terça-feira, 5 de março de 2024

Cristãos crescem no Irã em meio à forte perseguição e torturas, diz relatório

 


Mulher é batizada no Irã. (Foto: Elam Ministries)

O relatório ‘Vítimas sem rosto’ detalha a perseguição sofrida pelos cristãos no regime iraniano.

Uma descoberta do relatório de 40 páginas do Artigo 18, intitulado “Vítimas sem rosto: violações de direitos contra cristãos no Irã”, afirma:

“No final de 2023, pelo menos 17 dos cristãos presos durante o verão receberam sentenças de prisão entre três meses e cinco anos, ou punições não privativas de liberdade, como multas, flagelação e, num caso, o serviço comunitário de cavar sepulturas.”

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O relatório observou: “Apesar de um número comparável de cristãos presos em 2023 ao de anos anteriores – 166 prisões foram documentadas em 2023, em comparação com 134 em 2022 – menos nomes e rostos puderam ser divulgados”.

Presidente do Congresso de Líderes Cristãos, o pastor Johnnie Moore disse à Fox News Digital: “A política absolutamente insana do Departamento de Estado em relação à República Islâmica, que está causando estragos em todo o mundo, também tem consequências reais de vida ou morte para o povo no Irã”.

E afirmou: “Os mulás sentem atualmente que têm licença para matar quem quiserem e ninguém fará nada. Portanto, mais pessoas estão sendo capturadas e mortas e os líderes terroristas da República Islâmica anseiam particularmente pelo sangue de mulheres e cristãos.”

Perseguição a minorias

Segundo um porta-voz do Departamento de Estado, “a perseguição aos cristãos e outras minorias religiosas no Irão é antiga e bem documentada. Os EUA continuam condenando estas ações e usando todas as ferramentas à nossa disposição para lidar com tais violações flagrantes”.

E acrescentou: “O mais recente Relatório do Departamento sobre Liberdade Religiosa Internacional no Irã observa: ‘As autoridades continuaram prendendo, assediando e vigiando desproporcionalmente cristãos, especialmente evangélicos e outros convertidos do Islã, de acordo com ONGs cristãs'”.

Em resposta à Fox News Digital se o Departamento de Estado iria impor novas sanções de direitos humanos ao regime iraniano pela perseguição aos cristãos, o porta-voz disse:

“Embora o Departamento não preveja sanções, o Irã foi designado como um ‘País de Particular Preocupação’ e impôs Ações Presidenciais sob a Lei Internacional de Liberdade Religiosa por ter se envolvido ou tolerado violações particularmente graves da liberdade religiosa todos os anos desde 1999.”

Estado teocrático

O relatório do Artigo 18 documentou a violência brutal empregada pelo Estado teocrático do Irã contra os cristãos iranianos.

Ali Kazemian relatou que seus interrogadores “descobriram que eu tinha um implante de metal na perna esquerda devido a uma fratura histórica” e “por esse motivo, um dos agentes chutou minha perna esquerda várias vezes, e o interrogador disse: ‘Você está agora em uma cadeira elétrica’… Então eles me deram vários socos violentos.”

Ele disse que as forças de segurança o ameaçaram: “Vamos prejudicar sua esposa e seus filhos!… Vamos trazer sua esposa para a sala de interrogatório e deixá-la nua na frente de todos, para ver se você realmente consegue resistir e ficar quieto.”

O regime do Irã tem como alvo de sua perseguição todas as formas de cristianismo, incluindo os protestantes e a prisão de católicos.

Em meio à perseguição, milhares de iranianos muçulmanos têm se convertido ao cristianismo, como é o caso de Maral.

Nascida numa família muçulmana, ela era fascinada por Jesus desde a juventude. Mais tarde, ela entregou sua vida a Ele, mas por muitos anos não teve a oportunidade de ter comunhão com a igreja. Recentemente, Maral se batizou.

O Artigo 18, que publicou o relatório em colaboração com Open Doors, Christian Solidarity Worldwide e Middle East Concern, afirmou que pode haver até 800.000 cristãos no Irã.

O relatório apresenta esse número com base “uma pesquisa sobre as atitudes dos iranianos em relação à religião em 2020, conduzida por um grupo de pesquisa secular com sede na Holanda, revelou que 1,5% dos iranianos de uma amostra de 50.000 se identificaram como cristãos”.

Execução brutal

O relatório foi publicado em 19 de fevereiro para chamar a atenção para o 45º aniversário da execução brutal do pastor anglicano Arastoo Sayyah pelo regime iraniano em sua igreja em Shiraz, apenas oito dias após a Revolução Islâmica. Sayyah foi o primeiro cristão a ser assassinado pelo regime.

Sheina Vojoudi, uma cristã iraniana que fugiu da República Islâmica, disse à Fox News Digital: “O cristianismo no Irã é classificado como crime de segurança política. Apesar disso, mais e mais iranianos estão se convertendo ao cristianismo todos os dias. O cristianismo é considerado pela República Islâmica no Irã como uma religião ocidental e é visto como uma ameaça à República Islâmica.”

Vojoudi, que é membro associado do Gold Institute for International Strategy, com sede nos EUA, acrescentou: “A perseguição e a matança de cristãos começaram após a ocupação do Irã pelo regime islâmico, e desde então a República Islâmica assassinou pelo menos 15 pastores iranianos.”

De acordo com Vojoudi, o regime do Irã intensificou a perseguição à comunidade cristã em dificuldades após o movimento da Revolução Verde em 2009, que foi uma resposta à eleição fraudulenta amplamente documentada do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad.

“O regime no Irã aumentou as perseguições e prisões devido ao medo da sua queda e isso, claro, não exclui os cristãos no Irã”, disse Vojoudi.

“O regime queimou 300 Bíblias em persa e apreendeu 650 Bíblias e até hoje ter uma Bíblia em persa é um crime. A proibição de pregar em persa nas igrejas foi anunciada pelas organizações de inteligência.”

Igreja secreta

Vojoudi se converteu ao cristianismo e fugiu para a Alemanha devido à perseguição religiosa.

O relatório do Artigo 18 afirmou: “Os cristãos convertidos do Islã formam a maior comunidade cristã numericamente no Irã, mas não são reconhecidos pelo Estado e frequentemente são alvos das autoridades, e em alguns casos, de suas famílias ampliadas e da sociedade”.

