quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

O DEUS QUE ADORAMOS

 


O Deus do Povo de Deus

Deuteronômio 4 – 5

O povo de Israel foi abençoado mais do que todas as nações da terra, pois pertencia ao verdadeiro Deus vivo e tinha um relacionamento de aliança com ele. Estavam se preparando para entrar na terra que Deus prometeu quando chamou Abraão, o pai dos israelitas (Gn 12:1-3; 13:14-18), e parte dessa preparação consistia em ouvir atenciosamente discurso de despedida de Moisés, o profeta do Senhor e líder do povo de Deus.

Depois de relatar a história de Israel (Dt 1-3), Moisés lembrou o povo do caráter do Deus de Israel e de como deveriam responder a ele. Se não conhecermos o caráter do Deus a quem adoramos, como poderemos adorá-lo “em espírito e em verdade” (Jo 4:24)?

1. DEUS FALA – DEVEMOS OUVI-LO (Dt 4:1,2)
O grande estudioso judeu Abraham Joshua Heschel escreveu: “Para crer, precisamos de Deus, de uma alma e da Palavra”. Outro estudioso judeu, o apóstolo Paulo, chegou à mesma conclusão e escreveu: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10:17).
O Deus que fez a criação existir por sua Palavra (Sl 33:6-9) ordenou que seu povo deve ter uma vida dedicada à atenção e à obediência a sua Palavra.

O verbo “ouvir” é usado quase cem vezes em Deuteronômio. A confissão de fé tradicional dos judeus (Dt 6:4,5) é chamada de Shema, palavra que vem do hebraico e significa “ouvir, prestar atenção, compreender, obedecer”. Para o judeu do Antigo Testamento e o cristão do Novo Testamento, ouvir a Palavra de Deus implica muito mais do que ondas de som chegando ao ouvido humano.

Ouvir a Palavra de Deus é uma questão de concentrar todo nosso ser – mente, alma e vontade – no Senhor, recebendo o que ele nos diz e obedecendo. A fim de transformar nossa vida, a Palavra de Deus deve penetrar em nosso coração e tornar-se parte de nosso ser interior. Foi isso o que Jesus quis dizer quando falou: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 8:8). Essa declaração aparece pelo menos oito vezes nos Evangelhos e, portanto, deve ser importante (ver também Dt 29:4 e Ez 12:2).

Ouvir a Palavra de Deus e lhe obedecer era a essência de Israel (Dt 4:1a). Quando Deus fala, coloca diante de nós a vida e a morte (Dt 30:15-20), e nossa resposta determina qual se concretizará. “Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou o S e n h o r ” (Lv 18:5). Deuteronômio 4:1, 2 e 5 enfatiza o mandamento e o ensino, pois o Senhor não apenas nos diz o que fazer, mas também explica a verdade por trás de suas prescrições. É possível que Jesus tivesse isso em mente quando disse a seus discípulos que os tratava como amigos e não como escravos, pois lhes explicava o que estava fazendo (Jo 15:14, 15).

Não era apenas a vida de Israel que dependia da obediência à Palavra de Deus, mas também sua vitória sobre o inimigo (Dt 4:1b). Sem fé e obediência, Israel não poderia entrar na terra e derrotar as nações fortemente entrincheiradas naquela região. O Senhor não poderia ir adiante de seu povo e dar-lhes a vitória se eles não o seguissem em obediência (Dt 1:30). Os dez espias que não compreenderam o poder das promessas de Deus levaram Israel ao desânimo, à derrota e à morte por causa de sua incredulidade (Nm 13-14). “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5:4), e a fé vem da Palavra (Rm 10:17).

