terça-feira, 19 de setembro de 2023

Pastor visita igreja no Marrocos após pior terremoto no país: ‘Estão em oração’

 


Église Évangelique Au Maroc Paroisse de Marrakech. (Foto: Reprodução/Cvandaag)

Após visita em igreja evangélica marroquina, Jurjen de Groot deu um panorama sobre comunidade cristã local.

Jurjen de Groot, diretor da Igreja Protestante dos Países Baixos (Igreja Reformada Holandesa), visitou uma igreja evangélica no Marrocos, após o terremoto que atingiu o país na sexta-feira (08), com uma magnitude de 6,8, segundo os serviços geológicos norte-americanos.

O tremor, um dos mais destrutivos no mundo nos últimos anos, aconteceu nas montanhas do Atlas, a 80 quilômetros da cidade de Marraquexe.

Até o momento desta matéria, 2.860 pessoas morreram, principalmente nas aldeias montanhosas.

O pastor Jurjen, que também é diretor da Kerk in Actie (‘Igreja em Ação’, em tradução livre), uma organização holandesa que se dedica a atividades de caridade e ajuda humanitária, estava no Marrocos na ocasião da tragédia.

Jurjen visitou uma igreja em Marraquexe e descreveu o que encontrou:

“Quando cheguei lá na sexta-feira à noite, eles estavam apenas tendo uma reunião de oração. Duzentas pessoas oraram lá a noite toda.”

Muitos não sabem que existem igrejas em Marrocos. No entanto, a igreja evangélica foi fundada no país em 1907, diz o pastor.

Jurjen conversou com o pastor Thierry Nizigiyimana, que lidera uma delas.

“Esta igreja foi fechada depois que os franceses se retiraram de Marrocos. Mas como muitos estudantes e também migrantes de países africanos vêm para cá, uma igreja foi estabelecida novamente em 1990.”

Pastor Jurjen de Groot e sua esposa. (Foto: EOL)

Igrejas dependem de apoio de organizações cristãs

Atualmente, existem doze igrejas evangélicas com um total de 3.000 membros, incluindo esta igreja em Marraquexe, que é apoiada pela organização “Kerk in Actie” em sua formação teológica e no trabalho diaconal.

Jurjen conta que há muitas dificuldades para a igreja no Marrocos, embora não exista proibições:

“Vi que eles estavam recolhendo caixas para distribuir alimentos. Mas não é permitido fazer nada sem consultar o governo marroquino. É por isso que eles não podem tomar medidas imediatas.”

Essa realidade faz com que os cristãos precisem de apoio, como o oferecido pela Kerk in Actie, diz o pastor.

“A Kerk in Actie irá apoiá-los com uma contribuição extra para ajuda de emergência” nesta situação pós-terremoto, explica Jurjen.

Bênçãos como Igreja

Jurjen falou sobre suas bênçãos como igreja aos cristãos marroquinos:

“Precisamente porque tantas culturas se reúnem aqui, eles não se preocupam com a tradição. Todos são bem-vindos. É realmente uma questão de essência: em que acreditamos? Não evangelizam, mas são testemunhas vivas. Como resultado, eles têm muito impacto.”

O Pastor Nizigiyimana explicou sobre suas reais preocupação:

“Nossa igreja aqui consiste principalmente de estudantes. Todo aluno já está passando por momentos difíceis e só pode contribuir com um pouco do que tem. Portanto, é um desafio para nós sobrevivermos financeiramente. E muitos estudantes vêm e vão, por isso é difícil construir uma comunidade.”

Controle governamental

Jurjen de Groot conclui dizendo que “as igrejas são legalmente permitidas em Marrocos, mas há controle”.

“Todos que entram e saem da igreja são monitorados. Dizem que é para proteção, mas é por isso que poucos marroquinos vão à igreja. Então esse é o contexto em que eles são igreja”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CVANDAAG

O ENCONTRO DE JESUS COM A MULHER SAMARITANA

 


UM ENCONTRO INCOPARÁVEL

João 4.1-42

Uma vez que os fariseus tentavam provocar uma competição entre Jesus e João Batista (Jo 3:25-30), Jesus saiu da Judeia e se dirigiu para o norte da Galileia. Poderia escolher entre três caminhos para chegar a seu destino: (1) seguindo pela costa; (2) atravessando o Jordão e subindo pela Pereia; ou (3) indo por Samaria. Os judeus ortodoxos evitavam passar por Samaria por causa do ódio antigo e profundo existente entre eles e os samaritanos.

Os samaritanos eram uma raça mestiça, parte judia e parte gentia, que havia se formado durante o cativeiro assírio das dez tribos do norte a partir de 727 a.C. Rejeitados pelos judeus por não poderem provar sua genealogia, os samaritanos estabeleceram seu próprio templo e cultos religiosos no monte Gerizim, o que só serviu para aumentar o preconceito. A aversão dos fariseus pelos samaritanos era tal que oravam para que nenhum samaritano fosse revivido no dia da ressurreição! Numa tentativa de insultar Jesus, seus inimigos o chamaram de samaritano (Jo 8:48). Uma vez que operava dentro do plano de Deus, era necessário que Jesus passasse por Samaria. Lá, encontraria uma mulher e a conduziria à fé salvadora, o tipo de fé que teria impacto sobre uma vila inteira. Jesus não fazia acepção de pessoas. Em uma ocasião anterior, havia aconselhado um judeu moralista (Jo 3) e, agora, estava prestes a testemunhar a uma mulher samaritana imoral!

Chegou ao poço de Jacó por volta do meio dia, horário em que as mulheres iam buscar água. Os discípulos foram à cidade mais próxima para buscar comida, enquanto Jesus esperou, de propósito, ao lado do poço. Estava cansado, faminto e sedento. João não mostra Jesus apenas como o Filho de Deus, mas também como um homem. Cristo passou pelas experiências normais da vida humana e é capaz de identificar-se conosco em cada uma delas.

Neste texto de João 4.1-42, Jesus nos ensina algumas lições que precisamos aprender. Jesus nos ensina que:

1- É PRECISO ROMPER AS BARREIAS PARA PREGAR O EVANGELHO (4.1-6)

Jesus foge do conflito sobre o batismo e sai da Judeia rumo à Galileia (4.1-3). Nessa jornada em direção ao norte, ele opta por passar pela província de Samaria (4.4). Meus irmãos, a agenda de Jesus começa no céu. Era-lhe necessário passar por Samaria. Havia três estradas para fazer esse trajeto do sul ao norte: uma nas proximidades da costa, outra através da Pereia, e outra que passava pelo centro de Samaria. Esta era a mais curta, porém algumas vezes evitada por causa do conflito entre judeus e samaritanos.

Jesus faz a transição de um diálogo com um doutor da lei para um diálogo com uma mulher samaritana pecadora. O contraste entre Nicodemos e a samaritana é gritante: ele, homem, judeu, fariseu, mestre, membro do Sinédrio; ela, mulher, samaritana, inculta, vivendo uma vida imoral. Ambos, porém, precisavam de Jesus e foram alvos do amor de Jesus.

Nicodemos era um erudito, poderoso, respeitado, ortodoxo, teologicamente preparado; a samaritana era inculta, sem influência, desprezada, capaz somente de praticar uma religião popular. Ele era um homem, um judeu, um líder; ela era uma mulher, uma samaritana, uma pária moral. E ambos necessitavam de Jesus.

