sábado, 23 de maio de 2020

Irmão André não planejou a Portas Abertas

Veja como Deus usou um jovem obediente para mobilizar o mundo na causa da Igreja Perseguida

O fundador da Portas Abertas completa 92 anos de aventuras e fortalecimento da Igreja Perseguida no mundo
Hoje é aniversário do Irmão André. O fundador da Portas Abertas completa 92 anos. Porém, antes de encontrar Jesus, o jovem Anne van der Bijl teve dificuldades familiares e o desejo por desafios o levou até a guerra da Holanda contra a Indonésia. Ele era sedento por uma aventura que fizesse a vida valer a pena, porém as duras consequências das batalhas, como sofrimento e mortes, frustraram o soldado. Foi após levar um tiro na perna, que Anne foi sendo conduzido, gradativamente, aos caminhos do Senhor. As orações dos amigos e longas conversas sobre Deus não pareciam fazer efeito imediato. Mas um dia, voltou a ler a Bíblia e não conseguiu mais parar.
A hora de se render a Deus
“Não havia muita fé em minha oração. Apenas disse: Senhor, se me mostrares o caminho, eu te seguirei.”
Quando voltou para casa, a sede de compreender mais sobre a palavra continuou. O próximo passo dado foi frequentar uma igreja. Após a dispensa do exército em 1949, ele comprou uma bicicleta e por meio dela pôde participar também dos cultos em cidades vizinhas. “Em cada um deles, anotava cuidadosamente o que dizia o pregador e passava a manhã seguinte procurando passagens na Bíblia para ver se tudo o que dissera estava realmente lá”, contou. A repentina mudança nos hábitos do jovem preocupou os familiares, pois  poderia ser alguma “neurose de guerra”. Mas foi em 1950 que ele parou de lutar e rendeu-se a Deus. “Com uma nota no vento berrando para mim para não ser tolo, entreguei-me a Deus por completo – corpo, alma, espírito e aventura. Não havia muita fé em minha oração. Apenas disse: Senhor, se me mostrares o caminho, eu te seguirei. Amém. Foi simples assim”, afirmou.
A partir daí a verdadeira aventura começou na vida de Anne. Ele estava sem reservas diante de Deus, mas nunca tinha se sentido tão seguro. Nessa época foi chamado para ser missionário e as oportunidades para pregar começaram a aparecer na cidade natal e municípios vizinhos. O primeiro campo foi a fábrica de chocolate Ringers. Lá, conseguiu testemunhar o amor de Cristo e acabou sendo promovido, mas sentia-se atraído por algo maior. Depois de muita pesquisa e um tempo de espera, ingressou na Cruzada de Evangelização Mundial. Lá estudou por dois anos e aprendeu na prática como Deus supre as necessidades daqueles que se propõem a trabalhar para o reino. Na semana anterior da formatura, o cristão viu uma propaganda em uma revista, onde jovens foram convidados para um festival da juventude comunista em Varsóvia, capital da Polônia. Ele escreveu uma carta para os organizadores e compareceu ao evento como um missionário cristão.
“Não havia nenhum plano, nenhuma visão, certamente nenhum pensamento sobre liderar uma organização mundial. Deus revelou uma necessidade que eu podia satisfazer e foi isso que fiz.”
“Minha mala estava pesada. Nela havia apenas umas poucas vestimentas, uma muda de roupa de cama e alguns livretos de 32 páginas intitulados O caminho da Salvação”, testemunhou Anne. A partir dessa viagem, ele encontrou muitos cristãos que viviam por trás da Cortina de Ferro e começou a trabalhar para que eles tivessem Bíblias e literatura cristã. Assim que começou a viajar contrabandeando Bíblias por países comunistas como Tchecoslováquia, Iuguslávia, Romênia e Bulgária, Anne ganhou o fusca azul como companheiro para as viagens. O carro rodava pelas estradas abarrotado de Bíblias, livros e suprimentos para as pessoas em campos de refugiados. “Parei de usar meu nome completo e comecei  a usar o nome pelo qual era conhecido atrás da Cortina, onde os sobrenomes  praticamente deixavam de existir entre os cristãos: Irmão André”, contou o fundador da Portas Abertas.
“Não fomos feitos para nos defender, ou defender a igreja, ou o cristianismo em geral. Fomos feitos para antecipar as ações.”
As histórias das arriscadas missões do Irmão André foram relatadas no livro “O Contrabandista de Deus” em 1967. Logo, os cristãos de diferentes países tiveram acesso ao trabalho e se juntaram na grande aventura de fortalecer a Igreja Perseguida em território comunista.
A partir de 1970, o trabalho passou a ser apoiado por nações como África do Sul, Holanda, Austrália, Suíça, Estados Unidos, Reino Unido e Brasil. Gradativamente, foram surgindo oportunidades de expandir os projetos e chegaram até o Oriente Médio, África e América do Sul. Em todas as viagens, as Bíblias e livros cristãos eram itens essenciais na bagagem e o Irmão André não deixava de se reunir com líderes nacionais para conversar e apresentar a mensagem da cruz. “Há muito que podemos fazer, começando de joelhos. É verdade que não posso mais viajar e ver meus irmãos e amigos. Mas posso orar.Recentemente estive desafiando os cristãos para serem mais ativos. Na maior parte do tempo, sentimos medo porque ficamos na defensiva. Não fomos feitos para nos defender, ou defender a igreja, ou o cristianismo em geral. Fomos feitos para antecipar as ações”, completou.
O Irmão André casou-se com Corrie Van Dame, cristã que conheceu enquanto trabalhava na fábrica de chocolate Ringers, e tem cinco filhos e 11 netos. Corrie já foi para o Senhor. Conheça mais experiências do fundador da Portas Abertas que foram contadas na obra “O Contrabandista de Deus”. Leia ou presenteie um amigo com os relatos das missões em apoio à Igreja Perseguida.
Fonte: Portas Abertas