Os cristãos de hoje devem buscar sua vida e sua vitória na Palavra de Deus. Não podemos obedecer a Deus se não conhecemos seus mandamentos. Mas se os conhecemos, cremos neles e lhes obedecemos, então o poder de Deus opera em nossa vida. “Ora, os seus mandamentos não são penosos” (1 Jo 5:3). Obedecer ao Senhor torna-se um privilégio prazeroso quando percebemos que seus mandamentos são expressões de seu amor, garantias de sua força, convites às suas bênçãos, oportunidades de crescer e de trazer glória para o nome do Senhor e ocasiões de desfrutar o amor de Deus e a comunhão com ele, à medida que procuramos agradá-lo. A Palavra de Deus é a porta para os tesouros da graça divina.

Moisés deu ainda uma advertência sobre mudar a Palavra de Deus, acrescentando a ela ou subtraindo dela (Dt 4:2; ver 12:32; Pv 30:6; Gl 3:15; Ap 22:18, 19). Os primeiros manuscritos das Escrituras eram copiados a mão, e era fácil um copista fazer mudanças; mas Deus cuida de sua Palavra (Jr 1:12) e julga aqueles que adulteram seu conteúdo. Os fariseus do tempo de Jesus guardavam as Escrituras com grande zelo e, no entanto, adulteravam a Palavra de Deus ao colocar no lugar dela suas próprias tradições (Mc 7:1-1 3). Se a Palavra de Deus é nossa vida, então estamos pondo nosso próprio futuro em risco se deixarmos de honrá-la e de lhe obedecer de todo o coração (Ef 6:6).

1.1- DEUS É SANTO – DEVEMOS TEMÊ-LO (DT 4:3,4)
A idolatria e as práticas imorais associadas a ela eram o pecado contumaz de Israel. Enquanto viveram no Egito, os hebreus tiveram contato com a idolatria e chegaram a praticá-la em sua jornada pelo deserto (At 7:42, 43). Enquanto Moisés estava com Deus no monte Sinai, o povo no acampamento adorou a um bezerro de ouro (Êx 32). A idolatria era um pecado muito grave, pois Israel havia se “casado” com Jeová no monte Sinai, de modo que, na verdade, sua adoração a ídolos era adultério (Jr 3; Os 1-2). Era um pecado contra o amor de Deus e uma transgressão à lei divina. Por fim, o Senhor teve de mandar seu povo à Babilônia para curá-lo de sua idolatria.

Pode ter sido esse o motivo que levou Moisés a citar a tragédia dos pecados de Israel em Baal-Peor (Dt 4:3,4; Nm 25). O acontecimento era recente o suficiente para que o povo se lembrasse dele. O falso profeta Balaão havia sido contratado pelo rei Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mas cada vez que Balaão tentava amaldiçoa-los, acabava abençoando-os (Nm 22 – 24). Suas maldições não funcionaram, mas ele elaborou um plano que deu certo. Balaão e Balaque convidaram os homens israelitas para as festas religiosas dos moabitas e incentivaram sua total participação (Nm 25). Isso significava ter relações com prostitutas cultuais dos templos, e um dos homens chegou a levar sua “namorada” de volta para o acampamento de Israel! O fato de Deus julgar seu povo matando vinte e quatro mil homens indica que muitos dos israelitas não hesitaram em tomar parte naquela libertinagem. Aquilo que o inimigo não conseguiu fazer com maldições e combate, foi capaz de realizar por meio da condescendência e da “amizade”.

Temer ao Senhor significa respeitar quem ele é, o que ele é e o que ele diz, e por meio de nossa submissão e obediência demonstrar nosso amor e o desejo de lhe agradar. Deus é o Criador e nós somos as criaturas; ele é o Senhor e nós somos os servos. Quando desrespeitamos sua autoridade deliberada e propositadamente, tentamos o Senhor a nos disciplinar, e nossa arrogância só causa dor e perdas trágicas. Não vale a pena. Se você quer identificar as bênçãos que os cristãos perdem quando não temem ao Senhor, leia e medite nos seguintes versículos: Deuteronômio 6:24; Salmos 25:12; 31:19; 34:9; 112; 145:19; Provérbios 1:7; Isaías 33:6; Efésios 5:21; Hebreus 12:28, 29.