“Eu costumava ir a uma igreja perto desta catedral em Teerã, é claro, secretamente. Esta igreja estava aberta ao público, mas esqueci em que dias, mas está extremamente sob a vigilância do regime”.

“A imagem do [aiatolá Ruhollah] Khomeini, o fundador do regime islâmico, sentado ao lado da igreja, significa que eles observam a todos e não têm respeito pelas outras religiões.”

Apostasia

O Artigo 18 escreveu: “Com os convertidos constituindo a maior – embora não reconhecida – comunidade cristã no Irã, a questão da ‘apostasia’ é uma preocupação central… um cristão convertido foi condenado à forca por apostasia em 2010, a acusação de apostasia e sentença de morte foram derrubados em resposta à pressão internacional, mas muitos convertidos foram desde então ameaçados com um destino semelhante após serem presos e durante interrogatórios.”

O destino terrível dos cristãos iranianos os obrigou a estabelecer igrejas domésticas como parte de um movimento clandestino.

Vojoudi disse que Ali Khamenei, o líder supremo do Irã, declarou num discurso a “importância de confrontar as igrejas domésticas e provocou os seus seguidores contra os cristãos, alegando que as igrejas domésticas são criadas pelos ‘inimigos do Islã’ e devem ser detidas”.

O Artigo 18 enumera uma série de exigências para a comunidade internacional, incluindo que as nações estrangeiras exortem o Irão “a garantir e facilitar a liberdade de religião ou crença para todos os seus cidadãos” e “destacar as infrações aos direitos humanos durante os diálogos bilaterais e multilaterais com o Irã”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ARTICLE 18 E FOX NEWS

INSTITUTO BÍBLICO DE ITABUNA

 


Professores e alunos do IBI -Um sonho que se tornou realidade

No 01 de março de 2024 foi inaugurado o Instituto Bíblico de Itabuna, um sonho que se tornou realidade. Na aula inaugural contamos com a presença do secretario sinodal de educação cristã do Sínodo Sul da Bahia e pastor da Igreja Presbiteriana de Vitória da Conquista o Rev. Marcelo Crispim. O IBI é reconhecido como órgão de ensino teológico do Presbitério Grapiúna (PRGP), que visa formar obreiros-evangelistas para servir às Igrejas de Itabuna, Bahia e no Brasil.

A iniciativa de criar um órgão de formação teológica de obreiros surgiu dos pastores Davi, Egenildo e Eli Vieira a qual foi apoiada pelo Presbitério do Presbitério Grapiúna (PRGP). A proposta, depois de discutida foi aprovada e o PRGP nomeou uma Comissão Especial com plenos poderes para os executar os passos necessários para a criação de um Instituto Bíblico com o objetivo de oferecer formação teológica de obreiros que no final do curso estarão aptos para a atuação como obreiros-evangelistas em Igrejas locais, Presbitérios ou nos Órgãos Missionários.

A direção executiva ficou composta pelos seguintes irmãos: Pr. Eli Vieira, Rev.  Davi Almeida e  Pr. Egenildo. Várias reuniões foram realizadas durante o ano 2023 visando a definição da grade curricular, o corpo de professores, etc.

O Instituto Bíblico de Itabuna (IBI) é uma instituição de interesse público, com natureza jurídica de direito privado sem fins lucrativos, fundado em 2024, reconhecido e jurisdicionado pelo Presbitério Grapiúna (IPB) desde 2023.

O objetivo do IBI, sob orientação do PRGP, é preparar obreiros para os serviços das Igrejas Evangélicas, tendo por base o ensino das Sagradas Escrituras, interpretada pelos Princípios Evangélicos do Sistema Presbiteriano, numa perspectiva Teológica Reformada Calvinista.

O IBI tem como missão Glorificar a Deus, formar obreiros e treinar liderança para a Igreja local. A nossa visão é ser uma instituição de educação teológica reformada comprometida com as Sagradas Escrituras e confessionalidade da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Os nossos valores é o ensino Teológico: Capacitar nossos alunos, treinando-os para as diversas áreas do trabalho na Igreja, buscando oferecer ensino teológico reformado. Piedade: Levar nossos alunos à disciplina pessoal da prática diária da oração e leitura da Bíblia com vistas ao comprometimento com Deus.

O IBI funciona nas dependências da Igreja Presbiteriana Jardim das Oliveiras da cidade de Itabuna-BA, sede do Presbitério Grapiúna. A primeira turma teve início com 16 alunos das igrejas da nossa cidade. Se você deseja ajudar esta obra, ofertando, doando uma bolsa de estudos para um aluno entre em contato conosco através do fone 73-99919-0501 conta para contribuição: Nubank Agencia 0001  Conta 32144252-0 pix 73 98193-4973 (celular).

Não despreze os dias dos pequenos começos. A Deus toda glória!

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segunda-feira, 4 de março de 2024

Milhares marcham contra o aborto na capital da Alemanha

 

Portão de Brandemburgo. (Foto ilustrativa: Unsplash/Marius Serban)

A “Marcha pela Vida”, que acontece anualmente, reuniu milhares de manifestantes a leste do Portão de Brandemburgo.

Portão de Brandemburgo. (Foto ilustrativa: Unsplash/Marius Serban)

Milhares de pessoas saíram às ruas em Berlim, capital da Alemanha, em marcha contra o aborto e pelo direito à vida dos nascituros.

A “Marcha pela Vida”, que acontece anualmente, reuniu pró-vidas a leste do Portão de Brandemburgo.

DER „BUNDESVERBAND LEBENSRECHT“ SPRICHT VON „TÄTLICHEN ANGRIFFEN UND VERWÜSTUNGEN“ DURCH GEGENPROTESTLER. HTTPS://T.CO/SS5OHT4JOS— CHRISTLICHES MEDIENMAGAZIN PRO (@PRO_MAGAZIN) SEPTEMBER 20, 2023

Durante o comício, Alexandra Maria Linder, que é presidente da Associação Alemã pelo Direito à Vida, fez um apelo para o fim das “políticas prejudiciais às mulheres” na Alemanha.

Ela destacou que “quando organizações de aconselhamento financiadas pelo Estado lucram com o aborto e se referem aos fetos como ‘conteúdo do útero’ antes do nascimento, estão enganando as mulheres e negando-lhes apoio”.

