Já no início do Ramadã, o Estado
Islâmico havia alertado que este seria um período sangrento para os
"infiéis". O número de mortes foi três vezes maior que em 2016.
Homens carregam caixão em funeral de
cristãos coptas. (Foto: Reuters)
Mais de 1.620 pessoas foram mortas em
atentados, tiroteios e esfaqueamentos ligados ao terrorismo islâmico durante o
mês sagrado muçulmano do Ramadã (período do jejum islâmico) deste ano, de
acordo com estatísticas divulgadas pelo site 'Breitbart News'.
O site 'Breitbart' publicou uma
extensa lista de ataques que ocorreram motivados pelo extremismo islâmico em
todo o mundo, entre 27 de maio e 24 de junho (período que compreende o Ramadã).
A maioria das mortes relatadas pela guerra civil da Síria foram excluídas desta
lista.
Embora esteja sujeita a atualização,
o registro apresentou mais que o triplo de mortes em comparação ao mesmo
período do Ramadã no ano passado, tornando-se um dos meses sagrados islâmicos
mais mortíferos da história moderna. Houve no total 3.351 vítimas, incluindo
1.627 mortes, durante o Ramadã deste ano. No ano passado, o número de vítimas
foi de 1.150 (421 mortes e 729 feridos).
O 'Breitbart' observou que a maioria
das vítimas eram muçulmanas. O grupo terrorista do Estado Islâmico, ativo no
Iraque e na Síria, bem como em outras cidades ao redor do mundo, foi
responsável por grande parte da violência mortal.
Outros grupos jihadistas ligados ao
Estado Islâmico, como Boko Haram, também intensificaram sua carnificina durante
o Ramadã, como informou o site 'Voice of America'.
Os militantes nigerianos causaram a
morte de dezenas de pessoas em atentados suicidas na fronteira da Nigéria com
Camarões e procuraram se infiltrar em mercados e mesquitas no final do Ramadã.
Em outro ataque, 29 coptas também
foram massacrados, quando estavam a caminho de um mosteiro no Egito, depois que
radicais islâmicos atacaram o ônibus em que eles estavam. Os cristãos,
incluindo crianças, foram retirados do ônibus e os terroristas exigiram que
eles renunciassem a sua fé em Jesus Cristo, mas os passageiros se0 recusaram a
acatar as ordens do jihadistas, o que levou a suas mortes.
Emily Fuentes, diretora de
comunicação da Portas Abertas (EUA), disse ao 'Christian Post' em uma
entrevista telefônica no mês passado que o Ramadã aumenta as preocupações sobre
ataques terroristas.
"O início do Ramadã é outro
momento em que os cristãos devem estar especialmente em alerta. O último ataque
aconteceu na véspera do Ramadã, que estabelece o precedente para o resto do
mês, causando preocupação com os cristãos na área", disse Fuentes,
referindo-se ao massacre de cristãos no Egito.
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