1.2-DEUS É SÁBIO – DEVEMOS APRENDER DELE (Dt 4:5-9) A Palavra de Deus é a revelação da sabedoria de Deus, e precisamos conhecer e seguir tal sabedoria se queremos ter uma vida que agrade e que glorifique ao Senhor. Para Deus, a sabedoria do mundo é insensatez (1 Co 3:19) e aqueles que a seguem ficarão desapontados. No Antigo Testamento, a palavra “sabedoria” está relacionada ao caráter e não à inteligência humana e descreve o uso correto do conhecimento. De acordo com o Dr. Roy Zuck: “A sabedoria consiste em demonstrar aptidão e em ter sucesso nos relacionamentos e responsabilidades, observando e seguindo os princípios de ordem do Criador no universo moral”.2 A prática da sabedoria de Deus implica não apenas sobreviver, mas viver de fato.

Há ainda outro benefício que gozamos quando seguimos a sabedoria de Deus: ela nos ajuda a construir lares tementes ao Senhor (Dt 4:9, 10). Cercados como estavam de povos pagãos, apenas uma geração separava Israel de perder as bênçãos de Deus, sendo que o mesmo se aplica à Igreja de hoje (2 Tm 2:2). Se não ensinarmos nossos filhos sobre Deus e sua Palavra, um dia surgirá uma geração que não conhece ao Senhor, como acabou acontecendo em Israel (Jz 2:7-15). “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18:8).

Qual a melhor maneira de os pais cristãos influenciarem seus filhos de modo que confiem no Senhor e vivam de acordo com a sabedoria de Deus? Moisés dá três sugestões aos adultos: sejam exemplos para seus filhos; não deixem que a Palavra de Deus saia da mente e do coração deles; e lembrem-se do que o Senhor fez por vocês no passado, compartilhando essas experiências com seus filhos. Todas as crianças israelitas no tempo de Moisés deveriam conhecer a história do êxodo (Dt 6:20-25; Êx 10:1, 2; 12:24-28; 13:1-16), e, posteriormente, toda criança deveria saber o que significava o fato de Israel ter cruzado o rio Jordão (Js 4:1-7, 21-24). A negligência espiritual e os maus exemplos – podem ser imitados pelos filhos e produzir consequências tristes ao longo da vida desses jovens (Dt 5:8-10; Êx 20:5, 6; Nm 14:17, 18).4

2- SOMENTEO SENHOR É DEUS – DEVEMOS ADORÁ-LO (Dt 4:10-43)
As nações ao redor de Israel adoravam vários deuses e deusas, mas Israel deveria adorar somente o único e verdadeiro Deus. “Ouve, Israel, o S e n h o r , nosso Deus, é o único S en h o r ” – esse é o primeiro princípio fundamental da confissão de fé dos judeus, o Shema (Dt 6:4, 5), e o primeiro dos dez mandamentos é: “Não terás outros deuses diante de mim” (Dt 5:7). Isso porque todos os outros “deuses” são apenas fruto de imaginações pecaminosas e, na verdade, não são deuses coisa nenhuma (Rm 1:18ss). Adorar outros deuses significa adorar o nada e tornar-se nulo (Sl 115:8). Uma das palavras hebraicas para “ídolos” significa “vaidade, inutilidade”. Em sua mensagem, Moisés apresenta vários argumentos para apoiar essa advertências contra a idolatria.

A experiência de Israel no Sinai (w.10-19). Moisés lembrou o povo das experiências extraordinárias de Israel no Sinai, quando Deus fez sua aliança com eles. A montanha ardeu em fogo e cobriu-se de nuvens e de grande escuridão.
“Aquele que pode ouvir, pode ver”, disse, com toda razão, um sábio judeu.
“Aparência nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo” (Dt 4:15). A conclusão é óbvia: o Senhor proíbe seu povo de adorar representações visíveis de Deus ou qualquer coisa que Deus tenha feito, sejam seres humanos, animais, aves, peixes, o Sol, a Lua ou as estrelas.

