)-O equilíbrio entre o temor do Senhor e o amor ao Senhor é resultado de uma compreensão cada vez maior dos atributos de Deus. Enquanto estavam vivendo no Egito, os israelitas viram o poder do Criador quando ele mandou fogo, granizo, escuridão, rãs, piolhos e até morte, provando que estava no controle de todas as coisas. Quando o Criador do Universo é seu Pai, por que se preocupar?

A criação não revela claramente o amor e a graça de Deus, mas vemos esses atributos nas alianças que ele fez com seu povo (Dt 10:15, 16). Deus escolheu Israel porque o amava, e, por causa desse amor, entrou em aliança com ele, a fim de ser seu Deus e de abençoá-lo. Os cristãos do Novo Testamento sabem que fazem parte de uma aliança por causa da presença do Espírito Santo dentro deles (Ef 1:13 e 4:30; Rm 8:9, 16).

O Deus que adoramos e servimos também é santo e justo. Por ser santo, tudo o que Deus faz é justo, pois para Deus é impossível pecar. Sua conduta é imparcial, e ele não pode ser subornado por nossas promessas ou boas obras. Deus cuidou dos israelitas quando eram estrangeiros no Egito e esperava que eles cuidassem de outros estrangeiros quando Israel estivesse assentado em sua própria terra.

3-OBEDEÇAM PELO CUIDADO DE DEUS (10:21 – 11:7)-As palavras “o que fez” ou semelhantes são usadas seis vezes nesse parágrafo, pois a ênfase é sobre os feitos poderosos de Deus em favor de seu povo, Israel, “a grandeza do Senhor , a sua poderosa mão e o seu braço estendido” (Dt 11:2). O que Deus fez por Israel?

Quando os judeus eram escravos no Egito, Deus cuidou deles e multiplicou-os grandemente. Jacó e sua família fizeram sua jornada para o Egito, a fim de se juntarem a José (Gn 46), e setenta pessoas transformaram-se numa nação poderosa de cerca de dois milhões. Moisés também lembrou a nova geração de que Deus havia cuidado deles durante o tempo em que vagaram pelo deserto, mas mencionou apenas um acontecimento específico: o julgamento de Deus sobre Datã e Abirão (Dt 11:5, 6; Nm 16; Jz 11).

Era importante que essa nova geração aprendesse a respeitar os líderes de Deus e a obedecer aos mandamentos do Senhor com relação ao sacerdócio. Ainda hoje, indivíduos arrogantes que desejam promover-se e ser “importantes” na igreja devem ter cuidado com a disciplina e o juízo de Deus (At 5:1-11; 1 Co 3:9-23; Hb 13:17; 2 Jo 9-12).

4- OBEDEÇAM PELAS PROMESSAS DA ALIANÇA (W. 8-25)- A palavra-chave desta parte do discurso é “terra” e aparece pelo menos doze vezes, referindo-se à terra de Canaã que Deus havia prometido a Abraão e a seus descendentes quando entrou em aliança com ele (Gn 13:14-1 7; 15:7-21; 1 7:8; 28:13; 5:12; Êx 3:8). A terra de Israel serviria de palco em que se desenrolaria o grande drama da redenção.

Se Israel desejava possuir a terra, permanecer nela e desfrutá-la, deveria obedecer aos mandamentos de Deus, pois toda a terra de Israel pertence ao Senhor (Lv 25:2, 23, 38).  O mesmo princípio aplica-se aos cristãos de hoje: em Cristo temos “toda sorte de bênção espiritual” (Ef 1:3), mas não podemos nos apropriar delas, nem desfrutá-las a menos que creiamos nas promessas de Deus e que obedeçamos a seus mandamentos.

De que maneira nos apropriamos das bênçãos de Deus? Ao dar um passo de fé (Dt 11:24, 25). Foi isso o que Deus ordenou a Abraão (Gn 13:17), bem como a Josué (Js 1:3). Você não “toma posse da terra” ao estudar o mapa e sonhar com a conquista. Você toma posse ao dar um passo de fé, crer na Palavra de Deus e depender da fidelidade do Senhor. J. Hudson Taylor disse: “Como fazer para que a fé se fortaleça? Não lutando por ela, mas, sim, descansando sobre aquele que é fiel”.

Pr. Eli Vieira

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Netflix é criticada ao mostrar casamento e beijo gay em série infantil


Cena do casamento gay na animação Ada, Batista, da Netflix. (Imagem: Divulgação/Netflix)

Dois homens se casam e se beijam no episódio 11 da quarta temporada do desenho ‘Ada Batista”.

Mais um desenho exibido pela Netflix volta a ser criticado por conteúdo que promove a ideologia de gênero para o público infantil. Desta vez, a animação Ada Batista, Cientista apresenta os personagens Sensei Dave e Joe do Jiu-Jítsu como noivos.

