domingo, 24 de abril de 2016

A cruz e o pecado – uma resposta a André Valadão

Pare, leia e pense!

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Recentemente o pastor e cantor gospel André Valadão postou uma foto nas redes sociaisafirmando o seguinte: “a cruz não é a revelação do nosso pecado, é a revelação do nosso valor”. Confesso que ao ver tal imagem circulando na rede me assustei, tamanho o absurdo da afirmação. 

Qualquer cristão que tenha estudado um pouco a sua Bíblia sabe que a cruz de Cristo é justamente a exposição máxima do nosso pecado. A Bíblia sistemática e categoricamente afirma que a humanidade foi inteiramente afetada pelo pecado, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23), que “não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10), que somos como um vale de ossos secos, mortos espiritualmente (Ez 37.1-14), que somos como a pior das esposas, que após ter sido resgatada da morte pelo marido, cuidada e criada como uma princesa, vai e se entrega a todos os outros homens, sendo pior do que as meretrizes porque a elas “se dá a paga, mas tu dás presente a todos os teus amantes; e o fazes para que venham a ti de todas as partes adulterar contigo” (Ez 16.33). A Bíblia não “pega leve” quando fala do nosso pecado e nem deveria. Nas palavras de Paul Washer, “o pecado é uma ofensa infinita contra um Deus infinitamente santo” e na Queda houve uma completa separação entre o homem e Deus. 

Então, como assim, “a cruz revela o nosso valor”? Isaías diz que “todas as nações são perante ele [no caso, Deus] como cousa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo” (Is 40.17). E o profeta continua, agora exaltando a majestade de Deus: “com quem comparareis a Deus? Ou que cousa semelhante confrontareis com ele?” (Is. 40.18). Um pouco acima, Isaías diz: “Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai dum balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta. Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto” (Is 40.15-16). De novo eu pergunto, qual é mesmo o nosso valor?

Ainda, grandes homens na Bíblia reconheceram continuamente a sua insignificância. Paulo disse “desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). Ao reconhecer sua completa ausência de valor, ele humildemente dá graças a Cristo pela cruz: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado” (Rm 7.25). 

Em outra ocasião, Paulo, para muitos o maior pregador da história da igreja, afirma ser o principal dos pecadores: “...que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Tm 1.15). Ele ainda se considerava o menor dos apóstolos: “Porque sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado de apóstolo, pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15.9). E, por fim, o apóstolo ainda disse: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6.14). Diante de tudo o que Paulo afirma, cabe novamente a pergunta, qual é mesmo o nosso valor?

Davi, o maior rei de Israel, talvez na maior crise de sua vida, humildemente disse: “...pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim... eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe... não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com Espírito voluntário” (Sl 51. 3, 5, 11-12). 

Daniel, um dos servos mais fiéis relatados na Bíblia, por diversas vezes reconheceu a sua insignificância e exaltou a majestade de Deus. Vejamos duas ocasiões em especial.

Quando ele interpretou o sonho de Nabucodonosor, disse: “mas há um Deus no céu, o qual revela mistérios... E a mim me foi revelado este mistério, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes...” (Dn 2. 28, 30). A reação do rei diante da declaração de Daniel foi a seguinte: “certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério” (Dn 2.47).

Na época do rei Dario, Daniel foi salvo por Deus da cova dos leões e ao explicar o ocorrido ao rei, ele disse o seguinte: “o meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano...” (Dn 6.22). E qual foi a reação do rei? Esta: “Faço um decreto pelo qual, em todo o domínio do meu reino, os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre...” (Dn 6.26). 

Vemos, portanto, que por duas vezes Daniel foi usado grandemente por Deus, mas se manteve humilde, atribuiu toda a glória ao Pai e por conta disso, dois reis ímpios glorificaram ao Senhor. Diante de mais esses exemplos, eu insisto na pergunta: qual é mesmo o nosso valor?

Ora, a missão de Cristo foi justamente assumir o nosso papel na aliança com Deus e se sacrificar por nós, os que cremos nele, como o cordeiro santo e sem mácula justamente porque não há valor algum em nós - toda honra e toda glória sejam dadas a Deus!

A cruz é, portanto, o sinal máximo do quanto a humanidade é pecaminosa. O cordeiro santo, o primogênito de Deus, o Verbo encarnado precisou se oferecer como sacrifício para expiar os pecados do mundo. Na cruz ele recebeu a punição pelos nossos pecados, tendo que provar do cálice da ira de Deus. E por que Deus fez isso? Por que Ele nos salvou em Cristo? Ele o fez para o louvor de sua glória, para que o Seu nome seja glorificado, para demonstrar a sua graça; não por conta do “nosso valor”. 

Não há embasamento bíblico para esse “evangelho autoajuda”, que exalta o homem como se ele tivesse alguma importância. O louvor ao homem é feito pelo Humanismo e não pelo Cristianismo. A fé cristã trata do louvor e da glória exclusivos de Deus. 

Soli Deo Gloria

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Sobre o autor: Pedro Franco, 23 anos, é estudante de farmácia pela UFRJ e diácono na Igreja Presbiteriana Adonai (RJ).
Divulgação: Bereianos

sábado, 23 de abril de 2016

Evangélicos:Já não cresce tanto

Declínio nas estatísticas de avanço numérico do segmento evangélico sinaliza crise da Igreja.



