terça-feira, 21 de agosto de 2018

VENCENDO OS DESAFIOS DA VIDA

Josué 6
“Se você pensa que pode vencer sem lutar e acredita que receberá a coroa sem qualquer batalha, não passa de um péssimo soldado de Cristo.”
Essa declaração tão apropriada é do corajoso pregador e mártir sírio, João Crisóstomo (347-407). Sem dúvida, a vida cristã envolve desafios e conflitos, quer gostemos disso quer não. Nossos inimigos lutam constantemente contra nós e tentam nos impedir de tomar posse de nossa herança em Jesus Cristo. O mundo, a carne e o diabo (Ef 2:1-3) constituem uma coalizão contra Cristo e seu povo, assim como as nações de Canaã formaram uma coalizão contra Josué e o povo de Israel.
 Um pastor compareceu a um tribunal para uma audiência protestando contra a construção de um bar próximo a sua igreja e a uma escola pública. O advogado dos proprietários do bar lhe disse:
 — O senhor aqui, pastor? Que surpresa! Não deveria estar cuidando de suas ovelhas? Ao que o pastor respondeu:
— Hoje estou lutando contra o lobo!
O combate cristão não é contra sangue e carne, mas contra inimigos da esfera espiritual (Ef 6:10-18), e as armas que usamos para lutar também são espirituais (2 Co 10:36). Satanás e seu exército de demônios usam pessoas para fazer oposição e atacar a Igreja de Deus; e, se não assumirmos uma posição definida ao lado de Cristo, já perdemos a batalha. No exército de Jesus Cristo não há neutralidade. Jesus disse: “Quem não é por mim é contra mim” e proferiu essas palavras no contexto do combate espiritual (Mt 12:24-30). Tendo em vista que o apóstolo Paulo usava com frequência imagens militares para descrever a vida cristã, não podemos ignorar esse assunto (Ef 6:1 Oss; 2 Tm 2:1-4; Rm 13:12; 1 Ts 5:8).
A vitória de Israel em Jericó ilustra três princípios do conflito e da vitória espiritual que se aplicam a nossa vida hoje, quaisquer que sejam os desafios que se apresentem diante de nós.
1.Antes do desafio: lembre-se de que VOCÊ ESTÁ LUTANDO EM VITÓRIA E NÃO PELA VITÓRIA (Js 6:1-5)
Vejamos os fatores que contribuíram para a vitória de Josué.
O temor do Senhor (v. 1). A terra de Canaã era dividida entre várias “cidades-estados”, cada uma governada por um rei (ver Js 12:9-34). Não eram cidades grandes, como pode-se ver por Ai, uma cidade menor que Jericó (Js 7:2, 3), com cerca de doze mil habitantes (Js 8:25). A notícia do êxodo de Israel do Egito e de suas vitórias recentes ao leste do rio Jordão já havia se espalhado pela terra de Canaã, deixando o povo de lá em pânico (Js 2:9-11; ver Dt 2:25; 7:23; 11:25; 32:30). Deus havia prometido: “Enviarei o meu terror diante de ti, confundindo a todo povo onde entrares; farei que todos os teus inimigos te voltem as costas” (Êx 23:27). Diz-se que a rainha Mary da Escócia tinha mais medo das orações de John Knox do que de um exército inimigo. Mas será que a sociedade de hoje tem algum temor daquilo que o povo de Deus é capaz de fazer? É bem provável que não, e isso se deve principalmente ao fato de a Igreja não ter feito muita coisa para mostrar o poder de Deus a um mundo incrédulo. A Igreja deixou de ser “formidável como um exército com bandeiras” Ct 6:4,10). Na verdade, a igreja se parece tanto com o mundo que os incrédulos nem percebem mais o que fazemos. Imitamos os métodos do mundo, satisfazemos os apetites do mundo, buscamos a aprovação do mundo e medimos nosso sucesso de acordo com os padrões do mundo. É de se admirar que não conquistemos o respeito do mundo? Mas não foi assim com Josué e com os israelitas! Eram um povo conquistador que não fazia concessões ao inimigo; antes, confiavam que Deus lhe daria a vitória. Sua marcha foi triunfal, pois instilaram o temor de Deus no coração do inimigo.