Jesus ao se encontrar com aquela mulher ele não a acusou, apontando os seus pecados, mas lhe pediu um favor, depois apresentou a mulher a mensagem do evangelho.

Para alcançar aquela mulher Jesus ultrapassou algumas barreiras: Primeiro, a barreira cultural. O nome Sicar significa “cidade dos bêbados”. Jesus, porém, mandou que seus discípulos comprassem comida em Sicar. Os judeus consideravam imunda a comida dos samaritanos. Além do mais, um rabino não podia conversar com uma mulher em público. Jesus não só conversou com ela, mas lhe pediu um favor. A mulher tinha uma vida moral reprovada pela lei. Já tinha tido cinco maridos e agora vivia com um amante. Era uma mulher desprezada, mas Jesus a valorizou.

Segundo, a barreira racial – o povo samaritano era uma espécie de caldeamento de raças (2Rs 17.6,24). O povo samaritano era meio judeu e meio gentio. Havia perdido sua identidade racial. No tempo de Jesus, a desavença entre judeus e samaritanos perdurava por mais de quinhentos anos. Um judeu considerava um samaritano combustível para o fogo do inferno. Eles não se davam. Não bebiam nos mesmos vasos. No entanto, Jesus conversou com a samaritana e lhe pediu um favor.

Terceiro, a barreira religiosa. A separação entre judeus e samaritanos se relacionava, também, com a apostasia religiosa dos samaritanos. Eles haviam perdido a integridade doutrinária. Os samaritanos não preservaram a fé intacta. Diziam que o monte Gerizim era o lugar do verdadeiro templo e o lugar da verdadeira adoração. Rejeitaram o Antigo Testamento. Criam apenas nos livros da lei, o Pentateuco. Está provado que os samaritanos tinham uma religião sincrética, misturada e herética. Quando João Hircano, o general caudilho judeu, em 129 a.C. atacou Samaria e destruiu o templo samaritano, o ódio dos samaritanos pelos judeus agravou-se intensamente. A conversa de Jesus com a mulher samaritana tem todo esse cenário religioso como pano de fundo. Jesus supera todos esses obstáculos, vence todas essas barreiras e triunfa sobre todos esses preconceitos para alcançar o coração dessa mulher e lhe dar uma nova vida.

2- É PRECISO PREGAR O EVANGELHO AO PECADOR (4.7-18)

O evangelho precisa se pregado para libertar os pecadores que estão mortos em seus delitos e pecados. Meus irmãos, podemos aprender com Jesus coisas maravilhosas no diálogo dele com esta mulher samaritana, ele lhe despertou:

A SIMPATIA (4.7-9) – Jesus fez um ponto de contato com aquela mulher pedindo-lhe algo: Dá-me um pouco de água. Concordo com William Hendriksen quando ele diz que, “se alguém deseja penetrar o coração de outra pessoa, pode usar dois métodos: fazer-lhe um favor ou pedir-lhe um favor”. Com frequência, a segunda opção é mais eficaz que a primeira. Jesus, no entanto, combinou as duas.

Jesus se identificou com a mulher. Ele deu valor a ela, quando todos fugiam. Jesus quebrou a barreira cultural, conversando com a mulher em público. Ele não fugiu dela nem a desprezou, mas a olhou com simpatia. Não a julgou nem a condenou. John Charles Ryle explica: “É em vão esperar que as pessoas virão a nós em busca de conhecimento. Nós devemos começar por elas. Devemos entender qual é o melhor acesso ao coração delas”.

A CURIOSIDADE (4.10-12) – “A mulher precisava conhecer o dom de Deus, a água da vida” (4.10). A água da vida que Jesus oferece não vem de um poço comum. É uma dádiva que só o Messias pode conceder. Muitas pessoas vivem uma vida infeliz, vazia e prisioneira porque não conhecem Jesus, o supremo dom de Deus. A mulher samaritana talvez não esperasse nada de Deus. Estava desiludida. Por isso, Jesus tocou no nervo exposto de sua curiosidade: “Se conhecesses […] não conheceis”. Essa fala de Jesus aguçou na mulher o desejo de saber quem era aquele interlocutor.

O SENSO DE NECESSIDADE (4.13-15) – a mulher samaritana não entendeu quando Jesus falou sobre a água da vida. Tanto o erudito Nicodemos quanto a ignorante samaritana não entenderam a linguagem espiritual de Jesus. As coisas deste mundo não satisfazem. Nada que o homem jogue para dentro do coração satisfaz. A água do poço de Jacó não satisfaz para sempre. A água do poço de Jacó fica fora da alma e não é capaz de satisfazer as necessidades do coração. A água do poço de Jacó é de quantidade limitada, diminui e desaparece.

Charles Erdman disse: “Satisfação era exatamente aquilo a que essa pobre mulher aspirava. Atrás disso andara toda a vida, e nessa busca não respeitara nem as leis de Deus, nem as dos homens. Entretanto, continuava sedenta; e a sede nunca seria satisfeita, senão quando achasse em Cristo o Senhor e Salvador pessoal”.

Que água é essa, a água da vida? A promessa de Deus é derramar água sobre o sedento (Is 44.3). Deus convida todos: Vos, todos os que tendes sede, vinde às águas (Is 53.1). Deus prometeu que seu povo tiraria com alegria águas do poço da salvação (Is 12.3). Jesus disse: Se alguém tem sede, venha a mim e beba (Jo 7.37). O Espírito que flui como rio dentro de nós é essa fonte que jorra para a vida eterna (Jo 7.38). William Barclay diz que, para o judeu, água viva significava água corrente. Tratava-se da água que fluía de uma nascente, em oposição à água estancada, parada de uma cisterna.

D. A. Carson quando ele diz que há ecos de promessas do Antigo Testamento nessa promessa de Jesus. No dia da salvação, o povo de Deus tirará águas das fontes da salvação com alegria (Is 12.3); eles não sentirão fome nem sede (Is 49.10). O derramar do Espírito de Deus será como o derramar de água sobre o sedento e torrentes sobre a terra seca (Is 44.3). A linguagem da satisfação e transformação interior traz à mente uma série de profecias, antecipando o novo coração e a troca do falido formalismo religioso por um coração que conhece e experimenta Deus, ansioso por fazer sua vontade (Jr 31.29-34; Ez 36.25-27; Jl 2.28-32).19 Jesus desperta sua consciência (4.16-18) para uma vida em uma nova dimensão.

3- O PECADOR PRECISA SE ARREPENDER PARA SER SALVO (4.16-18)

Ela se arrependeu dos seus pecados (4.16-18) – Convicção de Pecado. Jesus despertara sua consciência (4.16-18) Jesus faz uma transição radical na conversa com a mulher e ordena: Vai, chama teu marido (4.16). Essa transição, porém, tem uma ligação estreita entre o pedido da mulher e a ordem de Cristo. A mulher quer essa água viva, mas tem sede suficiente para recebê-la? Hendriksen comenta: “Essa sede não será completamente despertada a menos que haja um senso de culpa, uma consciência de pecado”.