O que é a Al-Qaeda?

A rede terrorista Al-Qaeda ganhou grande visibilidade após o ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, nos EUA

A rede terrorista Al-Qaeda teve origem no Afeganistão, mas tem ligações com grupos radicais no Oriente Médio e outros países (imagem representativa)
A rede terrorista Al-Qaeda teve origem no Afeganistão, mas tem ligações com grupos radicais no Oriente Médio e outros países (imagem representativa)
A Al-Qaeda é uma rede terrorista global fundada por Osama bin Laden e foi responsável por milhares de mortes no ataque de 11 de setembro de 2001 e outros diversos ataques mortais ao redor do mundo.
Antes do 11 de setembro, muitas pessoas sabiam pouco sobre a Al-Qaeda ou seu fundador, Osama bin Laden. Mas as raízes da rede militante islâmica, cujo nome em árabe significa “A Base”, data do final dos anos 1970 e da invasão da União Soviética no Afeganistão.
Desde que declarou uma guerra santa aos Estados Unidos, judeus e seus aliados, a Al-Qaeda se responsabilizou por cerca de 3 mil mortes no 11 de setembro e numerosas outras ofensivas ao redor do mundo. A rede terrorista global tem ligações com grupos radicais no Oriente Médio e outros países.
Como começoua Al-Qaeda?De acordo com o canal History, durante a Guerra do Afeganistão, entre 1979 e 1989, quando a União Soviética apoiou o governo comunista afegão, insurgentes muçulmanos, conhecidos como muhjahidin, se reuniram para lutar a jihad (guerra santa) contra os invasores. Entre eles, estava um saudita, o 17º filho de 52 de um magnata milionário da construção, chamado Osama bin Laden, que apoiou os mujahidin com dinheiro, armas e combatentes.
Junto com Abdullah Azzam, um estudioso e pregador islâmico sunita palestino, que também era mentor de Bin Laden, eles começaram a expandir uma ampla rede de financiamento. Quando os soviéticos se retiraram do Afeganistão em 1989, a Al-Qaeda foi criada para enfrentar futuras guerras santas. Para Bin Laden, essa era uma luta que ele queria assumir globalmente.
Azzam, por outro lado, queria focar os esforços em tornar o Afeganistão em um governo islâmico. Quando ele foi assassinado em um carro-bomba no Paquistão, em 1989, bin Laden foi promovido a líder do grupo.
Qual a rede da Al-Qaeda?Exilado pelo regime saudita, e depois destituído de sua cidadania em 1994, bin Laden deixou o Afeganistão e estabeleceu operações no Sudão, com os Estados Unidos em sua mira como inimigo número 1. A Al-Qaeda tomou crédito pelo ataque de dois helicópteros Black Hawk durante a Batalha de Mogadíscio na Somália, em 1993, assim como do bombardeio ao World Trade Center em Nova York, em 1993, e um carro-bomba em 1995 que destruiu uma base militar norte-americana construída na Arábia Saudita. Em 1998, o grupo alegou a responsabilidade pelos ataques às embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia e, em 2000, pelos atentados suicidas contra o navio de guerra USS Cole no Iêmen, no qual 17 marinheiros norte-americanos foram mortos e 39 feridos.
Expulso do Sudão em 1996, bin Laden voltou para o Afeganistão sob a proteção do Talibã, onde garantiu treinamento para milhares de insurgentes muçulmanos. No mesmo ano, anunciou a fátua, pronunciamento legal no islamismo emitido por um especialista em lei religiosa, contra os Estados Unidos: “Declaração de guerra contra os norte-americanos que ocupam o território de duas terras santas”, com uma segunda declaração de fátua emitida em 1998, citando protestos contra os Estados Unidos, Israel e outros aliados.
Forças do governo iemenita lançaram uma grande ofensiva contra militantes da Al-Qaeda (foto: AFP)

