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terça-feira, 26 de abril de 2016

Os 10 acontecimentos de perseguição que marcaram 2015 – 3ª Parte

5 – Estado Islâmico realiza execuções na Líbia
Carrasco Estado islâmico na Líbia conversando com os telespectadores em vídeo. (Screen-salvar Morning Star News)
Carrasco Estado islâmico na Líbia conversando com os telespectadores em vídeo. (Foto: Morning Star News)
O Estado Islâmico (EI) deixou sua marca na Líbia, em 2015, ao publicar vídeos de horríveis execuções  de cristãos egípcios e etíopes. O vídeo divulgado em 19 de abril mostra a execução cruel de 28 cristãos etíopes. Nele, fica evidenciado que a perseguição contra cristãos é fundamental para o Islã. O narrador do vídeo adverte que se os cristãos no Oriente Médio e em outros lugares se recusarem a voltar para o islã, também serão mortos. Ele deu três opções para os cristãos: voltarem para ao islamismo, submeterem-se as regras do Islã e pagar o Jizya (tributo) ou serem mortos.
Outro vídeo liberado mostra a execução de outros 21 cristãos, de maioria egípcia. Os etíopes e os egípcios foram executados em uma praia. No vídeo de abril, o narrador cita vários éditos religiosos sobre o tratamento que um muçulmano deve dar à cristãos e judeus.
“Quem não considerar os judeus e os cristãos como descrentes e não odiá-los não é um muçulmano”, diz ele, citando o estudioso islâmico Al Islam Ibn Taymiyyah. Ele acrescentou que Muhammad ensina seus seguidores a serem agressivos com cristãos e judeus, quando declara: “Se você encontrar um judeu ou um cristão, não tenha paz com ele”.

6 – Execução de Asia Bibi permanece suspensa no Paquistão
Muçulmanos no Paquistão protestando para que a sentença de morte de Asia Bibi seja acolhida. (Foto: Pakistan Today)
Muçulmanos no Paquistão protestando para que a sentença de morte de Asia Bibi seja acolhida. (Foto: Pakistan Today)
O Supremo Tribunal do Paquistão, em 22 de julho, concordaram em rever o caso contra a cristã Aasiya Noreen, mais conhecida como Asia Bibi. A decisão suspende, temporariamente, a execução da mãe cristã depois que ela foi condenada à morte sob a acusação de blasfêmia. Ela foi a primeira mulher a ser condenada à morte por blasfêmia no país.
Asia foi presa em junho de 2009, num campo de trabalho próximo a Lahore, depois que colegas de trabalho muçulmanas não conseguiram fazê-la voltar  ao Islã. Elas acusaram de blasfêmia. Sua sentença de morte  foi anunciada em novembro de 2010. Ela foi condenada nos termos do Artigo 295-C por difamação em comentários depreciativos sobre Muhammad. A Alta Corte de Lahore em 16 de outubro de 2014 confirmou a sentença de morte para a mãe de dois filhos e madrasta de três outros.
O procurador Saif-ul-Malook encontrou uma brecha a favor de Asia quando percebeu que  Primeiro Relatório de Informação (FIR) contra ela foi registrado cinco dias após as alegadas observações. Em um caso de blasfêmia anterior, em 2002, no estado de Masih, os juízes revogaram uma sentença de morte devido a um atraso de apenas três horas no registro da FIR.
O principal autor da denúncia contra Asia, o clérigo muçulmano Mohammad Salaam, admitiu que ele não tinha ouvido-a blasfemar. Outro acusador importante, o proprietário do campo onde ela trabalhava, Muhammad Imran, não estava presente no momento da discussão com colegas de trabalho. No momento, ele estava longe da aldeia.
O caso de Asia Bibi atraiu a atenção internacional sobre como as leis de blasfêmia do Paquistão se tornaram uma arma contra minorias religiosas. Sua sentença de morte levantou muitos protestos internacionais. Dentro do Paquistão, a possibilidade de revogação da sentença provocou indignação. Punjab Salman Taseer, governador,  foi morto por seu guarda-costas em 04 de janeiro de 2011 por seu apoio à Asia e por criticar a lei da blasfêmia. O guarda-costas acreditava que Taseer, um muçulmano, havia blasfemado ao criticar a lei.
Em seu encontro com Asia, em 2010,  depois Taseer tinha dito a ela que ele acreditava que as acusações contra ela foram fabricadas e prometeu ajudá-la a ganhar o perdão. Ele chamou os estatutos de blasfêmia do Paquistão de “uma lei negra” e apelou à sua revogação.
O ex-ministro para Assuntos Minoritários Shahbaz Bhatti, o primeiro cristão, ministro em nível de gabinete, foi baleado e morto em 2 de março de 2011 após pedir reformas nas leis de blasfêmia e que o julgamento de Asia fosse revisto.
Sentenças de morte por blasfêmia não haviam sido emitidas ainda no país. Isso porque os acusados sempre foram assassinados antes.
O Paquistão é quase 96% muçulmano. Processos contra cristãos, normalmente, são acompanhados por multidões de muçulmanos pressionando advogados e juízes. Cristãos representam 2,45% da população.

Teologia da Missão Integral e Teologia da Libertação: de onde saíram?

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A boa teologia deve partir da revelação de Deus. O próprio termo teologia atesta e pressupõe este fato. Como diz a Escritura:
"As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei." (Dt 29.29).

Qualquer proposição ou construção teológica, reivindicando-se verdadeira, NÃO pode ter origem, portanto, em qualquer outro lugar. 

A ideia de uma teologia latino-americana, que dá ocasião à Teologia da Libertação (no catolicismo) e à Teologia da Missão Integral (no protestantismo), aponta para uma construção teológica que parte de um recorte sócio-econômico, no caso, situado no continente sul-americano. Mas, ainda que a posição teológica partisse de outro local do globo e de outra realidade social, o resultado da teologia estaria comprometido desde o início em virtude dos pressupostos empregados e do recrutamento de suas asserções hermenêuticas fundamentais, ou seja, seria errado desde o início por causa do método. 