O livramento de Israel do Egito (v. 20). Moisés havia acabado de mencionar todas as nações (v. 19), de modo que lembrou o povo que Israel era diferente desses outros povos, pois Israel era o povo escolhido de Deus e sua propriedade peculiar (Êx 19:1- 6). O Senhor escolheu Abraão e seus descendentes para levar suas bênçãos ao mundo todo (Gn 12:1-3; Jo 4:22), e, a fim de realizar essa tarefa importante, era preciso que Israel fosse um povo separado

A experiência de Moisés em Cades (vv.21-24; Nm 20:1-13). Quando Moisés feriu a rocha em vez de falar-lhe, Deus, em sua bondade, supriu água em abundância para seu povo sedento, mas disciplinou seu servo, que havia glorificado a si mesmo em lugar de glorificar ao Senhor. Não há outro Deus além do Senhor e somente ele deve ser glorificado. “Eu sou o S e n h o r , este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem” (Is 42:8).

A aliança de amor de Deus (w. 25-31). Deus fez uma aliança com seu povo e esperava que eles a guardassem. A palavra “aliança” é usada pelo menos vinte e sete vezes em Deuteronômio e vem do termo hebraico berith que, de acordo com alguns estudiosos, significa “comer pão”. No Oriente, quando as pessoas faziam uma refeição juntas, formavam uma aliança ou tratado de ajuda e de proteção mútuas (ver Gn 26:26-35).

O amor de Deus (w. 32-43). Ao educar crianças pequenas, usam-se recompensas e castigos para ensiná-las a obedecer, mas quando ficam mais velhas, espera-se que o caráter e o amor sejam sua motivação para evitar o mal e fazer o que é certo. O Senhor é um Deus misericordioso (Dt 4:31), mas não devemos tentá-lo, pois também é um Deus zeloso (v. 24). Como prova do amor e da misericórdia de Deus, Moisés separou três “cidades de refúgio” do lado leste do Jordão, para onde as pessoas que tivessem matado alguém acidentalmente poderiam fugir, receber justiça e encontrar proteção (vv. 41-43). Trataremos desse assunto com mais detalhes em Deuteronômio 19:1-14.

3. DEUS É SENHOR DE TUDO – DEVEMOS LHE OBEDECER (Dt 4:44-5:33)
As descobertas arqueológicas revelam que o Livro de Deuteronômio segue um padrão literário empregado em tratados entre um soberano e seus vassalos no antigo Oriente Próximo. No caso de Israel, é evidente que o Senhor havia conquistado seus inimigos e libertado os israelitas, seu povo especial. Israel era o povo da aliança, e Deuteronômio define os termos desse acordo. Assim como os antigos tratados de vassalos, Deuteronômio contém um preâmbulo (Dt 1:1-5) e uma recapitulação da história por trás do tratado (1:6 – 4:49). Em seguida, apresenta uma lista das estipulações do soberano quanto à conduta de seus súditos (caps. 5 – 26) e o que aconteceria em caso de desobediência (caps. 27 – 30). Encerra com uma explicação de como o tratado funcionaria nas gerações futuras (caps. 31 – 34).

Moisés começou chamando Israel para ouvir a aliança de Deus, aprendê-la e cumpri-la (Dt 5:1). Como vimos, “ouvir” significa muito mais do que escutar casualmente aquilo que alguém está dizendo. Significa ouvir atentamente, compreender, atender e obedecer.

Moisés era o mediador entre Jeová e Israel, pois o povo tinha medo de ouvir a voz de Deus (Dt 5:23-27; Êx 20:18-21; ver também Gl 3:19). Para quem é cristão e obediente, ouvir a voz de Deus significa bênção e ânimo; mas se nosso coração não está em ordem com Deus, sua voz significa juízo.