‘Oásis de vida’

Linder também enfatizou a importância de apoiar essas mulheres. Ela exigiu que os participantes criassem “oásis de vida” onde a morte provocada intencionalmente não tivesse acesso. Isto se aplica não apenas ao aborto, mas também ao suicídio assistido.

Em seguida, o diretor da organização holandesa “Schreeuw om Leven” (Clamor pela Vida, em tradução livre), Arthur Alderliesten, abordou a situação do aborto na Holanda, enquanto o diretor executivo da “Coligação Canadense para a Prevenção da Eutanásia”, Alex Schadenberg, chamou a atenção para as condições em seu próprio país.

Ele expressou preocupação de que a eutanásia tenha saído de controle no Canadá, observando que pessoas sem-teto, solitárias ou com depressão frequentemente optam pela morte como resultado das políticas em vigor.

Segundo a polícia, cerca de 2.000 participantes iniciaram a marcha pelo bairro governamental. Alguns cantavam clássicos cristãos como Gross ist unser Gott (Grande é o nosso Deus).

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EVANGELICAL FOCUSA

REVITALIZAÇÃO DE IGREJAS: ORAÇÃO, ENSINO E PASTOREIO


 | POR RONALDO LIDÓRIO

Deus deseja que a Sua igreja seja saudável e, por isso, “…nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença” (Ef. 1.4).

Diante desse versículo, a motivação para a revitalização de igrejas enfraquecidas não é desenvolver um programa eclesiástico ou efetivar o plano de crescimento proposto pela liderança, mas perseguir o expresso desejo de Deus: ver a Sua igreja fortalecida em Cristo Jesus. A Sua vontade é que sejamos santos e irrepreensíveis e, assim, Ele trabalha dia e noite para que isto aconteça.

De certa forma, revitalização de igrejas é um processo que responde à seguinte pergunta: quais são os cenários de enfraquecimento da igreja local e como tratá-los? Neste capítulo, abordarei essas duas facetas. Primeiramente refletirei sobre os cenários de adoecimento e, logo depois, as propostas bíblicas de abordagem e cura.

1. Cenários de adoecimento

É importante observarmos que diferentes igrejas adoecem de diferentes formas. Em Apocalipse 2, vemos a descrição de Deus sobre algumas igrejas. A igreja em Éfeso possuía uma doutrina sólida, mas perdeu seu primeiro amor. O problema era a sua relação pessoal com Deus (Ap 2.2-6).

A igreja em Pérgamo era fiel e perseverante, mesmo na perseguição, mas possuía problemas doutrinários – seguindo a doutrina de Balaão (idolatria e prostituição). Sua fraqueza era a falta de pureza (Ap 2.13-16). A igreja em Tiatira era fiel no serviço, amor e fé, mas se deixou conduzir por falsas profecias e falsas revelações. O adoecimento corrompeu seu discernimento (Ap 2.19-24).

Também em nossos dias, diferentes igrejas enfrentam diferentes adoecimentos. Há igrejas cujo ponto de fraqueza é a rasa exposição da Palavra nos momentos de culto. Outras, mesmo com rico ensino bíblico, experimentam divisões e problemas de comunhão que carecem de uma intervenção pastoral mais específica.

Há aquelas que compreendem bem a Palavra, mas não a aplicam em casa, no trabalho e na vida. Outras que não compreendem bem a Palavra e inserem em seu meio valores sincréticos e mundanos. Algumas possuem um bom conhecimento bíblico sobre a igreja, mas não sobre a missão, o que faz com que percam o privilégio de ser sal que salga e luz que brilha. Há igrejas que são bíblicas, vivas e missionárias, mas não têm conseguido comunicar a verdade do evangelho aos seus próprios filhos, à nova geração.

Há igrejas totalmente dissociadas do bairro e da cidade onde se encontram, a ponto de poucos saberem de sua existência. E ainda outras se misturam com a sociedade a ponto de perder a sua própria identidade cristã, tornando-se mais influenciadas do que influenciadoras. Também existem igrejas movidas por eventos que, na ausência desses, desconstroem-se. Outras são a tal ponto centralizadas no pastor, e não em Cristo, que na ausência do ministro, a igreja se quebra.

Anos atrás visitei uma igreja Metodista em Toronto, Canadá. Era um lindíssimo templo, mas fui informado que estava a venda, pois a igreja havia morrido. Cerca de 30 anos antes aquela era uma congregação viva com quase 3.000 membros. Passou a ser pastoreada por um ministro que relativizava a singularidade do sacrifício de Cristo e que se opunha à evangelização. Em menos de 3 décadas a igreja se arrastava com sérios problemas doutrinários e de vivência cristã, contando com menos de 50 membros.

2. Identificando as fraquezas

Em um processo de revitalização de igrejas é crucial identificar as fraquezas, bem como as razões do adoecimento. O apóstolo Paulo encorajou, exortou, confrontou e também orientou igrejas locais, tanto pessoalmente, quanto por mensageiros, e ainda por meio de suas cartas, partindo do conhecimento ou discernimento do estado espiritual dos cristãos. Isso indica a necessidade de observação, oração e vivência com a igreja, a fim de colaborar para o seu crescimento em Cristo Jesus. Tenho percebido que a ausência de uma avaliação mais metódica da vitalidade da igreja local tem sido um dos principais obstáculos à sua revitalização.

Há diferentes formas de se avaliar a vitalidade de uma igreja local.[1] Identifico três mais evidentes na Palavra. A primeira avalia a presença de elementos bíblicos que definem a natureza da igreja, sobretudo os citados no livro de Atos: centralidade na Palavra, vida de oração, comunhão entre os irmãos, testemunho de vida, dedicada diaconia, verdadeiro culto a Deus e proclamação do evangelho (At 2.37-42; At 4.21-24; At 8.1-8; At 13.1-3).

A segunda avalia a vitalidade de uma igreja local a partir da vitalidade espiritual de seus membros, levando-se em consideração especialmente alguns ensinos de Paulo: firmeza na fé (1Co 16.13; Cl 2.5), união entre os irmãos (Rm 12.5; Ef 4.16), saúde familiar (Ef 5.33; 1Tm 3.12; Cl 3.20), culto público (Rm 12.1-2; 1Co 11.18-34) e prática missionária (Rm 15.20-21; Cl 1.28; 1Ts 1.5; Fp 2.25).