O casamento gay acontecerá no episódio “Blue River Wedding”, de número 11, exibido na quarta temporada da série, quando os personagens do sexo masculino aparecem se beijando durante a “cerimônia” assistida por uma plateia formada por crianças.

Os amigos Ada Batista, Rosie Revere, Iggy Peck e Benny B estão ajudando o Sensei Dave e o campeão de artes marciais mistas Jiu Jitsu Joe a se preparar para o seu casamento.

Em meio a um tornado que chega na cidade, atrapalhando a movimentação das pessoas, Ada e seus amigos usam suas habilidades para tentar desviá-lo e assim garantir que todos os convidados possam comparecer ao evento.

Após o casamento, os noivos são declarados casados e se beijam diante de todos os participantes, incluindo as crianças, que festejam a união dos dois homens.

Pais reclamam

Além de promover o casamento gay, a mensagem de Ada Batista fortalece a mensagem de que os dois homens são apoiados por seus amigos e familiares em uma união matrimonial.

A Netflix foi bastante criticada por pais nas redes sociais. Uma família reclamou:

“Veja o que acontece neste desenho assistido por crianças com não mais que 8 anos. Cada um faz o que quiser com sua vida, mas empurrar goela abaixo em crianças já é demais.”

O pastor Fernando Fransman disse em seu canal no YouTube:

“Ada Batista, cientista! Um desenho que aparenta ser um desenho inteligente e que não possui maldade, mas na T4 EP11 leva a ideologia de gênero, mostrando crianças organizarem um casamento para dois homens gays.”

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO COMMON SENSE

Milhares fogem do conflito no Sudão


Refugiados enfrentam fome e longas filas para buscar água

A luta entre o atual líder do país e um grupo paramilitar já dura três semanas

Após três semanas de conflito no Sudão, na manhã de hoje, o general Abdel Fattah e o líder paramilitar Mohamed Hamdan confirmaram a escolha de representates para negociar um acordo de paz em breve. Ambos concordaram em estabelecer um cessar-fogo de oito dias. 


Capital evacuada
 

O general Abdel Fattah al-Burhan, líder atual do Sudão, e o grupo paramilitar Rapid Support Forces (RSF, da sigla em inglês), liderado pelo general Mohamed Hamdan Dagalo, estão em uma disputa sangrenta há mais de 15 dias.  

Por causa dos ataques aéreos na segunda-feira, 1 de maio, a capital, Cartum, foi evacuada. O ministro da Saúde relatou mais de 500 mortes e 4.600 feridos e quase 70% dos hospitais nas redondezas de Cartum foram fechados e mais de 800 mil pessoas fugiram para países vizinhos.

Mais de 330 pessoas se tornaram deslocados internos também. Os civis que ficaram encurralados na capital enfrentam fome severa e filas enormes para buscar água. Organizações internacionais que entregavam alimentos no Sudão suspenderam as atividades no país. 

Igreja no fogo cruzado 


Líderes de igrejas no Sudão organizaram uma reunião de oração em que cristãos compartilharam as repercussões do conflito em suas vidas. A maioria deles são trabalhadores informais e não tem reservas de emergência para se sustentarem nessa crise. Isso, combinado ao fato de que eles são uma minoria marginalizada, colocou cristãos sob intensa pressão.  


Líderes disseram que os cristãos estão escolhendo se morrem de fome ou sob os tiros
. As igrejas mais distantes da capital não estão isentas de dificuldades. Após anos sob perseguição, a maioria vive sob extrema pobreza e são mal vistas por causa da relação com a comunidade internacional, o que é percebido como uma ameaça pelas autoridades do Sudão.  


Ajude quem mais precisa 

A Portas Abertas atua em mais de 60 países socorrendo cristãos perseguidos. Com uma doação, você permite que nossos irmãos na fé recebam alimentos, água, Bíblias e outros itens de que precisam com urgência. 

Pedidos de oração 

  • Clame a Deus para que reestabeleça a paz no Sudão e conceda sabedoria aos líderes para chegarem a um acordo.  
  • Interceda pelos refugiados que saíram e estão se deslocando pelo Sudão para que encontrem um abrigo seguro e sejam protegidos por Deus no caminho. 
  • Ore para que os feridos recebam cuidados médicos em breve e que os voluntários da saúde sejam abençoados com força e proteção. 
  • Peça ao Senhor que ajude os líderes cristãos a pastorearem as igrejas com sabedoria divina em meio ao luto e ao medo gerados pela crise.

