sábado, 24 de dezembro de 2016

Primeira ministra britânica é criticada por defender sua fé

A primeira ministra britânica, Theresa May, foi criticada por dizer que confia em Deus ao tomar decisões difíceis. Desde que assumiu o cargo, May disse em entrevista a The Sunday Times que seu sentido moral do bem e do mal a ajuda a tomar melhores decisões para o país.
REINO UNIDO –  A primeira ministra britânica, Theresa May, desde que assumiu o cargo, afirma em suas entrevistas que sua fé em Deus é a base de suas decisões.
“Existe algo quanto a minha fé, sou membro praticante da igreja da Inglaterra e assim sucessivamente, isso está por trás de tudo o que faço,” disse May a The Sunday Times.
May continuou dizendo: “Se você sabe que está fazendo o correto, você tem confiança, energia para ir e entregar a mensagem correta”.
Porém, suas afirmações nas entrevistas, tem provocado a ira da Sociedade Secular Nacional da Grã Bretanha, que acusou a primeira ministra de “abusar de seu cargo político” para impor valores cristãos aos outros.
Stephen Evans, diretor da campanha da Sociedade, disse que “muitas pessoas se apoiam em sua fé durante os tempos difíceis”, porém advertiu a primeira ministra, dizendo que ela deve “governar em nome de todos, incluindo a minoria e, por sinal, a maioria dos cidadãos não religiosos”.
“Ainda que seja correto que Theresa May tenha fé, ela não deve usar seu cargo para promover o cristianismo ou impor seus próprios valores religiosos”, disse Evans.
No entanto, os comentários de Evans também despertou críticas, fazendo com que a Sociedade Secular Nacional seja acusada de impor sua cosmovisão.
“A teoria de que a primeira ministra não deve impor suas opiniões à população parece lógica, mas, Stephen Evans não parece ser lógico quando tenta impor sua própria visão em seus discursos públicos”, comentou Peter Ould à Breitbart Londres.
“A teoria de que o ateísmo é uma posição predeterminada para a religião na vida política está obsoleta em uma sociedade multicultural que valoriza o patrimônio espiritual de uma diversidade de cidadãos”, disse.
No entanto, um novo anuncio do grupo de conservadores ResPublica influencia aos políticos britânicos a considerarem a nova clausula de consciência na Declaração dos Direitos de proteção à cristãos e outros grupos religiosos.
ResPublica diz que os cristãos e outras pessoas de fé enfrentam tempos de temor e desconfiança, “é necessário fazer mais pra proteger a liberdade de fé, e a melhor maneira de fazer isso, é continuar com o projeto da Declaração de Direitos Britânico e incluir a liberdade de expressão da crença”.
Com informações The Sunday Times e  Noticias Cristianas
Tradução: Jonara Gonçalves
Imagem: Reprodução

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