A promessa do Senhor (v. 2). É possível que o Senhor tenha proferido essas palavras a Josué quando o confrontou em Jericó (Js 5:13-15). O tempo do verbo é importante: “Entreguei na tua mão Jericó” (Js 6:2, ênfase minha). A vitória já havia sido conquistada! Tudo o que Josué e o povo precisavam fazer era se apropriar da promessa e obedecer ao Senhor. Os cristãos vitoriosos são pessoas que conhecem as promessas de Deus, pois gastam tempo meditando na Palavra de Deus (Js 1:8); crêem nas promessas de Deus, pois a Palavra de Deus faz crescer a fé em seu coração (Rm 10:1 7) e agem em função dessas promessas, obedecendo às ordens de Deus. “Agir em função” de algo significa considerar como verdadeira para sua vida alguma coisa que Deus diz a seu respeito em sua Palavra. “Tende bom ânimo”, disse Jesus aos seus discípulos, “eu venci o mundo” (Jo 16:33). É possível crer numa promessa e, ainda assim, não agir de acordo com ela nem obedecer ao Senhor. Crer numa promessa é como aceitar um cheque, mas agir em função dela é descontar o cheque.
 As instruções do Senhor (vv. 3-5). Nas palavras de Francis Schaeffer: “Josué não tomou a cidade apenas com uma tática militar humana de grande astúcia. A estratégia veio do Senhor”.1 Nenhuma situação é difícil demais para o Senhor resolver e nenhuma problema é grande demais para ele solucionar. Deus sempre sabe o que vai fazer. Nossa responsabilidade é esperar que ele nos diga tudo o que precisamos saber para obedecer a ele. No final do capítulo anterior, citei as palavras de J. Hudson Taylor sobre as três formas diferentes de servir ao Senhor: (1) fazer os melhores planos de que somos capazes e esperar que sejam bem-sucedidos; (2) fazer nossos próprios planos e pedir a Deus que os abençoe; e (3) perguntar a Deus quais são os planos dele e, em seguida, fazer aquilo que ele nos ordena. Josué recebeu suas ordens do Senhor e, por isso, Israel foi bem-sucedido. O plano de Deus para a conquista de Jericó parecia um tanto maluco, mas funcionou. A sabedoria de Deus está muito acima da nossa (Is 55:8, 9), e ele tem prazer em usar pessoas e planos que parecem loucos para o mundo (1 Co 1:26-29).
A palavra hebraica traduzida por “sete” (shevah) vem de um radical que significa “ser/estar pleno, estar satisfeito”. Quando Deus concluiu a obra da criação, descansou no sétimo dia e o santificou (Gn 2:3), fato que contribuiu para conferir ao número sete seu significado sagrado. Os israelitas observaram que Deus havia dado sete promessas na aliança com Abraão (Gn 12:1-3) e que determinou que se fizessem sete hastes para o candelabro do tabernáculo (Êx 37:17-24). Qualquer coisa que envolvesse o número sete, era considerada especialmente sagrada. Referia-se à capacidade de Deus terminar aquilo que havia começado. Os israelitas tinham dois tipos de trombetas; um deles era feito de prata e o outro de chifres de carneiro. As trombetas de prata costumavam ser usadas pelos sacerdotes para avisar o acampamento quando algo importante acontecia (Nm 10). Os chifres de carneiro eram usados especialmente para comemorar vitórias. A palavra hebraica comum para “chifre de carneiro” é shofar e para trombeta é jobel, radical do termo jubileu. O “ano de jubileu” era o quinquagésimo ano depois de sete anos sabáticos e era uma época especial de celebração em Israel (Lv 25; 27:17-24). Os sacerdotes tocavam as trombetas para “[proclamar] liberdade na terra a todos os seus moradores” (Lv 25:10). Nessa ocasião, os sacerdotes não usaram as trombetas de prata, pois Israel não estava declarando guerra a Jericó, uma vez que não havia guerra alguma em andamento! Os israelitas estavam anunciando o “ano de jubileu” para Israel na nova terra. Nos dias de hoje, o povo de Deus pode marchar numa procissão triunfal, pois Jesus Cristo venceu todos os inimigos de Deus (Rm 8:37; 2 Co 2:14; Cl 2:15). Devemos viver como vencedores e não como vítimas. “O muro da cidade cairá abaixo” (Js 6:5), essa foi a promessa de Deus, e suas promessas não falham jamais (Js 21:45; 23:14). O povo de Deus não luta simplesmente pela vitória, mas sim em vitória, pois o Senhor já venceu a batalha. Aja em função das promessas de Deus e obedeça ao que ele ordenar e terá vitória.