 A menção de seu marido é a melhor maneira de lembrá-la de sua vida imoral. O Senhor está, agora, falando à consciência da samaritana. Jesus mostra que, antes de beber a água da vida, ela precisa ter convicção de pecado e passar pelo arrependimento. Não há salvação sem arrependimento. Jesus destampa tanto o passado quanto o presente da mulher samaritana, preparando seu coração para receber o dom de Deus (4.14-16).

John Charles Ryle sustenta que, a menos que homens e mulheres sejam levados à consciência de sua pecaminosidade e de sua necessidade, nenhum bem poderá ser feito à sua alma. Até que o pecador veja a si mesmo como Deus o vê, ele continuará sem nenhuma ajuda. Nenhum pecador desejará o remédio da graça até se reconhecer como doente. Ninguém está habilitado a ver a beleza de Cristo até ver a própria hediondez. A ignorância do pecador levará à negligência a Cristo.

A mulher samaritana dá uma resposta verdadeira, mas incompleta. A resposta era formalmente correta, mas potencialmente enganosa. Nas palavras de Werner de Boor, a mulher proferiu uma meia verdade, por meio da qual esperava esquivar-se para uma escuridão protetora.

A mulher disse: “Não tenho marido” (4.17). Jesus, elogiou sua sinceridade formal, enquanto afirmou que ela já havia tido cinco maridos (mortos ou divorciados), e o homem com quem ela vivia agora não era de forma alguma legalmente seu marido (4.17,18). 

O conhecimento preciso de Jesus sobre o seu passado provava que Jesus é o Messias. A mulher percebeu que Jesus conhecia sua vida. A mulher samaritana reconheceu que estava diante de um profeta. A mulher percebeu que Jesus conhecia sua vida. A mulher samaritana reconheceu que estava diante de um profeta.

Jesus desperta seu sentimento religioso (4.19-24) –A mulher até então tão falante se calou quando Jesus tocou no seu pecado. Outros acreditam que ela mudou de assunto, passando a uma discussão teológica, uma vez que a conversa havia se tornado incômoda. É mais fácil discutir teologia do que enfrentar os próprios pecados. Nas palavras de D. A. Carson “é mais fácil falar de teologia que tratar com uma verdade pessoalmente angustiante”.

Contudo, como os samaritanos só acreditavam no Pentateuco e como Deuteronômio diz que Deus suscitaria outro profeta semelhante a Moisés, esse profeta seria o Messias. Assim, essa mulher fez uma pergunta honesta: Onde adorar? Jesus respondeu que o importante não é onde, mas como e quem adorar. A verdadeira adoração a Deus é em espírito e em verdade. E de todo o coração e também prescrita pela Palavra de Deus. Os samaritanos adoravam o que não conheciam. Assim, qualquer religião que consista apenas em formalidade, sem fundamentação nas Escrituras, é absolutamente inútil.

A verdadeira adoração é um dos temas centrais das Escrituras. A veneração de imagens de escultura é uma abominação para Deus, pois Deus é plenamente espiritual em sua essência. Quando Jesus diz que Deus é Espírito, isso significa que Deus é invisível, intangível e divino, em oposição a humano. E desconhecido para os seres humanos a menos que decida se revelar (1.18). Da mesma forma que Deus é luz (l Jo 1.5) e amor (l Jo 4.8), também é Espírito (4.24). Esses são elementos da forma em que Deus se apresenta aos seres humanos, da bondosa autorrevelação em seu Filho. Deus escolheu se revelar quando o Verbo se fez carne. Quem vê Jesus, vê o próprio Pai.

O culto prestado a outros deuses é uma ofensa a Deus, pois Deus é um só e não há outro. A adoração a Deus, entre[1]mentes, não pode ser do nosso modo nem ao nosso gosto, pois Deus mesmo estabeleceu critérios claros como exige ser adorado. Muitas igrejas, com o propósito de agradar às pessoas, estabelecem formas estranhas de adoração que não estão prescritas nas Escrituras. Isso é como fogo estranho no altar. O pragmatismo religioso está substituindo a verdade de Deus em muitas igrejas. Muitas pessoas buscam o que funciona, não o que é certo. Procuram o que dá resultado, não a verdade. Estabelecem um culto sensório, não um culto em espírito e em verdade.

A verdadeira adoração não se limita a um lugar, seja o Monte Gerezim ou ao Monte ou a Jerusalém, mas em espírito e em verdade. A adoração não é centrada em lugares sagrados 4.20. Não é neste monte nem naquele. Não existe lugar mais sagrado que outro. Não é o lugar que autentica a adoração, mas a atitude do adorador. Segundo, não é adoração sem entendimento (4.22). Os samaritanos adoravam o que não conheciam. Havia uma liturgia desprovida de entendimento. Havia um ritual vazio de compreensão. Terceiro, não é adoração descentralizada da pessoa de Cristo (4.25,26). Os samaritanos adoravam, mas não conheciam o Messias. Cristo não era o centro do seu culto. Nossa adoração será vazia se Cristo não for o centro. O culto não serve para agradar as pessoas. A música não serve para entreter os adoradores. A verdadeira música vem do céu e é endereçada ao céu (SI 40.3). Vem de Deus por causa de sua origem e volta para Deus por causa de seu propósito.

A adoração falsa é abominação para Deus, e a adoração hipócrita provoca o desgosto de Deus. O profeta Isaías já havia demonstrado o desgosto divino, quando disse que o povo de Israel honrava a Deus com os lábios, mas seu coração estava distante de Deus (Is 29.13). Nessa mesma linha, Amós foi contundente quando escreveu em nome de Deus: Eu detesto e desprezo as vossas festas; não me agrado das vossas assembleias solenes […]. Afastai de mim o som dos vossos cânticos, porque não ouvirei as melodias das vossas liras (Am 5.21,23).

Jesus também diz à mulher samaritana o que a adoração é. Primeiro, a adoração precisa ser bíblica (4.24). O nosso culto é bíblico ou é anátema. Deus não se impressiona com pompa; ele busca a verdade no íntimo. Segundo, a adoração precisa ser sincera (4.24). A adoração precisa ser em espírito, ou seja, de todo o coração. Precisa ter fervor. Não é um culto frio, árido, seco, sem vida.

Jesus desperta em seu coração a fé verdadeira (4.25,26) – A mulher menciona o Messias que havia de vir. Então, Jesus diz: Sou eu, o que está falando contigo. A declaração, sou eu lembra a própria revelação de Deus Eu sou o que sou (Ex 3.14). Jesus disse este “Eu sou” nove vezes nesse evangelho (6.20; 8.24,28,58; 13.9; 18.5,6,8). Até aqui, seis vezes Jesus se dirigiu à mulher, e seis vezes ela lhe respondeu. Na sétima vez, quando Jesus declarou ser o Messias, ela não lhe diz palavra; o quedemos é que ela deixou ali seu cântaro, foi à cidade e disse ao povo: Vinde, vede um homem que me disse tudo o que tenho feito; será ele o Cristo?

A samaritana encontrou o Messias. Saciou sua alma e bebeu da água da vida. De acordo com William Barclay, o fato de a mulher samaritana ter deixado o cântaro aponta para dois fatos: 1) ela estava com pressa para ir à cidade e compartilhar sua experiência com o Messias; 2) ela tinha convicção de que voltaria para estar com Jesus.