A Teologia da Missão Integral (TMI) e sua irmã católica, a Teologia da Libertação (TL) são sistemas construídos sobre premissas marxistas, conforme testemunha, em alto e bom som, o maior representante atual da TMI no Brasil, Ariovaldo Ramos, him self [1]. Elas pressupõem [o que julgam ser] disfunções sócio-econômicas como o seu referencial teórico e, a partir dele, orientam a reflexão teológica resultando em um sistema que:
  • Adota uma cosmovisão flagrantemente antibíblica - o marxismo - como lente interpretativa; 
  • Entende "justiça social" como a redistribuição coercitiva de renda;
  • Posiciona o Estado como o agente de caridade; 
  • Direciona conclusões originadas na ideia marxista de luta de classes; 
  • Expande a ideia de luta de classes para confrontos em outras instituições, como a família; 
  • Coloca-se favorável a modelos de governo irrefutavelmente corruptos, totalitários, ditatoriais, imorais, ladrões, sanguinários e perseguidores oficiais de cristãos; 
  • Defende abertamente o comunismo tanto pela declarada afeição aos referidos governos quanto pelo alinhamento ideológico e pessoal a ditadores de esquerda.
Diante disso, tanto a TMI quanto a TL são abominações. Com efeito, não deveriam sequer ser chamadas de teologias: suas estruturas doutrinais não partem da revelação de Deus, mas de outro ponto. A TMI e a TL são, assim, anomalias.

________________
Notas: 
1. Ariovaldo Ramos e a Base Marxista da Teologia da Missão Integral. Disponível em: <https://m.youtube.com/watch?v=EC7onU_jSWA&feature=youtu.be>. Acesso em: 21.04.2016.

***
Autor: Paulo Ribeiro
Fonte: Teologia Expressa

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Masturbação - considerações morais, bíblicas e refletivas

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Creio que quase todo jovem cristão já enfrentou ou enfrenta problemas nessa área. Por isso creio poder me familiarizar com muitos jovens (e também adultos) que lerão este artigo. Quero tratar da questão em quatro fases: (i) definição da masturbação, (ii) considerações morais, (iii) considerações bíblicas e (iv) reflexões especiais.

DEFINIÇÃO DE MASTURBAÇÃO

O termo masturbação é usado aqui num sentido mais restritivo, para se referir a estimulações eróticas conscientes e de livre agência, com sentido erótico-genital, que podem ser praticadas solitariamente ou mutuamente, no último caso distinguindo-se da relação sexual em especial pela inexistência de penetração. Nessa definição exclui-se: (i) “masturbações” sem sentido erótico-genital na primeira e segunda infância, (ii) sonambulismo sexual; (iii) sonho erótico (iv) polução noturna e (v) excitação sexual não estimulada.

CONSIDERAÇÕES MORAIS

A masturbação assim definida possui diversos problemas éticos, sendo, portanto uma prática objetivamente imoral. Se olharmos do ponto de vista ético, perceberemos que a masturbação é um desvio do ideal da sexualidade. O orgasmo seria algo como um "pedacinho do céu", do gozo eterno da união mística entre Cristo e a Igreja. Sexo é o símbolo da "união agápica-erótica" entre os cônjuges. Por isso, onde há sexualidade em seu sentido genital deve haver o eros matrimonial, a conexão mística com "o outro", em que a diferença de gênero sinaliza a alteridade, e a marca da conjugabilidade aduz à intimidade. Na masturbação, a alteridade é quebrada, o prazer é destinado a satisfazer a "si mesmo", e não a compartilhar-se com a pessoa amada. Nela resta a estimulação narcísica e egoica do autoerotismo. Quando a prática envolve fantasias sexuais com uma pessoa, está incluso o problema da objetificação do corpo do outro e do desrespeito envolvido na atitude imoral de tomar sem autorização a imagem de uma pessoa como um estímulo para satisfazer seus próprios desejos.

CONSIDERAÇÕES BÍBLICAS

Existe um erro grave quando se argumenta a favor da masturbação com base no silêncio das Escrituras em torno do assunto. Quando a Bíblia não menciona explicitamente uma prática, isso não significa que as Escrituras a autorize. Em casos assim, o que se deve examinar é o conjunto global principiológico da Palavra de Deus e a relação da prática com esse contexto principiológico geral. A Bíblia apresenta muitos princípios importantes, em geral feridos pela prática masturbatória, tais como (i) a pureza moral da mente e dos pensamentos (Filipenses 4.8); (ii) a mortificação de apetites sexuais impuros (Colossenses 3.5); (iii) a evitação de desejos passionais errados característicos da juventude; (iii) a castidade no olhar (Jó 31.1; Mateus 5.28), (iv) o domínio próprio e o controle sobre os desejos da carne (Gálatas 5.22-23; Tito 3.3). 

Precisamos ser sinceros em reconhecer que a masturbação fere os princípios de castidade das Escrituras, por mais que nossa mente depravada busque sempre escusas para recusar a verdade. Quando observamos o Ensino do Cristo percebemos que ele pregava uma moral que excede o mero legalismo dos religiosos da sua época. Em Cristo, como percebemos a partir de uma leitura de Mateus 5.21-37, as intenções e desejos do coração tem um grande valor para Deus, de modo que não só a prática é pecaminosa, mas também a estimulação de pensamentos e desejos imorais ferem o padrão de Deus. Sendo que a fé cristã, considera o sexo antes do casamento pecado, do mesmo modo a estimulação de pensamentos e desejos nesse sentido deve ser evitada, de modo que o Cristianismo considera a prática masturbatória como pecado.

REFLEXÕES ESPECIAIS

A trama significativa do estruturalismo anímico do recalque, a naturalização do reducionismo afetivo e a degradação dos princípios éticos-morais constroem um pensamento que coloca o sujeito casto dentro de um campo de significações e categorizações que lhe roubam a subjetividade. Para o pensamento mundano, aquele que se abstêm de prazeres sexuais por princípios morais, é alguém que baniu sua subjetividade pelo recalcamento das afetações prazerosas. A Revolução Afetiva elevou de tal forma o sentimento, que o colocou como o resumo da construção identitária, e deslocou o próprio ser do campo da existência para o mundo dos afetos. Nega-se aos 'abstêmicos' a própria felicidade, como se o gozo sexual fosse a arkhé da eudaimonia. Não só são excluídos dos afetos positivos, como também são aos abstêmicos atribuídos os sentimentos patológicos de angústias advindos da repressão neurótica. 

O que se põe é - não pode haver felicidade plena sem uma sexualidade livre, e aqueles que não seguem essa regra, são os que a dominação social infundiu-lhes a ojeriza pelo sexo - são os reprimidos, alienados da subjetividade. Mas será mesmo assim? Não pode a busca do desenvolvimento do autodomínio e da continência significar uma vivência subjetiva legítima de contactar a própria sexualidade? Não há porquê ver no exercício vivencial da continência um necessário recalcamento da sexualidade ao mundo do Inconsciente, ao contrário, controlar os próprios desejos sexuais e direcionar a própria libido é uma atitude da consciência em contato com a própria sexualidade. Ou mesmo se falarmos do recalque, não seria a sublimação e o direcionamento da libido sexual para atividades de "latência" de práticas excelsas uma atitude louvável? Ainda, não estaria o verdadeiro sentido da dignidade humana na possibilidade de transcendência sobre os domínios instituais? E não fazem parte de uma profunda vivência subjetiva os próprios conflitos, dificuldades e angústias que podem daí emergir? 

