Saiba como um cristão de origem muçulmana entende o Ramadã depois de conhecer a Cristo
Por 30 dias, todos os muçulmanos adultos e saudáveis realizam jejum durante o dia, e muitos deles se tornam mais devotos durante esse período. Este é o Ramadã. Em uma conversa com um cristão secreto de origem muçulmana do Sudeste Asiático, perguntamos o que este tempo significava para ele quando ainda era um seguidor do islã, e o que é agora que ele segue a Jesus Cristo.
Quando você era um muçulmano, o que normalmente fazia durante o mês de jejum?
Meu jejum começava no nascer e ia até o pôr do sol. Era um jejum completo, em que eu não podia comer ou beber coisa alguma. Antes de começar, fazia minha niyat e recordava da minha intenção de manter o jejum durante o Ramadã.
No dia seguinte, acordava às 4h30 para tomar o café da manhã. Em nossa refeição havia arroz frito ou macarrão com alguma carne e vegetais. Depois de comer, realizava a oração da manhã durante cinco minutos, depois voltava a dormir e acordava em minha hora habitual de ir ao trabalho.
Para mim, o trabalho era normal, mas alguns muçulmanos reduziam suas atividades para economizar energia. Muçulmanos, portanto, têm permissão de sair do trabalho mais cedo, tempo de ir para casa cozinhar ou comprar comida para o desjejum.
No pôr do sol, fazia a oração para a quebra do jejum: "Ó, Alá! Eu jejuei por você e acredito em você e eu rompo meu jejum com o seu sustento".
Qual é sua visão do jejum agora que você crê em Cristo?
Meu motivo para jejuar é diferente agora. Quando era muçulmano, jejuava para ter alguma vantagem espiritual. Eu precisava de muitas delas para que no dia do julgamento, quando Alá avaliaria minhas obras, minhas virtudes compensassem meus pecados [e eu pudesse entrar no paraíso]. Por essa razão eu tentava ser um bom muçulmano, cumprindo todas as leis do islã, orando cinco vezes por dia, dando esmolas aos pobres, e tentando converter cristãos.
Mas ainda assim, eu ainda não podia ter certeza de que Alá aceitaria meus méritos. Isso sempre esteve na mente de muitos muçulmanos, inclusive na minha. Mas não nos é permitido questionar isso. Quando olho para trás e vejo minha vida como muçulmano, me sinto enganado e sinto que foi injusto eu não ter tido liberdade de religião.
Mas graças a Deus agora eu sou um cristão. Eu tenho a certeza de Cristo que meus pecados foram lavados por seu sangue. Eu não preciso mais ter medo. Agora eu jejuo para aprofundar meu relacionamento com Deus e para conhecer mais a Cristo. Agora eu jejuo e oro para que Deus salve outros muçulmanos que ainda estão tentando agradá-lo. Agora eu jejuo para que muçulmanos descubram a bênção que é conhecer a Cristo como eu descobri!
Você ainda jejua durante o Ramadã? Se sim, por quê?
Como cristão secreto, tenho que fingir que estou jejuando na frente dos meus colegas muçulmanos. Não fazer isso resultaria em suspeitas e interrogatórios. É apenas quando estou sozinho ou com outros cristãos secretos que eu posso ser eu mesmo. Não é fácil viver uma vida dupla.
Muitos cristãos secretos como eu não ousam revelar a fé porque, se forem descobertos, serão mandados para centros de reabilitação islâmicos. Eu ouvi histórias de lavagem cerebral, tortura e abuso mental para fazer que cristãos de origem muçulmana neguem a fé em Cristo.
Se isso um dia acontecer comigo, eu não sei como iria responder a tamanha perseguição. Ainda assim, tenho pavor de negar a Jesus. Portanto, ore por mim e por meus amigos ex-muçulmanos, para que Deus nos dê força para não negá-lo.
Ore agora…
Pelos cristãos de origem muçulmana, para que tenham força para se apegar a Cristo, mesmo se sua fé for descoberta e eles encararem sérias consequências. E ore para que Deus revele seu Filho, Jesus, a muitos muçulmanos durante o Ramadã.
Fonte: Portas Abertas
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