Fonte: Portas Abertas

quarta-feira, 24 de maio de 2023

“Sou um juiz melhor por causa de Jesus”, diz William Douglas

 

William Douglas em evento da Lifeshape Brasil em SP. (Foto: Davi Seiffert)

O desembargador federal afirma ser um homem de dois livros: a Bíblia e a Constituição.

Durante um encontro com pastores, líderes e profissionais cristãos na última quarta-feira (17), em São Paulo, o desembargador federal William Douglas apresentou-se como “um homem de dois livros” — a Bíblia e a Constituição.

“O primeiro e mais importante é a Bíblia. Sou cristão, aceitei Jesus e esse livro me direciona. Mas eu também sou professor universitário e desembargador federal no Tribunal Regional Federal da 2ª região, então meu outro livro é a Constituição Federal. Enquanto o primeiro livro depende de fé para ser seguido, o segundo é a grande regra para todos os brasileiros, quer você goste ou não”, disse William.

O juiz federal foi palestrante de um evento promovido pela Lifeshape Brasil, uma organização cristã que atua no desenvolvimento de lideranças. Também estiveram presentes executivos da Chick-fil-A, empresa baseada em valores cristãos nos EUA.

Dentro da temática do encontro, no qual o Guiame esteve presente, William Douglas foi chamado a responder à pergunta: Como o cristão pode ser relevante na sociedade? 

Ele então começou a refletir: “Antes disso, eu pergunto: como o cristianismo foi relevante na minha vida?”

“Sou pai, marido e um cidadão muito melhor do que seria se não fosse Jesus”, disse ele. “Jesus criou um juiz que se preocupa com o próximo. Se não fosse isso, estaria apenas preocupado com a minha carreira.”

Trajetória impulsionada pelos “nãos”

Até conseguir vender mais de 1, 2 milhão de livros e dar palestras para mais de 2,5 milhão de pessoas no Brasil, William Douglas teve que lidar com muitos “nãos”.

Os primeiros “nãos” foram no início, nas repetidas reprovações nos concursos públicos. Depois de procurar ajuda entre os primeiros colocados das provas e ouvir o simpático conselho “se vira”, Douglas resolveu estudar com mais empenho e foi aprovado não apenas em uma, mas em diversas provas.

Ele foi o 1º colocado nos concursos para juiz de direito, defensor público e delegado de polícia. Além disso, também conseguiu ser o 3º colocado no concurso nacional de monografias sobre a Justiça Federal, 4º colocado para professor de direito na Universidade Federal Fluminense, 5º colocado no para analista judiciário e 8º colocado para Juiz Federal.

Muitas pessoas passaram a procurá-lo para entender como ele passou a conseguir tantas aprovações. A resposta “se vira”, na visão cristã de William, não era a mais adequada. Então ele decidiu publicar um livro de 700 páginas com dicas.

Encontro entre executivos da Chick-fil-A e líderes em SP. (Foto: Davi Seiffert)

Nessa fase, William encarou mais “nãos” — as editoras não enxergaram vantagem em publicar este tipo de conteúdo. Mais uma vez, o juiz federal decidiu fazer diferente. Ele fundou a Impetus, sua própria editora.

Daí surgiu o best seller “Como passar em provas e concursos“, o que o levou a ser conhecido como o “guru dos concursos”.

Testemunho na vida profissional

William acredita que até mesmo o desempenho e os resultados profissionais podem testemunhar o caráter cristão.

Em 2020, seu último ano atuando em um Tribunal de Primeira Instância, a 4ª Vara Federal de Niterói, a produtividade de sua equipe era de 121%.

“Um juiz foi na 4ª Vara perguntar para mim: William, como você consegue com o mesmo número de funcionários, o mesmo tipo de processo e o mesmo equipamento, produzir tão mais do que os outros?”

Ao responder, William entregou a ele o livro “As 25 leis bíblicas do sucesso”, um exemplar da Bíblia e disse: “Aqui nós praticamos a Bíblia — não de forma proselitista, mas de forma laica”, esclareceu. 

“Ele foi ao meu gabinete para ser evangelizado. Eu não tive que ir ao mundo, o mundo veio até mim quando eu tive um resultado secular que atrai.”

Luz do mundo

William afirma que costuma passar à sua equipe de trabalho algumas verdades bíblicas, como a de Efésios 6:7-8, que diz: “Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como ao Senhor, e não aos homens, porque vocês sabem que o Senhor recompensará a cada um pelo bem que praticar, seja escravo, seja livre.”

“Eu ensino que a Bíblia diz que você deve tratar o público como gostaria de ser tratado. Você deve tratar como se fosse o próprio Jesus Cristo. Jesus Cristo está no balcão. Tudo o que fizermos, devemos fazer de todo o coração, como se fosse para Deus”, disse.

