sexta-feira, 20 de março de 2020

Praga de gafanhotos que atinge mais de 10 países vem causando grande impacto






FOTO: NJERI MWANGI/REUTERS /HOMENS TENTAM AFUGENTAR NUVEM DE GAFANHOTOS DO DESERTO NO QUÊNIA





 É tempo de despertar e clamar a Deus!!!

Enquanto alguns países do mundo estão sofrendo por causa da pandemia do coronavírus na atualidade,  outros países estão enfrentando a praga de gafanhoto, que por onde passam vão destruindo tudo. Como igreja também devemos ora por estes países, que poderão sofrer com a fome, por causa da falta de alimentos.

Infestação de insetos é a pior em quase três décadas e acontece por fenômenos atribuídos à crise climática. Paquistão e Somália decretaram situação de emergência


O Paquistão declarou emergência nacional no sábado (1º) devido a nuvens gafanhotos que vêm destruindo plantações no leste do país. Um dia depois, a Somália anunciou o estado excepcional pelo mesmo motivo. 

Esta é a  pior infestação em 27 anos no Paquistão, segundo autoridades, e apior em 25 anos na Somália, de acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Pelo menos outros nove países do Oriente Médio, Ásia e da região do chifre africano também têm áreas tomadas pelos insetos, como Arábia Saudita, Irã, Etiópia, Sudão e Índia. 



11,9 milhões  é o número de pessoas em condição de severa insegurança alimentar na Somália, Etiópia e Quênia, de acordo com a FAO. Esses são três dos países mais atingidos pela infestação 



4.850 km²  é a área atingida pelos gafanhotos na Somália, Etiópia e Quênia, de acordo com a FAO, até 29 de janeiro. A área equivale a mais de três cidades de São Paulo.










LOCALIDADES COM NUVENS DE GAFANHOTO EM JANEIRO DE 2020



Por que o gafanhoto é tão destrutivo 

Essas infestações não são novidade na região e em outros lugares do mundo. O temor com relação aos gafanhotos aparece em livros religiosos como o Corão e a Bíblia. 

As nuvens que atingem os países desde 2019 são formadas por uma espécie conhecida como gafanhoto do deserto, encontrada geralmente nas regiões semi-áridas e áridas da África, Oriente Médio e Ásia. Durante surtos como o atual, os insetos avançam para áreas com mais diversidade vegetal. 

Cada gafanhoto dessa espécie pode consumir o próprio peso de comida em um dia. Uma nuvem de 1 km² pode ter até 80 milhões de insetos, e os agrupamentos podem chegar a ter centenas de quilômetros quadrados, o que torna o estrago avassalador. 

35 mil  é o número de pessoas que poderiam ser alimentadas em um dia com o que uma nuvem de gafanhotos de 1 km² consome no mesmo período de acordo com a FAO.

192 milhões de kg  é quanto de vegetação uma nuvem de gafanhotos média pode destruir em um dia de acordo com a National Geographic.

Os animais se reproduzem com muita facilidade, e levam duas semanas até um novo ovo chocar. Após isso, é preciso dois a quatro meses para atingir a fase adulta. Ao todo, os gafanhotos vivem até cinco meses. Nesse ritmo, estimativas da FAO apontam que o número de insetos pode crescer 500 vezes até junho de 2020. 

Diferentemente de muitas outras pestes, que atingem tipos específicos de alimento, os gafanhotos não fazem distinção do que consomem. Quando não há mais comida, eles se tornam canibais. Em busca de mais alimento, e com a ajuda do vento, eles podem percorrer de 5 a 130 km em um dia. Dessa forma, em pouco tempo os insetos poderão chegar à Uganda e ao Sudão do Sul, dois países vizinhos que estão entre os mais pobres do mundo.

Em infestações do passado, nuvens de gafanhotos com origem na África já chegaram até o Reino Unido e o Caribe.









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