Podemos elencar várias evidências de sua verdadeira conversão. Primeiro, a samaritana deixou o cântaro (4.28). Segundo, ela correu à cidade para anunciar Jesus (4.28b[1]30). Ela testemunhou para toda a cidade ter encontrado um homem que para ela era o Messias. Quem encontra Jesus tem pressa em compartilhar essas boas-novas com todos. Sua compreensão sobre Jesus foi progressiva: primeiro, pensou ser um viajante judeu cansado; daí passou a considerá-lo “profeta”; e finalmente, Cristo, a quem o povo de sua cidade chama de “o Salvador do mundo” .

 John MacArthur disse: “que O diálogo de Jesus com a mulher samaritana ilustra três Verdades inegociáveis sobre a salvação. Em primeiro lugar, a salvação vem somente para aqueles que reconhecem sua desesperada necessidade de vida espiritual. Segundo, a salvação vem somente para aqueles que confessam e se arrependem de seus pecados e desejam perdão. Terceiro, a salvação vem somente para aqueles que recebem Cristo como o seu Messias e Salvador”.

4- O SALVO PRECISA SER TESTEMUNHA DE JESUS (4.28-30)

A atitude da mulher samaritana (4.28-30) – A mulher samaritana teve os olhos abertos progressivamente. Agora, ela compreende que está diante do Messias, o esperado Salvador do mundo. Sua alma é dessedentada pela água da vida, e não consta que Jesus tenha bebido a água do poço de Jacó. A transformação da mulher samaritana pode ser confirmada por suas atitudes, como vemos a seguir.

Primeiro, ela abandona o seu cântaro. A mulher deixou ali seu cântaro […] (4.28a). A água que ela foi buscar não tinha mais vital importância agora. A mulher havia encontrado a água da vida. Havia saciado sua alma. Sua vida fora penetrada pela luz do céu, e os segredos do seu coração foram revelados pelo Messias. Havia pressa para contar essa boa-nova à sua cidade, e a samaritana estava disposta a desvencilhar-se de qualquer obstáculo para ganhar celeridade.

Segundo, ela proclama o Messias. […] foi à cidade e disse ao povo: Vinde, vede um homem que me disse tudo o que tenho fito ; será ele o Cristo? Saíram, pois, da cidade e foram ao encontro dele (4.28b-30). No mesmo dia da conversão dessa mulher, ela se tornou uma missionária. O testemunho da mulher samaritana tem alguns componentes que merecem destaque, como veremos a seguir.

Ela faz uma proclamação pública (4.28b). Até então, essa mulher, provavelmente, fazia de tudo para passar despercebida. Preferia as sombras do anonimato. Sua reputação era duvidosa, e sua palavra tinha pouco peso entre os homens daquela cidade. Agora, porém, ela anunciava altissonantemente o Messias. Não havia constrangimento nem temor.

Ela faz um convite veemente (4.29). Sabiamente, essa mulher fez um convite: Vinde. Usando a mesma tática que Filipe empregou com Natanael, ela disse: Vinde, vede um homem que me disse tudo o que tenho feito […]. Ela não desperdiçou tempo usando argumentos confusos; antes, conclamou à verificação. Desejava que aqueles homens tivessem a mesma experiência que ela havia tido. Queria que vissem o mesmo Messias que ela havia visto. Esperava que bebessem a mesma água da vida que ela havia bebido.

Ela faz uma confissão corajosa (4.29). A vida dessa mulher era conhecida na cidade. Todos sabiam que ela já estava morando com o sexto homem. Sua fama de amante das aventuras era o cardápio preferido dos bisbilhoteiros. Mas ela não tem mais a preocupação de encobrir seus pecados. Diz abertamente que o Messias destampou a câmara de horrores do seu coração e trouxe à luz todos os seus pecados ocultos.

Ela vê um resultado extraordinário. Saíram, pois, da cidade e foram ao encontro dele (4.30). Os discípulos de Jesus vão à cidade e voltam sozinhos, com as mãos cheias de pães. A mulher vai à cidade e traz consigo muitas pessoas para conhecerem Jesus. Os discípulos tornaram-se profissionais da religião; ela, uma missionária apaixonada.

Ainda hoje, fazemos o mesmo que os discípulos. Entramos nos supermercados, nas lojas, nas farmácias e compramos, vendemos, trocamos e entramos mudos e saímos calados quanto ao evangelho. Essa mulher samaritana reprova nosso silêncio e nossa covardia.

A atitude de Jesus (4.31 -38) Aproveitando o fato de a mulher samaritana ter se ausentado, os discípulos rogam a Jesus: Rabi, come! Jesus aproveita o ensejo para ensinar a eles uma profunda lição, dizendo que a comida mais saborosa e mais necessária era fazer a vontade do Pai. Uma cidade estava vinda ao seu encontro, e eles deveriam entender que aquele era um momento de colheita para o reino de Deus. Nenhuma necessidade era mais urgente. Nenhuma atividade lhe dava mais prazer.

Os discípulos pensam que ele está falando sobre comida física, pois perguntam: Acaso alguém lhe trouxe o que comer?

Chamo a atenção para cinco verdades a seguir.

Em primeiro lugar, precisamos ter visão. Não dizeis vós faltarem ainda quatro meses para a colheita? Mas eu vos digo: Levantai os olhos e vede os campos já prontos para a colheita (4.35). Os discípulos eram míopes espirituais. Eles não tinham discernimento do momento que estavam vivendo. Jesus está dizendo: “Vocês acham que deve existir certo intervalo entre a semeadura e a colheita, mas eu lhes digo que acabei de semear a semente, e a colheita já está acontecendo (referindo-se ou à mulher samaritana ou ao povo de Sicar que estava se aproximando). Apesar da colheita de grãos estar ainda distante (quatro meses), a colheita de almas já poderia ser feita. Nós, também, precisamos ter visão: visão de que, sem Cristo, o ser humano está perdido. Visão de que as falsas religiões prosperam. Visão de que a ignorância não é um caminho para Deus. Visão de que a obra de Deus precisa ser realizada agora. Se perdermos a nossa geração, perderemos o tempo da nossa oportunidade. Concordo com D. A. Carson quando ele diz que a era escatológica raiou no ministério de Cristo, no qual a semeadura e a ceifa acontecem juntas na colheita do fruto.

Em segundo lugar, precisamos ter paixão. Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e completar a sua obra (4.34). Faltava aos discípulos paixão pelas almas perdidas. Falta-nos também essa mesma paixão. Sem paixão seremos apáticos e lentos. Sem paixão, seremos omissos e covardes. Precisamos clamar como Paulo: E ai de mim, se não anunciar o evangelho! (ICo 9.16). Precisamos clamar como John Knox: “Dá-me a Escócia para Jesus, senão eu morro”.

Em terceiro lugar, precisamos ter compromisso (4.33). Uma lavoura madura não pode esperar para ser colhida. Ou é colhida imediatamente, ou a colheita é perdida. Sicar estava madura para ser colhida. A cidade estava a caminho, e não havia tempo a perder. Aquela não era hora de comer, mas de trabalhar e fazer a vontade do Pai. A evangelização não é um programa, mas um estilo de vida. Esse compromisso deve arder em nosso peito. Quando o presidente americano John Kennedy foi assassinado em Dallas, em 22 de novembro de 1963, dentro de seis horas a metade do mundo já sabia de sua morte. Jesus, o Filho de Deus, foi crucificado pelos nossos pecados há dois mil anos, e quase a metade do mundo ainda não ouviu essa maior notícia do mundo.

