terça-feira, 3 de janeiro de 2017

De lutador de MMA a missionário no Congo: “Estou lutando para cumprir meu chamado”

Justin Wren teve uma adolescência marcada pelo bullying, e aos 13 anos, foi diagnosticado com depressão e tentou suicídio.
“Felizmente, eu tinha um lar amoroso e meus pais fizeram tudo que puderam para me ajudar a melhorar a minha auto-estima. Eles me encorajaram a me envolver no atletismo. E isso é o que me iniciou na trajetória de luta profissional em gaiola” disse Wren ao site Christianity Today.
“Eu não comecei como um grande lutador. Na verdade, eu era terrível. Mas um treinador viu algo em mim e nunca desistiu. Eventualmente eu me tornei um dos melhores e ganhei vários campeonatos estaduais e nacionais” afirmou.
Após a formatura, Wren mudou-se para o Centro de Treinamento Olímpico para ir em busca do sonho de wrestling nas Olimpíadas. Em uma partida com um campeão do mundo sofreu uma lesão grave no braço. Diante do acidente, Justin começou a tratar-se com fortes remédios para aliviar a dor, o que o levou as consumir altas doses de álcool e cocaína.
“Como minha popularidade na comunidade MMA cresceu, eu fui sugado para o estilo de vida de luta, que pode ser perigoso. Os fãs queriam que eu assinasse autógrafos e tirasse fotos. E todos queriam festejar. Como minha carreira disparou, assim como meus vícios. Em pouco tempo, eu adicionei cocaína e álcool ao meu já fora de controle dependência de narcóticos”, disse Wren.
Justin chegou ao fundo do poço quando foi expulso de uma das melhores equipes de luta pelo uso de drogas do mundo. “Meu sonho de infância se transformara em um pesadelo vivo”.
Quando todos o abandonaram, Jeff, um amigo, recusou-se a ir embora. Ele ligava várias vezes ao dia, e o convidou para um retiro de homens cristãos. Prometeu treinar com Justin todas as manhãs, contanto que assistisse aos cultos à tarde.
Então, Justin por primeira vez foi à um das reuniões e se surpreendeu: “Eles não eram homens covardes como eu pensava, e tinham uma paz que eu invejava. Depois de alguns dias no retiro, eu sabia que precisava do que eles tinham e orei: ‘Deus, sou um alcólatra e viciado em drogas. Eu sou um mentiroso e um trapaceiro. Eu sou muitas coisas que eu queria ser, e eu sou tudo que eu nunca quis ser. Deus, magoei todo mundo. Năo quero magoar mais ninguém. Eu não quero machucar. Preciso desesperadamente de você na minha vida’”.
Enquanto orava, Justin sentiu que algo finalmente o libertou. “Eu estava livre. Todas as cadeias emocionais da depressão, toda a escravidão, simplesmente quebrou e caiu. Ao mesmo tempo, senti que os braços de Deus me envolviam, como um pai abraça seus filhos”.
De lutador a missionário
Wren começou a viver a libertação e a superação do vício e passou a desejar outras coisas, ter outros objetivos. “Eu queria mais do que a fama MMA, eu queria servir a Deus. Comecei a trabalhar como vonluntário em alguns ministérios e prisões, contanto minha história para outros”, disse.
Então, foi quando teve uma visão de crianças e idosos desnutridos. “Eu não conhecia essas pessoas, mas sabia que tinha que ajudá-las. Na Bíblia, abri em Isaías 58 e meus olhos se fixaram nos versículos 6 a 12, que fala sobre o coração de Deus pelos pobres e oprimidos. Essa passagem ardeu como um fogo em meu coração”, contou Justin.
Justin contou sua visão ao pastor Caleb, que imediatamente soube que a visão se tratava de uma tribo pigmeu, no Congo. Sendo assim, através do pastor, Justin entrou em contato com a Universidade Shalom, (escola cristã no Congo que serve à tribo pigmeus).
Ele viveu com os pigmeus durante um ano, para entender sua língua e cultura. Dormiu em cabanas e quase morreu com malária. Mas nunca se sentiu tão em casa.
Depois de 5 anos, agora Justin está de volta ao MMA com o objetivo de arrecadar dinheiro para a organização Fight For The Forgotten, voltada a ajudar os pigmeus. “A vontade de lutar ainda existe, mas já não estou lutando contra meus demônios internos. Estou lutando para cumprir o chamado de Deus na minha vida”, acrescentou.
Do site Christianity Today
Tradução: Jonara Gonçalves
Imagem: Willie Petersen
Fonte:CCNews

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