A terceira avalia a vitalidade organizacional em áreas como liderança, ordem de culto, mordomia e crescimento (1Tm 3; Rm 12; 1Co 14.26-40; Ml 3.8-12; Pv 3.9; Ef 4.28; At 2.47).

Portanto, entendo que a avaliação de uma igreja local, em busca de um diagnóstico de vitalidade, deve passar por critérios bíblicos e eclesiológicos que envolvam a natureza da igreja, a saúde espiritual de seus membros e a vitalidade organizacional.

Uma outra forma de avaliação seria identificar a presença ou ausência das práticas cristãs mais destacadas nas cartas paulinas e nos evangelhos. Há sete práticas repetidamente associadas à vitalidade espiritual: Palavra (leitura e meditação na Palavra de Deus); adoração (individual e coletiva; privada e pública); comunhão (andar com aqueles que amam e seguem a Cristo); oração (vida de diálogo com o Pai em nome do Filho); santidade (intensa e intencional busca por uma vida pura que agrada a Deus); boas obras (sofrer com quem sofre e abraçar o aflito e necessitado); e evangelização (proclamar quem é Jesus e o que Ele fez por nós).

Portanto, a Palavra, adoração, comunhão, oração, santidade, boas obras e evangelização apontam para uma vida cristã fortalecida em Cristo. Identificar a presença ou ausência dessas práticas na vida diária de uma igreja local é um bom exercício de avaliação de sua vitalidade. E sugiro que esse processo seja iniciado a partir da liderança da igreja.

3. O processo de revitalização

Ao observarmos a abordagem de Paulo perante igrejas enfraquecidas e doentes, três atitudes eram constantes: a) Paulo orava e convidava o povo a orar; b) ele ensinava a Palavra confrontando o pecado e consolando o povo; e c) também pastoreava e acompanhava os cristãos, enviando outros a fazerem o mesmo.

Portanto, creio que esse tripé representa, em boa medida, a abordagem de revitalização do apóstolo Paulo: oração, ensino e pastoreio. Logo, há de se destacar que um resultado direto de uma igreja revitalizada (ou em processo de revitalização) era a missão, tendo em vista que há uma profunda conexão entre a vitalidade espiritual e a missão. Quanto mais firmes estamos em Cristo, maior é o nosso envolvimento no propósito de Deus para a Sua igreja perante o mundo.

Como um brevíssimo estudo de caso, proponho observarmos uma enfermidade na igreja de Corinto e a abordagem do apóstolo Paulo.

Deve-se ressaltar, inicialmente, que a cidade de Corinto era uma importante cidade comercial na Grécia e em todo o mundo antigo. Os portos da cidade recebiam centenas de barcos com milhares de marinheiros a cada ano, além da cidade ser também conhecida por uma diversa religiosidade, abrigando 12 templos. A deusa Afrodite, principal divindade adorada, contava com cerca de mil sacerdotisas que se prostituíam para, com o dinheiro ganho, manter o templo e o culto. Aparentemente, boa parte do misticismo e clientelismo reinantes na cidade influenciava a igreja que ali nascera.

Enquanto em Éfeso, Paulo foi informado sobre sérios problemas na igreja em Corinto. Escreveu a primeira carta para abordar e tratar esses problemas em um processo de revitalização. Ele orou pela igreja (1 Co 1.4), ensinou a igreja por meio de suas cartas e a pastoreou, desejando vê-los (1 Co 16.5-7) e enviando Timóteo para acompanhá-los (1 Co 4.17, 16.10-11)

Paulo foi informado que havia na igreja grupinhos, divisões, e que tais grupos chegaram a se posicionar uns contra os outros abertamente. Essa é uma enfermidade que não apenas abate a igreja, mas possui alto potencial para expandir e corromper toda a comunidade.

Paulo teve conhecimento de todas as divisões, preocupando-se com o conflito interno e denunciando aqueles que diziam “sou de Paulo” ou “sou de Apolo” (1 Co 1.10-12). E perguntou “Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vocês? Foram vocês batizados em nome de Paulo?” (1 Co 1.13). Como parte do ensino e pastoreio, o apóstolo, após questionar e confrontar a igreja, conclui: “Quem se gloriar, glorie-se no Senhor” (1 Co 1.31)

Nessa passagem, vemos que Paulo identificou a desunião na igreja, a qual se baseava na preferência por lideranças. Identificar o adoecimento é essencial tanto para a oração, quanto para o ensino e pastoreio.

Divisões internas, competitividade e partidarismo geram pelo menos quatro manifestações nocivas: enfraquecem a fé dos salvos em Cristo Jesus; drenam as forças e energias da liderança da igreja; escandalizam o povo de Deus, especialmente os novos na fé; e levam a igreja a se desinteressar pela missão. (1 Co 3.1-9)

Na tríade oração, ensino e pastoreio, a proposta de Paulo para curar a enfermidade das divisões e partidarismo é o chamamento da igreja à centralidade de Cristo como líder, Cabeça da igreja.

Entretanto, a enfermidade da desunião não se manifestava apenas na divisão de grupos com suas preferências de liderança, mas também na inveja e competitividade quanto aos dons espirituais. Havia pessoas com dons mais visíveis e proeminentes na igreja (como o ensino, a pregação e a liderança) e outros com dons e trabalhos com menos destaque. E aparentemente dois problemas surgiram: alguns, com dons mais visíveis e públicos, se tornaram soberbos, colocando-se como superiores aos outros, em detrimento de outros irmãos com dons menos visíveis e públicos, que invejavam os demais ou se sentiam inferiorizados. São problemas sérios: competição interna na igreja; comparação entre dons e talentos; falta de humildade e contentamento.

Paulo mantém o tripé da oração, ensino e pastoreio e, no capítulo 12, afirma que os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo (v.4); o serviço é diverso, mas o Senhor é o mesmo (v.5); e as formas de trabalhar são diferentes, mas é o Senhor quem opera tudo em todos (v.6). Ensina, assim, que cada um recebe algo de Deus de forma única, não importando ter mais ou menos destaque, e que tudo que se tem e se faz é para o Senhor, pela graça e poder do Senhor.