Há coisa de cinco anos, evangélicos de todo o Brasil entraram em festa. Pela primeira vez, desde que o país foi achado pelos portugueses, a fé católica perderia sua hegemonia. Esta, pelo menos, era a previsão de pastores, líderes e pesquisadores diante dos números promissores sobre o avanço da Igreja Evangélica no país. “O Brasil é do Senhor”, frase bradada dos púlpitos e nos programas evangélicos na TV, sintetizava a virada de mesa que aconteceria em breve. Quem cresse e vivesse, veria – e a base para tanto ufanismo eram as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, que a cada década realiza o Censo da população nacional. No levantamento do ano 2010, chegou-se à cifra de 42,3 milhões de crentes, ou 22,2% do povo brasileiro. O processo fora mais avassalador ainda nas comparações anteriores, que mostravam um avanço de seis vezes do segmento em duas décadas. Em seu estudo A dinâmica das filiações religiosas no Brasil entre 2000 e 2010, o pesquisador José Eustáquio Diniz, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, chegou a dizer que o Brasil poderia ser um país de maioria evangélica já por volta de 2030: “Apenas pelo efeito da inércia demográfica, haverá crescimento da população evangélica.”
Na mesma onda foram muitos pastores e institutos de pesquisa evangélicos. O Departamento de Pesquisas do ministério Servindo Pastores e Líderes (Sepal) divulgou uma estimativa, em 2011, segundo a qual os evangélicos representariam mais da metade da população brasileira já em 2020. “Eles serão aproximadamente 109,3 milhões, para uma população de 209,3 milhões,” previu o teólogo e pesquisador Luis André Bruneto. O entusiasmo era corroborado por grandes manifestações, como a Marcha para Jesus (que, em 2009, levou às ruas de São Paulo quase 2 milhões de pessoas), pela maciça presença midiática dos pastores e pela crescente influência evangélica em setores como a política partidária, entre outros. “O Instituto Superior de Estudos da Religião fez, na década de 90, uma extensa pesquisa sobre a abertura de templos. Eram cinco por semana, só no Rio de Janeiro”, observa o pastor presbiteriano André Mello, na época integrante da equipe do Iser.
Acontece que, se a matemática é uma ciência exata, a dinâmica demográfica, muitas vezes, caminha na direção oposta, e aí não há fé capaz de fechar a equação. Os números relativos à religiosidade do povo brasileiro do Censo 2010 só foram fechados e divulgados mais de dois anos depois, e o festejado crescimento dos evangélicos, que se acelerou de maneira sem paralelo no mundo contemporâneo entre os anos 1980 e 2000, caiu bastante. Os números ainda são ascendentes, mas tendem à estabilização – e até ao encolhimento, como especulam alguns pesquisadores –, o que contraria frontalmente as previsões mais ufanistas. “Entre 1991 e 2000, o aumento médio foi de 120%”, lembra o bispo emérito da Igreja Metodista Paulo Ayres Mattos. Dali em diante, o avanço caiu pela metade. “Isso não pode ser ignorado de forma alguma para quem trabalha com rigor e seriedade as mutações no campo religioso brasileiro”.  Doutor em Teologia e professor da Universidade Metodista de São Paulo, Ayres é estudioso do movimento pentecostal brasileiro e avalia que o fato mais importante dos dados religiosos do último Censo é a diminuição comparativa do crescimento evangélico.
DESCONCENTRAÇÃO
Há diversas razões para essa perda do ímpeto de crescimento, que pôde ser sentida no dia 4 de junho, quando apenas cerca de 200 mil pessoas, na avaliação da Polícia Militar, prestigiaram a mesma Marcha para Jesus nas ruas da capital paulista. “As pesquisas atuais falam em fechamento de templos  e dissolução de associações evangélicas por divergências ou luta por poder”, acrescenta André Mello. Tal fragmentação das igrejas, e seu consequente enfraquecimento, é apenas um dos motivos do quadro atual. Ela se verifica tanto na igrejinha da esquina, da qual o pastor assistente saiu para abrir seu próprio empreendimento religioso, até grandes grupos, como a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Nadando de braçada na explosão evangélica dos anos oitenta e noventa (ver quadro), a denominação de Edir Macedo começou a sofrer a concorrência – é, o termo usado pelos estudiosos é este mesmo, que remete à ideia de disputa por mercado – de grupos saídos de suas entranhas, como a Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada e liderada por Valdemiro Santiago, ex-pastor da Universal e atual desafeto do antigo chefe. O estrago é um dos motivos do encolhimento da Iurd, de 2,1 milhões de fiéis, há quinze anos, para os cerca de 1,8 milhão encontrados em 2010. De maneira análoga, diversas denominações têm sofrido fraturas e cizânias que, no médio prazo, acabam dificultando as coisas tanto para a igreja que fica como para aquela que se forma.
“As pessoas, hoje, têm mais liberdade para escolher e combinar diversas opções em seu próprio cardápio religioso, como num balcão de comida a quilo”, continua Paulo Ayres. Para ele, o quadro sinaliza as transformações sociais que melhoraram a situação econômica de boa parte da população nos últimos anos, como as classes C e D. “Isso possibilitou às pessoas resolverem seus problemas mediante meios mais racionais, sem buscar o recurso de soluções milagrosas”. Além disso, o bispo metodista aponta outros fatores, como o aparecimento mais visível dos evangélicos sem igreja e o aumento percentual de pessoas sem religião, ateus e agnósticos no cenário nacional. De fato, o IBGE encontrou 9.218.000 brasileiros que se enquadram na difusa categoria “evangélica não determinada”, que inclui os chamados desigrejados – gente que, apesar da origem evangélica, em determinado momento da vida assumiram uma fé “não institucional”, para usar o termo moderninho. “Tudo isso confirma um dado já identificado anteriormente, trabalhado com bastante competência por sociólogos da religião como Paul Freston”, cita.
Autor de um artigo polêmico, publicado na revista Ultimato em 2011 e no qual questionava as previsões entusiasmadas que anunciavam a quebra da antiga hegemonia religiosa do catolicismo, Freston cunha uma expressão para se referir ao esvaziamento da ideia de pertencimento religioso, antes tão cara aos evangélicos que era comum se ver, nos bancos das igrejas, sucessivas gerações de crentes. “Vários fatores podem estar por trás dessa ‘desdenominacionalização’. São aspectos negativos – como o individualismo e a falta de compromisso – e outros positivos, como a melhora econômica e a consequente diminuição da necessidade de uma relação clientelista numa igreja com liderança forte”. Inglês naturalizado brasileiro e colaborador nos programas de pós-graduação da Universidade Federal de São Carlos, Freston, que atualmente leciona no Canadá, chama a atenção para os subgrupos do universo evangélico brasileiro, lembrando que o fenômeno os atinge em diferentes graus. “As análises se complicam com as mudanças internas do segmento. Segundo o Censo, 60% dos evangélicos são pentecostais; 18% são de missão (ou seja, integrantes de igrejas históricas ou tradicionais); e 22% estão entre os ‘evangélicos não determinados’.”
Ele considera que o espantoso o aumento desta última categoria atrapalha as comparações com os Censos anteriores. Quem seriam eles? “Será que são neopentecostais decepcionados com as suas igrejas, mas que ainda se consideram evangélicos? Ou pentecostais clássicos, de terceira ou quarta geração, em processo de ‘despentecostalização’? Ou crentes de igrejas históricas que perderam a sua identidade denominacional? Ou uma soma de tudo isso e muito mais? De qualquer forma, diminui a porcentagem do mundo evangélico que se diz pentecostal ou que declara adesão a uma denominação categorizada como tal”, descreve o professor. Por outro lado, o Censo anuncia mudanças demográficas no Brasil que não favorecem o movimento, como o acelerado envelhecimento da população e a redução da taxa de fecundidade. Numa coisa, porém, Freston é categórico: “Os dados desmentem claramente as previsões absurdas que circularam de que haveria uma maioria evangélica até 2020. Estas previsões fazem um grande desserviço à comunidade evangélica.”
O avanço da Igreja Evangélica brasileira, alavancado pela explosão pentecostal e neopentecostal de vinte anos atrás, estará perto de bater no teto? “No momento, parecem precoces e arriscadas quaisquer conjecturas desse tipo”, comenta Ricardo Mariano, doutor em Sociologia e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Em seu trabalho Mudanças no campo religioso brasileiro no Censo 2010, ele menciona que os sem religião, demograficamente insignificantes até 1970, já chegam a 15,3 milhões de brasileiros. “Eles quintuplicaram de tamanho entre 1980 e 2010, formando o terceiro maior ‘grupo religioso’ do país”, diz no estudo. Ao mesmo tempo, a expansão dos pentecostais na última década pesquisada, de 44%, não chega nem à metade das médias de crescimento obtidas nos dois decênios anteriores, como em 1991 (aumento de 111%) e em 2000, da ordem de 115,4%. O que parece certo, ainda conforme Mariano, é a perda de musculatura de grandes igrejas. “Em 2000, cinco denominações concentravam 85% dos pentecostais. Uma década depois, essa cifra declinou para 75,4%. Tal desconcentração denominacional é decorrente tanto da queda numérica de igrejas como Congregação Cristã no Brasil e Universal quanto do aumento da diversificação institucional do pentecostalismo.”
“QUANTO MAIS CRESCE, MENOS CRESCE”
No caso da Assembleia de Deus, a desaceleração é evidente. Embora fragmentada em diversas convenções e usada até como nome de fantasia para empreendimentos religiosos individuais, as Assembleias de Deus constituem a maior confissão religiosa do país depois do catolicismo – nada menos que 12,3 milhões de brasileiros disseram aos pesquisadores do IBGE que pertencem a uma igreja com essa placa na entrada. “Elas cresceram 245% na década de 1990 a 2000, mas avançaram ‘apenas’ 46% depois disso”, frisa Gedeon Freire de Alencar, membro da Rede Latinoamericana de Estudos do Pentecostalismo (Relep). Em sua tese de doutorado em Ciências da Religião, ele usou como objeto de estudo a denominação fundada há pouco mais de cem anos por missionários suecos. “Uma constatação óbvia se apresenta aos estudiosos: a de que, quanto mais cresce, menos cresce”, prossegue Alencar (ver artigo na continuação desta reportagem).
Luis Bruneto, diretor de Pesquisas do Projeto Brasil 21 da Sepal, admite que a previsão de alguns anos, feita ainda com base nos dados do período entre 1991 e 2000, continha erros e precisa de uma releitura. “O crescimento anual dos evangélicos mostrou-se aquém do previsto. O aumento perdeu força”. Segundo ele, o avanço do secularismo na sociedade brasileira, o utilitarismo do discurso evangélico, os escândalos envolvendo pastores e líderes e a falta de higidez teológica e doutrinária ajudam a explicar o atual momento histórico. “Durante anos, a liderança evangélica nacional tem afirmado, categoricamente, que o país experimenta um avivamento espiritual, dados os números tão expressivos. Mas, será mesmo?”, indaga. Bruneto invoca a falta de influência bíblica e profética da Igreja em diversas áreas da vida brasileira, como a política, a segurança pública, o desenvolvimento social e a ética, para exemplificar o paradoxo.
De menos de um por cento da população no início do século passado (ver quadro), o grupo religioso que mais cresceu na história do Brasil está representado em todas as mais de 5,6 mil cidades do país e ainda apresenta índices de expansão bem maiores do que os da população em geral. Mas as oscilações em seu crescimento precisam, ao menos, ser interpretadas como sinal de alerta. “Resta saber o que isso tem representado, na prática, em termos de transformação pessoal e coletiva”, insiste Bruneto. Para Paul Freston, em um futuro próximo, esse enfoque será cada vez mais necessário. “Se não recuperarmos a capacidade de interagir com o texto bíblico, de deixá-lo falar a nós e, a partir disso, tirar as implicações individuais, eclesiásticas e nacionais necessárias, nos mostraremos irrelevantes”, alerta. “A Igreja Evangélica brasileira de 2030 ou 2040 precisará de líderes mais diversos nos seus dons, profundos no seu conhecimento e sabedoria e transparentes nas suas vidas”. Quanto aos fiéis, a recomendação é simples, mas não necessariamente fácil de cumprir: “Precisamos redescobrir o verdadeiro sentido de ser evangélico, que é a vontade de sermos profundamente bíblicos em toda a nossa existência.”
“IMAGEM DESOLADORA”
Pesquisa realizada em junho pelo instituto Gallup mostrou que a maior nação evangélica do mundo já não é mais a mesma. Hoje, os americanos têm menos confiança na religião organizada do que nunca antes, e isso é sinal inquietante de que a Igreja pode deixar de ser um pilar da liderança moral na cultura dos Estados Unidos. Nos anos 1980, a Igreja e a religião organizada compunham a instituição que gozava de maior confiança na América. Agora, no geral, são os militares, as empresas de pequeno porte e a polícia que atraem mais credibilidade do cidadão americano. A Igreja desceu para a quarta posição. “Quase todas as organizações estão em baixa nesse quesito, mas a imagem formada da religião é particularmente desoladora”, avalia a autora do relatório do Gallup, Lydia Saad.
O dado de maior influência no resultado, segundo a pesquisadora, é a crescente quantidade de americanos que se desligam do que se chama de organização religiosa. Outra pesquisa, esta do Instituto Pew, especializado em levantamentos de natureza religiosa, apontou que 23% dos americanos não se identificam com nenhuma religião. Há, também, um declínio crescente de credibilidade nas igrejas Católica e Protestante. O descrédito em ambas cresceu, em pouco mais de trinta anos, na ordem de 50%. Escândalos sexuais e financeiros envolvendo pastores famosos, assim como a denúncia de casos de pedofilia entre o clero católico, colaboraram para essa rejeição.  
O PERIGO DA IRRELEVÂNCIA: ENTREVISTA COM PAUL FRESTON
Doutor em Sociologia e professor catedrático de Religião e Política na Balsillie School of International Affairs e na Wilfrid Laurier University, no Canadá, Paul Freston é um dos mais respeitados estudiosos do movimento evangélico brasileiro. Ele conversou com CRISTIANISMO HOJE.
CRISTIANISMO HOJE - O senhor já provocou polêmica ao contrariar previsões mais otimistas de que o Brasil teria maioria evangélica em sua população. Hoje, ainda pensa assim?
PAUL FRESTON – Não mudei de previsão. Continuo achando que, dentro de duas a três décadas, o crescimento do segmento evangélico irá, basicamente, parar.
Uma de suas preocupações é em relação ao que chama de irrelevância da Igreja devido à ausência de implicações individuais, eclesiásticas e nacionais do texto bíblico. Já chegamos a este ponto?
Não, mas estamos a caminho. Se não houver essa capacidade até o momento do fim do crescimento, aí sim, seremos irrelevantes. O crescimento numérico que ainda se observa nos dá uma relevância, por assim dizer, inercial. Mas depois, precisaremos mostrar mostrá-la de outras formas.
Qual o perfil eclesiástico que terá, então, maior sucesso?
Acredito que as igrejas que tiverem maior solidez teológica e oferecerem ensino mais aprofundado da Palavra de Deus, além de visões atraentes de discipulado, terão mais espaço. Igrejas que não estiverem preocupadas apenas com sucesso numérico, mas que adotarem perfis mais variados dentro da sua liderança, tanto clerical como leiga. Quanto a quais denominações se adequarão a esse perfil, isso vai depender da situação de cada igreja até lá.
MAIORIA FEMININA E MAIS IDOSA
A frequência a cultos religiosos no Brasil é maior para mulheres (57%) do que para homens (43%). Em relação à faixa etária, 58% dos frequentadores habituais têm mais de 50 anos
(Fonte: Novo Panorama das Religiões, estudo da Fundação Getúlio Vargas)
O avassalador crescimento dos evangélicos verificado a partir de 1980 é demonstrado na comparação com a série histórica. Desde o primeiro estudo que os contabilizou, um ano após a instauração da República, os números da população evangélica brasileira são estes:
1890 – 143.000
1940 – 1.075.000
1950 – 1.740.000
1960 – 2.825.000
1970 – 4.800.000
1980 – 7.900.000
1991 – 13.200.000
2000 – 26.200.000
2010 – 42.275.000
Fonte: IBGE
Fonte:CH

