Violência islâmica cresce em países não conhecidos por conflitos religiosos.
A violência extremista islâmica, em países não conhecidos por tensões religiosas, de maioria cristã como Quênia e Uganda, foi acompanhada de perto pela agência de notícias cristãs MorningStar News, em 2015. Embora o Estado Islâmico tenha aterrorizado os cristãos na Síria, Iraque e Líbia, e pastores muçulmanos da etnia fulani, na Nigéria, civis inocentes à sombra do Boko Haram, foram mortos no nordeste do Quênia. Militantes Al Shabaab massacraram estudantes universitários cristãos em uma escala que poucos esperavam. Ao mesmo tempo, incessantes ataques de muçulmanos contra cristãos tornavam-se comuns em áreas remotas do leste da Uganda. O trabalho desta agência evidenciou ainda mais a importância da ajuda de organizações de ajuda, como a VdM, dando suporte aos sobreviventes.
1 – Massacre em Colégio do Quênia
Desde o bombardeio da Embaixada dos Estados Unidos, em Nairóbi, no ano de 1998, Quênia nunca havia sofrido outro semelhante. Porém, em 02 de abril, rebeldes da Al Shabaab da Somália, invadiram uma faculdade matando 148 pessoas. Antes de iniciar a matança, eles separaram os estudantes cristãos dos muçulmanos. Os 142 estu8dantes cristãos, mais três agentes de segurança e outros três funcionários da universidade foram mortos a tiros. O ataque no Colégio Universitário em Garissa, no nordeste do Quênia, também feriu 104 pessoas.
Os primeiros alvos dos pistoleiros participavam de um culto na igreja, onde os cristãos se reuniam para a oração às 5 da manhã. 22 pessoas foram mortas ali. Millicent Murugi, uma aluna membro da Igreja Pentecostal da África Oriental (CPEA), estava em uma poça de sangue entre os corpos, fingindo-se de morta. “Um terrorista atendeu a chamada de um telefone sobre um corpo morto perto de mim. Ele disse que continuaria a matar os seus filhos e que eles precisam saber que Garissa é apenas para os muçulmanos”, disse Millicent.
O ataque em Garissa causou mais perda de vidas do que o ataque da Al Shabaab no Westgate Shopping Mall, em 21 de setembro de 2013, que matou pelo menos 67 pessoas, com dezenas ainda desaparecidas. Neste ataque ao shopping, os militantes mataram aqueles que podiam ser identificados como não muçulmanos.
O ataque à faculdade em Garissa não só elevou a escala de violência no Quênia, que tem uma população muçulmana de apenas 8%, mas também foi emblemático no aumento de outros ataques a cristãos quenianos por extremistas islâmicos da Somália.
Representantes da Al Shabaab, que tem ligações com a Al Qaeda, disseram que os ataques foram em retaliação ao envolvimento do Quênia em ajudar o governo somali a lutar contra eles. Os rebeldes também se opõe à educação para as mulheres. Em 2011, o Quênia enviou forças da União Africana para lutar contra os insurgentes Al Shabaab, após uma série de ataques a turistas somalis e outros alvos no norte do Quênia, e desde então a Al Shabaab realizou vários ataques de retaliação em solo queniano.
2 – A descoberta da violência islamita em Uganda oriental
Numerosos ataques isolados, realizados por muçulmanos contra cristãos em áreas remotas no leste de Uganda, indicaram uma atmosfera crescente de intolerância em 2015. Em 23 de dezembro, um pastor no leste do Uganda foi morto, quando ele e outros membros resistiram ao esforço de muçulmanos para tomar as terras da igreja. Essa informação foi dada por líderes de igrejas da área. Martin Bongo, o pastor assassinado, pai de duas crianças, foi morto a golpes de uma espada em aldeia perto Nansololo Mazuba, em Namutumba. Ele tinha 32 anos.
Em outra área no leste de Uganda, na vila Kachomo, Kachomo Sub-County, Budaka, cinco cristãos clandestinos em uma vila predominantemente muçulmana morreu envenenados por pesticida colocado em sua comida. O grupo estava reunido na casa do novo convertido Hajii Suleiman Sajjabi para um estudo da Bíblia, no dia 18 de dezembro, com mais oito membros da família. Após o estudo, eles se confraternizaram com uma refeição que foi envenenada com pesticida.
Sajjabi sobreviveu. Quatro de seus parentes morreram. Mariam Kurumu, uma vizinha grávida, morreu no dia 19 de dezembro no Hospital Regional Mbale.
A polícia de Budaka e de Kaderuna estavam à procura de um dos filhos de Sajjabi, Isa Sajjabi, de 32 anos. Ele é o principal suspeito pelo envenenamento. Isa Sajjabi se opunha à conversão de seus familiares.
