domingo, 24 de abril de 2016

Os 10 acontecimentos de perseguição que marcaram 2015 – 2ª Parte



3 – Cristãos na Síria sofrem atrocidades nas mãos do Estado Islâmico
Membro do Estado Islâmico dá Dhimma (A dhimma é um contrato teórico estabelecido com base numa doutrina islâmica amplamente difundida que concede direitos e responsabilidades limitadas aos seguidores do judaismo e cristianismo "o povo do livro") contratos de cristãos para assinar. (Foto: Estado Islâmico)
Membro do Estado Islâmico dá Dhimma (A dhimma é um contrato teórico estabelecido com base numa doutrina islâmica amplamente difundida que concede direitos e responsabilidades limitadas aos seguidores do judaismo e cristianismo “o povo do livro”) contratos de cristãos para assinar. (Foto: Estado Islâmico)
Cristãos sofreram execuções, estupros, sequestros e muitas outras atrocidades onde o Estado Islâmico (EI) constrói um califado em quase cinco anos de guerra civil. Em setembro, três cristãos assírios foram mortos, segundo um vídeo divulgado em outubro. No vídeo, o grupo ameaçou matar cerca de 200 outros cristãos na Síria, a menos que recebesse resgate de 50 mil dólares para cada preso.
Os três homens mortos faziam parte de um grupo de pelo menos 250 assírios raptados pelo EI, em fevereiro. Na ocasião, o grupo encurralou as pessoas no Vale do Rio Khabur, província de Hasakah, e atacaram dezenas de aldeias assírias. Aos poucos, os presos foram sendo libertados, mas 130 pessoas deste grupo ainda permanecem reféns. Outro vídeo, falando das imposições do EL para os cristãos, foi liberado em 05 de agosto, quando muitos crentes da cidade de  Al-Qaryatayn ficaram sob ataque.
Pelo menos 700 mil cristãos, de uma população formada por cerca de 1,5 milhões de cristãos, fugiram  por causa dos maus tratos e horrores da guerra.  Entre os vários relatos de atrocidades contra os cristãos está um publicado pela agência de ajuda a cristãos, a Christian Aid Mission. Segundo o relato, em uma aldeia sem nome, perto de Aleppo, militantes do EI crucificaram quatro cristãos em  28 de agosto. Dentre eles, havia um menino de apenas 12 anos de idade. Outros oito foram decapitados em execuções separadas. O menino era o filho de um líder de ministério cristão sírio com nove igrejas. Todos foram mortos por se recusarem a voltar ao islamismo depois de abraçar o cristianismo.
“Todos os sírios estão sofrendo com a guerra que eclodiu em 2011, mas os cristãos estão expostos a maiores riscos dentro do país”, afirmam ativistas de direitos humanos.

4 – Pastores presos injustamente são libertados no Sudão

O Rev. Yat Michael (direita) eo Rev. Peter yein Reith (esquerda) após o culto na igreja em Hai Jebel em Juba. (Fonte Morning Star News)
O Rev. Yat Michael (direita) eo Rev. Peter yein Reith (esquerda) após o culto na igreja em Hai Jebel em Juba. (Fonte Morning Star News)
Dois pastores sul sudaneses voltaram para casa em Juba em 19 de agosto após o calvário de uma prisão de oito meses, acusados de crimes de capital e uma proibição de sair do país. O Rev. Peter yein Reith e o Rev. Yat Michael foram absolvidos dos crimes passíveis de pena de morte em 5 de agosto, mas foram impedidos de embarcar em um avião para fora do país no dia seguinte. A Inteligência Nacional do Sudão e Serviços de Segurança (NIS) havia ordenado a proibição de eles viajarem quando foram detidos.
Um clamor internacional irrompeu quando eles foram presos. A prisão dos dois líderes religiosos foi notícias em diversos jornais, cristãos e não cristãos, ao redor do mundo.  O Rev. Michael, foi preso em 28 de dezembro de 2014, e em 20 de janeiro o Rev. Reith. Os dois são membros da Igreja Presbiteriana Evangélica do Sudão do Sul (sSpec). Eles receberam acusações puníveis com penas mais brandas como participarem de uma organização criminosa,  divulgação e obtenção de informações e documentos oficiais e   por perturbar a paz pública. Mas também receberam acusações gravíssimas, puníveis com pena de prisão perpétua, confisco de bens e pena de morte, como espionagem e burlar o sistema constitucional. Também foram acusados de blasfêmia, punível com pena de um ano de prisão ou 40 chibatadas.
Agentes da NISS que prenderam os pastores disseram que foram informados das supostas infrações por islâmicos linha-dura. Michael, 49 anos, foi preso depois de incentivar membros da Igreja Evangélica Khartoum Bahri. A igreja foi alvo de assédio do governo, prisões e demolição de parte do seu prédio. Reith, de 36 anos, foi preso em 11 de janeiro após receber uma carta dos líderes de sua igreja perguntando sobre o paradeiro de Michael.
Devido ao tratamento dado à cristãos e outras violações dos direitos humanos, o Sudão foi classificado, desde 199, como um “País de Preocupação Específica” pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos e pela Comissão Internacional sobre Liberdade Religiosa dos EUA. Recentes avaliações, recomendam que o país permaneça nesta lista nos próximos anos.

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