E destacou: “É absolutamente fantástico o resultado que você tem quando pessoas não cristãs entendem que os princípios bíblicos funcionam, independente da tradição religiosa. E no caso dos cristãos, quando você consegue mostrar para eles que seu trabalho é um campo missionário e um campo de serviço”.

“O que evangeliza é sermos cartas vivas de Cristo, o nosso comportamento. As palavras às vezes são úteis”, acrescentou.

Por fim, William lembra do chamado de Jesus a todos os cristãos, para serem “luz do mundo”.

“Imputa-se às empregadas domésticas evangélicas o crescimento do Evangelho na classe média”, exemplificou. “Temos que ser brilhantes em tudo o que fazermos, e quando virem as nossas boas obras, nós temos que dizer: não sou eu, é o Cristo que vive em mim. E isso servirá de testemunho, evangelismo, glória para Cristo e para melhorar esse mundo.”

FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES

ZAQUEU, UM HOMEM TRANSFORMADO PELA GRAÇA

 


O Chamado e a salvação de Zaqueu

Leia Lucas 19.1-10

A CONEXÃO ENTRE O FINAL de Lucas 18 e o começo de Lucas 19 é meridianamente clara. Ambos os relatos se referem a fatos ocorridos em Jericó. No primeiro caso, um homem cego foi curado e salvo por Cristo; no segundo caso, um homem rico foi alcançado pela graça.

Jericó era uma belíssima e rica cidade próxima do rio Jordão e do mar Morto. Adornada por muitas palmeiras e fontes de águas quentes, era a cidade de inverno dos reis e a residência predileta dos sacerdotes. Seu nome significa “lugar de fragrância”. Ali foram construídos um teatro e um hipódromo. Suas ruas eram enfeitadas com sicômoros enfileirados. 2 Jesus estava passando por Jericó.

A cidade do lazer, do luxo, do comércio e da riqueza estava agora sendo visitada pelo próprio Filho de Deus. Jesus em Jericó era a visitação de Deus naquela cidade, a oportunidade de Deus para o seu povo.

Jesus estava passando pela última vez por Jericó. Ele estava indo para a cruz. Naquela semana, ele seria morto. Aquele era o dia da oportunidade de Jericó. Era o céu aberto sobre Jericó. Era a salvação oferecida a Jericó. Era o dia mais importante na agenda da cidade de Jericó.

Uma multidão se acotovelava para ver Jesus, mas só dois homens foram salvos: um rico e outro pobre. Um à beira do caminho e o outro empoleirado em uma árvore. Para se encontrar com Cristo, um precisou se levantar, e o outro precisou descer. Um era esquecido, e o outro era odiado. Um era aristocrata e o outro era mendigo, mostrando que Deus não faz acepção de pessoas. Não importa a sua posição política, financeira, a cor da sua pele ou a sua religião, Jesus veio aqui para salvar você. Esta pode ser também a sua última oportunidade. O tempo é agora para o encontro da salvação.

Warren Wiersbe resume a histórica de Zaqueu em cinco fatos: 1) um homem que se tornou uma criança; 2) um homem que procurava e foi encontrado; 3) um homem pequeno que se tornou grande; 4) um homem pobre que se tornou rico; 5) um anfitrião que se tornou convidado. 3

Estes versículos descrevem a conversão de uma alma. Neste texto podemos ver o chamado ao rico pobre pecador Zaqueu, mesmo sendo o chefe dos publicanos foi alcançado por Jesus. Assim como a história de Nicodemos e da mulher samaritana, a de Zaqueu deve ser frequentemente estudada pelos crentes. O Senhor Jesus nunca muda. O que ele fez por esse homem Ele é capaz e está disposto a fazer por qualquer outra pessoa. Por quê?

1- NINGUÉM É TÃO ÍMPIO QUE CRISTO NÃO POSSA SALVAR (Lucas 19.1,2) ou que fique longe do alcance do poder de sua graça. Esta passagem nos fala sobre um publicano rico que se tornou discípulo de Cristo. Não podemos imaginar outro caso que oferecia menos probabilidade de conversão! Vemos um camelo passando pelo fundo de uma agulha e um rico entrando no reino dos céus. Contemplamos uma prova concreta de que para Deus todas as coisas são possíveis. Neste relato, vemos um avarento coletor de impostos sendo transformado em um cristão generoso.