Também enfatiza que o Espírito se manifesta como deseja para um fim proveitoso para o Reino de Deus (v.7); somos todos parte do Corpo (se todos quisessem ser olhos, não houvesse ouvidos, como seria?); e foi o próprio Deus quem dispôs os membros, colocando cada um no corpo como lhe aprouve (v.16-18).

4. Qual é o seu papel?

Se você está envolvido com um processo de revitalização de igreja local faço algumas sugestões.

Primeiramente, busque em Deus humildade de coração e um espírito profundamente submisso a Cristo. Envolver-se em um processo de revitalização, sobretudo ao observar a fraqueza e adoecimento alheios, pode corromper o coração levando-o a julgar, criticar e condenar. Lembre-se que todos os salvos são igualados pelo pecado, pois “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23) e “… vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus” (Ef. 2.8). Somos salvos por Ele e para Ele. Um alerta: envolver-se com a revitalização de uma igreja local com o coração tomado pela soberba ou crítica é delapidar a própria fé e tornar-se uma pedra de tropeço para aqueles que já estão fracos.

Em segundo lugar, busque sabedoria e discernimento de Deus e inicie um processo de identificação das fraquezas e motivos de adoecimento da igreja local. Seja humilde, rejeite qualquer espírito crítico, observe, converse e informe-se. Faça um registro dos pontos fortes e fracos da igreja local que se tornam perceptíveis de forma detalhada. O objetivo neste primeiro passo é conhecer a enfermidade. E lembre-se que identificar os pontos fortes é igualmente importante. Os pontos fortes devem ser valorizados para continuarem a florescer. Já os pontos fracos, precisam ser tratados com amor, na Palavra e dependência de Deus.

Em terceiro lugar, envolva-se e promova o tripé da revitalização: oração, ensino e pastoreio. Ore e convide outros a orar. Ensine ou promova o ensino saudável, amoroso e fiel da Palavra. Pastoreie ou promova o pastoreio e aconselhamento cristão.

Em alguns ambientes, caberá um planejamento detalhado. Em situações assim, sugiro que cinco perguntas sejam respondidas nesse planejamento. A primeira é “qual a fraqueza?”. Liste os principais pontos fracos que devem urgentemente ser fortalecidos. A segunda: “o que deve ser feito?”. Ao lado de cada fraqueza identificada registre as ações que visam tratar e curar, tendo em mente a oração, o ensino e o pastoreio. Em terceiro lugar, “quem fará?”. Cada ação precisa ter um promotor ou responsável. A quarta pergunta é “quando será feito?”. Indica-se, portanto, tanto o prazo quanto a periodicidade. E por fim, “qual o resultado esperado?”. Em outras palavras, o que se espera que aconteça?

Um dos mais lindos resultados de uma igreja fortalecida em Cristo é a missão. Este é um sintoma de vitalidade. Uma igreja fortalecida prega a Palavra, atende aos desafios missionários e se apresenta na sociedade como sal que salga e luz que brilha. Uma igreja fortalecida tem um profundo desejo de fazer Cristo conhecido em todo o mundo.

É importante lembrar que, a rigor, não há plantadores ou revitalizadores de igreja, pois é o próprio Deus quem faz nascer e fortalece uma igreja local. Para isso, Ele também convoca alguns servos para se envolverem com uma intencional busca por vitalidade teológica, espiritual e missionária dos salvos em Cristo. Esses não são chamados para mostrar o caminho da revitalização, mas para percorrer essa estrada juntamente com o povo de Deus. Assim, em todo esse processo, creio que Deus está simplesmente em busca de um coração quebrantado.

[1] Veja Lidório, Ronaldo. Revitalização de igrejas – avaliando a vitalidade de igrejas locais. São Paulo: Vida Nova, 2017.

Sobre o autor
Ronaldo Lidorio é pastor presbiteriano e missionário ligado à APMT e WEC Internacional.
É doutor em Teologia pela SATS e plantador de igrejas entre povos indígenas.
Contato com o autor: ronaldo@lidorio.com.br

Perseguição faz número de cristãos crescer em 83 mil por dia no mundo


Cristão ora de joelhos em igreja destruída. (Foto: TBAW)

A intensificação da perseguição leva a um crescimento significativo no número de cristãos, afirma o diretor da Fundação da Igreja Subterrânea.

O diretor da SDOK “Stichting de Ondergrondse Kerk” (Fundação da Igreja Subterrânea, em tradução livre) na Holanda afirma, em um artigo, que a intensificação da perseguição leva a um crescimento significativo no número de cristãos no mundo.

André van Grol afirma ainda que a perseguição aos cristãos aumentará ainda mais este ano. Como exemplo, ele explica que a vigilância digital dos cristãos chineses é uma das questões mais preocupantes.

Segundo o diretor da organização holandesa, dedicada a apoiar cristãos perseguidos ao redor do mundo, a primeira tendência que mencionaria é a radicalização contínua de grupos islâmicos violentos, como o Boko Haram, os Taliban e grupos afiliados à Al-Qaeda.

“Estes tentam aumentar a sua influência e território com uma violência cada vez mais extrema. Isto leva a mais perigo para os cristãos. A perseguição está aumentando acentuadamente, especialmente na região do Sahel (países ao redor do deserto do Saara)”, diz.

Van Grol relata que no norte da Nigéria, os cristãos enfrentam intensa perseguição há décadas. “Desde que o Boko Haram assumiu o controle em 2009, extremistas islâmicos (com o apoio de pastores extremistas Fulani) mataram pelo menos 50 mil cristãos e 18.000 igrejas também foram destruídas”.

Falando sobre a África, ele explica que a situação no Mali, no Burkina Faso e no Níger é também muito preocupante, devido aos recentes golpes militares nestes países, e cita o caso do Níger.

“Um golpe de Estado é um sinal de instabilidade política e muitas vezes agrada aos jihadistas. É seguro dizer que o Sahel se tornou agora o epicentro do jihadismo internacional. Os extremistas aproveitam-se dos problemas que já acontecem na região. Pense na pobreza, na ausência de um governo funcional e na escassez de educação”.

Cristão são alvo

Van Grol diz que os cristãos são os principais alvos dos grupos extremistas que se radicalizam ainda mais.

“Milhares de irmãos e irmãs foram assassinados ou deslocados”, diz.

