por Leiliane Roberta Lopes
Uma nova denúncia do Ministério Público Estadual do Espírito Santo (MPES) acusa líderes da Igreja Maranata de terem criado uma verdadeira organização criminosa.
Através da quebra de sigilo bancário, quebra de sigilo fiscal e interceptação telefônica, foi identificado que 19 pessoas ligadas à denominação, incluindo o fundador, estabeleceram um esquema de desvio de dinheiro, onde até carros de luxo foram comprados.
Entre os nomes que aparecem na denúncia estão: Gedelti Gueiros, Antônio Angelo Pereira, Arlínio Rocha, Mario Luiz de Moraes, Wallace Rozetti, Amadeu Lopes, Antônio Carlos Peixoto, Antônio Carlos Rodrigues de Oliveira, Jarbas Duarte Filho e Leonardo Alvarenga, segundo publicou o jornal Gazeta Online.
Pelo que foi apurado nas investigações, mais de R$20 milhões foram desviados através de notas ficais simuladas e outros trâmites fraudulentos. O MPES anota que “os acusados se valiam ora da constituição fraudulenta de empresas, ora da utilização de outras já constituídas, contratando serviços por valores acima dos padrões de mercado, além de confabular a escrituração de notas fiscais superfaturadas de empresários que também eram ou são membros da igreja”.
Alguns empresários que prestavam serviços para a igreja facilitavam o uso de notas fiscais inidôneas, o MP afirma que uma dessas empresas chegou a deixar o talão de notas com funcionários do almoxarifado da Maranata.
Outra denúncia nova seria a compra de carros de luxo, os automóveis estão em nome da denominação e estavam sendo usados pelos membros da diretoria. Uma das testemunhas teria recebido um Renault Symbol.
Defesa diz que Gedelti é apenas líder espiritual
A defesa de Gedelti Gueiros falou com o jornal Gazeta Online e disse que não conhecia ainda o teor das novas denúncias. “O Ministério Público entrou numa linha de responsabilizar Gedelti por ele ser líder espiritual da igreja e com base nos depoimentos de algumas pessoas. Isso é muito frágil. Ele não fez nada de ilícito. Não existe a responsabilidade por ser liderança espiritual no processo penal brasileiro”, disse o advogado Gustavo Varela Cabral.
Através de seu representante legal, o fundador da Igreja Maranata disse que acredita que as investigações apontarão para a pessoa responsável pelos desvios de verbas da igreja. Cabral disse também que a própria denominação já denunciou três pessoas que estariam envolvidas no caso.
Fonte:gospelprime
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