terça-feira, 19 de setembro de 2017

Caso Santander: o que a nota da Mackenzie pode ensinar à arquidiocese de Porto Alegre

A se comparar a nota da universidade evangélica com a nota do arquidiocese gaúcha percebe-se quão omissa foi a manifestação da entidade católica

Pare, leia e Pense!
Foto: divulgação.

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Foto: divulgação.


As manifestações de repúdio à exposição abusiva do Santander Cultural não param e é difícil fazer menção a todas, mas a nota da Universidade Presbiteriana Mackenzie se sobrepõe às outras. É um primor.
Primeiro, por que uma universidade sediada em São Paulo teoricamente não teria a menor obrigação de se manifestar publicamente sobre um caso que, embora escandaloso, ocorreu em outro estado e não tem relação direta com seu campo de atuação. Certamente foi esse o raciocínio dos dirigentes de milhares de instituições “moralmente relevantes” que escolheram não dar um pio sobre toda aquela bizarrice. A espontaneidade da manifestação do presidente do Instituto Mackenzie, portanto, torna o ato muito mais honrado.
Em segundo lugar, por que ela é direcionada ao presidente do Santander. Não é mera ação de marketing trabalhada em redes sociais para acompanhar a maioria revoltada. É um ato que pretende resultado, pois mira em quem tem mais poder dentro daquele que agora é o banco com a pior fama no país.
E terceiro, por que é tremendamente bem escrita, elegante e firme. Traz argumentos sólidos e é dotada de uma clareza invejável.
Todas essas qualidades ficam muito mais evidentes quando se compara com a insossa e confusa nota emitida pela arquidiocese de Porto Alegre. A Igreja Católica, que foi a instituição mais violentada naquela exposição, foi muito mal representada pela arquidiocese da cidade onde ocorreu aquele escárnio. No site da instituição, o texto é sequer assinado pelo arcebispo local, dom Jaime Spengler, e, ao invés de manifestar repúdio, preferiu manifestar “estranheza”.
Parece que para o episcopado da capital gaúcha, hóstias pichadas com as palavras “vagina”, “vulva”, entre outras de mesma conotação, merecem “estranheza”, não repúdio. O mesmo vale para referências à Nossa Senhora com um macaco no colo, ou para uma imagem de Jesus com muitas opções de braços postiços, sendo alguns deles afeminados. A pintura da criança com os dizeres “Criança viada travesti da lambada” ou a que exibia uma dupla fazendo sexo com uma cabra também, não mereciam repúdio. Só “estranheza”.

Leiam as duas e comparem por si mesmos.

Primeiro a nota insossa:

Agora a que merece toda a nossa admiração:
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OBS: Parabéns ao Mackenzie pela coragem em se posicionar diante desta situação. Ao nosso Deus toda glória(Pr. Eli Vieira).

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Por Jônatas Dias Lima

Fonte: Blog da Vida


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