A luta contra a masturbação ajudará um jovem (ou mesmo adulto) cristão a conhecer melhor sua própria sexualidade. Por isso os que lutam contra esse pecado devem observar qual é maneira que seu corpo, uma parte do si mesmo, lida com a sexualidade. Avalie quais são os padrões de comportamento, os tipos de estímulos, ambientes que costumam te levar a se masturbar. Observe também qual a forma que você costuma se masturbar, bem como as fantasias sexuais ligadas ou não ao ato. Conhecer todos esses aspectos na luta contra a masturbação, lhe ajudará a desenvolver não só melhores meios de cultivar autodomínio como também o levará a vivenciar de perto seus conflitos éticos-morais e a conhecer sua própria sexualidade. Se esforce em desenvolver autodomínio, e em evitar certos padrões de comportamento e ambientes sexualmente estimulantes. Conheça a si mesmo, vivencie seus conflitos morais e desenvolva autodomínio. Saber controlar e administrar seus próprios desejos sexuais é uma manifestação da dignidade humana, enquanto imagem do Criador.

Lidar com o sentimento de culpa nesse processo pode também ser difícil. Mas a culpa também é, na medida certa, positiva, para a vivência subjetiva de nossos conflitos ético-morais, mas em exagero é um mal. Por isso não se esqueça das inspiradas palavras do apóstolo do amor: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo.” (1 João 2:1,2) e ainda: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1:9).
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Autor: Bruno dos Santos Queiroz
Divulgação: Bereianos

domingo, 24 de abril de 2016

Os 10 acontecimentos de perseguição que marcaram 2015 – 2ª Parte



3 – Cristãos na Síria sofrem atrocidades nas mãos do Estado Islâmico
Membro do Estado Islâmico dá Dhimma (A dhimma é um contrato teórico estabelecido com base numa doutrina islâmica amplamente difundida que concede direitos e responsabilidades limitadas aos seguidores do judaismo e cristianismo "o povo do livro") contratos de cristãos para assinar. (Foto: Estado Islâmico)
Membro do Estado Islâmico dá Dhimma (A dhimma é um contrato teórico estabelecido com base numa doutrina islâmica amplamente difundida que concede direitos e responsabilidades limitadas aos seguidores do judaismo e cristianismo “o povo do livro”) contratos de cristãos para assinar. (Foto: Estado Islâmico)
Cristãos sofreram execuções, estupros, sequestros e muitas outras atrocidades onde o Estado Islâmico (EI) constrói um califado em quase cinco anos de guerra civil. Em setembro, três cristãos assírios foram mortos, segundo um vídeo divulgado em outubro. No vídeo, o grupo ameaçou matar cerca de 200 outros cristãos na Síria, a menos que recebesse resgate de 50 mil dólares para cada preso.
Os três homens mortos faziam parte de um grupo de pelo menos 250 assírios raptados pelo EI, em fevereiro. Na ocasião, o grupo encurralou as pessoas no Vale do Rio Khabur, província de Hasakah, e atacaram dezenas de aldeias assírias. Aos poucos, os presos foram sendo libertados, mas 130 pessoas deste grupo ainda permanecem reféns. Outro vídeo, falando das imposições do EL para os cristãos, foi liberado em 05 de agosto, quando muitos crentes da cidade de  Al-Qaryatayn ficaram sob ataque.
Pelo menos 700 mil cristãos, de uma população formada por cerca de 1,5 milhões de cristãos, fugiram  por causa dos maus tratos e horrores da guerra.  Entre os vários relatos de atrocidades contra os cristãos está um publicado pela agência de ajuda a cristãos, a Christian Aid Mission. Segundo o relato, em uma aldeia sem nome, perto de Aleppo, militantes do EI crucificaram quatro cristãos em  28 de agosto. Dentre eles, havia um menino de apenas 12 anos de idade. Outros oito foram decapitados em execuções separadas. O menino era o filho de um líder de ministério cristão sírio com nove igrejas. Todos foram mortos por se recusarem a voltar ao islamismo depois de abraçar o cristianismo.
“Todos os sírios estão sofrendo com a guerra que eclodiu em 2011, mas os cristãos estão expostos a maiores riscos dentro do país”, afirmam ativistas de direitos humanos.

4 – Pastores presos injustamente são libertados no Sudão

O Rev. Yat Michael (direita) eo Rev. Peter yein Reith (esquerda) após o culto na igreja em Hai Jebel em Juba. (Fonte Morning Star News)
O Rev. Yat Michael (direita) eo Rev. Peter yein Reith (esquerda) após o culto na igreja em Hai Jebel em Juba. (Fonte Morning Star News)
Dois pastores sul sudaneses voltaram para casa em Juba em 19 de agosto após o calvário de uma prisão de oito meses, acusados de crimes de capital e uma proibição de sair do país. O Rev. Peter yein Reith e o Rev. Yat Michael foram absolvidos dos crimes passíveis de pena de morte em 5 de agosto, mas foram impedidos de embarcar em um avião para fora do país no dia seguinte. A Inteligência Nacional do Sudão e Serviços de Segurança (NIS) havia ordenado a proibição de eles viajarem quando foram detidos.
Um clamor internacional irrompeu quando eles foram presos. A prisão dos dois líderes religiosos foi notícias em diversos jornais, cristãos e não cristãos, ao redor do mundo.  O Rev. Michael, foi preso em 28 de dezembro de 2014, e em 20 de janeiro o Rev. Reith. Os dois são membros da Igreja Presbiteriana Evangélica do Sudão do Sul (sSpec). Eles receberam acusações puníveis com penas mais brandas como participarem de uma organização criminosa,  divulgação e obtenção de informações e documentos oficiais e   por perturbar a paz pública. Mas também receberam acusações gravíssimas, puníveis com pena de prisão perpétua, confisco de bens e pena de morte, como espionagem e burlar o sistema constitucional. Também foram acusados de blasfêmia, punível com pena de um ano de prisão ou 40 chibatadas.
Agentes da NISS que prenderam os pastores disseram que foram informados das supostas infrações por islâmicos linha-dura. Michael, 49 anos, foi preso depois de incentivar membros da Igreja Evangélica Khartoum Bahri. A igreja foi alvo de assédio do governo, prisões e demolição de parte do seu prédio. Reith, de 36 anos, foi preso em 11 de janeiro após receber uma carta dos líderes de sua igreja perguntando sobre o paradeiro de Michael.
Devido ao tratamento dado à cristãos e outras violações dos direitos humanos, o Sudão foi classificado, desde 199, como um “País de Preocupação Específica” pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos e pela Comissão Internacional sobre Liberdade Religiosa dos EUA. Recentes avaliações, recomendam que o país permaneça nesta lista nos próximos anos.