O laudo do Hospital Regional Mbale encontrou, nas autópsias, uma substância conhecida como Malathion que, quando ingerido, metaboliza rapidamente em Tomalaoxon, altamente tóxico.
Até o momento, esse foi um dos últimos ataques na crescente perseguição no país. Extremistas islâmicos no leste do Uganda. Em 08 de dezembro um policial cristão caiu em uma armadilha mortal por ter deixado o Islã. Ismail Kuloba, da área de Komodo de Kadama Sub-County, no estado de Kibuku, atendeu a um chamado urgente para intervir em uma suposta disputa de terras. Kuloba, tinha 43 anos. Quando ele chegou ao local, cerca de 20 muçulmanos o esperavam. Fontes relatam que o mulçumano conhecido como Mudangha Kasimu, lançou uma pedra na testa de Kuloba. Em seguida, Kasimu atirou duas vezes em sua cabeça matando Kuloba, enquanto os outros muçulmanos gritavam “Allah Akbar [Allah é maior]”.
Cerca de 12 milhas ao leste de Kabuna, perto Budaka, no distrito de Kaderuna, um grupo de homens muçulmanos sequestrou três filhos de Madengho Badir, um cristão convertido do islamismo. Badir, 42, chegou em sua casa em Kabuna e não encontrou seus filhos Nabukwasi Shakira, 5 anos, Gessa Amuza, 7 anos, e Wagti Musitafa, de 10 anos. Um garoto de 14 anos, Karami Hassan, viu quando os três filhos de Badir foram levados pelos sequestradores. Ele contou que os muçulmanos de Palissa chegaram perguntando onde morava Badir e onde estavam seus filhos.
Numa área próxima a Palissa, Patrick Ojangole, um cristão, pai de cinco filhos biológicos e de outros 10 adotados após suas famílias terem sido expulsas por terem deixado o Islã, foi morto em 02 de dezembro. “Um dos três homens que atacaram Ojangole o repreendeu por não dar ouvidos a um aviso para cessar as atividades cristãs”, afirma uma testemunha que estava com Ojangole e escapou. Ojangole tinha 43 anos.
Em 12 de novembro, o pai de uma jovem muçulmana no leste da Uganda, tentou espancá-la até a morte depois que ela se tornou cristã, mas líderes da comunidade interviram e limitou-o a renegá-la. Kibida Muyemba descobriu que sua filha de 21 anos, Namusisi Birye, se convertera a Cristo numa campanha evangelística realizada naquele dia na vila Nandere, distrito de Kibuku. Birye e um homem, vestido tradicionalmente como um imã, confessaram abertamente receber a Cristo. Os muçulmanos ficaram muito irritados.
Em 19 de outubro, muçulmanos da aldeia de Kalampete, também distrito de Kibuku, matou uma mulher pelo mesmo motivo que haviam assassinado seu cunhado um mês antes: ter se convertido ao cristianismo. Mamwikomba Mwanika, mãe de três filhos adultos e outros cinco com idades entre 17 e 9 anos, morreu a caminho de um hospital depois que muçulmanos desconhecidos arrastaram-na de sua casa, por volta das 21h, e a agrediram até a morte. O ataque foi presenciado por várias testemunhas.
O irmão de seu marido, Samson Nfunyeku, foi morto na aldeia no dia 23 de setembro, após um debate religioso que tivera com estudiosos islâmicos.
Na aldeia Nsinze, distrito de Namutumba, um muçulmano espancou sua mulher e seu filho de 18 anos, deixando-os para morrer, depois de saber que haviam se convertido ao cristianismo. Issa Kasoono espancou e estrangulou sua esposa, Jafalan Kadondi, mas ela sobreviveu. Uma fonte, que pediu anonimato, disse que outros parentes de Kasoono se juntaram a ele para bater em seus dois filhos, Ibrahim Kasoono, 18, e Ismael Feruza, 16. Feruza conseguiu escapar.
A esposa de um ex-xeique foi envenenada e morta em 17 de junho depois que ela e seu marido aceitaram a fé em Cristo, na vila Nabuli, distrito de Kibuku. Namumbeiza Swabura era a mãe de 11 filhos, incluindo um bebê de 5 meses de idade. Em Kiryolo, distrito de Budaka, cinco muçulmanos estupraram a filha de um pastor após ele ignorar as ameaças para que parece com os cultos. A jovem tem 17 anos.
Cerca de 85% da população da Uganda é cristã. Porém, algumas regiões do país é composta de grande maioria muçulmana. Essas regiões são as mais violentas. A constituição do país e outras leis asseguram a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e se converter de uma fé para outra.
Fonte:A Voz dos Mátires
Nenhum comentário:
Postar um comentário