“Os Estados Unidos hoje, como resultado de uma atmosfera arrogante, estabeleceram um critério duplo, chamando qualquer um que vá contra eles injustamente de terrorista. Eles querem ocupar nossos países, roubar nossos recursos, impor agentes para nos governarem e querem que concordemos com isso tudo”, disse bin Laden em 1997 em uma entrevista com a CNN.
De acordo com o Conselho de Relações Exteriores norte-americano, a oposição violenta aos Estados Unidos pela rede terrorista resultou do apoio de governos “infiéis”, incluindo Israel, Arábia Saudita e Egito, junto com as Nações Unidas, e o envolvimento dos norte-americanos em 1991 na Guerra do Golfo e na missão Operation Restore Hope em 1992 e 1993 na Somália.
“Em particular, a Al-Qaeda se opôs à contínua presença das forças militares norte-americanas na Arábia Saudita (e qualquer outro lugar na Península Arábica) após a Guerra do Golfo”, relata o Conselho, acrescentando que “a Al-Qaeda se opôs ao governo dos Estados Unidos por causa da detenção, condenação e aprisionamento de pessoas pentencentes à Al-Qaeda ou a seus grupos terroristas afiliados ou aqueles com quem trabalharam. Por essas e outras razões, bin Laden declarou uma jihad, ou guerra santa, contra os Estados Unidos, que conduziu por meio da Al-Qaeda e de suas organizações afiliadas”.
Como os EUA reagiram ao ataque de 11 de setembro?Após o 11 de setembro de 2001, quando quatro aviões comerciais foram sequestrados por terroristas da Al-Qaeda, resultando no assassinato em massa de 2.977 vítimas em Nova York, Washington D.C., e no Condado de Somerset, na Pensilvânia, bin Laden foi nomeado como o orquestrador e principal suspeito.
A morte de Osama Bin Laden abalou muito a Al-Qaeda (foto: Getty Images)

Os ataques levaram à Guerra do Afeganistão norte-americana, mais conhecida como Operação Liberdade Duradoura, lançada em 7 de outubro de 2001, tirando o Talibã, protetor de bin Laden, do poder, embora a guerra tenha continuado. Bin Laden foi forçado a se esconder, já que havia uma recompensa, emitida pelo FBI, de 25 milhões de dólares por sua cabeça. Bin Laden escapou das autoridades até 2 de maio de 2011, quando uma operação secreta de um grupo de elite da Marinha norte-americana, atirou e matou o líder terrorista em um complexo privado em Abbottabad, no Paquistão.
A Al-Qaeda acabou?E quando a Al-Qaeda foi enfraquecida, o grupo começou uma “reconstrução silenciosa” após a instabilidade no despertar da Primavera Árabe, de acordo com o Conselho de Relações Exteriores norte-americano. “Parece que a Al-Qaeda estava entre as forças regionais que beneficiaram a maioria dos tumultos da Primavera Árabe, em 2011. Sete anos depois, Ayman al-Zawahiri emergiu como um líder poderoso, com uma visão estratégica que implementou sistematicamente. Forças leais à Al-Qaeda e seus afiliados agora chegam a dezenas de milhares”, especialistas não partidários relatam.
Outros grupos jihadistas, incluindo o Talibã e o Estado Islâmico também permanecem ativos na luta contra os Estados Unidos e a cultura ocidental.
Onde a Al-Qaeda é ativa?Parte da nova estratégia tem sido construir alianças locais e promover uma rede de afiliados ou “braços” na África, Oriente Médio e Sul da Ásia. Diferente do Estado Islâmico, a Al-Qaeda é cuidadosa para não alienar as populações locais.
Em 2013, a Al-Qaeda emitiu “orientações gerais para jihad”, que falam sobre uma abordagem mais contida e baseada na comunidade.
“A Al-Qaeda é especialista em identificar preocupações locais, como corrupção e marginalização, e transformá-las em sua agenda da jihad global”, de acordo com Elisabeth Kendall, pesquisadora sênior em Pembroke College, em Oxford.
“Deste modo, os atos como um ‘salvador’ local e o posicionamento como ‘bons moços da jihad’ são opostos aos tipos brutais do Estado Islâmico”, ela disse. A Al-Qaeda tem constantemente aumentado os ataques por meio de diversos braços e afiliados.
Um “braço” saudita da Al-Qaeda alvejou um complexo residencial em Riad, capital da Arábia Saudita, em maio de 2003 (Foto: AFP)