O soldado cristão encontra-se numa posição de vitória garantida, pois Jesus Cristo já derrotou todos os inimigos espirituais (Jo 12:31). Jesus derrotou Satanás não apenas no deserto (Mt 4:1-11), mas também durante seu ministério aqui na Terra (Mt 12:22- 29), na cruz (Cl 2:1 3-1 5) e em sua ressurreição e ascensão (Ef 1:19-23). Ao interceder por seu povo no céu, ele nos ajuda a crescer em maturidade e a realizar sua vontade (Hb 13:20, 21). “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31).
  1. Durante o desafio: lembre-se de QUE VOCÊ VENCE O INIMIGO PELA FÉ (Js 6:6-16, 20)
“Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias” (Hb 11:30). “E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5:4).
Fé não é crer apesar das evidências, pois o povo de Israel havia recebido provas seguidas de que poderia confiar na Palavra e no poder Deus. O Senhor havia separado as águas do mar Vermelho, destruído o exército egípcio, cuidado de seu povo no deserto, derrotado grandes reis, dado a Israel sua terra, aberto o rio Jordão e levado seu povo em segurança à Terra Prometida. O que mais lhes restava fazer senão crer nele?
Josué começou por transmitir o plano de Deus aos sacerdotes. Era importante que a arca do Senhor estivesse no lugar correto, pois representava a presença do Senhor com seu povo. O relato da travessia do Jordão por Israel menciona a arca dezesseis vezes Js 3 – 4); nessa passagem de Josué 6:6-15, a arca é citada oito vezes. Israel poderia marchar, e os sacerdotes poderiam tocar as trombetas até todos caírem de exaustão, mas, se o Senhor não estivesse com eles, não haveria vitória. Quando aceitamos o plano de Deus, nós o convidamos a estar presente, e essa é a garantia de vitória (ver Êx 33:12-17).
Em seguida, Josué instruiu os soldados. É provável que não tenha alistado o exército todo para esse acontecimento importante, pois isso teria envolvido gente demais. De acordo com o censo militar de Números 26, havia mais de seiscentos mil homens aptos para lutar.É importante que os líderes recebam ordens do Senhor e que obedeçam às instruções recebidas. Assim como a travessia do rio Jordão, a conquista de Jericó também foi um milagre de fé. Josué e seu povo ouviram as ordens de Deus, creram nelas e obedeceram. As atividades daquela semana foram um teste da fé e da paciência do povo de Israel. Deus nunca se apressa. Ele sabe o que faz e o tempo certo de fazê-lo.
Se o cronograma daquela semana foi um teste da paciência do povo, a ordem de Deus para que permanecessem em silêncio foi uma prova de seu domínio próprio. Aqueles que não conseguem controlar a língua não são capazes de controlar o resto do corpo (Tg 3:1, 2); de que valem soldados que não têm um corpo disciplinado? “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46:10). Na vida cristã, há “tempo de estar calado e tempo de falar” (Ec 3:7), e o cristão verdadeiramente sábio é capaz de distinguir entre um tempo e outro. Cristo é o exemplo perfeito (Is 53:7; Mt 26:62, 63; 27:14; Lc 23:9).
Quando a procissão percorreu o perímetro das muralhas sete vezes, a tensão dentro da cidade deve ter crescido assustadoramente. Em seguida, veio o toque das trombetas e o grito de vitória do povo, e as muralhas ruíram! Os soldados só precisaram correr para dentro da cidade e tomá-la.
O Espírito Santo dirigiu o escritor da Epístola aos Hebreus a usar esse acontecimento como exemplo de fé na lista de Hebreus 11. A queda de Jericó é um incentivo a que o povo de Deus confie nas promessas do Senhor e obedeça a suas instruções, por mais impossível que pareça a situação. Pode ser que você e eu não conquistemos uma cidade como Josué, mas em nossa vida diária deparamos com inimigos e muralhas que nos desafiam. A única maneira de crescer na fé é aceitar novos desafios e confiar que Deus nos dará a vitória. Como disse Phillips Brooks: “Não orem pedindo uma vida fácil. Antes, orem para ser homens e mulheres melhores. Não orem pedindo tarefas à altura de suas forças. Antes, orem por forças à altura de suas tarefas”.
