sexta-feira, 4 de março de 2022

DEUS NÃO MUDOU



Malaquias 3.6

No mundo grandes transformações estão acontecendo, sejam: políticas, geográficas, econômicas ou religiosas. Por exemplo, a cidade de Abu Dhabi que alguns anos atrás era pobre e sem expectativa, mas “quando o petróleo começou a fluir, a cidade de Abu Dhabi tinha apenas 46.000 habitantes, quatro doutores e cinco escolas. Os ricos tinham casa de barro; as famílias mais pobres construíam suas casas com bambu. Passados 50 anos, em 1958, os exploradores britânicos descobriram que ali se encontrava a quinta reserva de petróleo do mundo, e 90% desta estava, precisamente, abaixo de Abu Dhabi. Hoje esta cidade é capital dos Emirados Árabes Unidos, conta com a décima parte de todo o petróleo na terra, mais de $1 trilhão de USD investidos no exterior, e uma cidade que cresce de uma maneira inimaginável, gerando alianças e projetos urbanos de grandes proporções com as grandes potências mundiais¹, e hoje é considerada uma das cidades mais rica do mundo.

Deus levantou o profeta Malaquias para transmitir a sua mensagem a um povo que havia retornado do cativeiro e estava passando por mudanças, mas estas não era para melhor. Ele transmitiu sua mensagem a um povo desanimado, desiludido e cheio de dúvidas, não obstante, tudo o que Deus havia realizado. Judá estava se distanciando do Senhor, duvidando da sua palavra, do seu poder e da aliança, como consequência estava vivendo uma vida sem comunhão com Deus.

A mensagem do profeta Malaquias continua a ecoar ainda hoje, dizendo que o Deus da aliança não muda. Deus, é Imutável em:

1-EM SUA PALAVRA (Ml 3.7; 4.4; 24.35)

Israel havia deixado a lei e os estatutos do Senhor (Ml 3.7), os sacerdotes não estavam obedecendo o que a Palavra ensinava (Ml. 1.6-2.9), por isso tornaram-se desprezíveis. O povo havia se afastado da lei de Deus, sendo desleais, infiéis no tocante aos relacionamentos conjugais, sociais, comerciais, aos dízimos e ofertas, porque não estavam observando os estatutos do Senhor (Ml 3.7). Por causa desobediência a Palavra de Deus, a nação estava desanimada, sem expectativa, sofrendo. Judá precisava voltar-se para as promessas de Deus expressas na lei para viver abundantemente.

O povo de Deus, não podia abandonar a Palavra, ela não muda como nos ensina o profeta Isaías “...mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente”(Is 40.8). Porque “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá? (Nm 23.19). Jesus disse: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão”( Mt 24.35).

Quando o povo ou homem abandona a Palavra de Deus ele comete erros, como Jesus: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”.Mt. 22.29. Nas Sagradas Escrituras, nós encontramos todo o conselho de Deus concernente a vida, a fé, a salvação, etc. para honra e glória dele neste mundo. Portanto, nós precisamos proclamar somente as Escrituras.

2-EM SEU PODER (Ml 1.6,8,9,10,11.13;2.2,4,7,8; 3.7)

O título Jeová Tsebahoth (o Senhor dos Exércitos) aparece dezessete vezes em Malaquias. “Este título aparece em diversos contextos do Velho Testamento, mas somente duas vezes no Novo Testamento. Um estudo cuidadoso das passagens onde este título é usado, revela os recursos impressionantes de poder e força que estão sob o controle de Javé, o Senhor dos Exércitos. Isto fica evidente desde a primeira menção deste título divino, e continua até a sua última menção”².

Malaquias ao mencionar este título SENHOR DOS EXÉRCITOS, assegura ao Seu povo Deus é imutável em seu poder. Israel precisava confiar no Senhor dos Exércitos para viver de maneira diferente, para adorar verdadeiramente e ter uma vida abençoado. Nesta certeza, podia ofertar e dizimar sem duvidar das promessas presentes na lei, pois ela nos ensina que Deus é poderoso e nos abençoa e nada é impossível para ele. Ele é o Deus criador e sustentador da vida ( Jr 32.17; Jó 42.2; Mt 19.26; Lc 18.27).