A lei de Deus (w. 6-21; Êx 20:1-17). O Senhor deu início à proclamação de sua lei lembrando o povo de que era ele quem os havia livrado da escravidão do Egito (Dt 5:6; ver Ne 9:9-11; Sl 77:14, 15; 105:23-38; 136:10-1 5; Is 63:11-14). Esse grande ato de redenção deveria ter sido motivo suficiente para o povo de Israel ouvir a lei de Deus e lhe obedecer, assim como a redenção que temos em Cristo deve servir de motivação para que obedeçamos ao Senhor. A cada Páscoa, os israelitas eram lembrados do grande ato de salvação de Deus, e cada vez que nós, como igreja, celebramos a Ceia do Senhor, somos lembrados de que Cristo morreu por nós para que fôssemos salvos de nossos pecados e pertencêssemos a ele. O Senhor deseja que sejamos obedientes a ele, não como escravos que estremecem de medo diante de um capataz, mas como filhos gratos que amam o Pai celeste e apreciam tudo o que ele é para nós e que faz por nós.

No terceiro mandamento (Dt 5:11), o nome de Deus representa o caráter e a reputação do Senhor, e honrar o nome dele significa falar bem dele para as pessoas a nosso redor. Todo pai quer que seus filhos honrem o nome da família.
Nove dos dez mandamentos são repetidos no Novo Testamento para que a Igreja obedeça; a exceção é o quarto mandamento (Dt 5:12-15) sobre o sábado. Isso porque o sábado era um sinal especial entre Israel e o Senhor (Êx 31:12-1 7; Ne 9:13-1 5; Ez 20:1 2, 20) e não foi dado a nenhuma outra nação (Sl 147:19, 20).

O quinto mandamento (Dt 5:16) nos leva do relacionamento com o Senhor para a prática desse relacionamento com outras pessoas, começando no lar..Isso leva, logicamente, ao sexto mandamento (Dt 5:1 7), que exige que honremos a vida humana e que não matemos.
O sétimo mandamento (Dt 5:18) requer a pureza sexual e a fidelidade no casamento como forma instituída por Deus para o uso e desfrute apropriados da sexualidade.

O nono mandamento (Dt 5:20) proíbe todas as formas de mentira, desde aquelas contadas no banco de testemunhas no tribunal até aquelas ditas ao vizinho (ver Dt 1 7:6-13).O Deus da lei (w. 22-33). O propósito da lei de Deus é revelar o Deus da lei, e, quando nos concentramos nele, vemos que é agradável obedecer a seus mandamentos (Sl 40:8). Moisés encerrou sua recapitulação dos dez mandamentos lembrando a nova geração de que, no Sinai, Deus revelou sua glória e grandeza.

Muitas igrejas de hoje perderam o conceito bíblico da majestade e da autoridade de Deus conforme expressas em sua lei. Essa deficiência empobreceu nosso culto, transformou o evangelismo numa técnica de venda religiosa e converteu a Bíblia num livro de auto-ajuda, que garante transformar você num sucesso. A. W. Tozer estava certo quando disse que: “religião alguma jamais foi maior do que sua concepção de Deus”. Também de acordo com Tozer: “A essência da idolatria é alimentar pensamentos sobre Deus que não são dignos dele”.6 Se isso é verdade, e creio que é, então muitos cristãos evangélicos estão caindo em idolatria.

Em seu apelo a Israel, Moisés instou o povo a lembrar a majestade de Deus e a respeitar a Palavra de Deus. Citou as palavras do próprio Jeová: “Quem dera que eles tivessem tal coração, que me temessem e guardassem em todo o tempo todos os meus mandamentos” (Dt 5:29). A obediência envolve sempre uma atitude do coração, e se amamos ao Senhor, guardaremos seus mandamentos (Jo 14:15, 21-24).
“Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra” (SI 119:16).
Pr. Ele Vieira adap. de WW.

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