por Jarbas Aragão
O pastor John Piper ficou 33 anos no pastoreio da mesma igreja em Minneapolis. Hoje, se dedica a ser um teólogo em tempo integral e escrever mais livros. Ele já tem mais de 50 no currículo e não acredita em aposentadoria.
Recentemente, Piper foi convidado a falar para os alunos da Faculdade e Seminário Bethlehem. A palestra foi em forma de entrevista, que ficou a cargo de Marvin Olasky, editor da revista cristã World Mag. O debate foi bastante provocativo. Desde o início, o pastor fez várias declarações fortes.
“Os últimos cinco capítulos de Juízes repetem como um refrão que todo mundo fazia o que era certo aos seus próprios olhos. Isso parece muito com o ceticismo ou relativismo pós-modernista que vemos hoje. Temos abandonado os conceitos absolutos de certo e errado. Sem representantes fieis do Rei Jesus nas igrejas, as pessoas vão continuar fazendo o que bem entenderem”, disse logo no início.
Perguntado sobre como via o futuro, foi incisivo “Não estou otimista, mas acredito na soberania absoluta de Deus, que poderia se mover como um tornado nesta terra, livrando-nos de nossa autodestruição… acordar as pessoas para que elas digam: “O que nós estamos fazendo é loucura”. É loucura matar bebês ainda no ventre. É loucura chamar de casamento quando dois homens vivem juntos e têm relações sexuais um com o outro. Deus pode se mover em nossa cultura e levar as pessoas a dizerem: “Nós estávamos… sob a escuridão… Vou orar até o dia que eu morrer para que isso realmente aconteça”.
Questionado sobre suas declarações serem “politicamente incorretas”, disparou: “Politicamente correto significa que há uma maneira de falar parecendo ser menos ofensivo… mas eu sei que Jesus odeia isso, pois Mateus contou a história dos saduceus que vieram até ele e perguntaram com que autoridade fazia aquelas coisas… Jesus recusou-se a responder. Jesus não falava com pessoas assim. Eu não gostaria de fazer algo… que deixaria Jesus sem falar comigo. Eu abomino o politicamente correto. Eu abomino saber que você precisa mudar suas palavras para ser aceito enquanto sacrifica a verdade”.
No final, perguntado sobre que dicas daria aos alunos que estavam começando seus ministérios agora, foi enfático: “Escolha o que mais fizer o seu coração queimar… Pode ser uma pequena igreja aqui mesmo em Minnesota, ou pode ser o lugar mais assustador no Paquistão, não importa… O que Deus quer de nós é que tenhamos amor pela santidade, um amor pelas pessoas e amor pela obediência a Ele.”
Vídeo da entrevista (em inglês):
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