O pastor Silas Malafaia usou seu perfil no Twitter para fazer críticas
severas ao cenário político atual, por conta de mais um escândalo de mau uso do
dinheiro público, desta vez na Petrobrás, com envolvimento direto da presidente
Dilma Rousseff.
A polêmica, que ocupa o noticiário nacional, se dá porque à época em que
Dilma era ministra das Minas e Energia do governo Lula e presidente do Conselho
da Petrobrás, a estatal realizou a compra de uma petrolífera nos Estados Unidos
por um valor muito acima do preço de mercado.
Malafaia fez um paralelo do cenário atual com casos envolvendo ações
governamentais dos últimos 20 anos, e teceu críticas à linha de pensamento dos
governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
“Governo brasileiro se omite na questão da matança de inocentes pelo
governo da Venezuela. Esqueci que ambos possuem mesmo viés ideológico. Nenhum
país do primeiro mundo, o governo mantém controle acionário de empresas de
petróleo, telecomunicação, aeroportos, mineração, etc. No Brasil controle de
empresas pelo Estado só serve para roubalheira e moeda de favor político para
se manter no poder. Não é só o PT, todos. Inclui PSDB, PMDB, etc… Os garotos
novos não sabem como era a telefonia antes da privatização. Gente que vivia de
aluguel de telefone, era caríssimo e restrito, fora a roubalheira nas estatais
de telefonia. Se não tivesse a privatização, você ficaria horas no posto da
telefônica aguardando sua vez”, escreveu o pastor, fazendo referência ao
processo de modernização das telecomunicações no Brasil após as privatizações
feitas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) durante o final da década
de 1990.
O reino de Deus
é pra ser estabelecido na terra e ñ no céu,ACORDA POVO DE DEUS!!!!! Vamos
influenciar em todos os setores da sociedade.
— Silas Malafaia
(@PastorMalafaia) 23 março 2014
O
pastor Silas Malafaia usou sua já conhecida ironia para argumentar contra a
política estatizante usada pelo governo petista para manter o controle de
empresas que poderiam ser geridas pela iniciativa privada, o que a princípio,
reduziria a corrupção no país: “O Brasil é mais esperto para manter estatais do
que EUA, Canadá, Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Suécia, Holanda, Japão,
etc. Até a Rússia que era comunista, privatizou empresas. Cansados do modelo de
estatais de governos comunistas que sempre foram os mais corruptos. O PT sempre
combateu as privatizações, mas quando passaram a governar viram que estava
certo, tanto é que estão privatizando aeroportos. Parabéns. Avisa a alguns que
pensam que sabem: governos de países do primeiro mundo não mantém controle
acionário, possuem ações de empresas estratégicas. Os petistas com vergonha
mudaram o nome de privatização para concessão, que lindo! Me engana que eu
gosto”, criticou.
Mediante as reações de quem lia suas publicações no Twitter, o pastor
contra-atacou: “Não gostar de pastor é um direito, negar a verdade por causa
disso é puro preconceito de ignorantes. Um outro ‘grande negocio feito por
Dilma’, a compra de uma refinaria no Japão por 71milhões de dólares… Já
investiram mais 200 milhões e [a empresa] vale 160. É incrível o preconceito e
a mediocridade de alguns cristãos. Sou pastor e não deixei de ser cidadão. Leia
Rm 13.7. Querem nos alijar… Dizem ser democratas, e o pior, alguns que dizem
ser cristãos caem no jogo de ímpios que não suportam nossas convicções.Vou
continuar a falar. Como pastor falo de qualquer assunto. A Bíblia é o único
livro que você encontra os 4 pilares do conhecimento, teológico, filosófico,
científico e o empírico. A Bíblia é uma pequena enciclopédia, encontramos todo tipo
de assunto,inclusive o político. Deus, na Bíblia trata o homem como um ser
biológico, sociológico, psicológico e espiritual. Alguns cristãos pensam que
são exclusivamente espírito”, disparou Malafaia.
As críticas do pastor ao PT na esfera federal são constantes e bastante
contundentes. Nas eleições de 2010, Malafaia apoiou o então governador José
Serra (PSDB) na disputa contra Dilma Rousseff. Porém, no Rio de Janeiro, é
aliado do senador Lindbergh Farias (PT), pré-candidato ao governo do estado.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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