Em quarto lugar, precisamos ter parceria (4.36-38). Jesus falou a respeito do semeador e do ceifeiro. Um planta e o outro ceifa. Jesus havia semeado na vida da mulher samaritana, e os discípulos agora fariam uma colheita do que não haviam semeado. Jesus é o semeador por excelência; mais do que isto, ele é o grão de trigo que cai na terra e morre, para produzir fruto em abundância (12.24). Não há ceifa onde não há semeadura. Nem sempre aquele que semeia é o que ceifa. Tanto o que semeia como o que ceifa, entretanto, têm sua recompensa. Não há maior alegria de que levar uma pessoa a Cristo. Não há maior recompensa do que entesourar frutos para a vida eterna.

O semeador trabalha em antecipação do que está para vir; o ceifeiro nunca deve esquecer que a colheita que ele desfruta é fruto do trabalho de outro. Na ceifa do Senhor, não há competição; deve existir parceria: um planta, outro rega e outro ainda ceifa (ICo 3.6-9).

Em quinto lugar, precisamos ter a certeza da recompensa (4.36). O ceifeiro recebe desde já sua recompensa e entesoura seu fruto para a vida eterna. Quando um pecador se volta para Deus, deve haver alegria não apenas diante dos anjos no céu, mas também diante dos ceifeiros na terra. Quando esses ceifeiros chegarem ao céu, serão recebidos por aqueles que foram alcançados por intermédio de seu ministério (Lc 16.9).

A atitude dos samaritanos (4.39-42) Em resposta ao convite da mulher samaritana, muitos samaritanos foram encontrar-se com Cristo no poço de Jacó. O testemunho da mulher foi impactante, e o resultado foi notório.

Destacamos três fatos importantes nesse ponto.

Em primeiro lugar, a fé dos samaritanos. E muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra da mulher, que testemunhava: Ele me disse tudo quanto tenho feito (4.39). A fé vem pelo ouvir a palavra de Cristo. Quando falamos a respeito de Cristo às pessoas, Deus concede a elas a fé salvadora. O milagre da salvação raiou na cidade samaritana, e muitos foram salvos.

Em segundo lugar, o pedido dos samaritanos. Então os samaritanos foram até ele e pediram-lhe que ficasse; e ele ficou ali dois dias (4.40). A barreira da inimizade entre judeus e samaritanos estava caindo. Aonde o evangelho chega, os preconceitos são vencidos. Jesus agora é convidado a permanecer com eles. Os samaritanos não querem apenas ver e ouvir. Querem também ter comunhão com Jesus.

Em terceiro lugar, o testemunho dos samaritanos. E muitos outros creram por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pela tua palavra que cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo (4.41,42). Os samaritanos não queriam ouvir apenas a mulher; queriam ouvir diretamente o Messias. E, ao ouvirem o Messias, muitos outros também abraçaram a fé. E todos testemunham que sua experiência pessoal com o Messias lhes deu a plena convicção de que ele verdadeiramente é o Salvador do mundo. Aqui cessa a ideia provinciana de um salvador tribal, de uma divindade regional. Jesus não é um salvador dentre outros; ele é o Salvador do mundo, e não há outro.

CONCLUSÃO

Neste texto de João, podemos ver o amor de Jesus, pelo pecador ao ir salvar a mulher pecadora de Samaria rompendo as barreiras. Mas também ele nos ensina que o pecador precisa se arrepender para ser salvo. Todos os que foram salvos precisam ser testemunhas do Senhor jesus e levar a mensagem do evangelho aos que estão perdidos, na certeza que no Senhor Jesus há salvação para todos os que o aceitam como como seu Senhor e Salvador, pois nele há perdão e graça para o mais vil pecador.

Adap. Pr. Eli Vieira

Referência Bibliográfica:

1- Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo : Novo Testamento : volume I / Warren W. Wiersbe ; traduzido por Susana E. Klassen. – Santo André, SP : Geográfica editora, 2006.

2- Lopes, Hernandes Dias – João: As glórias do Filho de Deus / Hernandes Dias Lopes. — São Paulo:  Hagnos, 2015.

Setembro Amarelo: precisamos falar dos pastores que cuidam, mas não são cuidados

 


Listo 3 pontos que considero cruciais para entendermos o motivo pelo qual pastores estão, aparentemente, adoecendo mais emocionalmente, atualmente, do que no passado.

Ao longo desta semana, fiz uma série de publicações abordando o tema da saúde mental, e no texto de hoje não será diferente. O nosso foco aqui, porém, será os cuidados envolvendo àqueles que são responsáveis por algo que exige extrema responsabilidade, que é o ministério pastoral.

Temos visto nos últimos anos, infelizmente com certa frequência, casos de pastores que tiraram a própria vida. O nosso objetivo não é tratar deste assunto no âmbito bíblico-teológico, pois isso exigiria um artigo muito amplo que não convêm ao propósito deste momento.

Trataremos, sim, dos quesitos puramente humanos na lida com cargas emocionais e o psicológico. Sobre isto, listo abaixo três pontos que considero cruciais para entendermos melhor o motivo pelo qual pastores estão, aparentemente, adoecendo mais emocionalmente, atualmente, do que no passado.

Mudança de geração

Cada geração carrega consigo um conjunto de transformações, podendo ser elas boas ou ruins. Os pastores da geração atual, diferentemente de muitos anos atrás, estão tendo que enfrentar mudanças radicais na forma como a sociedade está lidando com temas sobre família, sexualidade, liberdade e religião.

O que antes, no passado, era ponto passivo, atualmente é ponto de discussão e até de acusações, podendo gerar punição contra os que continuam defendendo os valores bíblicos. Consequentemente, ser um pastor fiel à Palavra de Deus na geração de hoje exige um desgaste emocional muito grande, porque o próprio ambiente cultural, no qual a Igreja está inserida, vem lutando contra ela, não mais de forma setorizada, mas generalizada.

Quando esses desgastes não são tratados, a sensação pode ser de esgotamento, consequentemente frustração e outras que vão se acumulando ao longo do tempo, minando a saúde mental do líder.

Visão deturpada do pastorado

Outro ponto que merece muita atenção diz mais respeito à Igreja, porque é o modo como alguns de nós, cristãos, enxergamos a figura do pastor. Como líder, é natural que a gente espere de tais pessoas um bom exemplo de fé e conduta, pois a própria Bíblia diz que eles devem ser “irrepreensíveis”.

Contudo, a mesma Bíblia também nos mostra que grandes homens de fé, alguns tidos como “segundo o coração de Deus”, a exemplo de Davi, caíram em pecado, cometendo erros absurdos. O que isso nos ensina? Que eles, apesar de conhecedores da Palavra e íntimos do Senhor, estão sujeitos às mesmas tentações que nós.

É importante entendermos isso, porque muitos pastores não conseguem se perdoar quando cometem erros e, como resultado disso, carregam em seu emocional um sentimento de culpa não curado, muitas vezes alimentados por irmãos de fé, na igreja, que não os enxerga como dignos de perdão, mas sim condenação.