Os 10 acontecimentos de perseguição que marcaram 2015 – 1ª Parte

Violência islâmica cresce em países não conhecidos por conflitos religiosos.
A violência extremista islâmica, em países não conhecidos por tensões religiosas, de maioria cristã como Quênia e Uganda, foi acompanhada de perto pela agência de notícias cristãs MorningStar News, em 2015. Embora o Estado Islâmico tenha aterrorizado os cristãos na Síria, Iraque e Líbia, e pastores muçulmanos da etnia fulani, na Nigéria, civis inocentes à sombra do Boko Haram, foram mortos no nordeste do Quênia. Militantes Al Shabaab massacraram estudantes universitários cristãos em uma escala que poucos esperavam. Ao mesmo tempo, incessantes ataques de muçulmanos contra cristãos tornavam-se comuns em áreas remotas do leste da Uganda. O trabalho desta agência evidenciou ainda mais a importância da ajuda de organizações de ajuda, como a VdM, dando suporte aos sobreviventes.

 1 – Massacre em Colégio do Quênia
Desde o bombardeio da Embaixada dos Estados Unidos, em Nairóbi, no ano de 1998, Quênia nunca havia sofrido outro semelhante. Porém, em 02 de abril, rebeldes da Al Shabaab da Somália, invadiram uma faculdade matando 148 pessoas. Antes de iniciar a matança, eles separaram os estudantes cristãos dos muçulmanos. Os 142 estu8dantes cristãos, mais três agentes de segurança e outros três funcionários da universidade foram mortos a tiros. O ataque no Colégio Universitário em Garissa, no nordeste do Quênia, também feriu 104 pessoas.
Os primeiros alvos dos pistoleiros participavam de um culto na igreja, onde os cristãos se reuniam para a oração às 5 da manhã. 22 pessoas foram mortas ali. Millicent Murugi, uma aluna membro da Igreja Pentecostal da África Oriental (CPEA), estava em uma poça de sangue entre os corpos, fingindo-se de morta. “Um terrorista atendeu a chamada de um telefone sobre um corpo morto perto de mim. Ele disse que continuaria a matar os seus filhos e que eles precisam saber que Garissa é apenas para os muçulmanos”, disse Millicent.
O ataque em Garissa causou mais perda de vidas do que o ataque da Al Shabaab no Westgate Shopping Mall, em 21 de setembro de 2013, que matou pelo menos 67 pessoas, com dezenas ainda desaparecidas. Neste ataque ao shopping, os militantes mataram aqueles que podiam ser identificados como não muçulmanos.
O ataque à faculdade em Garissa não só elevou a escala de violência no Quênia, que tem uma população muçulmana de apenas 8%, mas também foi emblemático no aumento de outros ataques a cristãos quenianos por extremistas islâmicos da Somália.
Representantes da Al Shabaab, que tem ligações com a Al Qaeda, disseram que os ataques foram em retaliação ao envolvimento do Quênia em ajudar o governo somali a lutar contra eles. Os rebeldes também se opõe à educação para as mulheres. Em 2011, o Quênia enviou forças da União Africana para lutar contra os insurgentes Al Shabaab, após uma série de ataques a turistas somalis e outros alvos no norte do Quênia, e desde então a Al Shabaab realizou vários ataques de retaliação em solo queniano.