  1. Depois da vitória: lembre-se de OBEDECER ÀS ORDENS DE DEUS E DE DAR-LHE GLÓRIA (Js 6:17-19, 21-27)
Permita-me citar mais uma vez o conselho sábio de Andrew Bonar: “Permaneçamos tão vigilantes depois da vitória quanto antes da batalha”. Pelo fato de um soldado não ter dado ouvidos a essa advertência, o desafio seguinte de Israel em Canaã acabou sendo uma derrota humilhante. Josué deu quatro instruções para que seus soldados obedecessem depois que tivessem tomado a cidade:
    Condenar a cidade inteira ao Senhor (vv. 17-19). Isso significava que tudo era consagrado ao Senhor: o povo, as casas, os animais e todos os despojos de guerra. Ele podia fazer com isso o que lhe aprouvesse. Nessa primeira vitória em Canaã, Jericó foi oferecida a Deus como “primícias” das vitórias vindouras. Era comum os soldados dividirem os despojos de guerra entre si (Dt 20:14), mas não foi o caso em Jericó, pois tudo naquela cidade pertencia ao Senhor e foi colocado em seu tesouro (Dt 13:16; 1 Rs 7:51). Esse foi o mandamento a que Acã desobedeceu, e, posteriormente, sua desobediência causou a derrota e a desgraça de Israel e a morte do próprio Acã e de sua família.
Salvar Raabe e sua família (vv. 22, 23, 25, 26). Ao que parece, quando as muralhas da cidade ruíram, a parte onde se encontrava a casa de Raabe (Js 2:15) permaneceu em pé! Deus salvou e protegeu Raabe por sua fé (Hb 11:31), e por ela haver levado a família a crer em Jeová, seus parentes também foram salvos. Esses gentios que creram no Senhor foram resgatados de um julgamento terrível ao crer no Deus de Israel, pois “a salvação vem dos Judeus” (Jo 4:22). Estavam inteiramente “separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa” (Ef 2:11, 12), mas sua fé os levou a fazer parte de Israel, o que é comprovado por Raabe ter se casado com Salmom e ter se tornado uma das antepassadas do rei Davi e do Messias (Mt 1:5)! A princípio, Raabe e seus familiares foram colocados “fora do arraial de Israel”, pois eram gentios imundos, e a parte “fora do arraial” era separada para os que se encontrariam impuros (Nm 5:1-4; 12:14; Dt 23:9-14). Os homens da família deveriam se circuncidar a fim de se tornarem “filhos da aliança”, e toda a família precisou se submeter à lei de Moisés. Que demonstração de sua graça Deus poupar Raabe e seus entes queridos e que graça abundante ele ter escolhido Raabe, uma gentia marginalizada, para fazer parte da linhagem do Salvador! O triste é quando pecadores perdidos rejeitam deliberadamente essas evidências e continuam levando sua vida de pecado (Jo 12:35-41).
Destruir o povo (v. 21). Alguns ficam perturbados com o fato de Deus ter condenado todos os seres vivos de Jericó à morte. Nosso Deus não é misericordioso? Afinal, uma coisa era os soldados israelitas matarem soldados inimigos e outra bem diferentes era exterminarem mulheres, crianças e até mesmo animais.
Em primeiro lugar, não se tratava de um mandamento novo. O Senhor havia dado essa mesma ordem a Moisés em ocasião anterior. Na “lei divina de guerra” encontrada em Deuteronômio 20, o Senhor fez uma distinção entre atacar cidades distantes (Dt 23:10-15) e cidades dentro da terra de Canaã, onde Israel habitaria (Dt 20:16-18).
Antes de cercarem as cidades distantes, os israelitas deveriam oferecer-lhes a paz e, se a cidade se entregasse, deveriam poupar o povo e transformá-lo em seus súditos. No entanto, o povo das cidades de dentro de Canaã deveria ser completamente destruído, e suas cidades, queimadas.
Isso se devia, antes de tudo, ao fato de a população de Canaã ser indescritivelmente perversa e de Deus não querer que seu povo santo fosse contaminado por seus vizinhos (Dt 7:1-11).
Nas palavras de G. Campbell Morgan: “Deus está sempre em guerra com o pecado. Essa é a explicação para o extermínio dos cananeus”.2 Pelo fato de os israelitas não obedecerem inteiramente a esse mandamento ao longo de sua história, a nação foi profanada e precisou ser sujeita à disciplina de Deus (Sl 106:34-48). O Livro de Juízes não estaria na Bíblia se a nação de Israel tivesse permanecido fiel ao Senhor (Jz 2:11-23).
