Judith Butler assumiu que de fato a ideologia de gênero não
tem qualquer compatibilidade com a Bíblia.
Judith Butler
é conhecida por seus estudos que levaram à elaboração da ideologia de gênero.
(Foto: Huffington Post)
A vinda de Judith Butler ao Brasil em novembro está gerando
grande polêmica e muitos protestos nas mídias sociais. Toda esta movimentação
tem sido motivada pelo fato da filósofa norte-americana ser conhecida como a
pessoa que elaborou a ideologia
de gênero, mais conhecida como 'Teoria Queer'.
Ao que tudo indica as declarações de Judith só vão aumentar
a reprovação de sua vinda ao Brasil, como por exemplo a entrevista polêmica
para a BBC, que foi publicada na última quinta-feira (1).
Falando sobre a reação negativa de centenas de milhares de
pessoas à sua palestra, agendada para o início de novembro, em São Paulo,
Butler afirmou que esta campanha contra ela é um "grande equívoco",
porque não pretende falar sobre gênero no evento, mas sim sobre
"democracia e seu trabalho a respeito da situação de Israel e Palestina.
Judith ainda afirmou que tal movimentação ocorreu porque as pessoas "têm
medo de falar sobre gênero".
Fato é que o número de assinaturas em uma petição que exige
o cancelamento da palestra de Butler já está beirando 350 mil e não para de
crescer. Somente em dois dias, mais de 43 mil pessoas assinaram o documento
online, disponível no site CitizenGo. Para saber mais e assinar, acesse:
citizengo.org/pt-pt/node/108060 .
"Judith Butler não é bem-vinda no Brasil! Nossa nação
negou a ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação e nos Planos
Municipais de Educação de quase todos os municípios. Não queremos uma ideologia
que mascara um objetivo político marxista. Seus livros querem nos fazer crer
que a identidade é variável e fruto da cultura. A ciência e, acima de tudo, a
realidade nos mostram o contrário", diz parte da petição online.
Ideologia de gênero
Entre 1988 e 1993, Judith Butler publicou trabalhos que são
tidos como "base" para estudos, como os da teoria queer e de gênero,
que afirmam que o ser humano pode contrariar gênero (masculino ou feminino)
dado a ele biologicamente e passar a se "construir" da forma que bem
entender.
"Além de serem formadas por aspectos físicos, seriam
também construções sociais por receberem influências históricas e
sociais", diz a matéria da BBC, explicando a teoria, que pode levar até
mesmo à mutilação de órgãos e uso de hormônios para a chamada "transição
de gênero".
Para Butler, debater o que ela chama de "questões de
gênero" é algo que "gera muito medo" e acusou os opositores de
sua ideologia de fazerem uso de uma visão "preconceituosa".
"O conceito de gênero gera muito medo. É uma ideia
muito mal compreendida e representada como caricatura. Até o papa Francisco
condenou o 'gênero como uma ideologia diabólica", diz Butler.
"É uma crítica feita pelo catolicismo de direita, que
pegou entre quem acredita que o conceito nega as diferenças naturais entre os
sexos e ameaça o casamento e a família, bases da heterossexualidade",
acrescentou.
Butler também reconheceu que de fato a ideologia de gênero
não tem qualquer compatibilidade com a visão bíblica.
"Se você baseia a sua visão de mundo na Bíblia, então,
a ideia de gênero vai ser mesmo ofensiva", disse.
Armadilha
No Brasil, opositores vocais da ideologia de gênero, como a
psicóloga Marisa Lobo e o procurador federal Guilherme Schelb, têm alertado
incansavelmente que a teoria se disfarça de com um discurso "bonito",
que prega a igualdade e o combate ao preconceito, porém visa realmente a
doutrinação de crianças e o investimento para formar adultos cada vez mais
vulneráveis à manipulação.
Clique no vídeo abaixo para conferir uma entrevista
concedida por Schelb no programa do Pr. Silas Malafaia:
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA BBC
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