A perseguição digital também é citada por van Grol. Para ele, desenvolvimentos digitais dão aos governos a oportunidade de exercer mais controle sobre os cristãos, por exemplo.

“Essa é uma segunda tendência. O reconhecimento facial digital e o reconhecimento da íris tornaram-se agora comuns na China”, diz.

Segundo estimativas, diz van Grol, existem agora mais de meio bilhão de câmeras inteligentes neste país. Outros países, como o Vietnã e Bangladesh, estão adoptando esta forma de controle.

“O argumento para utilizar esta ferramenta é que aumentaria a segurança dos cidadãos”, diz van Grol.

Além disso, outro uso da tecnologia para controle é o recolhimento de DNA humano em grande escala na China, inclusive de pessoas que nunca cometeram um crime.

Câmeras de reconhecimento facial são obrigatórias na Igreja das Três Autonomias que é registrada junto ao governo comunista.

“Isto permite às autoridades não só ver e ouvir o que está acontecendo nas igrejas, mas também verificar se elas cumprem a lei que proíbe crianças com menos de dezoito anos de irem à igreja”.

van Grol cita ainda a Índia, com fortes influências nacionalistas, onde as minorias têm cada vez menos. Ele diz que o slogan ali é bem conhecido: “Um bom indiano é um hindu”. Se você não é hindu, você não é um bom indiano.

Segundo fontes do SDOK, aproximadamente 300 igrejas foram incendiadas na Índia e 60 mil pessoas foram expulsas das suas casas.

Dois fatores apontam para a crescente hostilidade para com os cristãos. A primeira é a promulgação de leis anticonversão e as subsequentes detenções de cristãos que partilham a sua fé com pessoas que ainda não conhecem a Deus.

Perseguições

Van Grol cita ainda outras perseguições contra cristãos como um desânimo por parte de muitos que acreditam que nunca irão acabar.

“Na verdade, sempre haverá perseguição neste mundo”, avisa van Grol.

E lembra: “Temos a mensagem maravilhosa de conforto que se encontra em Mateus 5:10-12: ‘Bem-aventurados os que são perseguidos por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, e perseguirem, e disserem todo tipo de mal contra vós, mentindo, por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque grande é a vossa recompensa nos céus, porque assim perseguiram os profetas que existiram antes de vós’”.

Ele diz que todos os dias ao SDOK chegam histórias de cristãos de países onde ocorrem perseguições severas. No entanto, apesar da gravidade, não são deprimentes.

“São precisamente histórias com testemunhos poderosos de um Deus que vive, apesar da resistência que os cristãos encontram”, diz.

Crescimento do Cristianismo

“Este ano, vamos olhar para os relatos de perseguição de uma forma diferente. Há uma explicação esperançosa envolvida, que gostaria de compartilhar com vocês”, diz Van Grol.


André van Grol é diretor do SDOK. (Foto: Reprodução/SDOK)

E justifica: “Com base em visitas aos vários países e em histórias e pesquisas, é possível fazer uma lista dos países onde o cristianismo cresce mais fortemente”.

E cita os países que estão em primeiro, segundo e terceiro lugar em perseguição aos cristãos: Nepal, China e Península Arábica.

“Apesar do aumento da perseguição, o número de cristãos na China cresce em média 10 por cento ao ano. O número de cristãos em todo o mundo está crescendo em 83 mil por dia. Estes são números extremamente esperançosos. Deus continua Sua obra”, avisa.

“O Cristianismo está crescendo mais devagar nos países da Europa Ocidental e da América, os lugares onde há liberdade para acreditar e viver de acordo com a Palavra de Deus”, diz mostrando que a perseguição acelera o aumento da fé cristã.

“Cada vez mais ouço dos nossos irmãos e irmãs perseguidos que eles também oram por nós, cristãos ocidentais.”

O motivo segundo eles é que “há tanta tentação e prosperidade entre vocês que isso poderia desviá-los de seguir a Cristo e fazer vocês esquecerem que somos apenas peregrinos aqui na terra.”

Van Grol testemunha que recentemente visitou um país do Oriente Médio onde a procura pela Palavra de Deus é grande.

“Um dos envolvidos me disse que a oração por proteção é desesperadamente necessária. Por exemplo, os cristãos arriscam as suas vidas ao transportar Bíblias através das fronteiras do Irã. Porque, disse ele, se não trouxermos as Bíblias, as pessoas (porque a fome pela Palavra de Deus é tão grande) virão buscá-las elas mesmas e isso traz muito mais perigo.”

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CVANDAAG

sábado, 30 de dezembro de 2023

Cristãos ajudam refugiados palestinos no Egito: ‘A igreja está mostrando a luz de Cristo’

Refugiados em acampamento. (Foto: Reprodução/Unsplash/Julie Ricard)

A Igreja egípcia está trabalhando para evangelizar refugiados à medida que as tensões aumentam na Faixa de Gaza.

A TV cristã SAT-7 explicou como o Egito, que faz fronteira com Gaza, está respondendo à guerra e ajudando a salvar vidas. 

Recentemente, o Egito tem ajudado a facilitar a libertação de reféns e, desde o início do conflito, enviou mais de 25.000 toneladas de kits de emergência à Gaza.

O país está rodeado por nações devastadas pela guerra e tem servido como refúgio para refugiados do Sudão, Síria, Iémen, Líbia e Gaza.

De acordo com o Mission Network News, o Egito permitiu que cerca de 400 refugiados palestinos entrassem no país para receber tratamento médico.

A igreja egípcia está trabalhando para evangelizar essas pessoas à medida que as tensões aumentam.

Família refugiada

O programa “You Are Not Alone” da SAT-7 entrevistou Adam Al Madhoun, que fugiu para o Egito em busca de tratamentos médicos para sua filha de quatro anos. 

A menina teve o braço amputado, fraturas no crânio, quadril e perna, após um ataque com mísseis enquanto a família procurava abrigo em Gaza.

Adam só conseguiu cuidar das lesões de Kanzi, sua filha, quando chegaram ao Egito e foram recebidos por cristãos que ofereceram ajuda e esperança em Jesus.

“Nossa jornada foi longa e difícil. Esperamos 24 horas nos portões da fronteira”, disse ele à SAT-7.

Ele informou que a filha precisa de cuidados médicos que não estavam disponíveis em Gaza.