2 – A descoberta da violência islamita em Uganda oriental 
Uma multidão se reúne aonde o corpo de um pastor foi jogado em um rio no leste de Uganda em 23 de dezembro de 2015.
Uma multidão se reúne aonde o corpo de um pastor foi jogado em um rio no leste de Uganda em 23 de dezembro de 2015.
Numerosos ataques isolados, realizados por muçulmanos contra cristãos em áreas remotas no leste de Uganda, indicaram uma atmosfera crescente de intolerância em 2015. Em 23 de dezembro, um pastor no leste do Uganda foi morto, quando ele e outros membros resistiram ao esforço de muçulmanos para tomar as terras da igreja. Essa informação foi dada por líderes de igrejas da área. Martin Bongo, o pastor assassinado, pai de duas crianças, foi morto a golpes de uma espada em aldeia perto Nansololo Mazuba, em Namutumba. Ele tinha 32 anos.
Em outra área no leste de Uganda, na vila Kachomo, Kachomo Sub-County, Budaka, cinco cristãos clandestinos em uma vila predominantemente muçulmana morreu envenenados por pesticida colocado em sua comida. O grupo estava reunido na casa do novo convertido Hajii Suleiman Sajjabi para um estudo da Bíblia, no dia 18 de dezembro, com mais oito membros da família. Após o estudo, eles se confraternizaram com uma refeição que foi envenenada com pesticida.
Sajjabi sobreviveu. Quatro de seus parentes morreram. Mariam Kurumu, uma vizinha grávida, morreu no dia 19 de dezembro no Hospital Regional Mbale.
A polícia de Budaka e de Kaderuna estavam à procura de um dos filhos de Sajjabi, Isa Sajjabi, de 32 anos. Ele é o principal suspeito pelo envenenamento. Isa Sajjabi se opunha à conversão de seus familiares.
O laudo do Hospital Regional Mbale encontrou, nas autópsias, uma substância conhecida como Malathion que, quando ingerido, metaboliza rapidamente em Tomalaoxon, altamente tóxico.
Até o momento, esse foi um dos últimos ataques na crescente  perseguição no país. Extremistas islâmicos no leste do Uganda. Em 08 de dezembro um policial cristão caiu em uma armadilha mortal por ter deixado o Islã. Ismail Kuloba, da área de Komodo de Kadama Sub-County, no estado de Kibuku, atendeu a um chamado urgente para intervir em uma suposta disputa de terras. Kuloba, tinha 43 anos. Quando ele chegou ao local, cerca de 20 muçulmanos o esperavam. Fontes relatam que o mulçumano conhecido como Mudangha Kasimu, lançou uma pedra na testa de Kuloba. Em seguida, Kasimu atirou duas vezes em sua cabeça matando Kuloba, enquanto os outros muçulmanos gritavam “Allah Akbar [Allah é maior]”.
Cerca de 12 milhas ao leste de Kabuna, perto Budaka, no distrito de Kaderuna, um grupo de homens muçulmanos sequestrou três filhos de Madengho Badir, um cristão convertido do islamismo. Badir, 42, chegou em sua casa em Kabuna e não encontrou seus filhos Nabukwasi Shakira, 5 anos, Gessa Amuza, 7 anos, e Wagti Musitafa, de 10 anos. Um garoto de 14 anos, Karami Hassan, viu quando os três filhos de Badir foram levados pelos sequestradores. Ele contou que os muçulmanos de Palissa chegaram perguntando onde morava Badir e onde estavam seus filhos.
Numa área próxima a  Palissa, Patrick Ojangole, um cristão, pai de cinco filhos biológicos e de outros 10 adotados após suas famílias terem sido expulsas por terem deixado o Islã,  foi morto em 02 de dezembro. “Um dos três homens que atacaram Ojangole o repreendeu por não dar ouvidos a um aviso para cessar as atividades cristãs”, afirma uma testemunha que estava com Ojangole e escapou. Ojangole tinha 43 anos.
Em 12 de novembro, o pai de uma jovem muçulmana no leste da Uganda, tentou espancá-la até a morte depois que ela se tornou cristã, mas líderes da comunidade interviram e limitou-o a renegá-la. Kibida Muyemba descobriu que sua filha de 21 anos, Namusisi Birye, se convertera a Cristo numa campanha  evangelística realizada naquele dia na vila Nandere, distrito de Kibuku. Birye e um homem, vestido tradicionalmente como um imã, confessaram abertamente receber a Cristo. Os muçulmanos ficaram muito irritados.
Em 19 de outubro, muçulmanos da aldeia de Kalampete,  também distrito de Kibuku, matou uma mulher pelo mesmo motivo que haviam assassinado seu cunhado um mês antes: ter se convertido ao cristianismo. Mamwikomba Mwanika, mãe de três filhos adultos e outros cinco com idades entre 17 e 9 anos, morreu a caminho de um hospital depois que muçulmanos desconhecidos arrastaram-na de sua casa, por volta das 21h, e a agrediram até a morte. O ataque foi presenciado por várias testemunhas.
O irmão de seu marido, Samson Nfunyeku, foi morto na aldeia no dia 23 de setembro, após um debate religioso que tivera com estudiosos islâmicos.
Na aldeia Nsinze, distrito de Namutumba, um muçulmano espancou sua mulher e seu filho de 18 anos, deixando-os para morrer, depois de saber que haviam se convertido ao cristianismo. Issa Kasoono espancou e estrangulou sua esposa, Jafalan Kadondi, mas ela sobreviveu. Uma fonte, que pediu anonimato, disse que outros parentes de Kasoono se juntaram a ele para bater em seus dois filhos, Ibrahim Kasoono, 18, e Ismael Feruza, 16. Feruza conseguiu escapar.
A esposa de um ex-xeique foi envenenada e morta em 17 de junho depois que ela e seu marido aceitaram a fé em Cristo, na vila Nabuli, distrito de Kibuku. Namumbeiza Swabura era a mãe de 11 filhos, incluindo um bebê de 5 meses de idade. Em Kiryolo, distrito de Budaka, cinco muçulmanos estupraram a filha de um pastor após ele ignorar as ameaças para que parece com os cultos. A jovem tem 17 anos.
Cerca de 85% da população da Uganda é cristã. Porém, algumas regiões do país é composta de grande maioria muçulmana. Essas regiões são as mais violentas. A constituição do país e outras leis asseguram a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e se converter de uma fé para outra.
Fonte:A Voz dos Mátires

A cruz e o pecado – uma resposta a André Valadão

Pare, leia e pense!

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Recentemente o pastor e cantor gospel André Valadão postou uma foto nas redes sociaisafirmando o seguinte: “a cruz não é a revelação do nosso pecado, é a revelação do nosso valor”. Confesso que ao ver tal imagem circulando na rede me assustei, tamanho o absurdo da afirmação. 

Qualquer cristão que tenha estudado um pouco a sua Bíblia sabe que a cruz de Cristo é justamente a exposição máxima do nosso pecado. A Bíblia sistemática e categoricamente afirma que a humanidade foi inteiramente afetada pelo pecado, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23), que “não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10), que somos como um vale de ossos secos, mortos espiritualmente (Ez 37.1-14), que somos como a pior das esposas, que após ter sido resgatada da morte pelo marido, cuidada e criada como uma princesa, vai e se entrega a todos os outros homens, sendo pior do que as meretrizes porque a elas “se dá a paga, mas tu dás presente a todos os teus amantes; e o fazes para que venham a ti de todas as partes adulterar contigo” (Ez 16.33). A Bíblia não “pega leve” quando fala do nosso pecado e nem deveria. Nas palavras de Paul Washer, “o pecado é uma ofensa infinita contra um Deus infinitamente santo” e na Queda houve uma completa separação entre o homem e Deus. 

Então, como assim, “a cruz revela o nosso valor”? Isaías diz que “todas as nações são perante ele [no caso, Deus] como cousa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo” (Is 40.17). E o profeta continua, agora exaltando a majestade de Deus: “com quem comparareis a Deus? Ou que cousa semelhante confrontareis com ele?” (Is. 40.18). Um pouco acima, Isaías diz: “Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai dum balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta. Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto” (Is 40.15-16). De novo eu pergunto, qual é mesmo o nosso valor?

Ainda, grandes homens na Bíblia reconheceram continuamente a sua insignificância. Paulo disse “desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). Ao reconhecer sua completa ausência de valor, ele humildemente dá graças a Cristo pela cruz: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado” (Rm 7.25). 

Em outra ocasião, Paulo, para muitos o maior pregador da história da igreja, afirma ser o principal dos pecadores: “...que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Tm 1.15). Ele ainda se considerava o menor dos apóstolos: “Porque sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado de apóstolo, pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15.9). E, por fim, o apóstolo ainda disse: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6.14). Diante de tudo o que Paulo afirma, cabe novamente a pergunta, qual é mesmo o nosso valor?

Davi, o maior rei de Israel, talvez na maior crise de sua vida, humildemente disse: “...pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim... eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu a minha mãe... não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com Espírito voluntário” (Sl 51. 3, 5, 11-12). 

Daniel, um dos servos mais fiéis relatados na Bíblia, por diversas vezes reconheceu a sua insignificância e exaltou a majestade de Deus. Vejamos duas ocasiões em especial.

