5 – Estado Islâmico realiza execuções na Líbia
O Estado Islâmico (EI) deixou sua marca na Líbia, em 2015, ao publicar vídeos de horríveis execuções de cristãos egípcios e etíopes. O vídeo divulgado em 19 de abril mostra a execução cruel de 28 cristãos etíopes. Nele, fica evidenciado que a perseguição contra cristãos é fundamental para o Islã. O narrador do vídeo adverte que se os cristãos no Oriente Médio e em outros lugares se recusarem a voltar para o islã, também serão mortos. Ele deu três opções para os cristãos: voltarem para ao islamismo, submeterem-se as regras do Islã e pagar o Jizya (tributo) ou serem mortos.
Outro vídeo liberado mostra a execução de outros 21 cristãos, de maioria egípcia. Os etíopes e os egípcios foram executados em uma praia. No vídeo de abril, o narrador cita vários éditos religiosos sobre o tratamento que um muçulmano deve dar à cristãos e judeus.
“Quem não considerar os judeus e os cristãos como descrentes e não odiá-los não é um muçulmano”, diz ele, citando o estudioso islâmico Al Islam Ibn Taymiyyah. Ele acrescentou que Muhammad ensina seus seguidores a serem agressivos com cristãos e judeus, quando declara: “Se você encontrar um judeu ou um cristão, não tenha paz com ele”.
6 – Execução de Asia Bibi permanece suspensa no Paquistão
O Supremo Tribunal do Paquistão, em 22 de julho, concordaram em rever o caso contra a cristã Aasiya Noreen, mais conhecida como Asia Bibi. A decisão suspende, temporariamente, a execução da mãe cristã depois que ela foi condenada à morte sob a acusação de blasfêmia. Ela foi a primeira mulher a ser condenada à morte por blasfêmia no país.
Asia foi presa em junho de 2009, num campo de trabalho próximo a Lahore, depois que colegas de trabalho muçulmanas não conseguiram fazê-la voltar ao Islã. Elas acusaram de blasfêmia. Sua sentença de morte foi anunciada em novembro de 2010. Ela foi condenada nos termos do Artigo 295-C por difamação em comentários depreciativos sobre Muhammad. A Alta Corte de Lahore em 16 de outubro de 2014 confirmou a sentença de morte para a mãe de dois filhos e madrasta de três outros.
O procurador Saif-ul-Malook encontrou uma brecha a favor de Asia quando percebeu que Primeiro Relatório de Informação (FIR) contra ela foi registrado cinco dias após as alegadas observações. Em um caso de blasfêmia anterior, em 2002, no estado de Masih, os juízes revogaram uma sentença de morte devido a um atraso de apenas três horas no registro da FIR.
O principal autor da denúncia contra Asia, o clérigo muçulmano Mohammad Salaam, admitiu que ele não tinha ouvido-a blasfemar. Outro acusador importante, o proprietário do campo onde ela trabalhava, Muhammad Imran, não estava presente no momento da discussão com colegas de trabalho. No momento, ele estava longe da aldeia.
O caso de Asia Bibi atraiu a atenção internacional sobre como as leis de blasfêmia do Paquistão se tornaram uma arma contra minorias religiosas. Sua sentença de morte levantou muitos protestos internacionais. Dentro do Paquistão, a possibilidade de revogação da sentença provocou indignação. Punjab Salman Taseer, governador, foi morto por seu guarda-costas em 04 de janeiro de 2011 por seu apoio à Asia e por criticar a lei da blasfêmia. O guarda-costas acreditava que Taseer, um muçulmano, havia blasfemado ao criticar a lei.
Em seu encontro com Asia, em 2010, depois Taseer tinha dito a ela que ele acreditava que as acusações contra ela foram fabricadas e prometeu ajudá-la a ganhar o perdão. Ele chamou os estatutos de blasfêmia do Paquistão de “uma lei negra” e apelou à sua revogação.
O ex-ministro para Assuntos Minoritários Shahbaz Bhatti, o primeiro cristão, ministro em nível de gabinete, foi baleado e morto em 2 de março de 2011 após pedir reformas nas leis de blasfêmia e que o julgamento de Asia fosse revisto.
Sentenças de morte por blasfêmia não haviam sido emitidas ainda no país. Isso porque os acusados sempre foram assassinados antes.
O Paquistão é quase 96% muçulmano. Processos contra cristãos, normalmente, são acompanhados por multidões de muçulmanos pressionando advogados e juízes. Cristãos representam 2,45% da população.
Nenhum comentário:
Postar um comentário