A história da cultura conhece tempos de ar mais puro e outros de neblinas tóxicas. Esses gases podem afetar qualquer área da vida. Pensando na política, quanto mais concentração de poder, mais sufocante o ar, como debaixo do nazismo e do comunismo (por isso o Rev. Heinz Neuman disse que não fazia muita diferença ser mordido pelo esquerdo ou pelo direito, e que a opção melhor era ainda a democracia, embora um pouco cambaleante). Também na metereologia, mormente as grandes cidades sofrem dessas neblinas, como o temido ‘fog’ de Londres e atualmente metrópoles na China, obrigando seus habitantes a usarem capinhas na boca e no nariz. Essas cidades sofrem também de fumos tóxicos sociológicos, e não é de estranhar que Bismarck considerava cidades como úlceras da sociedade. Quanto à higiene, às vezes, a neblina é de cheiro ruim, outras a poluição é quase imperceptível, mas sempre danosa para a saúde. Durante a guerra, a ameaça real do uso de gases tóxicos levou meu pai a comprar máscaras para toda a família, muito feias e apertadas, mas com filtros eficientes.
Infelizmente, muitas vezes nem percebemos como o ar atual é poluído espiritualmente e que precisamos de máscaras contra gás para não sermos pouco a pouco envenenados com as tendências relativistas e amorais da nossa época. Vamos usar o filtro da fiel Palavra de Deus para nos proteger contra “toda sorte de impureza. Pois não foi assim que aprendemos a Cristo” (Ef 4.20). Parece que esse ar moderno não cheira tão mal, mas ele pode derrubar até um imperador sem filtro. Quem pensa estar em pé, veja que não caia (1Cor 10.12).
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Francisco Leonardo Schalkwijk mora na Holanda com sua esposa Margarida, com quem serviu como missionário no Brasil por quase 40 anos. É doutor em história e pastor emérito da Igreja Evangélica Reformada. É autor de Confissão de Um Peregrino, "Igreja e Estado no Brasil Holandês, 1630 - 1654" e da gramática grega Coinê.
Fonte:ultimatoonline
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