“Remédio
contra crack é só Deus de manhã, Jesus ao meio-dia e Espírito Santo a
noite”, disse o senador Magno Malta (PR/ES). A frase de efeito forte,
mas verdadeira, é trecho do aparte do senador no plenário, quando o
senador Pedro Simon (PMDB/RS) afirmava que as iniciativas oficiais para
conter o avanço do crack no Brasil são insuficientes.
A triste realidade é que não há droga
mais destrutiva do que o crack. Ela vicia de imediato! Ela mata! Dezoito
por cento dos usuários de crack perdem a vida no período de um ano. A
maioria dessas pessoas morre por algum motivo violento ligado ao consumo
do crack e neste cruel quadro tem também o cometimento de crimes por
60% dos usuários.
Com mais de 30 anos trabalhando na
recuperação de dependentes químico no Projeto Vem Viver, em Cachoeiro de
Itapemirim, sul do Espírito Santo, senador Magno Malta é considerado
autoridade no assunto. “A ciência ainda não descobriu nenhum remédio
para cura do viciado, mas eu sei, na prática, que com a minha receita
espiritual curamos este diagnóstico: Deus de manhã, Jesus ao meio-dia e
Espírito Santo a noite”, ensinou Malta.
Magno Malta marcou história na
presidência da CPI do Narcotráfico quando desmantelou quadrilhas e
participou da prisão de narcotraficantes internacionais, como
Fernandinho Beira Mar. “Já nesta época que só se falava em maconha e
cocaína, eu já previa a chegada de uma droga poderosa para destruir
principalmente os jovens. E o crack chegou velozmente para viciar,
desorientar, desunir lares e matar”, lamentou Magno, que já recuperou
centenas de usuários de vários estados brasileiros.
Em pronunciamento nesta quinta-feira
(11), o senador Pedro Simon afirmou que as iniciativas oficiais para
conter o avanço do crack são insuficientes dada a velocidade com que
cresce o consumo da substância no Brasil. O senador lamentou que as
iniciativas do governo federal de combate às drogas deixem de fora as
pequenas cidades, ressaltando que o crack já é encontrado nesses locais,
e não só nos grandes centros, como ocorre com drogas mais caras. Simon
chamou a atenção para o maior perigo do crack, que está na rapidez dos
seus efeitos e na velocidade com que o vício se estabelece, o que o
transforma, em sua avaliação, na droga mais prejudicial.
Em aparte, senador Magno Malta falou
também sobre o problema da dependência de álcool no Brasil e disse que
“vivemos em uma sociedade de alcoólatras, com autoridades, de copo cheio
na mão, não encontra solução para combater e enfrentar com vontade
política o grave problema do avanço das drogas em todas classes sociais.
É uma sociedade hipócrita, que bebe, fuma e deixa péssimos exemplos
para os mais novos. Só vejo as comunidades terapêuticas, geralmente
voluntários, trabalhando corretamente na recuperação de dependentes
químicos. Não é brincadeira, mas o único remédio que eu conheço é Deus
de manhã, Jesus ao meio-dia e o Espírito Santo de noite”, afirmou Magno
Malta no microfone do Senado Federal.
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Fonte: Assessoria de Imprensa
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