O salário mínimo na Venezuela é de 27.092 bolívares, o equivalente a R$ 130, em uma nação com uma inflação galopante que em 2015 fechou em 180,9%, com uma severa escassez de produtos básicos de todos os tipos, especialmente alimentos.
No lixão vasculhado por Brayan, as pessoas encontram presunto, queijo, ossos e pele de frango e, muitas vezes, a comida ainda conserva o calor do preparo, por isso muitos criticam que estes locais preferem jogar fora a comida do que dá-la a eles.
Enquanto isso, Jesús, de 15 anos e que vive em uma cidade nos arredores da capital venezuelana, vai a uma avenida no leste da cidade em busca de comida para levar para a mãe e o irmão, de poucos meses de idade. Este menino está na mesma situação que os primos de 8, 9 e 17 anos, que também seguem para a avenida em busca de comida.
Enquanto reviram os resíduos, eles separam papelões para uma posterior venda a um caminhão que passa todos os dias na mesma hora por essa via coletando o material e em troca de 22 bolívares o quilo (R$ 0,01).
No entanto, os jovens não tiveram esta renda nas últimas semanas devido à escassez de dinheiro físico que afeta o país desde meados de novembro.
As batalhas destes garotos não foram, até agora, por comida, mas com a polícia. O adolescente disse que já foram detidos por funcionários da polícia militar venezuelana que levaram todo o dinheiro conseguido com a venda do papelão.
O mesmo foi dito por Carlos González, um homem de 27 anos que se dedica à coleta e venda de papel, papelão e plástico do lixo como forma de vida.
González disse que a “nacional” (polícia federal) muitas vezes “confisca” o material ou o dinheiro. Ele vive nos arredores de Caracas e afirma que ao longo da semana prefere dormir debaixo de uma ponte para “cuidar” do “material de trabalho” que coleta com alguns companheiros todos os dias, o que o permite levar alimentos para a esposa e a filha de 6 anos.
Com informações Notícias UOL
Imagem: reprodução
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