Em depoimento, Mona Roshdy, de 55 anos, disse ao jornal “USA Today”, que está com muito medo e teme pela vida da família. E ela tem motivos para se assustar, pois desde quarta-feira, quando a polícia destruiu dois acampamentos da Irmandade no Cairo, deixando mais de 630 pessoas mortas, ao menos 17 igrejas foram atacadas por ativistas islamistas. Em Suez, autoridades entregaram 84 pessoas a promotores militares sob acusação de assassinatos e ataques contra a comunidade cristã copta, cerca de 10% da população do Egito – o equivalente a 8 milhões de pessoas.
Ao menos 17 igrejas foram atacadas por ativistas islamistas e organizações alertam para o risco de represálias
Diante dos ataques, nesta quinta-feira um assessor especial do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou para o risco de represálias contra os cristãos. Juntamente com a assessora para a Responsabilidade de Proteção, Jennifer Welsh, Adama Dieng expressou sua preocupação diante da escalada da violência no país. Os dois disseram acompanhar com preocupação o número de igrejas e instituições cristãs atacadas depois dos incidentes no Cairo.
Como se pressentisse problemas, apenas dois dias antes do massacre de quarta-feira, o Papa copta Tawadros II apelou a todos os egípcios para evitar derramamento de sangue por meio da sua conta oficial no Twitter.
Youssef Sidhom, editor-chefe da revista cristã semanal “Watani”, disse que os ataques recentes são dolorosos e cruéis e podem dividir ainda mais as duas religiões.
No Cairo, o grupo de direitos humanos Youth Union Maspero acusou a Irmandade de “travar uma guerra de retaliação”. O que não é negado por parte da Irmandade Muçulmana.
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Fonte: O Globo
Via Verdade Gospel
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