Mais `Leis de proteção aos pastores´ diante do casamento gay são aprovadas nos EUA

Projeto de lei é similar à leis já em vigor no Texas e na Flórida

Fonte: Guia-me / com informações do Christian Today | 20/04/2016 - 17:00
Mais `Leis de proteção aos pastores´ diante do casamento gay são aprovadas nos EUA
A Câmara dos Deputados de Louisiana (EUA) aprovou uma "lei de proteção aos pastores" que visa garantir aos ministros e organizações religiosas a isenção da obrigação de apoiar / celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo, caso considerem que isso seja contrário às suas crenças.
O projeto de lei é similar àqueles já em vigor no Texas e na Flórida, mas não deve ser tão abrangente como as leis aprovadas na Carolina do Norte e no Mississippi, que permitem que as empresas também por se neguem a prestar serviços a casais homossexuais por motivos religiosos.
Esses estados têm enfrentado uma reação de corporações enfurecidas com seus parlamentares, enquanto artistas proeminentes se recusarm a realizar shows nessas regiões, como forma de protesto em favor do movimento LGBT. Outros estados, incluindo a Geórgia e Indiana, retiraram ou alteraram a legislação semelhante por causa dos potenciais efeitos econômicos que esta poderia surtir.
A lei de Louisiana foi aprovada pela maioria republicana da Câmara dos Deputados. No entanto, o governador do estado, democrata, John Edwards Bel, já adiantou que não vai vetar o projeto de lei.
"Eu não vejo nada na lei de proteção aos pastores que me cause preocupação", disse ele. "Eu não acredito que nós temos pastores que hoje estejam sob a ameaça de qualquer coisa adversa acontecendo com eles se eles não celebrarem um casamento gay".
O defensor do projeto, o deputado Mike Johnson, procurou acalmar os temores expressos pelo lobby do turismo de Lousiana que o Estado teria de enfrentar uma reação nos negócios. Depois de se reunir com funcionários de turismo em Nova Orleans, ele buscou deixar claro que a proteção só se aplica ao clero, igrejas e certas organizações religiosas.
Edwards já tinha assinado uma ordem executiva para fornecer proteções de emprego a funcionários públicos e empregados de empreiteiras estatais com base na orientação sexual e identidade de gênero.
Fonte:CPADNews