“Ela vai precisar de uma cirurgia na cabeça, no quadril e na perna. Há uma escassez de suprimentos médicos necessários para essas cirurgias. A nossa chegada ao Egito foi em grande parte para salvar os nossos familiares feridos. Kanzy está acordada e consegue falar, mas sente muitas dores. Ela não consegue se mover. Agora estamos no hospital para tratamento dela”, contou o pai.

Compaixão da Igreja

Os líderes cristãos no Egito afirmaram que a Igreja apoia as vítimas independentemente da sua religião e “está com os inocentes cujo sangue está a ser derramado sem piedade”.

Pastores egípcios estão pregando contra a violência que acontece na Terra Santa e incentivando à perseverança na fé em Jesus. Eles estão orando pela paz e proteção dos cidadãos na região.

“Quando vejo o papel do Egito nesta situação e especialmente da Igreja que está, mais uma vez, mostrando a luz da verdade da Palavra de Deus, penso que isto mostra verdadeiramente que a Igreja está causando um impacto na cultura do país”, disse Joe Willey, apresentador do SAT-7.

SAT-7 informou que seu papel é apoiar a Igreja e alcançar os não-crentes com programação bíblica de televisão por satélite. O seu ministério alcança países do Médio Oriente e Norte de África, incluindo o Egito e a Terra Santa.

“Quer haja um conflito ou haja paz, a programação da SAT-7 está disponibilizando o Evangelho e está tornando o amor de Deus visível”, contou Joe.

E concluiu dizendo: “É muito importante compreender que temos irmãos e irmãs em Cristo que estão no Médio Oriente e no Norte de África, e eles adoram saber que estamos a orar por eles”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MISSION NETWORK NEWS

 

Mãe é morta por filho muçulmano após ser pega falando o nome de Jesus em oração

 

Sawuba Naigaga. (Foto: Reprodução/Morning Star News)


Desde que se converteu em 2022, Sawuba Naigaga manteve a fé em segredo da família em Uganda.


No dia 17 de dezembro, Sawuba Naigaga, foi morta pelo filho de 25 anos, depois que ele a ouviu falar o nome de Jesus enquanto orava em Uganda.

Antes de falecer, a cristã, de 46 anos, conseguiu relatar a agressão a uma amiga — que não teve o nome divulgado por questão de segurança — no leito do hospital.

A amiga informou que Ashirafu Basalirwa, filho de Sawuba, passou quatro anos trabalhando na Arábia Saudita depois de se formar em uma universidade islâmica em Uganda.

No dia 15 de dezembro, ele retornou para casa na cidade de Busia e encontrou sua mãe orando.

“Enquanto eu estava orando com os olhos fechados, meu filho disse: 'Mãe, você está se tornando uma vergonha para a família e para a religião de Alá'”, contou a cristã à amiga antes de morrer

E continuou: “Fiquei quieta e ele me empurrou com força contra a parede, então eu caí. Ele então pegou um objeto pontiagudo e me bateu na cabeça. Desde então, perdi toda a minha consciência. Então, me encontrei na cama do hospital”.

Conversão ao Evangelho 

Segundo o Morning Star News, essa amiga que levou Sawuba a Cristo. “Preguei a Boa Nova de Jesus a Sawuba, que entregou sua vida a Jesus em 2022”, disse ela.

“Estávamos frequentando a igreja. Uma coisa que sei é que ela manteve a sua fé em segredo dos membros da sua família, incluindo o seu filho”, acrescentou.

No dia do ataque, ela encontrou Sawuba inconsciente em casa:

“Corri rapidamente para o local depois de ouvir gritos e um alarme dos vizinhos, e a encontrei em uma poça de sangue. Nós a levamos às pressas para um hospital próximo, mas ela deu seu último suspiro depois de dois dias, em 17 de dezembro, devido a uma hemorragia interna”.

De acordo com fontes locais, Ashirafu fugiu e está desaparecido. Além dele, Sawuba também tinha uma filha.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MORNING STAR NEWS



sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Terroristas matam 10 cristãos após se recusarem negar Jesus em Uganda

 


Africano. (Foto: Ilustração/Unsplash/Ali Mkumbwa)

Na ocasião, os extremistas, ligados ao Estado Islâmico, queimaram casas e mais de 200 pessoas fugiram.

No dia 19 de dezembro, terroristas islâmicos membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF) mataram 10 cristãos, incluindo uma criança, no oeste da Uganda.

Os ataques contra os crentes ocorreram na aldeia de Kyitehurizi, no distrito de Kamwenge. 

Segundo fontes do Morning Star News, o general Felix Kulayigye das Forças de Defesa Popular de Uganda confirmou que o grupo atacou a aldeia, mas não deu detalhes.

“Ouvi os agressores dizerem: ‘Os cristãos não celebrarão o nascimento de Jesus, temos que ensinar uma lição a estes infiéis por recusarem a nossa religião’”, relatou uma jovem que conseguiu fugir.

As vítimas eram membros da Igreja Anglicana de Uganda, da Igreja Pentecostal e da Igreja Católica Romana. 

Enock Tukamushaba, presidente da aldeia Kyitehurizi, identificou os 10 cristãos mortos como Mary Kyomuhangi, de 3 anos; Rossete Kugonza; Princesa Ahumuza; Margaret Bunyazaki; Tugume; Ester Kurihura; Glorioso Arindwaruhanga; Mesulamu; Bagiriana e Panddy.

Os terroristas também incendiaram casas e mais de 200 pessoas conseguiram fugir durante o ataque.

Richard Baguma, de 35 anos, membro da Igreja Anglicana de Uganda, informou que escapou, porém perdeu todos os seus pertences, incluindo suas colheitas e produtos agrícolas.

Os terroristas 

ADF é um grupo islâmico localizado na República Democrática do Congo (RDC), considerado uma organização terrorista com o objetivo de expandir o Islã. 

O grupo se tornou cada vez mais extremista em 2019, quando se uniu ao Estado Islâmico. Em 2020, o líder da ADF, Musa Baluku, anunciou oficialmente a união.

Desde então, a ADF é reconhecida pelo extremismo islâmico, causando sofrimento aos cristãos na RDC, Uganda e Moçambique. 