Nesses casos, devemos saber diferenciar o pastor apóstata daqueles que seguem a Cristo. O primeiro peca e não reconhece seu erro, segue pecando e leva outros a pecarem igualmente. O segundo, por outro lado, age como Davi, prostrando-se aos pés do Senhor, em arrependimento, indicando a sua restauração.

Com isso, não podemos deixar de enxergar a figura do pastor, também como a de um irmão na fé, sendo este alguém que, apesar da autoridade espiritual sobre nós, abaixo de Cristo, está sujeito a sentir as mesmas dores, temores e sofrimentos que afligem a nossa alma e o corpo. 

Solidão ministerial 

Por último, esse é um ponto central quando tratamos da saúde mental dos pastores, porque diz respeito a algo que muitos têm relatado, inclusive em pesquisas já realizadas, que é a solidão ministerial. Ou seja, líderes que trilham a jornada sozinhos, sem qualquer apoio externo.

Por solidão ministerial, aqui, me refiro à relação de pastores com outros pastores. E por que relação? Porque não se trata do mero contato institucional, formal, restrito ao ambiente eclesiástico e as suas atividades – o mais comum!

Se trata de uma relação de cuidado mútuo, onde pastores são pastoreados por outros pastores, sendo estes amigos de caminhada dentro e fora da Igreja, como em família, no campo de futebol ou na praça.

Infelizmente, isso ainda é um desafio para muitos, porque a figura do líder, na cabeça de alguns, faz com que eles sintam receio de compartilhar seus problemas, pois percebem isso como uma exposição de “fraquezas”, “dificuldades” ou “fracasso”, o que está errado.

Acontece que, é justamente por isso que o líder pastoral deve caminhar com outros líderes pastorais, porque isso os faz perceber que fraquezas e dificuldades fazem parte do ministério de todos, sendo a solidão uma condição extremamente perigosa para quem tenta liderar uma igreja de forma isolada.

Aos pastores, portanto, cuidem uns dos outros, como diz a Palavra, em “amor fraternal”.

À Igreja, cuidem dos pastores, também, como irmãos em Cristo, reconhecendo a sua autoridade e responsabilidades como líder, mas também a sua condição humana, onde as mesmas necessidades que nos afetam e exigem atenção, também afetam a eles.

Marisa Lobo é psicóloga, especialista em Direitos Humanos, presidente do movimento Pró-Mulher e autora dos livros “Por que as pessoas Mentem?”, “A Ideologia de Gênero na Educação” e “Famílias em Perigo”.

FONTE: GUIAME, MARISA LOBO

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

CALEBE, UM EXEMPLO DE FÉ

 


Calebe, um homem que decidiu em seguir ao Senhor

Josué 14.6-15

Calebe foi um herói da fé, sua vida é um exemplo de fé e perseverança para que hoje nós possamos continuar firmes nas promessas do Senhor independente das circunstâncias.

Este texto registra uma conversa entre Josué e Calebe, os dois únicos homens que confiaram nas promessas de Deus que daria para o povo de Israel uma terra com riqueza e abundância, enquanto os outros espias foram incrédulos. Eles saíram do Egito de maneira espetacular, atravessaram o deserto sendo alimentados todos os dias de forma milagrosa. Chovia alimento, o maná que Deus enviava para Israel todos os dias e até fez brotar água  da rocha para saciar a sede dos israelitas. Mas quando chegou a hora de tomar posse da terra prometida, os dez espias que foram enviados para olhar a terra de Canaã, ficaram com medo dos gigantes que habitavam aquela terra.

Dos doze homens enviados para espiar a terra, apenas dois: Josué e Calebe trouxeram uma visão positiva a respeito das possibilidades de conquistar aquela terra prometida pelo Senhor, pois eles decidiram em confiar em Deus.

O povo como sempre, ficou do lado da maioria, pois se deixaram levar pelo discurso dos dez espias. Preferiram acreditar no relato dos dez do que no relato de dois. Isso não é novidade, como a gente pode ver aqui, a maioria prefere a maioria.

Calebe não fez como a maioria que diante do relato dos homens tiveram medo, deixaram morrer sua fé e esperança. Aos oitenta e cinco anos o servo do Senhor Calebe afirma: “Estou pronto. Treinei esse tempo todo. Não desisti, não morri. Minha fé e esperança continuam aqui gerando perseverança. Estou pronto”. 

Calebe era representante da tribo de Judá entre os doze espias enviados por Moisés de Cades-Barneia para espiarem a terra Prometida. Josué representavam a tribo de Efraim na mesma missão. Eles eram os únicos espias que ainda viviam, de todos os Israelitas que saíram do Egito, por crerem na promessa de Deus e serem fiéis a Ele.

Moisés fez uma promessa a Calebe quando ele visitou a terra de Canaã como espia. O verso 9 registra esta promessa de Moisés a Calebe: “Certamente a terra em que puseste o pé será tua e de teus filhos, em herança perpetuamente; pois perseveraste em seguir o SENHOR meu Deus.”  Aqui está a chave para a felicidade. A perseverança é a chave. Com este homem de fé podemos aprender como reagir diante das adversidades e a extrema importância de perseverar no Senhor. Calebe foi um homem de fé:

I. PORQUE ELE NÃO SE DEIXOU LEVAR PELA INCREDULIDADE (Números 13.25-33).

Os próprios israelitas pediram a Moisés o envio de espias para saber como era a terra (Dt 1.22). Uma atitude desnecessária e incrédula da parte do povo, porque Deus já lhes havia falado que a terra da promessa era fértil e abundante. Que prova a mais esse povo necessitava? O povo não falhou diante da Terra Prometida, já havia falhado aqui, demonstrando incredulidade naquilo que Deus havia dito e preferido andar por vista em vez de agir por fé.

Moisés ouviu o conselho do povo e escolheu doze homens para espiar a terra de Canaã. Eles deveriam observar o local, expor um relatório completo de tudo que iriam presenciar e trazer sobre aquela terra (Nm 13.18-20).

Confiados apenas no que viram na terra de Canaã, sem atentar para o que ouviram da parte de Deus, deram ocasião a dúvida e assim desistiram de tomar posse da promessa (Pv 3.5, 6). Porque eles se deixaram levar por uma visão negativa e pessimista, não obstante a manifestação do poder de Deus sobre eles, pois no deserto Israel era protegido durante o dia por uma coluna de nuvem e a noite por uma coluna de fogo, de tal maneira que eles podiam caminhar de dia e de noite (Êxodo 13.21,22; 14.24; 40.38; Números 14.14; Neemias 9.12,19; Salmos 99.7; 105.39; 1 Coríntios 10.1). A coluna de nuvem protegia o povo do sol escaldante do deserto e a coluna de fogo aquecia e guiava o povo de Israel durante a noite. A Palavra de Deus nos diz que a coluna de fogo e de nuvem jamais se apartava dos israelitas (Êxodo 13.22), isto era a certeza da proteção e da orientação de Deus continuamente.

