Cresce número de igreja demolidas
pelo governo de Cuba
por Jarbas
Aragão
Pastor Bernardo de Quesada pregando ao
ar livre após templo ser destruído.
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Assim que foi oficializado o
afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência do Brasil, o governo de
Cuba condenou “energicamente” o que chama de “golpe de Estado”. Anunciou também
que está fazendo uma campanha internacional, procurando dezenas de altos
funcionários de entidades internacionais e diplomatas.
Enviou um comunicado em inglês e
espanhol para a ONU, Unicef, Organização Mundial da Saúde, Organização Mundial
do Comércio, Organização Internacional do Trabalho e dezenas de outras. O
presidente cubano Raul Castro afirmaque a cassação
de Dilma foi um ato contra a democracia.
Ao mesmo tempo, o governo dos irmãos
Castro não permite a liberdade de imprensa no seu país e por isso pouco se sabe
sobre o aumento da perseguição religiosa na ilha. Patrick Klein, da missão
Visão Além das Fronteiras, explica que o sistema de político cubano não tem
intenções de deixar o comunismo. Isso inclui um tratamento severo das
instituições que defendem a liberdade, como as igrejas.
Um relatório da Christian Solidarity
Worldwide mostra que as demolições da igreja estão se tornando mais frequentes em
2016. A organização registrou 1.606 violações da liberdade religiosamente
no primeiro semestre deste ano. Em comparação, foram 220 em 2014, pulando para
2300 em 2015.
“A perseguição é
boa para a igreja”
Klein relata que recentemente
conversou com um pastor que viu o pequeno templo onde costumava pregar ser
demolido. As autoridades o acusaram de estar fazendo algo “ilegal”.
Em meio às lágrimas, o pastor que não
poder ser identificado por questões de segurança, desabafou: “Quer saber? Não
importa que eles derrubem, a perseguição é boa para a Igreja, pois nos
fortalece”. Acrescentou que já estava procurando um outro lugar para reunir as
pessoas.
O missionário Klein explica que “A
Igreja é muito vibrante em Cuba. Eles evangelizam muito, estão plantando muitas
igrejas. É simplesmente incrível como a Igreja está crescendo tão rapidamente.
Eles estão determinados a servir a Deus, não importa o que aconteça. Se a
perseguição fica muito intensa, continuam louvando a Deus e vão achar uma
maneira de se reunir, seja na praia, numa casa ou até na selva”.
A Visão Além das Fronteiras, que dá
apoio a cristãos perseguidos em vários países, compara as
demolições na ilha caribenha com os relatos que vem da China, onde o sistema de governo
é muito parecido com o cubano.
Em ambos os casos o ideal comunista,
inerentemente ateísta, é usado para justificar o controle das organizações
religiosas. As que se negam a obedecer ao Estado são destruídas. Klein ressalta
que existem situações semelhantes acontecendo no Laos e Vietnã, onde o regime
também é baseado nos ideais marxistas, onde existe um partido único que
controla o país e restringe a liberdade.
Fonte: Gospel Prime
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