EXÉRCITOS DE VÁRIOS PAÍSES SE UNEM PARA LUTAR CONTRA O BOKO HARAM


Relatórios da Portas Abertas indicam que houve certo progresso na luta do governo contra o grupo extremista Boko Haram, ao longo dos últimos meses. De acordo com informações da Associated Press, 162 militantes foram mortos por forças especiais vindas de Camarões, para o nordeste da Nigéria. A mídia local também afirmou que outros 26 militantes morreram durante um combate, enquanto tentavam atacar um campo de refugiados para pessoas deslocadas, na cidade de Dikwa, no estado de Borno.


Além disso, o New York Times também informou que o governo dos EUA está planejando enviar forças especiais para prestar assessoria técnica e apoio ao exército nigeriano na linha de frente contra o Boko Haram. "Isso indica uma intensificação da luta contra esse grupo que tem atacado os cristãos com muita violência. Parece que os exércitos de outros países estão mais engajados agora. É uma boa notícia para os cristãos que tem sofrido desmedidamente com ataques frequentes", comenta um dos analistas de perseguição.

A Nigéria faz parte dos 50 países que sofrem com a perseguição religiosa, ocupando o 12º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa de 2016. Por outro lado, quanto mais perseguida, mais a igreja cresce. "Eu tenho os meus dias tristes, então eu leio o livro de Jó, que perdeu tudo, mas Deus o restituiu. Ele nunca cedeu e nem perdeu a fé, antes, porém, perseverou até o fim. Eu perdi meu marido, e ele cuidava de mim, agora eu luto até pela saúde, mas eu sei que Deus está no controle, Ele cuida de mim agora e minha fé me faz caminhar", declarou uma viúva cristã nigeriana que sofre com a perseguição religiosa. Interceda por essa nação.

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A melhor forma de governo

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No último capítulo indicamos as principais funções do estado segundo a concepção calvinista. Neste capítulo demonstraremos que tipo de estado o calvinista poderia considerar ideal – o que é ordenado por Deus – para consumar as suas funções. Se o mundo não tivesse caído em pecado não haveria a possibilidade da incerteza quanto à forma ideal de estado. Este seria um estado mundial, um império mundial: o Reino de Deus. A forma de governo seria monárquica, com Adão à cabeça do império. Na nova terra haverá outras vezes um império mundial sob o segundo Adão – como rei. Mas nesta terra de pecado não poderá se estabelecer o estado mundial disposto por Deus. Para minimizar de algum modo a corrupção do homem, na torre de Babel, Deus dividiu os povos da terra em diferentes nações e línguas. Todavia, vários foram os intentos para conseguir um império mundial. O Anticristo com o recurso da força tratará de estabelecer um império; mas, este império será destruído por Cristo. Pode se dizer que Calvino favoreceria a formação de estados não tão extensos e poderosos, para que assim pudesse eliminar o perigo inerente em toda concentração excessiva de poder governamental. 

O calvinismo, consequentemente, não favorece a formação de um estado único, ou de um império mundial, nesta terra de pecado; e muito menos se manifesta a favor de um determinado tipo de governo. Alguns chegam a supor que o calvinismo pretende instaurar novamente a teocracia mosaica. Então, com vasta frequência nos descrevem Calvino como tratando de fazer tal coisa em Genebra. Todavia, a realidade é bem outra: Calvino em repetidas ocasiões afirmou que a teocracia mosaica estava destinada, exclusivamente, para o povo israelita. Muitas de suas leis foram promulgadas à luz de algumas circunstâncias distintas às de nosso tempo. Por seus desígnios providenciais, Deus achou por bem, após a queda, que o império mundial se fragmentasse em muitos estados, assim, também permitiu que fosse fracionada a autoridade governamental. Deus pode exercer o seu senhorio não somente através de um homem (monarquia), como também, através de uns poucos (aristocracia), e inclusive através de muitos, ou de todos (democracia). Deus não somente pode fazê-lo, como que na realidade o faz. A Bíblia afirma que “não há autoridade que não proceda de Deus”, pois os poderes humanos foram ordenados por Deus.[1] Se Deus exerce o seu senhorio através de diferentes tipos de governo, a pergunta que concerne à forma de governo se reveste de um distinto caráter prático, e poderia se formular assim: que forma será mais funcional quanto aos fins de governo? A resposta não será a mesma em todos os casos. Em alguns países certa forma de governo será melhor, enquanto que em outros a mesma resultaria ineficaz. Nos Estados Unidos da América a forma de governo mais apropriada é a democrática. Mas em outras terras, onde o nível cultural e moral não é tão alto, a forma democrática continuamente se veria perturbada por revoluções. Num país como a China é questionável se uma democracia genuína poderia ser realmente eficaz. Igualmente, no curso da história de uma nação poderá ocorrer num período durante o qual o governo democrático resultará eficaz; mas, em outros, ao declinar a moral e desaparecer o espírito cívico dos cidadãos, uma forma ditatorial ou monárquica virá a ser a mais indicada para estabelecer a ordem e evitar o caos.

Teoricamente podemos encontrar argumentos tanto a favor, como contra as formas de governo mais conhecidas. Na monarquia o poder está nas mãos de uma pessoa; isto favorece a unidade e a eficácia da administração. Mas existe o perigo de que a pessoa investida com tão alta autoridade possa fazer um mau uso em benefício próprio, ou de seus favoritos. Na democracia o poder está nas mãos do povo; isto é uma grande salvaguarda contra a opressão, ao mesmo tempo que politicamente favorece a todos e cria um sentido de responsabilidade. Os inconvenientes são de que a ação é lenta, e de que o partidarismo político chegue a converter-se no fator dominante. Na aristocracia as mentes mais esclarecidas são as que, em teoria, hão de governar; mas, também aqui existe o perigo de que os interesses de uns poucos cheguem a predominar e deste modo gerem distinções e conflito de classes.

A melhor garantia de que um governo resultará eficaz, mais que em sua forma (monárquica, aristocrática ou democrática) dependerá do calibre moral e espiritual do povo. Com boa gente qualquer forma de governo irá bem; mas, com pessoas absolutamente depravadas nenhuma forma terá benefício. Talvez seja a forma monárquica a que terá maior êxito onde se requer um governo autoritário; enquanto que a democracia resultará mais idônea onde o nível moral e cultural for mais alto. Uma coisa é certa: a base moral e espiritual de um povo é fator condicionante do êxito de uma forma de governo. E sobre isto o calvinista, com o seu princípio fundamental da soberania de Deus e a responsabilidade humana, insiste uma e outra vez.

Vale a pena fazer notar aqui que nas Institutas, Calvino favorece tanto um tipo de governo aristocrático como uma fusão de aristocracia e democracia para os países europeus. Baseando-se, para isto, no fato de que os reis raramente governam conforme a justiça e a retidão. Além do mais, Calvino argumentava, os reis não estão sempre dotados daquela sabedoria e discernimento que lhes permita descobrir o que é melhor para o povo. Em suas últimas obras, os comentários, publicados entre 1550 a 1560 – e em especial em Deuteronômio e Samuel – Calvino faz afirmações mui vigorosas em favor de um tipo de governo democrático.