Quando ele interpretou o sonho de Nabucodonosor, disse: “mas há um Deus no céu, o qual revela mistérios... E a mim me foi revelado este mistério, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes...” (Dn 2. 28, 30). A reação do rei diante da declaração de Daniel foi a seguinte: “certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério” (Dn 2.47).

Na época do rei Dario, Daniel foi salvo por Deus da cova dos leões e ao explicar o ocorrido ao rei, ele disse o seguinte: “o meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano...” (Dn 6.22). E qual foi a reação do rei? Esta: “Faço um decreto pelo qual, em todo o domínio do meu reino, os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre...” (Dn 6.26). 

Vemos, portanto, que por duas vezes Daniel foi usado grandemente por Deus, mas se manteve humilde, atribuiu toda a glória ao Pai e por conta disso, dois reis ímpios glorificaram ao Senhor. Diante de mais esses exemplos, eu insisto na pergunta: qual é mesmo o nosso valor?

Ora, a missão de Cristo foi justamente assumir o nosso papel na aliança com Deus e se sacrificar por nós, os que cremos nele, como o cordeiro santo e sem mácula justamente porque não há valor algum em nós - toda honra e toda glória sejam dadas a Deus!

A cruz é, portanto, o sinal máximo do quanto a humanidade é pecaminosa. O cordeiro santo, o primogênito de Deus, o Verbo encarnado precisou se oferecer como sacrifício para expiar os pecados do mundo. Na cruz ele recebeu a punição pelos nossos pecados, tendo que provar do cálice da ira de Deus. E por que Deus fez isso? Por que Ele nos salvou em Cristo? Ele o fez para o louvor de sua glória, para que o Seu nome seja glorificado, para demonstrar a sua graça; não por conta do “nosso valor”. 

Não há embasamento bíblico para esse “evangelho autoajuda”, que exalta o homem como se ele tivesse alguma importância. O louvor ao homem é feito pelo Humanismo e não pelo Cristianismo. A fé cristã trata do louvor e da glória exclusivos de Deus. 

Soli Deo Gloria

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Sobre o autor: Pedro Franco, 23 anos, é estudante de farmácia pela UFRJ e diácono na Igreja Presbiteriana Adonai (RJ).
Divulgação: Bereianos

sábado, 23 de abril de 2016

Evangélicos:Já não cresce tanto

Declínio nas estatísticas de avanço numérico do segmento evangélico sinaliza crise da Igreja.



