quinta-feira, 11 de abril de 2013

Deus e a lógica: comprimindo Deus ou divinizando a razão?


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Por Luciano Sena


Esse assunto ocupa um espaço nos debates Apologéticos, Cristãos e Reformados. Dentro no arraial cristão grupos digladiam-se - 'entre família'-, gastando energias (e outras coisas mais) para expor se um movimento será mais ou não... é... bíblico e/ou lógico? Bem é difícil até mesmo definir o real motivo da divisão.

Alguns destacariam que a lógica é tão importante, que mesmo uma postagem de um leigo não seria inteligível se não existisse lógica – quando as coisas não são bem explicadas, as coisas ficam sem lógica! Tal é a importância da lógica.

Precisamos ter algumas reservas quanto ao poder da lógica/razão; não em ser a lógica a conclusão necessária de toda proposição, mas como meio instrumental de receber, ou mesmo 'entender', Deus. Quando Deus usou a lógica para nos comunicar coisas (A Bíblia), não significa que tal instrumento, a lógica/razão, pode ser um veículo na nossa busca de Deus.

O Rev. Cleverson, professor de Teologia Sistemática no IBEL disse certa vez:“Deus é suprarracional.” Ele quis dizer que Deus está acima da lógica. Alguns poderiam sobrepor dizendo: “Como ele sabe disso? Não seria usando a lógica?” Simples: Reconhecendo que testaremos algumas doutrinas até certo ponto com a nossa capacidade. Mas ela não é o cânon para finalizar o exame.

Outros poderiam também destacar: “para Deus 1 + 1  é = 2???”  Bem, deve ser, visto que eu dei números e a 'regra matemática'!. Mas se Deus perguntasse algo de seu mundo para mim, ou mesmo algo em relação a como ele trabalha no tempo tendo todas as coisas diante de si desde toda a eternidade, lanço-me em terra e só posso repetir as palavras de Romanos 11.33-36.

Quando leio sofisticados argumentos filosóficos para provar a existência de Deus, fico impressionado com ‘tanta epistemologia’. Mas bem pouco de Evangelho que é o poder de Deus (Rm 1.16) – e segundo a lógica, poder é Poder!

"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu ['religioso?'], e também do grego ['intelectual?']."

Não, por favor, não estou dizendo que são inúteis, só estou dizendo que tais argumentos sem o Evangelho pode convencer mas não converter! Você no máximo produzirá um teísta condenado ao inferno, mas não um pecador perdoado e regenerado para o céu, obra que o Espírito Santo só faz por meio da Palavra de Deus.

Para mim, leigo obviamente, o problema vai mais longe do que dividiu Clark de Van Til, mais fundo do que Sproul de Frame protagonizam. O grande problema é usar nossa limitação e não a revelação, achando que poderíamos chegar a alguma conclusão segura, sem o pleno conhecimento bíblico.

O mesmo pastor que citei, também disse: “O limite da lógica é a Escritura.*”

Meu pensamento é que Apologética é Evangelização. Eu não me identificaria com as linhas apologéticas que existem, embora todas são ótimas. Acredito que deveríamos ter um tipo de apologética adaptada, ao contexto e ao indivíduo que estamos evangelizando.

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*Veja parte de um estudo do Reverendo Cleverson Gilvan AQUI

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