O ESTADO NUM MUNDO SEM PECADO E HOJE

Esta é uma pergunta sumamente importante e sobre a qual se suscita diferenças bem delimitadas. A pergunta não pode ser respondida com um simples não ou sim. Tudo depende do que se entende pelo termo cristão. No sentido estrito pode-se dizer que o estado não é uma instituição cristã. O estado é uma instituição da graça comum de Deus, por meio da qual Deus freia a influência do pecado e promove uma ordem moral geral. Esta instituição existe não somente onde há uma comunidade cristã, como também existe, e se faz presente, em tempos e lugares além do cristianismo; entre muçulmanos, budistas, zoroastristas, bem como na antiga Grécia e Roma. Mas ainda assim, a Bíblia nos diz que todos estes governos foram instituídos por Deus. Consequentemente o estado não é uma instituição claramente cristã.

Existe outro sentido no qual o termo cristão foi aplicado ao estado. Quando um estado se encontra impregnado por um espírito cristão e na administração dos assuntos civis, posto em prática princípios cristãos, então, refere-se a ele como sendo um estado cristão. Se isto é o que se entende por um estado cristão, então, todos os estados, segundo a consciência do calvinismo, deveriam ser cristãos. Por ser Deus o grande soberano do universo, resulta evidente que a sua Palavra há de ser a norma e lei sobre todos os confins da terra. O estado de modo algum deveria ser ateu, ou negar a soberania e lei de Deus, tal como pretende fazer na União Soviética. Muito menos serneutro, como advogam os filiados do liberalismo político.[2] Por ser Deus o supremo legislador e senhor da criação ninguém pode sustentar que a religião seja assunto meramente privado e que deve divorciar-se de qualquer esfera da sociedade – seja a política, ou outra qualquer -. Deus governa sobre tudo! O estado deve se submeter a suas ordenanças, do mesmo modo que a Igreja e o indivíduo. O calvinismo cujo princípio fundamental é de que Deus é soberano em todas as esferas da vida, enfaticamente insiste que Deus também deve ser reconhecido na esfera política.

Resulta certo, por outra parte, que Deus deu o estado da jurisdição própria. O estado não realizar a obra da Igreja. Pois não é o instrumento ordenado por deus para a propagação da religião. Todavia, em assuntos que estão dentro de sua própria esfera, o estado está ligado à Palavra de Deus – tal como possa estar a Igreja e o indivíduo. Um estado é cristão quando toma a Palavra de Deus como guia, e o governo que emana mantém o respeito com a autoridade, castiga o mal segundo as ordenanças divinas, se esforça em não encobrir a culpabilidade ou responsabilidade de governantes e governados, mantém a santidade do matrimônio e o caráter sagrado da família humana, guarda o Dia do Senhor, promove a filantropia, honra a Igreja e sua missão no mundo e, de outras muitas maneiras dá amostra de estar impregnado do espírito cristão.[4]

Mas, sob uma terceira acepção o termo cristão pode se referir ao estado: quando Cristo é reconhecido como senhor do estado, tal como o é da Igreja; e isto de tal maneira que todos os membros do governo se consideram como instrumentos de sua vontade. Vários grupos na Igreja cristã mantêm esta posição: os arminianos, os erastianos, os católicos romanos, etc. Todos estes sustentam que Cristo é cabeça do estado como o é também da Igreja. Na aplicação deste princípio chegam, todavia, a diferentes conclusões. Recorrendo a certas passagens da Escritura pretendem provar que Cristo também foi feito cabeça do estado. Citemos isoladamente somente alguns versículos da Escritura que fazem referência à autoridade universal de Cristo. No quarto Evangelho, João disse: “o Pai ama o Filho e todas as coisas foram colocadas em sua mão” (Jo 3:35). Em Jo 17:2 ensina que ao Filho foi dado o poder sobre toda a carne. É conveniente notar e um modo especial que, segundo Mt 28:16-20, Cristo antes de ascender aos céus, declarou: “toda autoridade me foi dada nos céus e na terra, portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações ... ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. Pois, se a Cristo lhe foi dado autoridade tanto no céu como na terra, não deveria o estado, do mesmo modo que a Igreja, reconhecer a Cristo como o seu rei, bem como promover – como parte de sua missão – a causa da verdadeira Igreja de Cristo?

Nos tempos do Sínodo de Dort, em 1618, os arminianos defenderam este ponto de vista. Geralmente se crê que a diferença entre arminianos e calvinistas se se concentra na eleição e no livre arbítrio; mas, outra questão que também se discutiu ardorosamente neste concílio foi se o estado tinha ou não autoridade sobre a Igreja; e em caso afirmativo, estabelecer até que ponto o governo civil poderia exercer a sua autoridade. Os arminianos dirigidos por homens tão ilustres como Oldenbarneveld e Hugo Grotius, mantiveram que, ainda que a Igreja tenha o direito de formular a sua própria posição doutrinária, é prerrogativa do estado exercer governo sobre a Igreja.[5] Para sustentar este ponto de vista apelaram a passagens bíblicas tais como os que citamos acima. “Cristo é a cabeça tanto do estado, como da Igreja”; portanto, segundo a posição arminiana, o estado deve exercer a autoridade em sua esfera e também na Igreja; somente em matérias doutrinárias os ministros da Igreja têm autoridade para decidir. Dentro da igreja cristã existe outros que vão mais longe do que os arminianos; e segundo eles o governo teria autoridade para decidir não somente nos assuntos externos da Igreja, como também nos doutrinários. Deste modo ressuscitava aquela velha concepção romana, segundo a qual o poder civil não somente representava a autoridade máxima em todas as esferas estatais, como também exerceria o pontificado supremo na religião do estado (Pontifex Maximus).

Quando no século IV, o governo da antiga Roma aceitou nominalmente o cristianismo, Constantino continuou este costume romano e assumiu a liderança da Igreja, apenas tendo que fazer uma mudança insignificante: de Pontifex Maximus passou a serEpiscopus Universalis (Bispo Universal). Os governantes cristãos que lhe sucederam trataram de manter idêntica posição na Igreja e apelaram aos mesmos textos da Escritura. Pois Cristo tem autoridade sobre toda a carne, eles como representantes desta autoridade sobre a terra, seriam a cabeça visível das duas esferas, entre as quais a sociedade daquele tempo se dividia: o estado e a Igreja. Em nosso tempo os governantes de alguns estados totalitários assumem para o direito de ser considerados como cabeça da Igreja, ainda que para isto não busquem fundamento na Escritura.

A Igreja Católica Romana partiu de uma premissa idêntica: a autoridade de Cristo sobre a terra; mas, chegou a uma conclusão totalmente contrária à que defenderam os imperadores cristãos. O governador do estado não era, simultaneamente, cabeça da Igreja e do estado, senão que tal autoridade recaía no governador da Igreja, ou seja, no Papa. Cristo tem autoridade no céu e na terra; o Papa, por ser o vicário de Cristo na terra, é supremo legislador tanto sobre a Igreja como sobre o estado. Como prova desta suposta autoridade, os papas, ainda em nossos dias, ostentam a tiara, que é uma coroa tríplice que indica o senhorio sobre os três reinos: a Igreja, o estado e o purgatório. Na Idade Média, quando se debilitou o poder do estado e cresceu o da Igreja, esta teoria triunfou, especialmente sob Gregório VII (1075 A.D.).

