terça-feira, 27 de setembro de 2016

PARTIDO COMUNISTA IMPÕE NOVAS RESTRIÇÕES PARA O TRABALHO DE IGREJAS NA CHINA



O governo chinês (Partido Comunista) elaborou novas restrições em um esforço para impedir o crescimento e a influência das religiões estrangeiras no país, incluindo o islamismo e o cristianismo, ultrajar muitos na comunidade baseada na fé.

De acordo com a organização cristã humanitária 'China Aid', o novo conjunto de restrições religiosas deve ser promulgado oficialmente no início de outubro e procura "suprimir todas as atividades religiosas não-oficiais por meio da dispersão de igrejas evangélicas domésticas, silenciando separatistas tibetanos e minando a influência do Vaticano sobre os católicos chineses".

Na sua forma atual, o projeto contém nove capítulos e 74 artigos, alguns dos quais incluem proibições de "promover encontros e reuniões de cidadãos para participarem de treinamentos religiosos, conferências e actividades no exterior", "pregar, organizar atividades religiosas e estabelecer instituições religiosas ou locais religiosos em escolas", além da "prestação de serviços religiosos por meio da internet".

Os artigos alertar contra a influência de potências estrangeiras, impondo restrições sobre a "aceitação de postos de ensino de países estrangeiros" e a "organização de atividades em locais religiosos não aprovados". A 'China Aid' observa que essas restrições específicas são destinadas a dificultar o funcionamento das igrejas domésticas e reduzir o contato com organizações de fora das igrejas chinesas controladas pelo governo.

O pacote de medidas também diz ser contra o "extremismo religioso e o terrorismo", expressando preocupação sobre a "infiltração do proselitismo religioso na educação nacional" por uma série de grupos, conforme observou o site 'East Asia Forum'.

No entanto, novas restrições não estão bem recebidas por parte da população, incluindo um pastor chamado Zhou, que disse que o novo pacote de medidas é uma evidência de que o Partido Comunista quer tomar conta da religião no país.

"O governo quer controlar tudo, até mesmo os menores aspectos", disse ele. "Uma característica deste projeto é o fortalecimento dos governos locais em seu domínio sobre as comunidades. Esta revisão irá reduzir ainda mais a possibilidade de suavizar o controle religioso na China. Está se tornando impossível".

Gao Baosheng, pastor de uma igreja chinesa com sede nos Estados Unidos, advertiu que "este projeto trará clima pesado, tão duro sobre a liberdade religiosa que a orientação de Deus se faz ainda mais necessária". Ele também enfatizou que os novos regulamentos são claramente "uma tentativa do presidente chinês Xi Jinping em gerenciar e suprimir ainda mais as religiões no país, usando leis para isso".

"Ao observar essas mudanças, podemos dizer que o governo está impondo mais controle sobre as grandes religiões", alertou.

Repressão

Desde a criação da política religiosa do país, na década de 1990, o Partido Comunista da China expressou temor de que as "forças estrangeiras hostis" usassem as religiões para "se infiltrar sociedade chinesa, se impondo sobre a população e subvertendo o governo do partido". Por conseguinte, o Partido Comunista proibiu o trabalho missionário de estrangeiros e recusou-se a reconhecer qualquer nomeação por entidades religiosas estrangeiras, como o Vaticano, além de declarar que quaisquer grupos religiosos não registrados - tais como as igrejas subterrâneas - são ilegais.

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