Os espias foram enviados para colher informações da terra prometida, não para fazer cálculos negativos de si mesmos, nem comparações acerca da estatura de seus moradores. Deus não disse nada a respeito, eles mesmos se inferiorizaram e disseram que não podiam (Nm 13.31-33). O problema todo estava na visão destes homens incrédulos. Todos temeram, inclusive Josué e Calebe. Mas eles viram a questão de outra forma e acreditavam no mesmo poder que os havia libertado do Egito (Nm 13.30). O discurso dos dez espias conduziu o povo a cair na incredulidade, na derrota, na perda da herança e no juízo de Deus. Tanto a confiança quanto a incredulidade contagiam. Podemos animar ou desanimar através de nossas palavras e atitudes (Js 14.8).

A incredulidade do povo fez com que o Senhor emitisse uma sentença (Nm 14.22, 23). Porém, com Calebe, o Senhor agiu de maneira diferente dizendo: “Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança” (Nm 14.24).

II. PORQUE ELE DECIDIU OBEDECER A DEUS (Nm 14.24; Josué 14.7,8).

Meus irmãos, não obstante o relatório dos companheiros de Calebe e a atitude do povo, Calebe decidiu obedecer e seguir ao Senhor. Vede o que diz o texto: “Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança” (Nm 14.24). Houve um momento em que Calebe teve que decidir entre seguir o povo ou seguir a Deus. Ele escolheu ser odiado pelo povo, tomando a firme decisão de eleger o Senhor como seu Deus. Calebe não quis seguir sua vontade própria, nem a dos demais. Ele decidiu por Deus, mesmo não sendo o caminho mais fácil.

Durante quarenta anos, ele e seu amigo Josué a andaram em círculo com seus irmãos, mesmo estando certo de que aquela era a terra de sua herança. Ele possuía motivos para desistir e desanimar, mas perseverou em seguir ao Senhor de todo o coração e Deus honrou a sua fé.

Podemos ver a luz da Palavra de Deus que Calebe tinha uma profunda confiança em Deus. Calebe era possuidor de uma confiança que subjugava o medo, as circunstâncias e a morte (Nm 14.9). Enquanto ele via o inimigo como pão, os outros dez se viam como gafanhotos. A incredulidade sempre encontra um porquê e maximiza o problema. Não há relato de que foram vistos com desprezo pelos filhos de Enaque, mas eles disseram: “éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos” (Nm 13.33). Eles incendiaram a alma do povo com um relato maior que a realidade e, por esse triste relatório, foram os primeiros a morrer (Nm 14.37).

O que aprendemos com Calebe não é a forma como vemos as coisas, mas como reagimos diante delas. Confiar em Deus não nos isenta de enfrentar problemas. Porém, se a perspectiva contém Deus e se é vista desde Sua ótica, tudo muda de forma radical. As circunstâncias enfrentadas serão as mesmas. Todavia, com Sua presença na batalha, teremos a força necessária para superar os obstáculos e ainda nos mantermos firmes até o final. A fé vê as circunstâncias através da ótica de Deus, foi esta a visão de Calebe (Nm 13.30; 14.9), também foi a visão de Davi quando enfrentou o gigante Golias (I Samuel 17.26b).

A incredulidade não vê Deus porque se fixa nas circunstâncias. Ela é caracterizada pela exclusão de Deus do seu raciocínio (Nm 13.31-33). Mas, quando o homem vive em obediência a Deus, não pode deixar de ver as lutas e os desafios de conformidade cm a ótica de Deus. Pois, se incluirmos Deus, todo o nosso raciocínio incrédulo se tornará anão diante de Sua maravilhosa e poderosa Presença (Hb 10.35-39).

Por que Deus conservou Calebe em vida? (Js 14.10). Primeiro, para sustentar o que havia prometido ao seu respeito acerca de sua entrada na Terra Prometida, porque certamente não o deixaria morrer sem que essa palavra se cumprisse. Segundo, porque no deserto o Senhor o fortalecia (Js 14.11). Calebe conhecia ao peso da Palavra do Senhor e sabia que, mesmo o deserto consumindo a todos, sua herança estava garantida (Nm 23.19). Quanto mais os anos se passavam, mais Calebe se fortalecia.

III. PORQUE ELE FOI UM HOMEM PERSEVERANTE (Josué 14.9-14)

Calebe não podia embasar sua confiança nos companheiros de missão, nem tampouco esperar qualquer reação de um povo impactado pelo medo. Ele teve que escolher entre seu povo e seu Deus. Perseverar foi para ele remar contra a maré e sofrer até que os dias de sentença se cumprissem. Mas, com ele podemos aprender que a perseverança é o segredo da vitória.

A perseverança nos contagia, porque não é fácil suportar quarenta e cinco anos de humilhação e manter-se com a mesma força e vitalidade (Dt 8.3). Calebe viveu pelo que acreditava e esse foi o segredo de sua inabalável fé e perseverança.

Calebe jamais pensou em desistir da terra que pisou o seu pé. Ele sabia que, mesmo habitada por gigantes, aquela era a terra de sua herança e, se Deus havia escolhido essa, não lhe importava outra (Dt 1.36). Calebe quis o plano original, descartou a possibilidade de um plano “b”, não permitindo que o tempo nem as circunstâncias aniquilassem aquela promessa. Calebe se destaca porque tinha em seu coração uma real convicção de que Deus estava dirigindo sua vida (Js 14.7). O próprio Deus afirmou que Calebe era homem de um espírito diferente, não somente por sua posição de fé, mas porque sua forma de agir e pensar se destacou diante dos demais (Nm 14.24).

Para muitas pessoas, a vida, além de ser uma tarefa difícil, algumas vezes pode ser absolutamente insuportável. E por que precisamos de perseverança? Porque ela é essencial, a única chave que pode abrir a porta da esperança (Rm 5.3-5). É mediante a perseverança que se constrói um caráter forte, sólido e esperançoso, que nos motiva a viver e lutar por nossos ideais.

Conta-se a história de um prisioneiro cristão que orava muito crendo que um dia seria liberto. Mas com o passar do tempo a sua esperança foi esvaindo-se. Já pensava que Deus o esquecera. Um dia, enquanto olhava a porta da cela, viu ali uma formiga subindo com uma folha várias vezes maior. Com muito esforço ela subiu um pouco, mas caiu com o peso da carga. A formiga voltou a subir carregando a folha. Caiu mais uma vez, mas pôs-se a subir novamente. Outras vezes era a própria folha que caía. Ela voltava, pegava a folha e retomava a subida. A formiga fez isso dezenas de vezes, muitas vezes tendo que recomeçar quando já estava bem perto de alcançar o seu objetivo. Então, aquele prisioneiro percebeu que a resposta à sua necessidade era perseverança e fé. Ele precisava ser firme na busca do seu alvo, crendo que de alguma maneira Deus o levaria até lá. Ele descobriu que precisava perseverar e crer.

Uma coisa é envelhecer no Senhor, outra bem diferente é crescer no Senhor, Calebe não somente envelheceu, ele conservou sua força através dos anos> Seria insano alguém ouvir o médico diagnosticar sua doença e pensar que, pelo fato de ter conversado com ele, o mal irá desaparecer repentinamente. Assim é a Palavra ouvida sem a prática (Tg 1.25). Infelizmente, Deus não ofereceu uma fórmula que produza cristãos amadurecidos da noite para o dia (Ef 4.13). Não há como fugir dos problemas, mas podemos nos preparar para confrontar nossos reveses, encará-los firmados em Cristo (Ef 6.10. 11).

CONCLUSÃO.

