"Eu estava muito feliz em me juntar ao Exército", disse Sadek. “Esse era o meu sonho de infância, e no início, não tive problemas com ninguém, eu nem havia, sequer, mencionado a minha fé.” No entanto, tudo mudou quando seu companheiro de quarto encontrou uma Bíblia e outros livros cristãos entre os pertences de Sadek. "Ele queixou-se aos nossos superiores", contou o jovem.
Sadek relembra esse fato e mostra-se visivelmente afetado. Ela conta que imediatamente após ser delatado, foi convocado por seu coronel, que o expulsou de sua missão sem mais explicações. Além disso, Sadek foi indiciado a comparecer em um tribunal militar de Constantino. O seu crime? Possuir livros cristãos. Sadek fica chocado com o desenrolar dos acontecimentos: "Eu não entendi o que aconteceu comigo. Eu nunca disse a ninguém sobre a minha fé cristã dentro do quartel e os livros eram para o meu uso pessoal”, argumentou.
De fato, a jovem Sadek teve de ir ao tribunal para ser julgado, não porque ele cometeu um crime ou desobedeceu a seus superiores, mas porque ele tinha livros cristãos em seu armário: "Para minha surpresa eu fui condenado a dez anos de prisão e ao pagamento de uma multa tão grande quanto à soma de todo o dinheiro que o Exército havia gastado comigo: todos os custos da minha acomodação, comida e treinamento, enquanto estava no Exército."
Intervenção benéfica
Sadek seria preso pela posse de livros cristãos, se não fosse por uma intervenção extremamente necessária e muito especial: "Quando recebi o documento do tribunal e li que seria condenado a dez anos de prisão, fiquei muito triste", disse ele. "Mas, felizmente, Deus usou um funcionário, que estava no tribunal militar, para me livrar dessa decisão. Este homem, um coronel, e também um nativo da região de Béjaïa, esteve envolvido na manipulação do meu caso. Ele convenceu o tribunal a encerrar a ação judicial contra mim”, conta Sadek, aliviado. Após a intervenção do oficial, o jovem foi libertado.
Sadek seria preso pela posse de livros cristãos, se não fosse por uma intervenção extremamente necessária e muito especial: "Quando recebi o documento do tribunal e li que seria condenado a dez anos de prisão, fiquei muito triste", disse ele. "Mas, felizmente, Deus usou um funcionário, que estava no tribunal militar, para me livrar dessa decisão. Este homem, um coronel, e também um nativo da região de Béjaïa, esteve envolvido na manipulação do meu caso. Ele convenceu o tribunal a encerrar a ação judicial contra mim”, conta Sadek, aliviado. Após a intervenção do oficial, o jovem foi libertado.
Embora ele tenha conseguido escapar da prisão, Sadek perdeu o emprego no Exército. Esta história é apenas uma, de várias outras que expressam a realidade da discriminação no local de trabalho enfrentada por muitos cristãos na Argélia, especialmente aqueles que trabalham no setor público.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag
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