Peter se uniu à polícia de Uganda para impedir feiticeiros
de sequestrar crianças para sacrifícios humanos.
Allan foi sequestrado para um sacrifício de sangue, onde
teve a cabeça cortada e foi castrado. (Foto: Sakina Mission)
Jackline Mukisa soluçava enquanto descrevia como seu filho
de 8 anos foi encontrado em um pântano, sem dentes, lábios, orelhas e órgãos
genitais. “Meu filho inocente teve uma morte dolorosa”, lamentou a jovem mãe,
de 28 anos.
O pequeno John Lubega desapareceu depois que um motociclista
ofereceu uma carona na volta da escola. Seus restos mortais evidenciam que seu
corpo fez parte de um ritual de sacrifício humano realizada por feiticeiros,
segundo um relatório da polícia.
Em Uganda,
um país sem ligação com o mar no leste da África, muitos acreditam que os
rituais de sacrifício podem trazer riqueza e saúde. Sacrifícios humanos,
especialmente de crianças, ocorrem com frequência, apesar dos esforços do
governo para impedir esses rituais.
Diante de uma intensa seca, Uganda apresenta um cenário
precário que deixou mais de 11 milhões de pessoas em escassez alimentar e 1,6
milhão à beira da fome, de acordo com o governo do país.
“Não há alimentos devido à seca, e alguns acreditam que ela
foi trazida por espíritos ancestrais”, disse o feiticeiro Joel Mugoya.
“Portanto, há um grande desejo das pessoas de realizar sacrifícios para que
elas saiam deste problema”.
Recentemente, a polícia de Uganda prendeu 44 suspeitos na
cidade de Katabi, que estavam conectados a uma série de assassinatos de
crianças e mulheres. O tribunal condenou metade dos criminosos.
Mais de 21 mulheres foram mortas entre 3 de maio e 4 de
setembro, segundo o inspetor geral da polícia, Kale Kayihura. “Os assassinatos
eram para rituais de sacrifícios. Estamos trabalhando duro para prender os
suspeitos restantes e acabar com a prática”, afirmou.
Os líderes cristãos estão se unindo com a polícia para
impedir as mortes. O pastor Peter Sewakiryanga, líder da organização Kyampisi
Childcare, que combate o sacrifício de crianças em Uganda, revelou que as
crianças desaparecem no país a cada semana.
pastor Peter
Ssewakiryanga é fundador da organização Kyampisi Childcare Ministries. (Foto:
Sakina Mission)
Elas são frequentemente encontradas mortas ou vivas com
partes do corpo faltando. A maioria dos sobreviventes não arquivam relatórios
policiais, segundo Sewakiryanga. “É um problema sério, mas estamos lutando com
a ajuda do governo”.
Na maioria das vezes, os sacrifícios envolvem a remoção de
algumas partes do corpo, enquanto a criança ainda está viva. “É um ritual
brutal que destrói a vida de nossos filhos e afeta seus pais mentalmente.
Estamos trabalhando com a polícia para prender feiticeiros envolvidos no
ritual. Também estamos ajudando os sobreviventes financeiramente e com apoio
moral”, disse o pastor.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHARISMA NEWS
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