A se comparar a nota da universidade evangélica com a nota do arquidiocese gaúcha percebe-se quão
omissa foi a manifestação da entidade católica
Pare, leia e Pense!
Pare, leia e Pense!
Foto: divulgação.
As manifestações de repúdio à exposição abusiva do Santander Cultural não param
e é difícil fazer menção a todas, mas a nota da Universidade Presbiteriana
Mackenzie se sobrepõe às outras. É um primor.
Primeiro, por que uma universidade sediada em São Paulo
teoricamente não teria a menor obrigação de se manifestar publicamente sobre um
caso que, embora escandaloso, ocorreu em outro estado e não tem relação direta
com seu campo de atuação. Certamente foi esse o raciocínio dos dirigentes de
milhares de instituições “moralmente relevantes” que escolheram não dar um pio
sobre toda aquela bizarrice. A espontaneidade da manifestação do presidente do
Instituto Mackenzie, portanto, torna o ato muito mais honrado.
Em segundo lugar, por que ela é direcionada ao presidente do
Santander. Não é mera ação de marketing trabalhada em redes sociais para
acompanhar a maioria revoltada. É um ato que pretende resultado, pois mira em
quem tem mais poder dentro daquele que agora é o banco com a pior fama no país.
E terceiro, por que é tremendamente bem escrita, elegante e
firme. Traz argumentos sólidos e é dotada de uma clareza invejável.
Todas essas qualidades ficam muito mais evidentes quando se
compara com a insossa e confusa nota emitida pela arquidiocese de Porto Alegre.
A Igreja Católica, que foi a instituição mais violentada naquela exposição, foi
muito mal representada pela arquidiocese da cidade onde ocorreu aquele
escárnio. No site da instituição, o texto é sequer assinado pelo arcebispo
local, dom Jaime Spengler, e, ao invés de manifestar repúdio, preferiu
manifestar “estranheza”.
Parece que para o episcopado da capital gaúcha, hóstias
pichadas com as palavras “vagina”, “vulva”, entre outras de mesma conotação,
merecem “estranheza”, não repúdio. O mesmo vale para referências à Nossa
Senhora com um macaco no colo, ou para uma imagem de Jesus com muitas opções de
braços postiços, sendo alguns deles afeminados. A pintura da criança com os
dizeres “Criança viada travesti da lambada” ou a que exibia uma dupla fazendo
sexo com uma cabra também, não mereciam repúdio. Só “estranheza”.
Leiam as duas e comparem por si mesmos.
Primeiro a nota insossa:
Agora a que merece toda a nossa admiração:
OBS: Parabéns ao Mackenzie pela coragem em se posicionar diante desta situação. Ao nosso Deus toda glória(Pr. Eli Vieira).
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Por Jônatas Dias Lima
Fonte: Blog da Vida
Parabéns à posição firme de repúdio ao patrocínio do Santander.
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