A porta da esperança, que o evangelho revela aos pecadores, está amplamente aberta. Permitamos que ela permaneça aberta como a encontramos. Não procuremos fechá-la com nossa intolerante ignorância. Nunca tenhamos receio de afirmar que Cristo “pode salvar totalmente” (Hb 7.25) e que o pior dos pecadores pode ser completamente perdoado, se vier a Ele. Devemos oferecer o evangelho com ousadia ao pior e mais ímpio dos pecadores, dizendo-lhe: “Há esperança. Arrependa-se e creia. Ainda que seus pecados sejam como a escarlate, se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã” (Is 1.18). Talvez seja uma doutrina com aparência de tolice e licenciosidade para as pessoas mundanas. Mas constitui o evangelho dAquele que salvou Zaqueu, em Jericó. Os médicos, às vezes, consideram alguns casos de pessoas como incuráveis. Mas não existem casos incuráveis para o evangelho. Qualquer pecador poderá ser curado, se tão-somente vier a Cristo.

Estes versículos nos ensinam quão poucas e simples são as coisas que frequentemente cooperam para a salvação de uma alma. Zaqueu “procurava ver quem era Jesus, mas não podia… por ser ele de pequena estatura” . Curiosidade, e nada mais, parece ter sido o motivo de seu coração. Uma vez que a curiosidade brotou em seu íntimo, Zaqueu estava decidido a satisfazê-la. Para ter certeza de que veria Jesus, correu e “adiante, subiu a um sicômoro”. Dessa atitude insignificante, aos olhos dos homens, dependeu a salvação de Zaqueu. Nosso Senhor parou sob aquela árvore e disse: “Desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa” . A partir daquele momento, Zaqueu tornou-se um homem diferente. Naquela noite ele dormiu sendo um verdadeiro cristão.

Nunca podemos desprezar o “dia dos humildes começos” (Zc 4.10). Não devemos reputar insignificante qualquer coisa que se refere à alma. Os caminhos pelo quais o Espírito Santo leva homens e mulheres a Cristo são maravilhosos e misteriosos. Com frequência, Ele inicia em determinado coração uma obra que permanecerá por toda a eternidade, quando aqueles que a observam não percebem nada admirável. Em cada obra, precisa haver um começo; e na obra espiritual o começo em geral é muito insignificante. Vemos uma pessoa negligente começando a utilizar-se dos meios da graça, que em tempos passados eram por ela negligenciados? Nós a vemos ir à igreja e ouvir a pregação do evangelho, depois de ter passado muito tempo desprezando o domingo? Quando contemplarmos tais coisas, lembremo-nos de Zaqueu e tenhamos esperança. Não olhemos para tal pessoa com indiferença, porque seus motivos no momento são pobres e questionáveis. Creiamos que é melhor ouvir o evangelho motivado por curiosidade do que não ouvi-lo de maneira alguma. Essa pessoa está agin[1]do à semelhança de Zaqueu! Pelo que sabemos, ela pode tomar outros passos adiante. Quem não pode dizer que um dia ela receberá a Cristo com alegria?

2- JESUS É PODEROSO PARA TRANSFORMAR OS CORAÇÕES (Lc. 19.3-7) Estes versículos nos ensinam a compaixão gratuita de Cristo para com os pecadores e seu poder de mudar os corações. Um exemplo mais admirável é impossível imaginarmos. Sem qualquer convite, nosso Senhor parou e conversou com Zaqueu. Espontaneamente Ele se ofereceu como hóspede para a casa de um pecador. Sem ser solicitado, o Senhor Jesus enviou a graça renovadora do Espírito Santo ao coração de um publicano, transformando-o naquele momento em um filho de Deus (Jr 3.19).

Levando em conta o relato desta passagem, podemos dizer que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo jamais será exaltada em excesso. Não existem palavras para expressarmos com intensa firmeza a infinita prontidão de nosso Senhor para receber e sua infinita capacidade para salvar pecadores. Acima de tudo, esta passagem nos habilita a afirmar com segurança que a salvação não vem das obras, e sim da graça. Se houve alguém que foi buscado e salvo, sem ter feito qualquer coisa para merecê-lo, essa pessoa foi Zaqueu. Apeguemo-nos com vigor a essas doutrinas e nunca as abandonemos. Elas valem muito mais do que rubis. A graça, a graça gratuita, é o único pensamento que concede aos homens descanso na hora da morte. Confiantemente proclamemos essas doutrinas a todos com quem falarmos sobre as coisas espirituais. Exortemo-los a virem a Cristo, assim como estão, e a não demorarem na esperança vã de que podem preparar a si mesmos e tornarem-se dignos de virem a Ele. Devemos proclamar-lhes que Jesus Cristo os espera e deseja vir e habitar em seus infelizes corações pecaminosos, se eles apenas quiserem recebê-Lo. Ele declara: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20).