Calebe sofreu o desconforto de caminhar quarenta anos errante pelo deserto, por causa da desobediência dos seus irmãos. Mesmo assim, conservou suas forças e expulsou os mesmos gigantes que seus irmãos se recusaram a enfrentar. Calebe se distinguiu dos demais por ser perseverante e diferenciado. Que essas qualidades nos contagiem hoje! Que não venhamos a temer os desafios diante de nós, mas enfrentemos na dependência de Deus na certeza que ele é o Deus da providência. Nunca desista mas sejamos perseverantes para a glória de Deus.

A/D Pr. Eli V. Filho

Cristãos são inimigos do governo na Nicarágua

 

A lealdade a Jesus é uma ameaça para os líderes políticos da Nicarágua

Entenda como é a perseguição no país da América Central

Hoje faz 202 anos que a Nicarágua se tornou independente da Espanha, que dominava o território desde o século 16. Porém, mais de dois séculos de autonomia política e econômica não garantem que os cidadãos tenham liberdade religiosa.

Os cristãos da Nicarágua enfrentam perseguição do governo, partidos políticos, grupos paramilitares e de pressão ideológica. O aumento da hostilidade contra os seguidores de Jesus colocou o país da América Latina em 50º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023.

Os cristãos que se posicionam contra injustiça e violações dos direitos humanos cometidas pelo governo do presidente Daniel Ortega, tornam-se inimigos do Estado e estão sujeitos a intimidação, assédio, monitoramento, prisões e ataques.

De perseguidor para seguidor

Dario é considerado um inimigo do governo e tem as paredes de casa marcadas de tinta pelos agentes do governo. Mas ele já odiou cristãos quando fez parte da guerrilha por 11 anos, e o sentimento piorou quando sua esposa se converteu.

Após cinco anos de oração da esposa, Dario teve um encontro com Jesus e deixou o grupo armado. Após tornar-se pastor, o cristão socorreu manifestantes feridos, que protestavam contra abusos do governo e entrou para a lista de inimigos do Estado.   

Apesar de ser perseguido, Dario não pensa em abandonar Jesus. “Cremos que, por meio das orações, Deus tem nos ajudado a sobreviver à perseguição”, completa.

Pedidos de oração

  • No Dia da Independência da Nicarágua, ore para que a paz de Jesus alcance toda a população e os líderes do país.
  • Clame pelo fortalecimento e encorajamento dos cristãos no país, para que resistam e continuem a viver como discípulos de Jesus.
  • Interceda para que o Senhor levante líderes comprometidos com a justiça e bem-estar de toda a população.

Fonte: Portas Abertas

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Parte da Líbia é destruída após catástrofe; organização cristã pede orações

 


Líbia após a passagem do fenômeno ‘Daniel’. (Foto: Captura de tela/YouTube CNN Brasil)

Até o momento, as chuvas causadas pela ‘tempestade Daniel’ matou mais de 5 mil pessoas e 10 mil estão desaparecidas.

Devido às fortes chuvas em decorrência da ‘tempestade Daniel’, a Líbia sofreu várias enchentes e deslizamentos, no último domingo (10). A catástrofe natural causou também o rompimento de duas barragens na região nordeste do país, que já estava inundada, além da destruição de quatro pontes.

Até o momento, cerca de 5.300 pessoas morreram e 10 mil estão desaparecidas, conforme a Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelha (IFRC, na sigla em inglês).

A área mais afetada foi a cidade de Derna, que tem uma grande área submersa. Em entrevista a uma TV local, em 12 de setembro, o ministro da Saúde do governo, Othman Abduljalil, descreveu Derna como uma “cidade fantasma” e cheia de corpos espalhados. “Há famílias ainda presas dentro de suas casas e há vítimas sob os escombros”, completou.

Inundação sem precedentes deixa mais de 5 mil mortos na Líbia | CNN NOVO DIA

‘Necrotérios lotados’

Conforme a CNN, a população vive momentos extremamente difíceis: “Os necrotérios estão lotados e os hospitais não estão mais dando conta”, explicou  Priscila Yazbek, jornalista da CNN, ao contar que os familiares estão fazendo o reconhecimento dos corpos na rua mesmo.

A tragédia poderia ter sido evitada, segundo especialistas, já que as inundações atingiram primeiro a Grécia, a Turquia e a Bulgária, antes de cruzar o Mediterrâneo e chegar ao Norte da África.

“Eles dizem que poderia ter havido um plano por parte do governo para evacuar as pessoas da região que foi atingida. O governo líbio está sendo muito criticado”, explicou a jornalista.

O motivo da catástrofe tem ligação com o aumento excessivo das temperaturas do Mediterrâneo e que tem provocado tempestades violentas, além dos incêndios florestais. Especialistas preveem eventos sem precedentes para este ano.



Líbia após a passagem do fenômeno ‘Daniel’. (Foto: Captura de tela/YouTube CNN Brasil)

Sobre o fenômeno ‘Daniel’

O fenômeno tem sido chamado de “tempestade Daniel” porque se desenvolveu na Grécia e recebeu esse nome por lá, pelo Serviço Meteorológico Nacional Helênico.

Daniel também foi apelidado de ‘Medicane’ por ocorrer sobre o Mar Mediterrâneo. O nome do fenômeno foi criado nos anos 1980 com a união das palavras ‘Mediterrâneo e furacão’ em inglês (hurricane).

Na Grécia, a primeira morte por causa da chuva extrema foi no dia 5, conforme notícias do G1. Já naquela data autoridades afirmaram que a tempestade era o “maior fenômeno extremo em termos de quantidade de chuva em 24 horas” desde que a Grécia iniciou os registros.

Os gregos enfrentaram cinco dias de tormentas, que ocasionaram 15 mortes causadas pelas enchentes. A Grécia chegou a ter pontos com 750 milímetros de chuva em 24 horas.

Na Líbia, bairros inteiros da cidade de Derna desapareceram depois que duas barragens antigas colapsaram, segundo o serviço meteorológico líbio. O principal perigo desse tipo de ciclone não são os ventos, mas as chuvas torrenciais provocadas por eles, o que explica as inundações.

Pedido de oração

A Portas Abertas convoca os cristãos de todo o Brasil para interceder pela Líbia e por toda a população que sofre com as consequências do furacão.

Oportunamente, a organização lembra que a Líbia enfrenta uma guerra civil desde que o ditador Muamar Gaddafi foi destituído e morto em 2011.

“Há um governo com reconhecimento internacional com sede na capital Trípoli e outro ao leste da nação. Essa divisão favorece a ação de grupos de extremistas islâmicos e de criminosos organizados”, explicou.

“Além disso, a Líbia é um país que fica na rota de fuga de refugiados da África Subsaariana, que estão em direção à Europa. Enquanto estão no território, essas pessoas são assediadas, ameaçadas pelos jihadistas, sequestradas, vendidas como escravas para o crime organizado e vítimas de tráfico humano”, continuou.

“Os cristãos que vivem no país em 5º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023 ainda enfrentam perseguição extrema, que pode resultar em morte. Além de serem discriminados pela comunidade e pela família muçulmanas, os seguidores de Jesus são presos pelo governo e alvos da ação dos radicais islâmicos e criminosos”, concluiu.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO G1 E PORTAS ABERTAS

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *