sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Renúncia de Bento 16 foi motivada por “lobby gay”



Jornal italiano publicou matéria investigativa que causou polêmica na Itália
por Jarbas Aragão

Renúncia de Bento 16 foi motivada por “lobby gay”Renúncia de Bento 16 foi motivada por “lobby gay”

O jornal italiano La Repubblica publicou nesta quinta (21) uma matéria investigativa com o título de “Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no informe que sacudiram o Papa”. Quase que imediatamente, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, classificou a reportagem de “Fantasias, invenções, opiniões”.
Embora não revele suas fontes, é quase uma repetição do que a revista Panorama publicou recentemente, mostrando que existe uma espécie de dossiê de 300 páginas, mostrando a existência de um “lobby gay” dentro do Vaticano. Quando era apenas o Cardeal Ratzinger, ele ficou encarregado da investigação dos casos de abusos de crianças, mas nenhuma ação concreta foi tomada.
Bento 16 o recebeu em dezembro após tê-lo encomendado a três cardeais (o espanhol Julián Herranz, o eslovaco Jozef Tomko e o italiano Salvatore De Giorgi). Em suma seria a revelação de um sistema de “chantagens” internas baseado em fraquezas sexuais e ambições pessoais de alguns cardeais.
Esse documento pode ser determinante para a escolha do novo papa e a decisão de Ratzinger foi por entender que um sucessor mais jovem, forte e enérgico conseguiria “fazer a limpeza” que a Igreja Católica necessitaria.
Os jornalistas apontam que o cardeal Herranz, membro do Opus Dei, se encarregou de relatar os “assuntos mais escabrosos”, em especial a “rede transversal unida pela orientação sexual”. O La Repubblica chegou a afirmar que “Pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada no gabinete papal”. Além disso, revelou que existem vários grupos de pressão dentro do Vaticano. Um deles advogaria a homossexualidade, outro seria especialista em montar e desmontar carreiras dentro do Vaticano e um terceiro se aproveitaria dos recursos multimilionários da Igreja para seus próprios interesses através do Banco do Vaticano.
A julgar pelo que aconteceu após o aviso de renúncia do papa, essas graves acusações parecem ter fundamento. Bento 16 trocou o diretor do banco do Vaticano, um cardeal americano que poderia sucedê-lo foi retirado do cargo por ter protegido bispos pedófilos e o sermão de despedida do papa mencionou a necessidade da Igreja se livrar do “jogo de interesses pessoais”.  Cada vez mais parece claro que a saúde da Igreja e não a saúde pessoal foi o motivador da renúncia.
Fonte:gospelprime

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