3- PECADORES CONVERTIDOS SEMPRE MANIFESTARÃO EVIDÊNCIAS DE SUA CONVERSÃO (Lc. 19.8-10). Zaqueu, em sua casa, “se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais” . Houve veracidade nessas palavras; esta foi uma prova inconfundível de que Zaqueu era uma nova criatura. Quando um crente rico começa a distribuir sua riqueza e um extorquidor começa a fazer restituições, certamente podemos crer que as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo (2 Co 5.17). Houve determinação nessas palavras de Zaqueu. Ele disse: “Resolvo dar… restituo”. Ele não estava falando de intenções futuras. Ele não afirmou: “Resolverei…. restituirei”. Tendo sido perdoado gratuitamente e ressuscitado dos mortos à vida, Zaqueu sentiu que poderia começar a demonstrar imediatamente quem ele era e a quem estava servindo agora.

Aquele que deseja provar que é um crente, um servo do Senhor, deve andar nos mesmos passos de Zaqueu, ou seja, tem de renunciar completamente os pecados que antes o assediavam com facilidade; precisa seguir as virtudes cristãs que, no passado, ele habitualmente desprezava. Em todos os aspectos, um crente deve viver de tal modo que todos saibam que ele é um crente genuíno, um verdadeiro servo de Deus. A fé que não purifica o coração e a vida não é a fé verdadeira. A graça que não pode ser vista, tal como a luz, e experimentada, assim como o sal, não é graça, e sim hipocrisia. O homem que professa conhecer a Cristo e crer nEle, enquanto se apega ao pecado e ao mundo, está se encaminhando para o inferno, com uma mentira bem ao seu lado. O coração que realmente provou a graça de Cristo odiará instintivamente o pecado.

CONCLUSÃO

Ao terminar nossa meditação sobre esta passagem, permitamos que o último versículo esteja sempre ecoando em nossos ouvidos: “O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. É como Salvador, mais do que como Juiz, que Cristo deseja ser conhecido. Certifiquemo-nos de que O conhecemos dessa maneira. Cuidemos em verificar se nossa alma está salva. Se estivermos convertidos, nós diremos: “Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?” (SI 116.12); e não reclamaremos que a auto-renúnica de Zaqueu foi uma exigência severa.

Adap. por Pr. Eli Vieira de JC R

“Aldeias cristãs na Nigéria estão sendo varridas do mapa”, diz organização


 Cristãos são cada vez mais atacados na Nigéria. (Foto representativa: Portas Abertas)

Relatórios apontam para a morte de mais de 50.000 cristãos, desde 2009.

O ataque mais recente contra os cristãos, na Nigéria, deixou 42 mortos e dezenas de casas destruídas. “Aldeias cristãs estão sendo varridas do mapa, particularmente no norte da Nigéria”, disse Greg Kelley da Missão Mundial.

Segundo ele, os relatórios mostram que os terroristas já mataram mais de 50.000 cristãos desde 2009. Entre janeiro e abril deste ano, mais de 1.000 seguidores de Cristo foram assassinados. 

Os dados são da Sociedade Internacional para Liberdades Civis e Estado de Direito (Intersociety), com sede na Nigéria.

‘Os líderes estão exaustos’

“Os líderes com quem trabalhamos na Nigéria estão exaustos”, disse Greg ao explicar que todos esperavam que nesta última eleição algum político responsabilize os criminosos, mas isso não aconteceu. 

“O presidente tem ignorado a situação de violência e perseguição nos últimos dez anos. Como resultado, as pessoas não se sentem nem um pouco seguras”, continuou. 

O presidente eleito, Bola Tinubu, sucederá o atual governante nigeriano, Muhammadu Buhari, em 29 de maio. Conforme Greg, os cristãos estão muito frustrados, pois perceberam que nada vai mudar: “Por isso, os cristãos estão implorando ao mundo para que ore por eles”. 

‘Ore pelos cristãos na Nigéria’

“O governo está tentando atender aos principais influenciadores (Fulani), que possuem uma enorme influência na comunidade empresarial e em todo o governo. A liderança política permitiu que os Fulani fizessem o que queriam sem nenhuma consequência, e essa tem sido a verdadeira frustração para os cristãos”, explicou Greg. 

De acordo com a Missão Mundial, no dia 30 de maio, a Intersociety planeja divulgar outro relatório descrevendo a “falha do governo em lidar com os ataques contra os cristãos” sob a vigilância de Buhari.

Além disso, o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa, divulgado no início desta semana, recomenda a designação de País de Preocupação Particular para a Nigéria. O governo Biden removeu a Nigéria da lista do CPC em 2021.

Greg finaliza reforçando o pedido de orações para fortalecer e sustentar a Igreja na Nigéria. Ele compartilha que a organização distribui Bíblias em áudio entre os nigerianos: “Ore para que seus corações sejam abertos para o amor e a verdade de Deus”. 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA MISSION NETWORK NEWS

Desobediência: A causa da Derrota

 


Josué 7

Quando, pela fé, nos apropriamos de nossa herança em Cristo, experimentamos picos de vitória e vales de desânimo. O desânimo não é inevitável na vida cristã, mas devemos nos lembrar de que não há montanhas sem vales.