Onde se encontra o erro de todas estas teorias? Há de se buscar o erro numa exegese deficiente de certas passagens bíblicas relevantes. Certamente a Bíblia afirma que Cristo, o Mediador, tem autoridade sobre toda a carne, e que todo poder nos céus e na terra lhe foi entregue. Todavia, daqui não se deduz que Cristo tenha sobre o estado a mesma autoridade que tem sobre a Igreja. A Cristo lhe foi dado o governo da Igreja e do Reino de Deus. Este governo lhe foi outorgado como recompensa a sua obra mediadora. Deste modo, tal governo entra plenamente na esfera da graça especial. Em toda a amplitude de sua obra redentora ele é supremo e exerce o seu governo através de sua Palavra e de seu Espírito. Cristo disse: “o meu reino não é deste mundo” (Jo 18:36).

Todavia, o estado é uma criação da graça comum de Deus, e não entra sob o governo que Cristo exerce como Mediador e Redentor. A chave para entender esta autoridade que ele exerce sobre toda a carne encontramos em Ef 1:22, onde nos declara que Deus colocou todas as coisas sob os pés de Cristo “e lhe deu como cabeça sobre todas as coisas para a Igreja”. Estas palavras “para a Igreja” delimitam claramente esta autoridade de Cristo sobre toda a carne. Como Senhor da Igreja e do Reino de Deus, Cristo deve protegê-los e dirigir o seu destino através de mundo hostil. Para consumar esta missão Cristo carece de autoridade suficiente para controlar todas as coisas, e seja qual for o rumo que empreendam as forças hostis, Cristo as controlará e fará com que todas as coisas redundem em benefício de sua Igreja e de seu Reino. Inclusive Satanás está sob a jurisdição de Cristo, de maneira que nem as portas do inferno podem prevalecer contra a Igreja. Então, resulta evidente esta autoridade é muito diferente daquela segundo a qual Cristo exerce idêntico governo sobre a Igreja como sobre o estado. O estado, que é uma criação da graça comum de Deus e não da graça especial, certamente sujeitará ao governo do Deus Trino como criador, e neste aspecto está sujeito à Palavra de Deus como norma de vida. Mas não está sujeito a Cristo como mediador da Redenção. Neste último sentido, consequentemente, o estado não pode se considerar propriamente como cristão.[5]

Ao terminar o nosso estudo do ponto de vista calvinista sobre o estado, será bom que façamos um sumário dos fatos estudados. O estado foi originalmente instituído por Deus para a execução daqueles interesses culturais que o povo, em esforço conjunto, haveria de realizar em distinção das tarefas próprias do indivíduo, a família ou outras esferas que poderiam surgir destes interesses privados. O Reino de Deus não encontra a sua continuação no estado de nosso tempo, e sim no reino sobrenatural inaugurado por Cristo; este reino da graça especial terá cumprimento nesta terra após o Dia do juízo. O estado atual é uma solução mecânica, um instrumento da graça comum de Deus; todavia, não realizará os seus fins em oposição ao Reino de Deus, mas, que através da Igreja favorecerá o seu desenvolvimento. A humanidade mesmo após a queda, tem uma série de obrigações culturais para desenvolver. Algumas destas tarefas são de interesse especial para o indivíduo, a família, a Igreja ou para a ciência; assim, não incumbe ao estado o desenvolvimento e cumprimento destas obrigações. Mas há outras tarefas que serão realizadas pelos homens como grupo; e, é aqui onde entra a missão do governo, missão que algumas vezes é mencionada como sendo bonum commune naturale (o bem natural comum). Além do mais, desta missão, o estado, desde a entrada do pecado no mundo, tem a missão de administrar justiça entre os membros da sociedade humana, individualmente e em sua totalidade como grupo. Para realizar esta tarefa, o estado se guiará pela Palavra de Deus, e estar sujeito à soberania do Deus Trino, mesmo que não esteja sob o mediador Cristo, sendo que o domínio do estado não está sob a graça especial, e sim debaixo da graça comum.

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Notas:
[1] H. Henry Meeter, Doutor em Teologia, foi presidente durante 30 anos do Departamento Bíblico do Calvin College, Grand Rapids, MI. Nota do tradutor.
[2] Romanos 13:1.
[3] No contexto dos EUA o termo político liberal se refere a esquerda. Nota do tradutor.
[4] Diepenhorst, P.A., Ons Isolement, p. 33 (Kampen, J.H. Kok, 1935).
[5] Kuyper, A., Gemene Gratie III, pp. 272-273 (Amsterdam, Hoveker & Wormser, 1904).
[6] Bavink, H., Gereformeerde Dogmatik, III, p. 574 (Kampen, J.H. Kok, 1906). Kuyper, A., Gemene Gratie, III, pp. 270, 277, 284-290 (Amsterdam, Hoveker & Wormser, 1904). Também veja o capítulo XVI sobre A relação do Estado com a Igreja.
***
Autor: H. Henry Meeter
Fonte: Extraído de H. Henry Meeter, La Iglesia y el Estado (Grand Rapids, TELL, 1963), pp. 111-121. Este livro originalmente foi publicado sob o título de THE BASIC IDEAS OF CALVINISM.
Tradução: Rev. Ewerton B. Tokashiki, em 20 de abril de 2016.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

ENCONTRÃO DA FEDERAÇÃO DE SAFS NA IP SIÃO







No dia 21 de abril de 2016 as irmãs da Federação de Saf,s do Presbitério de Garanhuns realizaram um abençoado encontrão na igreja Presbiteriana de Sião Jucati-PE, contando com a participação de várias irmãs e a participação dos pastores Jasiel F. Vilela Secretario Presbiterial e pastor da IP Catonho Jupi-PE, Ari pastor da IP Sião-Jucati-PE e do pastor Edjair Paes pastor da IP Manancial Garanhuns-PE. Que o nosso Deus continue abençoando as nossas irmãs e igrejas.

Presbitério de Garanhuns Orando Pelo Brasil

No último dia 20 de abril de 2016 das 21:00 até as 5 hora da manhã do dia 21 de abril de 2016 o Presbitério de Garanhuns realizou uma vigília de oração pelo Brasil na Capela do Instituto Bíblico do Norte com a presença de vários irmãos das igrejas do PGAR.  No momento que estamos passando nós precisamos nos levantar e clamar na certeza de que o nosso Deus pode mudar a situação do nosso país. E a igreja não pode ficar apenas lamentando, mas precisamos orar e agir para a glória de Deus.
Estamos vivendo um momento difícil em nosso país, é um momento de crise politica, econômica e sobretudo espiritual. A corrupção  não está só na politica, mas em toda a sociedade, resultante da desobediência do povo que não conhece a Deus. "O cristianismo no Brasil tem quilômetros de extensão, mas centímetros de profundidade" porque não não vivemos o que pregamos. A igreja precisa despertar e nos voltarmos para Deus com todo o nosso coração, na certeza de que Ele pode mudar a situação da nossa igreja e do nosso país.
Meus irmãos, o nosso Deus não mudou, Ele pode transformar a crise em que estamos vivendo em nosso país em triunfo, mas como? A crise é um tempo de oportunidades. A luz de Gêneses 26.1-25 podemos aprender algumas lições: 1-Quando seguimos a Orientação do Senhor Gn 26.1-6; 2-Quando deixamos de olhar para os prognósticos pessimistas e investimos Gn 26.12-14 e em 3 -Em vez de nos acomodarmos devemos buscar velhas e novas possibilidades confiando em Deus.Pare e pense!
Pr. Eli Vieira


BELA, RECATADA E DO LAR – VOCÊ ACHA QUE É BONITO SER FEIO?





Por Renata Veras

Bela, recatada e do lar – Você acha que é bonito ser feio?

Uma nota no jornal e milhões de comentários inflamados. Qual o problema mesmo?

Quem diria que chegariam tempos em que precisaríamos defender a beleza, a decência e a família. Pois bem, eis que esses tempos chegaram!