Em 2018, o grupo extremista conduziu um total de 316 ataques ao redor do mundo, de acordo com dados coletados pelo Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos norte-americano.
O último principal ataque em país ocidental foi o massacre do Charlie Hebdo em Paris, em janeiro de 2016, em que 12 pessoas morreram. O ataque foi conduzido pela Al-Qaeda na Península Arábica.
Mas os afiliados do grupo são muito ativos em outras partes do mundo, conduzindo ataques mortais.
Como a Al-Qaeda persegue os cristãos?O plano dos militantes islâmicos da Al-Qaeda é realizar a jihad, na luta contra os Estados Unidos e tudo aquilo que vai contra a fé islâmica, o que inclui o cristianismo. Para isso, se necessário, lutariam essa guerra santa no próprio país. Exemplos disso são vistos em ataques tanto da Al-Qaeda quanto de “braços” e afiliados.
Uma acusação oficial contra 11 supostos militantes da Al-Qaeda apresentaram planos terroristas para atacar as igrejas em Ancara, na Turquia. Entre o material apreendido pela polícia havia CDs, mapas detalhados, desenhos e diagramas de construção. A polícia também encontrou listas de nomes e endereços residenciais de cristãos e outros funcionários que trabalhavam em uma igreja na capital.
Cerca de 15 mil palestinos ainda estão no campo de refugiados Nahr el Bared, que abriga um total de 40 mil pessoas

Outro grupo, que afirmou ser ligado à rede terrorista da Al-Qaeda, ameaçou bombardear o Líbano e atacar cristãos libaneses caso Beirute continuasse a cercar o campo de refugiados palestinos de Nahr el Bared, onde o Exército confrontava, há dias, radicais islâmicos do movimento Fatah al Islam. Na época, o grupo afirmou que nenhum cristão estaria seguro no Líbano depois disso. Ainda no Líbano, um tribunal acusou 31 supostos membros da Al-Qaeda de planejar um ataque contra uma igreja em Zahle e outros lugares cristãos na mesma cidade, a leste de Beirute. Fontes disseram que a célula da Al-Qaeda no Líbano era dirigida por um saudita e um sírio. A base era na aldeia de Bar Elias, no vale de Bekaa, no leste do país, onde o grupo preparava atentados com carros-bomba.
No Iraque, um cristão foi sequestrado, torturado e assassinado pela Al-Qaeda. A informação é que os criminosos pressionaram a empresa em que o cristão trabalhava para despedi-lo, por causa da crença em Cristo. O corpo do cristão, Ashur Issa Yaqub, foi encontrado com marcas de tortura e mutilação. Ele trabalhava em construção civil na cidade de Kirkuk e membros da Al-Qaeda tinham exigido 100 mil dólares pela libertação. Yaqub tinha 29 anos e deixou mulher e três filhos.
Palavra para cristãos afegãosEntrar no Afeganistão, principal país onde atua a Al-Qaeda, com o evangelho é muito difícil. Uma igreja secreta existe no país, mas ninguém sabe exatamente o tamanho. Esse é um dos motivos de tentarmos transmitir o evangelho de formas alternativas. Uma das maneiras é por meio de novas tecnologias. Com isso, cristãos afegãos de áreas remotas da região recebem transmissão do evangelho. E Deus tem usado isso para transformar pessoas e as trazer para mais perto dele. Receber o alimento espiritual tem fortalecido esses irmãos e irmãs. Sua doação pode fazer com que mais pessoas conheçam o amor de Cristo e tenham suas vidas transformadas.
Fonte: Portas Abertas

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