Por Renato Vargens
A minha caminhada cristã, tenho visto um número significativo de esposas de pastores, marcadas negativamente pela igreja. Na verdade, basta olharmos para os nossos arraiais evangélicos que perceberemos uma quantidade de mulheres de Deus, feridas e adoecidas emocionalmente em virtude da pressão do ministério pastoral do marido. Para piorar o quadro, quando o esposo adultera ou abandona o lar, ou até mesmo falece, a família do pastor é severamente punida.
Conheço inúmeros casos de mulheres que ao enviuvarem foram despejadas de suas comunidades locais, lançadas a escanteio, entregues ao “deus-dará”. Ora, se não bastassem à dor do luto, ou o abandono do marido, as esposas de pastores sofrem a humilhação de serem consideradas “personas non gratas” na igreja que faz parte. Sei de um caso onde após a morte do pastor, a esposa e os filhos receberam a “sugestão” de procurarem outra igreja para servir a Deus, visto que sua permanência na Comunidade poderia gerar constrangimentos com a esposa do novo pastor.
Por acaso você já se deu conta de que temos a enorme facilidade de “coisificar” à vida jogando na lata do lixo aqueles que não nos servem mais? Caro leitor, o mais tenebroso de tudo isso é que a indiferença, o desrespeito, ou até mesmo a brutalidade destinados a família do pastor, se mostram de forma implacável em centenas de igrejas neste país.
A esposa do pastor e seus filhos não são coisas ou objetos descartáveis, antes pelo contrário, são pessoas carentes de atenção, compaixão, abraços, toques e amor.
Pense nisso!
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