Por Oliver Alves Pereira
Em nome do “politicamente correto” os cristãos estão se tornando vergonhosamente omissos. A falta de coragem em falar a verdade é mascarada pelo “respeito” e pela “tolerância” que na realidade não é nem uma coisa nem outra, mas, sim, diante da omissão da mensagem que deve ser proclamada, custe o que custar, doa em quem doer.
Em nome do “politicamente correto”:
1) Noé teria visto sua família morrer no dilúvio, pois, anunciar o castigo de Deus ao mundo seria (hoje) uma propaganda terrorista;
2) Moisés teria ficado calado quando viu o egípcio matando aquele hebreu, afinal, seria loucura da parte dele se levantar contra o sistema estabelecido;
3) Ana, mãe de Samuel, hoje teria sido processada por “abandono de incapaz” quando cumpriu sua promessa a Deus de dedicar-Lhe o filho que Ele lhe desse;
4) Elias teria sido um intolerante, agitador e incitador de perseguição quando zombou dos sacerdotes de Baal e de seu culto idólatra, e depois mandou que fossem mortos todos aqueles prevaricadores idólatras;
5) Eliseu teria sido condenado tanto pelo IBAMA por ter usado duas ursas, e pelo MP pelo assassinato daqueles meninos que zombavam do ungido do Senhor;
6) Jeremias seria achincalhado por ser “do contra”, pois, onde já se viu um profeta profetizar “coisas ruins” quando todos os outros profetas só “profetizavam” coisas boas? Na verdade, os falsos profetas (assim como em nossos dias) sempre pregaram o que o povo quer ouvir e não o que Deus de fato manda, como o fez Jeremias;
7) E Ezequiel? Ah! Esse profeta boca suja que deveria passar por uma sessão de psicanálise na melhor linha freudiana, pois, ele só falava de sexo e órgãos genitais, sexo, e órgãos genitais… para repreender o povo.
8) Daniel e seus companheiros seriam condenados (e foram) por rebeldia contra o rei. Onde já se viu um servo de Deus se rebelar contra os governantes?
9) João Batista seria (e foi) chamado de endemoninhado, pois, somente quem tem o capeta no couro come gafanhotos com mel (ainda que em nossos dias algumas culturas saboreiem “iguarias” como essa, mas, aí, dessas culturas dizemos que é normal, e, criticá-las seria “etnocentrismo”);
10) E Jesus? Em nome do “politicamente correto” Ele seria chamado de agitador, perturbador da ordem estabelecida, megalomaníaco (se declara Deus!), absolutista, pois, Se declara como “a Verdade” e não como mais uma verdade.
11) Paulo, Pedro, João, Tiago e os demais apóstolos não passam de um bando de aproveitadores que “institucionalizaram” a Igreja de Cristo dando ensejo para que os muitos pilantras se aproveitassem da ganância travestida de ingenuidade de muitos.
Definitivamente, em nome do politicamente correto a omissão tem se instalado no coração dos cristãos que se acovardam, não têm coragem de chamarem de mal o mal, de denunciarem o pecado seja em quem e aonde for.
“A Igreja de Cristo não foi chamada para fazer relações públicas, mas, sim, dar um ultimato à sociedade” (Rev. Marcos Agripino).
Não fomos chamados para dialogar com o mundo, mas, sim, monologar, pois, pregação é monólogo (e muitas vezes ficamos sozinhos enquanto falamos).
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