sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Conselho Federal de Psicologia repudia declarações de Malafaia


Declarações feitas durante entrevista no SBT são censuradas Um dos assuntos mais comentados da semana, a entrevista do líder da...
por Jarbas Aragão

Conselho Federal de Psicologia repudia declarações de MalafaiaConselho Federal de Psicologia repudia declarações de Malafaia

Declarações feitas durante entrevista no SBT são censuradas
Um dos assuntos mais comentados da semana, a entrevista do líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, ao programa “De Frente com Gabi” continua repercutindo.
Hoje (7/2), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) emitiu uma nota pública de repúdio às declarações do pastor. O órgão acredita que Malafaia “agrediu a perspectiva dos Direitos Humanos a uma cultura de paz e de uma sociedade que contemple a diversidade e o respeito à livre orientação – objetos da atuação da Psicologia, que se pauta na defesa da subjetividade das identidades”.
As críticas do CFP tomam vulto porque Malafaia também é formado em Psicologia. Porém, os argumentos do pastor sobre a a homossexualidade como uma questão de comportamento contrariam a Resolução CFP nº 001/99, que proíbe um psicólogo de afirmar que trata-se de “doença, desvio ou perversão”.
O Conselho alega que luta pelo “desaparecimento das discriminações em torno de práticas homoeróticas. Por isso, proíbe que psicólogos ofereçam “tratamento ou ação a favor de uma ‘cura’, ou seja, práticas de patologização da homossexualidade”.
A Resolução declara, ainda, que é um princípio da (o) psicóloga (o) o respeito à livre orientação sexual dos indivíduos e o apoio à elaboração de formas de enfrentamento no lidar com as realidades sociais de maneira integrada. É dever do profissional de Psicologia fornecer subsídios que levem à felicidade e o bem-estar das pessoas considerando sua orientação sexual.
Ao acusar o pastor de homofobia, o CFP mostra a mesma posição que o Conselho Regional de Psicologia do Paraná teve com a psicóloga cristã Marisa Lobo no ano passado, tentando impedi-la de acompanhar gays que queriam mudar de vida. Na época o CFP tentou caçar a o registro profissional de Marisa.
Toda vez que se debate essa questão, invoca-se a violação dos direitos humanos dessa parcela da população. Realmente, sabe-se que no ano de 2011, por exemplo, ocorreram 278 assassinatos motivados por orientação sexual.

Contudo, parece exagero o CFP fazer essa relação entre “agressões e assassinatos” contra homossexuais e o que chama de “rede de discursos que os colocam como inferiores, vítimas de sua própria existência. Esses discursos e práticas são, então, ações de extermínios de subjetividades indesejadas”.
Ano passado, CFP assinou um termo de cooperação com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Seu objetivo era apoiar a campanha “Faça do Brasil um Território Livre da Homofobia”. Portanto, o Conselho classificou as declarações durante a entrevista com Malafaia de “atitude desrespeitosa com homossexuais” e que “ressalta um tipo de comportamento preconceituoso”. Por fim, ressalta que “O Brasil só será um país democrático, de fato, se incorporar valores e práticas para uma cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. Exatamente o oposto do que prega o referido pastor”.
Silas Malafaia ainda não se pronunciou sobre essa “nota de repúdio”. Ao longo desta semana ele já respondeu as acusações do geneticista Eli Vieira. O assunto é polêmico e por isso também recebeu reprimendas de várias pessoas no meio evangélico. Caio Fábio chegou a afirmar que “Silas e Evangelho estão tão distantes um do outro como o diabo está de Jesus”
Com informações do CFP
Via gospelprime

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