Há coisa de cinco anos, evangélicos de todo o Brasil entraram em festa. Pela primeira vez, desde que o país foi achado pelos portugueses, a fé católica perderia sua hegemonia. Esta, pelo menos, era a previsão de pastores, líderes e pesquisadores diante dos números promissores sobre o avanço da Igreja Evangélica no país. “O Brasil é do Senhor”, frase bradada dos púlpitos e nos programas evangélicos na TV, sintetizava a virada de mesa que aconteceria em breve. Quem cresse e vivesse, veria – e a base para tanto ufanismo eram as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, que a cada década realiza o Censo da população nacional. No levantamento do ano 2010, chegou-se à cifra de 42,3 milhões de crentes, ou 22,2% do povo brasileiro. O processo fora mais avassalador ainda nas comparações anteriores, que mostravam um avanço de seis vezes do segmento em duas décadas. Em seu estudo A dinâmica das filiações religiosas no Brasil entre 2000 e 2010, o pesquisador José Eustáquio Diniz, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, chegou a dizer que o Brasil poderia ser um país de maioria evangélica já por volta de 2030: “Apenas pelo efeito da inércia demográfica, haverá crescimento da população evangélica.”
Na mesma onda foram muitos pastores e institutos de pesquisa evangélicos. O Departamento de Pesquisas do ministério Servindo Pastores e Líderes (Sepal) divulgou uma estimativa, em 2011, segundo a qual os evangélicos representariam mais da metade da população brasileira já em 2020. “Eles serão aproximadamente 109,3 milhões, para uma população de 209,3 milhões,” previu o teólogo e pesquisador Luis André Bruneto. O entusiasmo era corroborado por grandes manifestações, como a Marcha para Jesus (que, em 2009, levou às ruas de São Paulo quase 2 milhões de pessoas), pela maciça presença midiática dos pastores e pela crescente influência evangélica em setores como a política partidária, entre outros. “O Instituto Superior de Estudos da Religião fez, na década de 90, uma extensa pesquisa sobre a abertura de templos. Eram cinco por semana, só no Rio de Janeiro”, observa o pastor presbiteriano André Mello, na época integrante da equipe do Iser.
Acontece que, se a matemática é uma ciência exata, a dinâmica demográfica, muitas vezes, caminha na direção oposta, e aí não há fé capaz de fechar a equação. Os números relativos à religiosidade do povo brasileiro do Censo 2010 só foram fechados e divulgados mais de dois anos depois, e o festejado crescimento dos evangélicos, que se acelerou de maneira sem paralelo no mundo contemporâneo entre os anos 1980 e 2000, caiu bastante. Os números ainda são ascendentes, mas tendem à estabilização – e até ao encolhimento, como especulam alguns pesquisadores –, o que contraria frontalmente as previsões mais ufanistas. “Entre 1991 e 2000, o aumento médio foi de 120%”, lembra o bispo emérito da Igreja Metodista Paulo Ayres Mattos. Dali em diante, o avanço caiu pela metade. “Isso não pode ser ignorado de forma alguma para quem trabalha com rigor e seriedade as mutações no campo religioso brasileiro”.  Doutor em Teologia e professor da Universidade Metodista de São Paulo, Ayres é estudioso do movimento pentecostal brasileiro e avalia que o fato mais importante dos dados religiosos do último Censo é a diminuição comparativa do crescimento evangélico.
DESCONCENTRAÇÃO
Há diversas razões para essa perda do ímpeto de crescimento, que pôde ser sentida no dia 4 de junho, quando apenas cerca de 200 mil pessoas, na avaliação da Polícia Militar, prestigiaram a mesma Marcha para Jesus nas ruas da capital paulista. “As pesquisas atuais falam em fechamento de templos  e dissolução de associações evangélicas por divergências ou luta por poder”, acrescenta André Mello. Tal fragmentação das igrejas, e seu consequente enfraquecimento, é apenas um dos motivos do quadro atual. Ela se verifica tanto na igrejinha da esquina, da qual o pastor assistente saiu para abrir seu próprio empreendimento religioso, até grandes grupos, como a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Nadando de braçada na explosão evangélica dos anos oitenta e noventa (ver quadro), a denominação de Edir Macedo começou a sofrer a concorrência – é, o termo usado pelos estudiosos é este mesmo, que remete à ideia de disputa por mercado – de grupos saídos de suas entranhas, como a Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada e liderada por Valdemiro Santiago, ex-pastor da Universal e atual desafeto do antigo chefe. O estrago é um dos motivos do encolhimento da Iurd, de 2,1 milhões de fiéis, há quinze anos, para os cerca de 1,8 milhão encontrados em 2010. De maneira análoga, diversas denominações têm sofrido fraturas e cizânias que, no médio prazo, acabam dificultando as coisas tanto para a igreja que fica como para aquela que se forma.
“As pessoas, hoje, têm mais liberdade para escolher e combinar diversas opções em seu próprio cardápio religioso, como num balcão de comida a quilo”, continua Paulo Ayres. Para ele, o quadro sinaliza as transformações sociais que melhoraram a situação econômica de boa parte da população nos últimos anos, como as classes C e D. “Isso possibilitou às pessoas resolverem seus problemas mediante meios mais racionais, sem buscar o recurso de soluções milagrosas”. Além disso, o bispo metodista aponta outros fatores, como o aparecimento mais visível dos evangélicos sem igreja e o aumento percentual de pessoas sem religião, ateus e agnósticos no cenário nacional. De fato, o IBGE encontrou 9.218.000 brasileiros que se enquadram na difusa categoria “evangélica não determinada”, que inclui os chamados desigrejados – gente que, apesar da origem evangélica, em determinado momento da vida assumiram uma fé “não institucional”, para usar o termo moderninho. “Tudo isso confirma um dado já identificado anteriormente, trabalhado com bastante competência por sociólogos da religião como Paul Freston”, cita.
Autor de um artigo polêmico, publicado na revista Ultimato em 2011 e no qual questionava as previsões entusiasmadas que anunciavam a quebra da antiga hegemonia religiosa do catolicismo, Freston cunha uma expressão para se referir ao esvaziamento da ideia de pertencimento religioso, antes tão cara aos evangélicos que era comum se ver, nos bancos das igrejas, sucessivas gerações de crentes. “Vários fatores podem estar por trás dessa ‘desdenominacionalização’. São aspectos negativos – como o individualismo e a falta de compromisso – e outros positivos, como a melhora econômica e a consequente diminuição da necessidade de uma relação clientelista numa igreja com liderança forte”. Inglês naturalizado brasileiro e colaborador nos programas de pós-graduação da Universidade Federal de São Carlos, Freston, que atualmente leciona no Canadá, chama a atenção para os subgrupos do universo evangélico brasileiro, lembrando que o fenômeno os atinge em diferentes graus. “As análises se complicam com as mudanças internas do segmento. Segundo o Censo, 60% dos evangélicos são pentecostais; 18% são de missão (ou seja, integrantes de igrejas históricas ou tradicionais); e 22% estão entre os ‘evangélicos não determinados’.”
Ele considera que o espantoso o aumento desta última categoria atrapalha as comparações com os Censos anteriores. Quem seriam eles? “Será que são neopentecostais decepcionados com as suas igrejas, mas que ainda se consideram evangélicos? Ou pentecostais clássicos, de terceira ou quarta geração, em processo de ‘despentecostalização’? Ou crentes de igrejas históricas que perderam a sua identidade denominacional? Ou uma soma de tudo isso e muito mais? De qualquer forma, diminui a porcentagem do mundo evangélico que se diz pentecostal ou que declara adesão a uma denominação categorizada como tal”, descreve o professor. Por outro lado, o Censo anuncia mudanças demográficas no Brasil que não favorecem o movimento, como o acelerado envelhecimento da população e a redução da taxa de fecundidade. Numa coisa, porém, Freston é categórico: “Os dados desmentem claramente as previsões absurdas que circularam de que haveria uma maioria evangélica até 2020. Estas previsões fazem um grande desserviço à comunidade evangélica.”
