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O mundo gospel não anda bem, já dizia a sátira musical do Franklin Medrado. Unções estranhas, teologia da prosperidade, heresias de perdição, cantores cobrando altas somas para “ministrar” e pastores com cachês elevadíssimos para “pregar” (mas tudo isso só acontece no “meio gospel”, a igreja invisível de Jesus, esta vai muito bem, obrigado!).
Na última semana de abril, o pastor e cantor Kleber Lucas promoveu uma conferência na igreja Batista Soul, que ele lidera na Barra da Tijuca. Trata-se do aniversário de 3 anos de sua igreja, e para a ocasião ele convidou Ed René Kvitz e o Padre Fábio de Melo para pregar.
Em sua conta do Instagram, onde tem mais de 4 milhões de seguidores, o padre escreveu: “Hoje foi dia de estabelecer comunhão. Preguei na Igreja Batista Soul liderada pelo meu amigo @Kleberlucas. Muito obrigado a todos os pastores e membros da igreja que me receberam com tanto respeito e carinho”.
Este foi um evento sem precedentes, pois foi a primeira vez que o Padre Fabio pregou em uma igreja “evangélica”, e possivelmente também foi a primeira vez que uma igreja evangélica convidou um padre para pregar.
Tudo isso nos leva à pergunta: Será que está faltando pregadores na igreja do Kleber Lucas? Bom, se ele se viu na necessidade de convidar um padre mariolatra e um pastor evangélico progressista que flerta com o teísmo aberto, podemos concluir que sim.
Kleber esteve envolvido em uma polêmica há pouco tempo, ao cantar a música epitáfio, da banda de rock nacional Titãs: “O acaso vai me proteger enquanto eu andar destraído”, repetia o coro da Batista Soul, liderado pelo pastor. E como nós dissemos naquela ocasião, é isso que acontece quando pastores andam distraídos e confiam no acaso em vez de esperar na providência de Deus.
Não estou afirmando que o Padre Fábio seja incapaz de falar verdades de vez em quando (até um relógio quebrado acerta duas vezes por dia). Mas isso não significa que um padre tenha autoridade para ensinar em uma igreja evangélica, mesmo se tratando da igreja do Kleber Lucas.
A crença na necessidade de orar aos santos mortos, na capacidade destes de ouvir as suplicas dos fiéis e conceder seus pedidos é uma afronta a Deus, pois transforma os santos e mártires em pequenos deuses igualmente oniscientes (que escutam as orações de todos os fiéis) e onipotentes (pois atendem as petições).
A nós, resta orar pelo Kleber, por suas ovelhas enganadas, e pelo “mundo gospel” que definitivamente não anda bem.

Por Leo Gonçalves

Consciência Cristã News
Imagem: Filipe Machado