O ataque que ocorreu no dia 19 de dezembro foi o caso mais recente de perseguição aos cristãos em Uganda, relatado pelo Morning Star News.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MORNING STAR NEWS

UM NOVO RECOMEÇO

 

Um novo tempo, uma nova vida

Gênesis 12:1-9

O jornalista e dramaturgo irlandês George Bernard Shaw brincou dizendo: “Se os outros planetas são habitados, então devem estar usando a Terra como seu manicômio”. Podemos achar esse comentário engraçado, mas ele nos faz lembrar de um fato triste: o mundo encontra-se num estado de caos, e as coisas não parecem estar melhorando. Qual é o problema?

A origem de tudo isso remonta aos acontecimentos registrados no Livro de Gênesis. Com exceção do relato nos capítulos 1 e 2, os onze primeiros capítulos de Gênesis registram uma sucessão de erros dos seres humanos, erros estes que estão se repetindo nos dias de hoje. Desobediência, homicídio, engano, bebedeira, nudez e rebelião parecem coisas bem atuais, não é? Se você fosse Deus, o que você faria com tais pecadores, homens e mulheres criados à sua imagem? “Provavelmente eu os destruiria!” poderia ser sua resposta. Mas não foi isso o que Deus vez. Antes, chamou um homem e sua esposa para que deixassem seu lar e fossem para uma nova terra, de modo que pudessem dar um recomeço à humanidade.

 Em consequência do chamado de Deus e de sua fé obediente, Abraão e Sara, em última análise, propiciaram ao mundo a nação judaica, a Bíblia e o Salvador. Consideremos os elementos envolvidos em sua experiência deste novo recomeço:

1-UM CHAMADO (Gn 12:1a)

 Deus chamou Abraão do meio da idolatria (Js 24:2) quando se encontrava em Ur dos caldeus (Gn 11:28, 31; 15:7; Ne 9:7), uma cidade dedicada a Nanar, o deus Lua. Abraão não conhecia o verdadeiro Deus e não havia feito nada para merecer conhece-lo, mas, em sua graça, Deus o chamou. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16). Ele confiou em Deus e obedeceu ao seu chamado e hoje podemos aprender com sua experiência a andar pela fé e a viver de modo agradável a Deus.

Há alguns motivos pelos quais Deus chamou Abraão e Sara. Em seu amor, Deus estava preocupado com a salvação deles, de modo que revelou sua glória e compartilhou com eles suas bondosas promessas. Mas, além da salvação pessoal deles, o propósito de Deus era abençoar todos os povos da Terra. Isso aconteceu quando Deus enviou seu Filho ao mundo por meio do povo de Israel. Cristo morreu pelos pecados do mundo (1 Jo 2:2; 4:14) e quer que sua Igreja conte as boas novas da salvação a toda a Terra (Mc 16:15).

 Existe, porém, outro motivo: a vida de Abraão é um exemplo para todos os cristãos que desejam andar pela fé. Abraão foi salvo pela fé  e viveu pela fé, e essa fé ficou evidente em sua obediência (Tg 2:14-26).  “A vida cristã vitoriosa”, disse George Morrison, “é uma série de recomeços”. Ao estudar a vida de Abraão e Sara, você verá o que é fé e como andar pela fé. Descobrirá que, quando você confia no Senhor, nenhuma provação é impossível de vencer e nenhum fracasso é permanente.

 2 . UMA ALIANÇA (Gn 12:1-3)

A fé não se baseia em sentimentos, apesar de, sem dúvida, as emoções fazerem parte da experiência de fé em certas ocasiões (Hb 11:7). A verdadeira fé baseia-se na Palavra de Deus (Rm 10:17). Deus falou a Abraão e disse o que faria para ele e por meio dele, se ele confiasse e obedecesse. “Grandes vidas são moldadas por grandes promessas”, escreveu Joseph Parker, e certamente esse foi o caso de Abraão e Sara. A aliança de Deus concedeu-lhe a fé e as forças de que precisavam para uma vida de peregrinação.

Deve ter sido difícil para Abraão e Sara crerem que Deus iria abençoar o mundo todo por meio de um casal idoso e sem filhos, mas foi exatamente o que ele fez. Deles procedeu a nação de Israel, e de Israel procedeu a Bíblia e o Salvador. Deus reafirmou sua aliança com Isaque (Gn 26:4) e Jacó (Gn 28:14) e cumpriu-a em Cristo (At 3:25, 26). Ao longo dos anos, Deus ampliou diversos elementos dessa aliança, mas deu a Abraão e Sara elementos suficientes da verdade para que cressem nele e partissem pela fé.

Quando andamos pela fé, só podemos nos apoiar em Deus: sua Palavra, seu caráter, sua vontade e seu poder. Não que você tenha de se isolar de sua família e amigos, mas não os considera mais seu primeiro amor e primeira responsabilidade (Lc 14:25-27). Seu amor por Deus é tão intenso a ponto de fazer com que, em termos comparativos, o amor pela família pareça ódio! Deus nos chama para a “solidão” (Is 51:1-3), e não devemos fazer concessões.

 3. UM COMPROMISSO (Gn 12:4-9)

Thomas Fuller, um pregador puritano do século XVII, disse que toda a humanidade foi dividida em três classes: os planejadores, os empreendedores e os realizadores. Ló foi um empreendedor, mas fracassou terrivelmente, pois não foi capaz de andar pela fé. Abraão e Sara foram realizadores, pois confiaram em Deus para realizar aquilo que havia prometido (Rm 4:18-21). Assumiram um compromisso com Deus e dedicaram a ele seu futuro, obedeceram ao que o Senhor ordenou e receberam tudo o que Deus havia planejado para eles.

A vida de fé não deve jamais tornar-se estagnada, pois se nossos pés estão se movendo, nossa fé está crescendo. Observe os verbos usados para descrever a vida de Abraão: ele partiu (Gn 12:4), partiu e chegou (v. 5), atravessou (v. 6), passou dali (v. 8) e seguiu dali (v. 9). Deus manteve Abraão em movimento para que se deparasse com novos desafios e fosse forçado a confiar em Deus para receber “graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4:16).

O cristianismo confortável é o oposto da vida de fé, pois “peregrinos e estrangeiros” devem enfrentar novas circunstâncias, a fim de obter novas percepções sobre si mesmos e sobre Deus, mas isto, só é possível quando vivemos em obediência ao Senhor.

 Pr. Eli VieiraFacebook

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