quinta-feira, 7 de março de 2013

A SALVAÇÃO PARA A IGREJA CONTEMPÔRANEA


Por Samuel Torralbo
É percebida a diferença de consciência, motivação e pregação, na vida dos discípulos, entre o período pré-pentecostes e o período pós-pentecostes. No período anterior a descida do Espírito Santo, os discípulos haviam caminhado, ouvido, presenciado os milagres, acompanhado a crucificação e avistado Cristo Jesus já ressuscitado durante quarenta dias.
As últimas palavras que os discípulos ouviram do Mestre foram: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” (Atos 1.8), e a última imagem foi relatada pelo escritor de Atos dos Apóstolos: “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.” (Atos 1.9).
Porém, mesmo depois de toda experiência vivenciada com Cristo Jesus, o objetivo da primeira reunião dos apóstolos após a ascensão de Cristo foi para tratar de assuntos de caráter organizacional e institucional: “E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos.” (Atos 1.26), ao mesmo tempo em que, a pregação do apóstolo Pedro teve como conteúdo a traição de Judas Iscariotes: “E naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos (ora a multidão junta era de quase cento e vinte pessoas) disse: Homens irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus;” (Atos 1.15,16).
Em que teria se tornado a Igreja, caso o Espírito Santo não tivesse descido e socorrido os discípulos? Certamente que, estaria fadada a se tornar uma confraria de homens que se reuniriam apenas para discutir assuntos institucionais e pregar sobre as fraquezas do seu semelhante.
Após o dia de pentecostes a mudança foi radical na liturgia e na pregação da igreja primitiva, a ponto de o segundo sermão do apóstolo Pedro (após a descida do Espirito Santo) se tornar um modelo clássico de pregação bíblica a ser observado e seguido por todos aqueles que anunciam o Evangelho de Cristo Jesus.
Em sintese, quando a igreja não se reune mais para adorar a Cristo, ou para pregar o evangelho, certamente é uma das evidências de ausência do Espirito Santo. De modo que, caso a igreja contemporânea deseje continuar relevante em sua missão e preservando sua identidade em Cristo Jesus, certamente precisará diariamente da presença gloriosa do Espírito Santo assim como aconteceu na igreja primitiva.
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Samuel Torralbo é teólogo e há muito tempo é colaborador do Púlpito Cristão. Escreve em seu blog Pessoal. Acesse clicando aqui.

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