Contribuiu para popularizar a doutrina evangélica com influência considerável nos Estados Unidos da América. Em todo momento buscou defender a ortodoxia evangélica em meio aos muitos ataques e desafios da época. Em 1897, deu duas séries de conferências nos EUA, as quais foram publicadas posteriormente com os títulos respectivos de The Progress of Dogma (1902), a sua melhor obra e, Neglected Factors in the Study of the Early Progress of Christianity (1899).
Foi um dos primeiros e principais oponentes da teologia de Ritschl, que na época dominava o pensamento protestante. Também se opôs a Wellhausen e a sua hipótese documentária do Pentateuco, afirmando a autoridade Mosaica. Do mesmo modo enfrentou Harnack com a sua obra The Progress of Dogma (1901), mostrando a lógica divina do desenvolvimento histórico da fé cristã; como a ordem tradicional da dogmática que começa com a teodiceia e conclui com a escatologia, obedece a cronologia em que essas doutrinas foram formuladas historicamente.
James Orr conhecia a partir das fontes a filosofia e a teologia tanto alemã como da Grã-Bretanha. Como o seu colega James Denney sustentava basicamente uma posição evangélica, mas admitia também que era necessário reafirmar a fé no contexto das novas correntes da filosofia e da teologia. Por isso, chegou a admitir a evolução teísta e tratou de contradizer o veredito negativo de A. Harnack como dissemos, sobre a história dos dogmas sustentando que os dogmas foram se desenvolvendo de acordo com uma lógica interna reconhecível.
Colaborou na controvérsia fundamentalista considerada como uma defesa da fé evangélica e da plena inspiração da Bíblia. Todavia, afastou-se do fundamentalismo no tocante à inerrância da Escritura, que sempre a considerou um suicídio no terreno da apologética. Sobre a evolução das espécies e do homem defendeu uma postura que hoje chamaríamos “evolucionismo teísta”, ainda que em muitos aspectos se opôs ao Darwinismo. Apesar de tudo escreveu vários artigos para a série The Fundamentals. Foi editor da The International Standart Bible Encyclopedia(1915), sua obra magna e mais influente, que ainda desfruta do merecido prestígio, dado a seu alto nível acadêmico e bíblico.
Morreu em 6 de Setembro de 1913 elevado por uma auréola de erudição e piedade, de onde se menciona o conhecimento filosófico e científico, com o bíblico e teológico.
NOTAS:
[1] Traduzido para o espanhol com o nome de James Orr, El Concepto Cristiano de Dios y del Mundo (Barcelona, CLIE, 1992). Caso queira ter acesso - aqui.
[2] Publicado para o espanhol com o nome de James Orr, El Progresso del Dogma (Barcelona, CLIE, 1980). Caso queira ter acesso – aqui.
[3] Outras obras menos conhecidas são The Ritschlian Theology and the Evangelical Faith (1897); David Hume (1903); Ritschlianism; Expository and Critical Essays (1903); God's Image in Man and its Defacement in Light of Modern Denials (1905); Problems of the Old Testament Considered with Reference to Recent Criticism (1906); The Bible under Trial. Apologetic Papers in View of Present Day Assaults on Holy Scripture (1907); The Resurrection of Jesus (1908); Side-Lights on Christian Doctrine (1909); Sin as a Problem To-Day (1910); The History and Literature of the Early Church (1913); e no The Fundamentals: A testimony to the truth, R.A. Torrey and A.C. Dixon, eds., (1917) escreveu os artigos: "The Holy Scriptures and Modern Negations", "The Early Narratives of Genesis", "Science and Christian Faith", e "The Virgin Birth of Christ”.
Extraído de Francisco Lacueva, Diccionario Teológico Ilustrado (Barcelona, CLIE, 2001), págs. 454-455.
Tradução livre: 17 de Dezembro de 2010.
Rev. Ewerton B. Tokashiki
Fonte:Blog Estudantes de Teologia
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