Como nós precisamos confiar em Deus em nossos dias desafiadores que estamos vivendo para vencermos as: desilusões, desânimos, medos, duvidas que surgem diante de nós todos os dias. Para vencermos as barreiras na nossa caminhado, quando muitos dizem: “você não vai conseguir”, “não tente, fulano não conseguiu”, etc. Não se deixe abater, desanimar ou até mesmo duvidar do poder de Deus. Creia no seu poder providencial, dependa dele em todos os momentos, pois Ele nos dá força para viver.

Meu irmão, Deus não mudou, como como disse A. W. Tozer “Deus o Senhor pode fazer qualquer coisa difícil com a mesma facilidade com que realiza as coisas mais simples, porque tem em suas mãos todo o poder do universo”. Ele domina “sobre tudo, na sua mão a força e poder” 1 Cr 29.12. Portanto, o Senhor dos Exércitos diz: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Is 41.10).

3-EM SUA ALIANÇA (1.2-5; 2.4-9; 2.10; 2.14; 3.1)

Na mensagem do profeta Malaquias, um dos temas proeminentes é a aliança. Há algumas referências sobre a aliança: a aliança com Levi (2.4-9), a aliança dos pais (2.10), a aliança do casamento (2.14), o mensageiro da aliança, além dessas alianças citadas, o livro inicia com a aliança do amor de Deus (Ml 1.2-5).

Na época do profeta, os sacerdotes foram infiéis, juntamente com o povo profanaram a aliança do Senhor (2.10), ao serem desleais uns para com os outros, no casamento (2.11,14), nos seus relacionamentos sociais e econômicos (3.5). Israel precisava se arrepender dos seus pecados, para não ficar sob a maldição prevista na divina aliança (3.9; Lv. 26.14-46 e Dt 28.15-68). Firmados na aliança, Judá não podia duvidar do amor divino, mas se arrepender confiado nas misericórdias do Senhor que se renovam a cada manhã (Lm 3.22), para viver uma vida abundante.

O profeta Malaquias também aponta para Cristo de duas maneiras, conclamando povo de Israel ao arrependimento, para receberem as bênçãos de Deus. De maneira semelhante Cristo proclamou o arrependimento (Mc 2.15). O profeta disse que o culto ao Senhor se espalharia por toda terra (Ml 1.11). De forma mais especifica, messiânica ele disse que a renovação do povo de Deus aconteceria por meio da obra de um “mensageiro” (Ml. 3.1) da aliança o qual seria precedido pelo profeta Elias (4.5; 3.1,2). O nosso Deus, é o Deus da aliança, que enviou o seu filho Jesus para morrer por nós na cruz do calvário, ele não muda, o seu pacto é eterno, por isso podemos confiar em suas promessas, em seu amor misericordioso e vivermos para a glória dele.

Diante do exposto, podemos falar como Carlos Wesley disse: “todas as coisas, ao mudar proclamam o Senhor é eternamente o mesmo”, que maravilha, é termos esta certeza, que Deus é imutável em sua Palavra, em seu Poder, e em sua Aliança que firmara com o seu povo. Deus não mudou, Ele continua o mesmo, ontem, hoje e amanhã. Somente a glória de Deus.

Referências Bibliográficas
1-Holanda, Mariana de. Abu Dhabi: a cidade mais rica do mundo / Postais urbanas – Disponível em http://www.archdaily.com.br/.../abu-dhabi-a-cidade-mais...: acesso 09.08.2017

2- R. Baker, James. O Senhor dos Exércitos-Disponível em http://www.palavrasdoevangelho.com/.../o-senhor-dos.../ acesso 10.08.2017

Autor: Pr. Eli Vieira

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