Tempos de completa desestruturação de todo tipo de valor. As ‘belas-artes’ são um amontoado de formas grosseiras, desconexas e agressivas. Os valores são relativos. A família é (ou simplesmente não é) à gosto de cada um. Certamente os atributos dignos de exaltação pelos que professam ódio mortal pelos adjetivos ‘bela’, ‘recatada’ e ‘do lar’ sejam ‘feia’, ‘depravada’ e ‘anti-família’. 

Sobre a pessoa que ensejou tamanho burburinho, nem saberia dizer se é realmente ‘bela, recatada e do lar’ (e isso é completamente irrelevante). O importante é entender o porquê de tamanha reação e, no final das contas, chegar à conclusão sobre que mal há e que virtude existe em cada uma dessas qualidades.

Que mal há em ser bela? Que mal há em ser recatada? Que mal há em ser do lar?
Procurei, mas não consegui encontrar nada negativo para escrever sobre essas três qualidades. Por outro lado, poderia facilmente escrever muitos e muitos parágrafos sobre os males infindáveis de ser ‘desagradável’, ‘despudorada’ e ‘anti-família’, mas creio que um pouco de bom senso do leitor é suficiente para preencher rapidamente essas lacunas.

Pobre geração de mulheres. Conseguiram convencê-las de que é bonito ser feio. De que é cool ser depravada. E de que essa história de família não passa de conversa fiada pra oprimir.

E esse é bem o discurso do movimento ‘pró-mulher’ mais anti-mulher da humanidade. Que ao fazer do ‘machismo’ o demônio de todas as mulheres, conseguiu convencê-las que não havia valor na delicadeza com a qual Deus a havia criado. O movimento que conseguiu convencer as mulheres de que liberdade e felicidade só seriam conseguidas através da completa libertinagem. O movimento que conseguiu convencer as mulheres de que a família era uma invenção que visava seu mal e de que a sua condição biológica (maternidade) era um grande empecilho para a sua plena realização e competição no mundo.

Jogaram a mulher contra ela mesma. Elas viraram suas maiores inimigas quando decidiram se expor, se entregar e se deixar usar indiscriminadamente. Viraram suas maiores inimigas quando negaram a si mesmas o acolhimento e a companhia de uma relação familiar saudável. Viraram suas maiores inimigas quando negaram a si mesmas o prazer e o vínculo da maternidade. Terminarão suas vidas usadas, mal-amadas e sozinhas.

E o que é ser bela?

Bela é o adjetivo da pessoa agradável, que desperta admiração ou prazer. 

Ser bela é presentear o mundo com nossa existência e não tem nada a ver com ser oprimida pela ditadura da beleza (1,70 de altura, 60 kg, loira, olhos claros). Beleza vai além da aparência exterior. Essa é uma sabedoria já registrada nos ditados populares. A beleza tem a ver com um conjunto em que as qualidades de espírito influenciam diretamente sobre as qualidades físicas. Beleza vem de dentro e é a capacidade de ser agradável e de dar prazer aos que estão ao nosso redor através daquilo que somos – nossa personalidade.

As mulheres desistiram de ser belas e se contentaram em ser podres e desagradáveis versões femininas de sepulcros caiados cobertos por uma espessa camada de base translúcida da MAC e 300 baforadas de 212 Sexy. Desculpe-me, mas isso não é beleza.

O mundo precisa de mais mulheres belas de verdade. Pessoas (homens e mulheres) agradáveis, que despertam a admiração, que dão prazer em conviver. Ninguém em sã consciência se oporia a isso.

O que é ser recatada?

Recatada é o adjetivo da pessoa discreta, decente, modesta, reservada. É a qualidade de quem tem pureza, honestidade, pudor. Ser recatada é cuidar de si mesmo. É guardar-se, preservar-se. É valorizar sua dignidade, dignidade concedida por Deus ao criá-la à Sua imagem e semelhança. 

Ao permitir ser usada e abusada indiscriminadamente em nome de uma liberdade fajuta, a mulher concedeu voluntariamente o direito de ser machucada, tratada indignamente, desvalorizada. Se a mulher soubesse o bem que faz a ela mesma ao se resguardar, jamais desprezaria o cuidado consigo mesma e a preservação da sua pureza. 

O que é ser do lar?

Do lar é o adjetivo daquela cuja atividade é cuidar do bem-estar da família. É amar e dedicar-se prioritariamente ao que é mais propriamente seu – sangue do seu sangue, carne da sua carne. É valorizar o núcleo mais básico da sociedade e entender a função social de quem tem o cuidado de uma família nas suas mãos. É entender que o sucesso em qualquer outra atividade não compensa o fracasso dentro de casa. Que os sentimentos genuínos de alegria, amor e satisfação não podem ser substituídos por status, dinheiro, poder. E que colocar o lar como prioridade não significa ser intelectualmente limitada, emocionalmente dependente ou produtivamente desambicionada.

As futuras gerações são entregues à própria sorte à medida em que as mulheres negam sua importância no lar. Gerações terceirizadas, concebidas em laboratório, educadas por empresas, programadas por estranhos. Uma tragédia anunciada para a sociedade.

E o que a Bíblia diz?

Por ‘ironia do destino’, os adjetivos ‘bela’, ‘recatada’ e ‘do lar’ são exatamente os adjetivos recorrentes nas Escrituras quando se trata de feminilidade. Para longe de valores machistas, estes são valores Bíblicos. 


"A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Pelo contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus." 
1 Pedro 3:3,4


"Como anel de ouro em focinho de porco, assim é a mulher bonita, mas indiscreta." 
Provérbios 11:22


"As mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus próprios maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada." 
Tito 2:4,5


E caso você faça parte do grupo que pensa que a Bíblia é um livro machista que visa e perpetua o mal contra as mulheres, convido-a a arrazoar com franqueza quais valores realmente beneficiam a mulher. 

Beleza, recato e domesticidade não são valores opressores, limitadores e discriminatórios. Pelo contrário, são valores que visam o bem maior da mulher, que reconhecem seu valor e seu papel fundamental no seio sociedade.

Por mais mulheres belas, recatadas e do lar! 
As mulheres precisam disso e a sociedade agradece

Deus me ajude a cada dia a ser um pouquinho mais de cada

***

PASTORES SÃO ENTERRADOS VIVOS NA CHINA




Por Jarbas Aragão

Um casal pastoral da Igreja Beitou acabou sendo enterrado vivo na cidade de Zhumadian, na província de Henan, região central da China. Eles estavam protestando contra a demolição de sua igreja, que foi condenada pelo Partido Comunista que comanda o país. A denúncia é da organização China Aid.


Segundo testemunhas, as autoridades ordenaram a destruição do templo onde o pastor Li Jiangong e sua esposa, Ding Cuimei, reuniam sua congregação. Em negociações políticas, o terreno onde estava a igreja foi entregue a um investidor local.

Escavadeiras e tratores de esteira se dirigiam para o prédio enquanto Li e Ding tentavam impedir seu avanço. Eles ficaram de frente às máquinas, mas foram propositadamente jogados em uma vala. Em seguida, uma escavadora cobriu seus corpos com terra.

O relatório da China Aid afirma: “Pedindo ajuda, Li conseguiu cavar e fugir, mas Ding morreu sufocada, antes que pudessem resgatá-la”. Foi divulgado que os dois oficiais responsáveis pelo crime estavam detidos e responderiam pelo ação.

Ainda segundo a organização, um dos membros da equipe de demolição deu a ordem claramente: “Enterre-os vivos para mim. Assumo a responsabilidade por suas vidas”. Bob Fu, que é o presidente da China Aid, lamentou o crime brutal: “Atropelar e enterrar viva Ding Cuimei, uma mulher cristã pacífica e fiel, foi um assassinato cruel”. Ele voltou a pedir que os governos mundiais condenem a falta de liberdade religiosa em solo chinês.

