terça-feira, 27 de novembro de 2012

Duplo atentado suicida destrói igreja cristã e mata 11 pessoas na Nigéria


Dois ataques suicidas devastaram uma igreja cristã em Kaduna, Nordeste da Nigéria, neste domingo, matando ao menos 11 pessoas e deixando mais de 30 feridos.






Duas bombas em ataques suicidas mataram pelo menos 11 pessoas neste domingo em uma igreja em quartel na Nigéria, onde a facção islâmica Boko Haram está promovendo uma campanha de violência, segundo os militares.



O porta-voz do exército, Bola Koleoso, disse que um ônibus entrou na Igreja Militar Protestante de St. Andrew, no quartel Jaji, no Estado de Kaduna, e explodiu cinco minutos após o culto ter começado.

Explosivos dentro de uma Toyota Camry foram detonados do lado de fora da igreja dez minutos depois, disse ele.


Os militares disseram que pelo menos 30 ficaram feridos.



Uma fonte militar que testemunhou o ataque disse que a segunda bomba foi a mais fatal, matando pessoas que foram ajudar os feridos pela primeira explosão. Testemunhas disseram que o quartel foi isolado e ambulâncias carregaram os feridos ao hospital.



"Houve dois atentados suicidas com dez minutos de intervalo, neste domingo, na escola protestante militar Saint Andrews, na cidade de Jaji", situada a 30 km de Kaduna (estado de mesmo nome), declarou à AFP um porta-voz do exército, general Bola Koleosho.



Não houve declaração de responsabilidade, mas a seita islâmica Boko Haram tem atacado frequentemente as forças de segurança e igrejas cristãs em sua luta para criar um Estado islâmico na Nigéria, onde a população de 160 milhões está equilibradamente dividida entre cristãos e muçulmanos.



O Boko Haram, cujo nome em idioma Haoussa significa 'a educação ocidental é um pecado' declarou o desejo de instaurar um Estado islâmico.



Um homem-bomba matou oito pessoas e feriu mais de 100 no mês passado em uma igreja em outra parte de Kaduna, que possui população de muçulmanos e cristãos, que normalmente sofrem com tensões sectárias.



As violências atribuídas à seita e sua repressão sanguinária pelas forças de ordem deixaram, segundo estimativas, mais de 3.000 mortos desde 2009.



A Nigéria, país mais populoso da África, com 160 milhões de habitantes, e primeiro produtor de petróleo do continente, está dividido entre o norte, majoritariamente muçulmano, e o sul, predominantemente cristão.





*Com informações das agências internacionais





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