segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cristãos realizam relógio de oração na Síria



Intercessores pedem por paz no país devastado pela guerra civil
Por Jussara Teixeira
Cristãos realizam relógio de oração na Síria
Cristãos em Damasco, capital da síria, estão realizando orações e jejum coordenados em favor do país que passa por uma guerra civil que já provocou centenas de mortes.
O relógio de oração funciona 7 dias por semana, 24 horas por dia, segundo a agência missionária Portas Abertas. Cada participante intercede durante uma hora, em favor de seu país. A situação das ruas, em que ocorrem bombardeios e tiroteios obriga que os intercessores orem em sua própria residência. Já durante o dia e a tarde, os cristãos se dirigem às suas igrejas.
A organização de assistência humanitária britânica War Child informou que crianças estão sendo usadas como escudos e soldados nos conflitos armados no país.
Elas podem estar sendo objeto de execuções, sofrendo ferimentos graves, sequestros e estupros. De acordo com a War Child, nenhuma criança está segura no país. Só na capital, Damasco, estima-se que vivam 2 milhões de meninos e meninas.
Os conflitos armados na Síria já duram 16 meses e mataram mais de 16 mil pessoas.
Entenda o conflito na Síria
Os conflitos iniciaram com manifestações contra o governo que começaram na cidade de Deraa, no sul da Síria, em março de 2011, quando um grupo de pessoas se uniu para pedir a libertação de 14 estudantes de uma escola local.
A reivindicação dos manifestantes era por um sistema político mais democrático e maior liberdade de expressão em um dos países mais repressivos do mundo árabe.
Contudo, ao passo em que as forças pró-governo abriram fogo contra protestos originalmente pacíficos, os opositores ao regime começaram a pedir a renúncia do presidente Bashar al-Assad.
O Exército Livre Sírio (ELS), que está entre as forças de oposição, encontram-se equipados dom forte armamento, apesar de inferior ao do governo, e tem lançado uma série de ataques contra as forças de segurança do regime.
O regime sírio continua com bombardeios sobre o centro e a periferia de Damasco – onde ocorreu a maioria das mortes registradas. Além da capital, as províncias que mais sofrem com a repressão são Idleb e Homs.
Especialistas em política internacional apontam a Síria como um dos países mais importantes do quadro geopolítico do Oriente Médio. Eles temem que os conflitos se alastrem a nações vizinhas devido à proximidade do governo de Assad com grupos como o Hezbollah, no Líbano, e o Hamas, nos territórios autônomos da Palestina.
O país também é um dos principais aliados do Irã, arqui-inimigo dos Estados Unidos, de Israel e inclusive da Arábia Saudita. O temor é que esta configuração possa levar qualquer conflito armado na região a uma crise de grandes proporções internacionais.
Fonte:gospelprime

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