Josué 7 começa indicando que haverá uma mudança, pois Josué está prestes a descer do pico da vitória em Jericó para o vale da derrota em Ai. Josué era um líder competente e experiente, mas também era humano e, portanto, sujeito a errar.

Nessa experiência, ele nos ensina o que causa a derrota e como devemos lidar com o desânimo em nossa vida.

1. UM SOLDADO DESOBEDIENTE (Js 7:1,20 ,21) O pecador (v. 1). Seu nome era Acã ou Acar, que significa “perturbação”, e ele era da tribo de Judá (Js 7:16) (ver 1 C r 2:7; observar em Js 7:26 que “Acor” também significa “perturbação”). Israel foi derrotado em Ai, e o inimigo matou trinta e seis soldados israelitas em decorrência da desobediência de Acã.

Jamais subestime o estrago que uma só pessoa fora da vontade de Deus pode fazer. A desobediência de Abraão no Egito quase lhe custou a esposa (Gn 12:10-20); a desobediência de Davi ao realizar um censo sem a permissão de Deus causou a morte de setenta mil pessoas (2 Sm 24), e a recusa de Jonas em obedecer a Deus quase fez afundar um navio (Jn 1). Paulo admoestou os cristãos de Corinto a disciplinar o homem desobediente que se encontrava no meio deles, pois seu pecado estava maculando a igreja toda (1 Co 5).

O povo de Deus hoje é um só corpo em Cristo. Consequentemente, pertencemos uns aos outros e afetamos a vida uns dos outros (1 Co 12:12ss). Qualquer fraqueza ou infecção numa parte do corpo humano contribui para a fraqueza e infecção das outras partes. O mesmo se aplica ao corpo de Cristo. “Se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam” (1 Co 12:26). “Um só pecador destrói muitas coisas boas” (Ec 9:18).

2. UM EXÉRCITO DERROTADO (Js 7:2-5) Como todo bom comandante, antes de planejar sua estratégia, Josué fez um levantamento da situação (Nm 21 :32 ; Pv 20 :18; 24:6). Seu erro não foi enviar os espias, mas sim presumir que Deus estivesse contente com seu povo e que lhes daria outra vitória em Ai. Ele e seus oficiais estavam agindo pelas aparências e não pela fé. Os líderes espirituais devem buscar, em todo tempo, a face do Senhor e descobrir qual é a vontade dele para cada novo desafio.

Ai ficava na região montanhosa, a cerca de vinte e cinco quilômetros de Jericó, e era preciso subir até lá, pois a cidade encontrava-se a quase seiscentos metros acima do nível no mar. O exército israelita marchou morro acima, mas não tardou a descer, batendo em retirada, cada um fugindo para salvar a própria vida e deixando para trás trinta e seis companheiros mortos.

Moisés havia advertido Israel de que não poderia derrotar o inimigo a menos que a nação fosse obediente ao Senhor. Se seguissem o Senhor pela fé, um soldado israelita correria atrás de mil soldados inimigos, e dois israelitas lutariam contra dez mil! (Dt 32:30) Três soldados israelitas poderiam ter derrotado a cidade inteira, se Israel estivesse sob o favor do Senhor (Js 8:25). “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59:2).

 3. UM LÍDER DESANIMADO (Js 7:6-15) O líder que Deus havia engrandecido (Js 6:27) encontrava-se mortificado. Se alguma vez nossos melhores planos foram completamente despedaçados, então podemos nos identificar com Josué e seus oficiais.

O que Deus disse a Josué ajuda-nos a ver o pecado de Acã (e o pecado de Israel) do ponto de vista divino. O que fizeram foi pecado (Js 7:11), e pecar significa “errar o alvo”. Deus quer que seu povo seja santo e obediente, mas os israelitas erraram o alvo e ficaram aquém dos padrões de Deus. Também foi uma transgressão (v. 11), que significa “ultrapassar o limite”. Deus havia determinado um limite e dissera que não o ultrapassassem, mas eles transgrediram a aliança e cruzaram a linha que Deus havia determinado.

Acã havia tomado riquezas proibidas, mas fingiu ter obedecido ao Senhor. Havia agido com insensatez (v. 15) ao pensar que poderia roubar de Deus e escapar incólume. Israel não seria capaz de enfrentar qualquer inimigo até que tivesse expurgado esse pecado. Tudo o que Deus havia feito por seu povo até então de nada adiantaria, se não pudessem avançar vitoriosos. Que lição para a Igreja de hoje!