A demolição de templos é apenas parte da grande onda anticristã que tomou a China nos últimos anos. Já foi anunciada que existe uma tentativa de acabar com os cristãos no país.
Comandada pelo Partido Comunista, a prisão de pastores  e a remoção forçada de cruzes dos locais de culto passaram a ser rotineiras. Contudo, esse é o primeiro caso de morte pública registrada.

Crescimento em meio a perseguição

Não se sabe o número oficial de cristãos no país, mas de acordo com estudos existem hoje cerca de 100 milhões de cristãos no país mais populoso do mundo. Alguns estudiosos acreditam que o número pode ser 3 vezes maior. Para efeitos de comparação, o Partido Comunista Chinês possui 86,7 milhões de membros, sendo que a maioria é comunista só de nome.

Isso pode ser visto como um fracasso do regime, que desde a revolução na década de 1940, defende que o povo chinês não deveria acreditar em nenhum deus.

Apesar das dificuldades e da perseguição, diversas lideranças chinesas realizaram uma conferência, onde foi lançado um projeto impensável anos atrás: enviar 20.000 missionários chineses para diversos países do mundo até 2030. O pastor Daniel Jin, diretor da revista China Mission Today desafiou a Igreja chinesa a “trabalhar e orar” para cumprirem esses desafios missionários nos próximos anos. 

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Com informações de Gospel Herald, via Gospel Prime

quarta-feira, 20 de abril de 2016

TERRORISTA SE CONVERTE APÓS VER A `MÃO DE DEUS´ SALVAR UMA DE SUAS VÍTIMAS





Um radical islâmico que acabou se convertendo e se tornando evangelista disse que reconheceu Jesus Cristo como seu Salvador, depois que viu um de seus planos terroristas - matar a filha de um ministro cristão - ser frustrado. Ele viu uma mão descer do céu para dar sangue à menina.


Al-Rashid, um ex-comandante de um grupo terrorista radical no Oriente Médio, contou recentemente ao grupo cristão 'Assist News Service', sobre como foi de líder de uma caça aos cristãos a um cristão evangelista.

Com relatos de numerosas conversões de muçulmanos ao cristianismo, Rashid se enfureceu ao longo dos anos. Ele explicou que aqueles testemunhos o inspiraram para formar uma força-tarefa terrorista especial, projetada para "caçar líderes cristãos que estavam convertendo muçulmanos e os afastando do islamismo".

Rashid e sua força-tarefa, eventualmente, ouviam falar de um pastor chamado Paul, um ex-muçulmano que lidera um ministério de evangelismo, distribuindo Bíblias para os muçulmanos e também ajuda a estabelecer redes de igrejas domésticas secretas na Ásia e no Oriente Médio.

Rashid e sua equipe tinham bolado um plano para matar a família pastor Paul e, em seguida, raptá-lo para "reconvertê-lo" forçosamente ao islamismo, de modo que ele pudesse se tornar sua principal marionete de propaganda contra o cristianismo.

Mas várias tentativas da força-tarefa extremista em matar a família do pastor e raptar o líder cristão foram frustradas. Mesmo que a força-tarefa atacasse várias vezes, Rashid disse que de alguma forma o pastor Paul encontrava maneiras escapar ileso, junto com sua família.

Quando Rashid notou que Paul e sua família estavam passando necessidades, ficando sem comida, o então terrorista um outro plano para enviar uma mulher para entregar alimentos envenenados à família do pastor. No entanto, a trama foi frustrada porque a mulher designada para fazer a entrega foi mordida por um cão, ficou gravemente ferida e nunca chegou à casa do líder cristão.

Os terroristas tentaram o plano da comida envenenada uma segunda vez com outra mulher. Esse plano foi mais bem sucedido, sendo que o filhos de Paul acabaram comendo chocolates envenenados. Apesar do filho do pastor não ter ficado doente, a filha de Paul ficou acabou adoecendo e chegou a ficar inconsciente.

"Eu estava acompanhando tudo com outros dois comparsas de uma ambulância perto do hospital, para ver a morte de sua filha", lembrou Rashid. "Nosso plano era sequestrar o corpo morto junto com sua família em nossa ambulância".

Apesar do plano de Rashid, o líder do grupo jihadista ficou impressionado quando testemunhou algo que ele nunca tinha visto antes.

"Eu vi uma bola de luz descer do céu e repousar sobre o quarto onde a filha do pastor estava internada, inconsciente", explicou Rashid.

Ele também afirmou ter visto uma mão sair da luz para tocar a filha do pastor. Quando a mão tocou a menina, ela imediatamente acordou e se levantou. Rashid disse que o sangue foi escorrendo de um buraco feito no meio da grande mão.

"Eu tremia de medo", disse Rashid. "Eu fiquei tonto e caí. Meus amigos me levaram de lá assim que isso aconteceu", relatou.

Rashid disse que teve dificuldade para dormir naquela noite, depois de ver a grande mão derramando sangue no quarto da menina. Ele também disse que após conseguir pegar no sono, viu a sombra do rosto de um homem aparecer-lhe em sonho, com a mesma mão que vira no hospital. O homem perguntou a Rashid por que ele o estava "caçando".

Confuso com o que ele sonhou, Rashid pegou uma Bíblia que estava em seu quarto - a mesma que ele usara anteriormente para encontrar versos com a finalidade de criticar o cristianismo e justificar islamismo. Neste caso, houve um verso em particular, que chamou a atenção de Rashid: a passagem do evangelho segundo S. João 1:9-10.

"Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu", disse Rashid, recitando o verso.

Rashid disse que ele entendeu que a luz e mão que ele tinha visto eram indícios de presença de Jesus.

"Eu entendi que aqueles eram sinais sobre Jesus", disse Rashid.

Logo depois, Rashid procurou Paul confessar o que tinha feito. Apesar de Rashid não ter certeza da reação do líder cristão, foi recebido de braços abertos pelo pastor, que o perdoou.

"Eu era uma vez um inimigo de Jesus Cristo, mas Ele me amou", disse Paul a Rashid. "Ele foi crucificado - deu a vida por mim - então Ele ressuscitou dos mortos. Por causa do Seu amor eu posso te amar, porque Cristo te ama. Eu acredito que Jesus Cristo te trouxe aqui para compartilhar esse amor e encontrar a salvação".

"Jesus é o Príncipe da Paz", continuou o pastor, recebendo Rashid. "E Ele vai lhe dar paz. Reconheça-O como seu salvador".

Rashid, de fato entregou a sua vida a Cristo e mais tarde foi batizado. Agora, ele é evangelista e integra o ministério "Bíblias para o Oriente Médio".

"Milhares de muçulmanos estão secretamente crendo em Jesus Cristo como seu Salvador. Eles não têm Bíblias e os governantes não lhes permitem obter Bíblias. A Bíblia é totalmente proibida em alguns países. Mas as pessoas eles estão tão sedento da Palavra de Deus", explicou Rashid. "Muitos de nossos membros da equipe são convertidos do islamismo para o cristianismo com os dons do Espírito Santo e têm boas experiências com evangelismo pessoal, realização de cruzadas e pastoreando igrejas domésticas".

***

II ENCONTRO INTER SINODAL DE FILHOS DE PASTORES E OBREIROS

Vem aí o II Encontro Inter Sinodal de filho de pastores e obreiros com o tema: Sou Filho de Pastor e eu com Isso? que acontecerá no dia 4 de junho de 2016 no Colégio Presbiteriano XV de Novembro Garanhuns-PE

Inscrições limitadas!!! Mais informações (87) 3761-1997
Haverá programação para os pais no IBN durante o decorrer do dia.

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