sábado, 3 de setembro de 2016

Pastor cubano diz que a perseguição é boa, pois fortalece a igreja

Cresce número de igreja demolidas pelo governo de Cuba
por Jarbas Aragão 



Pastor Bernardo de Quesada pregando ao ar livre após templo ser destruído.
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Assim que foi oficializado o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência do Brasil, o governo de Cuba condenou “energicamente” o que chama de “golpe de Estado”. Anunciou também que está fazendo uma campanha internacional, procurando dezenas de altos funcionários de entidades internacionais e diplomatas.
Enviou um comunicado em inglês e espanhol para a ONU, Unicef, Organização Mundial da Saúde, Organização Mundial do Comércio, Organização Internacional do Trabalho e dezenas de outras. O presidente cubano Raul Castro afirmaque a cassação de Dilma foi um ato contra a democracia.
Ao mesmo tempo, o governo dos irmãos Castro não permite a liberdade de imprensa no seu país e por isso pouco se sabe sobre o aumento da perseguição religiosa na ilha. Patrick Klein, da missão Visão Além das Fronteiras, explica que o sistema de político cubano não tem intenções de deixar o comunismo. Isso inclui um tratamento severo das instituições que defendem a liberdade, como as igrejas.
Um relatório da Christian Solidarity Worldwide mostra que as demolições da igreja estão se tornando mais frequentes em 2016. A organização registrou 1.606 violações da liberdade religiosamente no primeiro semestre deste ano. Em comparação, foram 220 em 2014, pulando para 2300 em 2015.
“A perseguição é boa para a igreja”
Klein relata que recentemente conversou com um pastor que viu o pequeno templo onde costumava pregar ser demolido. As autoridades o acusaram de estar fazendo algo “ilegal”.
Em meio às lágrimas, o pastor que não poder ser identificado por questões de segurança, desabafou: “Quer saber? Não importa que eles derrubem, a perseguição é boa para a Igreja, pois nos fortalece”. Acrescentou que já estava procurando um outro lugar para reunir as pessoas.
O missionário Klein explica que “A Igreja é muito vibrante em Cuba. Eles evangelizam muito, estão plantando muitas igrejas. É simplesmente incrível como a Igreja está crescendo tão rapidamente. Eles estão determinados a servir a Deus, não importa o que aconteça. Se a perseguição fica muito intensa, continuam louvando a Deus e vão achar uma maneira de se reunir, seja na praia, numa casa ou até na selva”.
A Visão Além das Fronteiras, que dá apoio a cristãos perseguidos em vários países, compara as demolições na ilha caribenha com os relatos que vem da China, onde o sistema de governo é muito parecido com o cubano.
Em ambos os casos o ideal comunista, inerentemente ateísta, é usado para justificar o controle das organizações religiosas. As que se negam a obedecer ao Estado são destruídas. Klein ressalta que existem situações semelhantes acontecendo no Laos e Vietnã, onde o regime também é baseado nos ideais marxistas, onde existe um partido único que controla o país e restringe a liberdade.
Fonte: Gospel Prime


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