 4. UM PECADOR DESMASCARADO (Js 7:16-26) “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”, perguntou o profeta (Jr 17:9); e apresentou a resposta no versículo seguinte: “Eu, o S en h o r , esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações”.

Quando Josué indicou Acã como o transgressor, o povo que estava olhando deve ter se perguntado: “Que perversidade ele cometeu para que o Senhor ficasse tão desgostoso conosco?” É possível que os parentes dos trinta e seis soldados mortos tenham se irado ao ver o homem cuja desobediência causou a morte de seus entes queridos.

A morte de Acã e de sua família foi, sem dúvida, uma advertência dramática para a nação não tomar a Palavra de Deus levianamente. Como o Senhor é maravilhoso de tomar Acor, um lugar de vergonha e derrota, e transformá-lo num lugar de esperança e de alegria. Quando você se entrega ao Senhor, nenhuma derrota é permanente e nenhum erro é irremediável. Mesmo o “vale de Perturbação” pode transformar-se numa “porta de esperança”.

Pr. Eli Vieira

terça-feira, 23 de maio de 2023

UMA IGREJA REVESTIDA DE PODER


 

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

Os Evangelhos e o Livro de Atos dos Apóstolos tratam da grande comissão dada por Jesus aos seus discípulos. Está claro que antes de enviar a igreja ao mundo, Jesus enviou o Espírito Santo à igreja. Essa ordem jamais pode ser alterada. No texto em tela, há três verdades que são dignas de destaque. Vejamos:

Em primeiro lugar, a origem do poder. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo…”. O poder que capacita a igreja não vem da terra, emana do céu; não procede dos homens, provém do Espírito Santo. A igreja não pode cumprir a grande comissão sem o poder do Espírito. Sem poder, a igreja não está apta para viver, para pregar nem para morrer. Não há cristianismo sem poder. O evangelho é o poder de Deus. O reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder. O Espírito Santo é a fonte do poder. A suprema grandeza do poder de Deus está à disposição da igreja. O mesmo poder que esteve sobre Jesus, está sobre a igreja. O mesmo poder que ressuscitou Jesus dentre os mortos, capacita a igreja para viver vitoriosamente.

Em segundo lugar, o propósito do poder. “… e sereis minhas testemunhas…”. O propósito do poder do Espírito é capacitar a igreja a testemunhar. A igreja precisa de poder e poder para que? Poder para tirar os olhos da especulação escatológica para fixá-los na obra missionária (At 1.4-8). Poder para perdoar, uma vez que a inimizade entre judeus e samaritanos só poderia ser vencida pelo poder do Espírito. Poder para levar a mensagem da salvação para fora dos limites de Israel, chegando a todas as etnias da terra. Poder para morrer. A palavra “testemunha” é a tradução do vocábulo grego martyria, de onde procede a palavra “mártir”. É o poder do Espírito Santo que capacita a igreja a enfrentar o ódio do mundo e a carranca do diabo. É o poder do Espírito Santo que deu coragem aos apóstolos para enfrentar as prisões e os açoites em Jerusalém. É o poder do Espírito Santo que revestiu de força os cristãos para suportar a amarga perseguição promovida pelos imperadores romanos. É o poder do Espírito Santo que capacitou os cristãos a enfrentarem o martírio. Milhares de cristãos foram crucificados, queimados vivos e jogados às feras sem negar a sua fé. Ninguém consegue deter os passos de uma igreja cheia do Espírito Santo. Nenhuma força na terra nem mesmo no inferno pode intimidar uma igreja revestida com o poder do Espírito Santo.

Em terceiro lugar, a extensão do poder. “… tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”. A igreja precisa de poder para sair das quatro paredes e levar o evangelho à sua cidade, ao seu Estado, à sua nação e a todas as etnias da terra. Sem poder, a igreja ficará estagnada. Sem poder, ela não levantará os olhos para ver os campos que branquejam para a ceifa. Sem poder, a igreja transformará a koinonia em koinonite, a comunhão em relacionamentos doentesSem poder, a igreja olhará apenas para seu próprio umbigo. Sem poder, a igreja apagará sua lâmpada e deixará de ser luz para as nações. Nunca é demais enfatizar que o campo da igreja é o mundo. Não é primeiro aqui e depois lá. É aqui e lá ao mesmo tempo. A igreja proclama o evangelho em sua cidade, anuncia as boas novas de salvação em sua região, ultrapassa barreiras raciais e culturais e avança até aos confins da terra.

Estamos nós revestidos com o poder do Espírito Santo? Somos luz para as nações? Temos experimentado esse poder do alto? Somos uma igreja martírica e missionária? A grande comissão não pode ser transformada em grande omissão. É tempo de a igreja ser revestida com o poder do Espírito Santo!

Rev. Hernandes Dias Lopes

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