Imagem da marcha dos pais em Múrcia, em 29 de fevereiro. (Foto: Reprodução/CEMU)
Ministra da Educação do governo espanhol, Isabel Celáa, afirma que “as crianças não pertencem aos pais”.
“Os pais estão prontos para travar esta batalha”, diz o pastor evangélico Ángel Zapata, um dos organizadores de uma marcha que reuniu 5 mil pessoas contra as novas políticas de educação sexual do governo espanhol.
Cerca de 5.000 pessoas marcharam pela cidade de Múrcia (sudeste da Espanha) para defender o direito dos pais de educar seus filhos de acordo com os valores da família.
A manifestação foi uma resposta aos planos e declarações da ministra da Educação do governo espanhol, Isabel Celáa, que afirmou que “as crianças não pertencem aos pais”.
5.000 saem às ruas para protestar contra novas políticas de educação sexual na Espanha. (Foto: Reprodução/CEMU)
Outros membros do governo central enfatizaram essa convicção ao anunciarem em janeiro que refutariam o chamado "parental", que dá aos pais da Região de Múrcia o direito de decidir se seus filhos participarão de oficinas e conversas especiais que podem colidir com seus valores e crenças profundamente arraigados.
Muitos pais se queixaram de conversas sobre sexualidade e questões LGBT apoiadas pelo governo nos últimos anos - conteúdo que geralmente é dado por ativistas externos de certos grupos ideológicos.
“As crianças não pertencem ao estado”
“Nossos filhos nos pertencem” era o lema da marcha, que utilizou cartazes com mensagens como “As crianças não pertencem ao Estado” e “Por uma educação livre da ideologia de gênero”.
O encontro foi um "sucesso", disse o grupo de organizadores. Pessoas de fé evangélica faziam parte da organização, incluindo o pastor evangélico Ángel Zapata, que também atua como Presidente do Conselho Evangélico de Múrcia.
Zapata foi a pessoa escolhida para ler o manifesto final, que alude a artigos do direito internacional e da Constituição espanhola que protegem os direitos das crianças e dos pais na área da educação.
Cerca de outras 30 organizações apoiaram a marcha. O partido político Vox, membro do governo de coalizão de direita de Múrcia e principal apoiador do 'pino dos pais', expressou publicamente seu apoio.
Forte cobertura da mídia
Falando ao site de notícias espanhol Protestante Digital, Ángel Zapata salienta que a marcha teve "um grande número de seguidores e um notável impacto na mídia" e que não houve incidentes. Não apenas jornais e rádios locais cobriram a manifestação, mas também a emissora nacional espanhola TVE e a televisão privada La Sexta.
O pastor Ángel Zapata foi um dos organizadores da marcha. (Foto: Reprodução/CEMU)
Segundo Zapata, era importante deixar sua voz ser ouvida em um assunto que continua fazendo parte de um debate social na Espanha. “Foi uma oportunidade de sair e recuperar nosso papel de pais. Vamos ver o que acontece agora, mas os pais estão prontos para lutar essa batalha e, se for necessário voltarmos às ruas, faremos isso”.
Os relatos da mídia sobre a marcha sublinharam a presença evangélica na manifestação, que também foi apoiada por entidades católicas. Ángel Zapata confirmou que muitos pais evangélicos estão preocupados com o avanço da ideologia de gênero nas escolas.
O próximo passo para os organizadores será solicitar uma reunião com o governo de Múrcia para "entregar o manifesto e mostrar nosso apoio e solidariedade com o governo regional, para que eles saibam que existem milhares de pais que os apoiam nessa questão".
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EVANGELICAL FOCUS
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