A Associação Médica Ágape listou uma série de recomendações para prevenção das igrejas contra o coronavírus.
Igrejas podem adotar medidas práticas para evitar o contágio do coronavírus. (Foto: AustralianForChristChurch)
A disseminação do coronavírus por todo o mundo tem levado também igrejas a buscar novas medidas e orientações para repassar aos seus membros, a fim evitar o contágio. Na América do Sul, igrejas e outras organizações cristãs já estão se mobilizando para colocar em prática as estratégias de prevenção.
Representantes da Associação Médica Ágape escreveram em conjunto um artigo publicado no site da Editora Ultimato, com uma série de recomendações às igrejas para se defender nesses dias de epidemia do coronavírus.
Entre as orientações há medidas para serem adotadas individualmente e também no ambiente congregacional.
Confira abaixo as orientações do grupo de médicos que pode ser adotadas no cotidiano por cada indivíduo:
A. Recomendamos quarentena de 14 dias para pessoas que viajaram ou tiveram contato com pessoas que voltaram da Ásia, Europa, América do Norte, Oriente Médio e Oceania. Isso significa não comparecer às reuniões por 2 semanas. Após esse período, não havendo sintomas (febre, tosse, dificuldade para respirar, dor de garganta, etc), podem voltar a congregar.
B. Indivíduos com febre, tosse ou falta de ar OU sintomas respiratórios (gripe ou resfriado comum) devem ficar 14 dias sem frequentar as reuniões da igreja. Procurar os serviços de emergência em caso de piora de sintomas ou persistência da febre.
C. Usar o cumprimento oriental (curvar a cabeça) como forma de saudação. Evitar beijos e apertos de mão, incluindo o hábito de orar de mãos dadas ou dar as mãos no louvor.
D. Lavar as mãos com água e sabão com frequência e/ou usar álcool gel (álcool 70%).
E. Seguir etiqueta de tosse, cobrindo o rosto com o cotovelo ao tossir.
F. Não coçar os olhos ou nariz. Usar lenços descartáveis e, após, higienizar as mãos.
G. Não compartilhar objetos de uso pessoal.
H. Manter os ambientes ventilados. Observar a vida útil e recomendações de filtros de ar-condicionado.
Sobre cultos de adoração ou grandes reuniões
No artigo, os médicos reconhecem a importância do culto presencial como forma de adoração coletiva a Deus em comunhão. Porém destacam a possibilidade de que esses momentos e outras grandes reuniões / eventos sejam temporariamente suspensos para evitar o contágio.
“O autor de Hebreus exorta: ‘não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia’ (Hb 10.25). Lembramos que a igreja não é o prédio do templo, mas conforme 1 Coríntios 3, trata-se do ajuntamento dos santos, do povo que pertence ao SENHOR”, destacou o texto.
“Caso a epidemia se agrave em demasia, para preservação do corpo de Cristo, as reuniões grandes de toda igreja podem ser momentaneamente suspensas. O tamanho das reuniões tem a ver com o alcance de caso índice (pessoa portadora do COVID-19) infectar determinada comunidade. Se esse momento chegar, outros formatos de reunião, como reuniões nos lares ou reuniões de pequenos grupos, podem ser adequados para indivíduos saudáveis”, acrescentou.
Transmissão local do vírus
Os médicos também lembraram que no atual momento há transmissão de vírus entre pessoas, não sendo mais apenas casos de pessoas que voltaram de viagens de outros países. Por isso sugerem que em congregações acima de 100 membros, os seguintes grupos de pessoas participem do culto por meio de transmissão online:
Pessoas com 80 anos ou mais
Pessoas com doenças crônicas com gravidade intermediária ou alta
Pessoas com cirurgia recente de médio ou grande porte
Pessoas em tratamento com quimioterapia
Pessoas com imunossupressão
Entre outras recomendações, a associação, orientou que as igrejas devem estar atentas aos seguintes pontos:
Dentro das particularidades litúrgicas da Santa Ceia em cada comunidade, deve haver preocupação com a higiene coletiva, sem perder de vista os elementos essenciais do sacramento e o mistério da presença do Senhor.
Recomenda-se que cada igreja implemente meios para modernizar seu sistema contábil, possibilitando dízimos e ofertas através de canais eletrônicos (internet banking).
As igrejas em que há refeição coletiva devem atentar para recomendações de higiene, incluindo uso de máscara pelos empregados/voluntários na preparação dos alimentos. A quantidade de alimentos também deve ser estimada baseada nas recomendações acima, evitando desperdício.
Tempo de unidade e oração
Na última quinta-feira (12), a Igreja Adventista do Sétimo Dia publicou em seu site de notícias, um comunicado, explicando que reconhece a importância de cuidados específicos serem adotados neste momento, mas sobretudo uma situação que exige unidade em solidariedade e oração.
“Os riscos, ameaças e sofrimentos desta crise global são um chamado à solidariedade e oração. Ao mesmo tempo em que tomamos todas as providências necessárias, também estamos empenhados em cuidar uns dos outros, aliviando o sofrimento e oferecendo apoio espiritual às diferentes regiões, pessoas afetadas e grupos vulneráveis. Mais do que observar e acompanhar, buscamos ser parte da solução”, destacou a denominação em seu comunicado.
Na quarta-feira (11), a denominação também postou no YouTube uma entrevista com o infectologista, Dr. Dorival Duarte, para esclarecer quais os riscos reais que o coronavírus oferece e quais soluções práticas cada pessoa pode adotar no cotidiano para evitar o contágio.
Clique abaixo para conferir:
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA ULTIMATO / NOTÍCIAS ADVENTISTAS
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