Em segundo lugar, o povo da terra havia recebido diversas oportunidades de arrepender-se e de voltar-se para o Senhor, como fizeram Raabe e sua família. Deus suportou com paciência a perversidade do povo de Canaã desde os tempos de Abraão (Gn 15:16) até os dias de Moisés, um período de mais de quatrocentos anos (ver 2 Pe 3:9). Também não devemos nos esquecer de que esses acontecimentos históricos foram registrados “para o nosso ensino” (Rm 15:4), enquanto procuramos viver para Cristo nos dias de hoje. Por meio da destruição de Jericó e de sua população, Deus está nos dizendo que não irá tolerar a transigência ao pecado na vida de seu povo. Citando novamente Campbell Morgan: “Graças a Deus, ele não faz as pazes com o pecado em meu coração! Bendigo o nome do Senhor por sua autoridade poderosa e pela convicção profunda de que ele é tremendo e furioso em sua ira contra o pecado onde quer que este se manifeste”.3
Queimar a cidade (v. 24). “Porque o Senhor, teu Deus, é fogo que consome.” Essas palavras foram ditas por Moisés em Deuteronômio 4:24 muito tempo antes de serem citadas pelo Espírito Santo em Hebreus 12:29. Moisés estava advertindo o povo de Israel contra a idolatria e o perigo de seguir as práticas religiosas do povo de Canaã e disse uma frase não citada em Hebreus, mas que, ainda assim, é importante conhecer: “[o Senhor] é Deus zeloso”. Deus é zeloso com seu povo e não permitirá que divida seu amor e serviço entre ele e os falsos deuses do mundo (Êx 20:5; 34:14). Não podemos servir a dois senhores.
Jericó era uma cidade perversa, e o pecado serve apenas de combustível para fazer arder a ira santa de Deus. Jesus comparou o inferno a uma fornalha de fogo (Mt 13:42), a um fogo que nunca se apaga (Mt 25:41, 46), e João usou a ilustração de um lago de fogo (Ap 19:20; 20:10,14). João Batista descreveu o julgamento de Deus como um “fogo inextinguível” (Mt 3:12). Assim como a destruição de Sodoma e Gomorra (Jd 7), a ordem para queimar Jericó é um retrato do julgamento de Deus que será executado contra todos que rejeitarem a verdade.
Mesmo depois de haver queimado a cidade, Josué colocou uma maldição sobre ela. A maldição serviria para advertir os israelitas ou descendentes de Raabe que fossem tentados a reconstruir aquilo que Deus havia destruído. Essa maldição se cumpriu posteriormente nos dias do perverso rei Acabe (1 Rs 16:34).
Como havia prometido, Deus foi com Josué (Js J:5,9) e engrandeceu o nome dele na terra (Js 1:27; 3:7; 4:14). Os servos de Deus jamais devem engrandecer a si mesmos. Se o Senhor o fizer, devem ter o cuidado de dar-lhe toda a glória. Quando estamos fortes, há o perigo de nos sentirmos seguros demais e de nos esquecemos de confiar no Senhor
Como aconteceu com Uzias (2 Cr 26:15,16).Como aconteceu com Davi ( 2 Sm 24.1-9; 1 Cr 21.1-6).
CONCLUSÃO
O pastor Ronaldo Lidório foi alguns anos atrás convidado para se o preletor de um Congresso no sul da França, e então como ele não sabia falar francês convidaram um tradutor fluente em francês e inglês. Aquele tradutor era muito dedicado e estava sempre conversando com o reverendo sobre suas palestras, de tal maneira que na sexta e no sábado tudo transcorreu bem. Ao chegar o domingo, o último dia do evento eis que surgiu um imprevisto com o tradutor e ele não pode ir no domingo, mas o a direção do evento tomou as devidas providências.
O coordenador disse para Ronaldo, não se preocupe, nós já providenciamos o tradutor, e apontou para uma senhora idosa que estava chegando, ao que ele pensou não vai funcionar. Ele então tentou conversar com aquela senhora sobre a sua palestra, mas ela disse não se preocupe vai funcionar. A senhora não quer saber em que texto eu vou falar? Qual a ênfase da minha palavra nesta noite, etc? . E ela respondia não se preocupe vai funcionar. Quando ela subiu ao púlpito para fazer a tradução com sua bengala ele a ajudou-a, e pegou a sua bengala e encostou no púlpito e mais uma vez pensou não vai funcionar. Mas para a surpresa dele quando aquela mulher começou a traduzir se agigantou de maneira extraordinária foi uma bênção.
Quando terminou a palestra a senhora se despediu e saiu, e o coordenador do evento perguntou, você sabe quem era aquela senhora? Não, ela foi a tradutora de Billy Graham na década de setenta. No final do culto, aquela senhora disse a Ronaldo: “ DEUS SEMPRE NOS FORTALECE QUANDO FAZEMOS A SUA VONTADE”.
Por Eli Vieira

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