A Páscoa judaica cumpriu-se em Cristo. No Cenáculo, Jesus instituiu a Ceia, monumento de sua primeira vinda e promessa de sua segunda vinda. Agora, não imolamos mais cordeiros, pois Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele é o nosso Cordeiro Pascal. Ele é o Sacerdote e o sacrifício, o ofertante e a oferta. Ele morreu pelos nossos pecados, ressuscitou para nossa justificação e voltará para a nossa glorificação. Vejamos essas três verdades magnas do cristianismo.
Em primeiro lugar, Jesus morreu pelos nossos pecados. A morte de Jesus não foi um acidente. Ele não morreu porque sucumbiu ao poder de Roma nem porque foi uma vítima indefesa das tramas do sinédrio judaico. Jesus não morreu porque Judas o traiu por ganância, ou porque o sinédrio o sentenciou por inveja, ou porque Pilatos o condenou por covardia ou porque os soldados o pregaram no madeiro por crueldade. Ele morreu porque o Pai o entregou por amor. Ele morreu porque voluntariamente se entregou pela sua igreja. Ele morreu pelos nossos pecados. Sua morte foi vicária. Ele morreu em nosso lugar, como nosso fiador e substituto. Ele carregou sobre o seu corpo, no madeiro, os nossos pecados. Deus lançou sobre ele a iniquidade de todos nós. Agradou ao Pai moê-lo na cruz. Ele foi feito pecado por nós. Sendo ele bendito eternamente, foi feito maldição. Ele bebeu, sozinho, o cálice amargo da ira de Deus que deveria cair sobre nossa cabeça. Ele sofreu o golpe da lei que deveríamos suportar. Ele cumpriu a lei por nós e satisfez todas as demandas da justiça de Deus. Na sua morte, ele triunfou sobre os principados e potestades. Ele desbaratou, na cruz, o diabo e seus demônios e rasgou o escrito de dívida que era contra nós. Ele pagou a nossa dívida. Em seu sangue somos justificados. Por sua morte, fomos reconciliados com Deus. Ele fez a paz pelo seu sangue da sua cruz. Sua morte nos libertou e pela sua morte temos livre acesso ao trono da graça.
Em segundo lugar, Jesus ressuscitou para nossa justificação. Jesus entrou nas entranhas da morte, arrancou o aguilhão da morte, matou a morte e ressurgiu vitoriosamente, inaugurando a imortalidade. A morte foi vencida. Por isso, as melhores notícias vêm a nós da tumba vazia de Jesus. Ele ressuscitou como primícias de todos os que dormem. A morte já não tem mais a última palavra. A sepultura não é o nosso último endereço. A ressurreição de Jesus é o selo de sua vitória sobre a morte. É o estandarte da nossa viva esperança. Porque ele ressuscitou, nossa fé não é vã nem nossa pregação um grito ensandecido. Porque ele ressuscitou, nossa esperança não é uma fantasia nem nosso futuro é desolador. Porque ele vive, podemos crer no amanhã. Porque ele vive, temor não há. Porque ele ressuscitou teremos, também, um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso, espiritual, celestial, semelhante ao corpo de sua glória. Porque Jesus ressuscitou podemos encarar a morte e dizê-la: “Onde está ó morte a tua vitória; onde está ó morte o teu aguilhão”. Porque Jesus ressuscitou, podemos gritar para dentro dos sepulcros: “Tragada foi a morte pela vitória”.
Em terceiro lugar, Jesus voltará para a nossa glorificação. Jesus morreu, ressuscitou, voltou ao céu, está à destra de Deus Pai e voltará pessoalmente, visivelmente, audivelmente, repentinamente, inesperadamente, inescapavelmente, gloriosamente, vitoriosamente para colocar todos os seus inimigos debaixo de seus pés. Voltará para julgar as nações. Voltará para lançar no lago do fogo o anticristo, o falso profeta, o diabo, a morte e todos aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida. Voltará para arrebatar sua igreja. Voltará para conduzir sua noiva à Casa do Pai, ao paraíso, à nova Jerusalém. Voltará para reinar com sua igreja pelos séculos sem fim.
Que esta mensagem gloriosa inunde nosso coração de sincera gratidão e profunda devoção.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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