O avanço da Igreja Evangélica brasileira, alavancado pela explosão pentecostal e neopentecostal de vinte anos atrás, estará perto de bater no teto? “No momento, parecem precoces e arriscadas quaisquer conjecturas desse tipo”, comenta Ricardo Mariano, doutor em Sociologia e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Em seu trabalho Mudanças no campo religioso brasileiro no Censo 2010, ele menciona que os sem religião, demograficamente insignificantes até 1970, já chegam a 15,3 milhões de brasileiros. “Eles quintuplicaram de tamanho entre 1980 e 2010, formando o terceiro maior ‘grupo religioso’ do país”, diz no estudo. Ao mesmo tempo, a expansão dos pentecostais na última década pesquisada, de 44%, não chega nem à metade das médias de crescimento obtidas nos dois decênios anteriores, como em 1991 (aumento de 111%) e em 2000, da ordem de 115,4%. O que parece certo, ainda conforme Mariano, é a perda de musculatura de grandes igrejas. “Em 2000, cinco denominações concentravam 85% dos pentecostais. Uma década depois, essa cifra declinou para 75,4%. Tal desconcentração denominacional é decorrente tanto da queda numérica de igrejas como Congregação Cristã no Brasil e Universal quanto do aumento da diversificação institucional do pentecostalismo.”
“QUANTO MAIS CRESCE, MENOS CRESCE”
No caso da Assembleia de Deus, a desaceleração é evidente. Embora fragmentada em diversas convenções e usada até como nome de fantasia para empreendimentos religiosos individuais, as Assembleias de Deus constituem a maior confissão religiosa do país depois do catolicismo – nada menos que 12,3 milhões de brasileiros disseram aos pesquisadores do IBGE que pertencem a uma igreja com essa placa na entrada. “Elas cresceram 245% na década de 1990 a 2000, mas avançaram ‘apenas’ 46% depois disso”, frisa Gedeon Freire de Alencar, membro da Rede Latinoamericana de Estudos do Pentecostalismo (Relep). Em sua tese de doutorado em Ciências da Religião, ele usou como objeto de estudo a denominação fundada há pouco mais de cem anos por missionários suecos. “Uma constatação óbvia se apresenta aos estudiosos: a de que, quanto mais cresce, menos cresce”, prossegue Alencar (ver artigo na continuação desta reportagem).
Luis Bruneto, diretor de Pesquisas do Projeto Brasil 21 da Sepal, admite que a previsão de alguns anos, feita ainda com base nos dados do período entre 1991 e 2000, continha erros e precisa de uma releitura. “O crescimento anual dos evangélicos mostrou-se aquém do previsto. O aumento perdeu força”. Segundo ele, o avanço do secularismo na sociedade brasileira, o utilitarismo do discurso evangélico, os escândalos envolvendo pastores e líderes e a falta de higidez teológica e doutrinária ajudam a explicar o atual momento histórico. “Durante anos, a liderança evangélica nacional tem afirmado, categoricamente, que o país experimenta um avivamento espiritual, dados os números tão expressivos. Mas, será mesmo?”, indaga. Bruneto invoca a falta de influência bíblica e profética da Igreja em diversas áreas da vida brasileira, como a política, a segurança pública, o desenvolvimento social e a ética, para exemplificar o paradoxo.
De menos de um por cento da população no início do século passado (ver quadro), o grupo religioso que mais cresceu na história do Brasil está representado em todas as mais de 5,6 mil cidades do país e ainda apresenta índices de expansão bem maiores do que os da população em geral. Mas as oscilações em seu crescimento precisam, ao menos, ser interpretadas como sinal de alerta. “Resta saber o que isso tem representado, na prática, em termos de transformação pessoal e coletiva”, insiste Bruneto. Para Paul Freston, em um futuro próximo, esse enfoque será cada vez mais necessário. “Se não recuperarmos a capacidade de interagir com o texto bíblico, de deixá-lo falar a nós e, a partir disso, tirar as implicações individuais, eclesiásticas e nacionais necessárias, nos mostraremos irrelevantes”, alerta. “A Igreja Evangélica brasileira de 2030 ou 2040 precisará de líderes mais diversos nos seus dons, profundos no seu conhecimento e sabedoria e transparentes nas suas vidas”. Quanto aos fiéis, a recomendação é simples, mas não necessariamente fácil de cumprir: “Precisamos redescobrir o verdadeiro sentido de ser evangélico, que é a vontade de sermos profundamente bíblicos em toda a nossa existência.”
“IMAGEM DESOLADORA”
Pesquisa realizada em junho pelo instituto Gallup mostrou que a maior nação evangélica do mundo já não é mais a mesma. Hoje, os americanos têm menos confiança na religião organizada do que nunca antes, e isso é sinal inquietante de que a Igreja pode deixar de ser um pilar da liderança moral na cultura dos Estados Unidos. Nos anos 1980, a Igreja e a religião organizada compunham a instituição que gozava de maior confiança na América. Agora, no geral, são os militares, as empresas de pequeno porte e a polícia que atraem mais credibilidade do cidadão americano. A Igreja desceu para a quarta posição. “Quase todas as organizações estão em baixa nesse quesito, mas a imagem formada da religião é particularmente desoladora”, avalia a autora do relatório do Gallup, Lydia Saad.
O dado de maior influência no resultado, segundo a pesquisadora, é a crescente quantidade de americanos que se desligam do que se chama de organização religiosa. Outra pesquisa, esta do Instituto Pew, especializado em levantamentos de natureza religiosa, apontou que 23% dos americanos não se identificam com nenhuma religião. Há, também, um declínio crescente de credibilidade nas igrejas Católica e Protestante. O descrédito em ambas cresceu, em pouco mais de trinta anos, na ordem de 50%. Escândalos sexuais e financeiros envolvendo pastores famosos, assim como a denúncia de casos de pedofilia entre o clero católico, colaboraram para essa rejeição.  
O PERIGO DA IRRELEVÂNCIA: ENTREVISTA COM PAUL FRESTON
Doutor em Sociologia e professor catedrático de Religião e Política na Balsillie School of International Affairs e na Wilfrid Laurier University, no Canadá, Paul Freston é um dos mais respeitados estudiosos do movimento evangélico brasileiro. Ele conversou com CRISTIANISMO HOJE.
CRISTIANISMO HOJE - O senhor já provocou polêmica ao contrariar previsões mais otimistas de que o Brasil teria maioria evangélica em sua população. Hoje, ainda pensa assim?
PAUL FRESTON – Não mudei de previsão. Continuo achando que, dentro de duas a três décadas, o crescimento do segmento evangélico irá, basicamente, parar.
Uma de suas preocupações é em relação ao que chama de irrelevância da Igreja devido à ausência de implicações individuais, eclesiásticas e nacionais do texto bíblico. Já chegamos a este ponto?
Não, mas estamos a caminho. Se não houver essa capacidade até o momento do fim do crescimento, aí sim, seremos irrelevantes. O crescimento numérico que ainda se observa nos dá uma relevância, por assim dizer, inercial. Mas depois, precisaremos mostrar mostrá-la de outras formas.
Qual o perfil eclesiástico que terá, então, maior sucesso?
Acredito que as igrejas que tiverem maior solidez teológica e oferecerem ensino mais aprofundado da Palavra de Deus, além de visões atraentes de discipulado, terão mais espaço. Igrejas que não estiverem preocupadas apenas com sucesso numérico, mas que adotarem perfis mais variados dentro da sua liderança, tanto clerical como leiga. Quanto a quais denominações se adequarão a esse perfil, isso vai depender da situação de cada igreja até lá.
MAIORIA FEMININA E MAIS IDOSA
A frequência a cultos religiosos no Brasil é maior para mulheres (57%) do que para homens (43%). Em relação à faixa etária, 58% dos frequentadores habituais têm mais de 50 anos
(Fonte: Novo Panorama das Religiões, estudo da Fundação Getúlio Vargas)
O avassalador crescimento dos evangélicos verificado a partir de 1980 é demonstrado na comparação com a série histórica. Desde o primeiro estudo que os contabilizou, um ano após a instauração da República, os números da população evangélica brasileira são estes:
1890 – 143.000
1940 – 1.075.000
1950 – 1.740.000
1960 – 2.825.000
1970 – 4.800.000
1980 – 7.900.000
1991 – 13.200.000
2000 – 26.200.000
2010 – 42.275.000
Fonte: IBGE
Fonte:CH

Mais `Leis de proteção aos pastores´ diante do casamento gay são aprovadas nos EUA

Projeto de lei é similar à leis já em vigor no Texas e na Flórida

Fonte: Guia-me / com informações do Christian Today | 20/04/2016 - 17:00
Mais `Leis de proteção aos pastores´ diante do casamento gay são aprovadas nos EUA
A Câmara dos Deputados de Louisiana (EUA) aprovou uma "lei de proteção aos pastores" que visa garantir aos ministros e organizações religiosas a isenção da obrigação de apoiar / celebrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo, caso considerem que isso seja contrário às suas crenças.
O projeto de lei é similar àqueles já em vigor no Texas e na Flórida, mas não deve ser tão abrangente como as leis aprovadas na Carolina do Norte e no Mississippi, que permitem que as empresas também por se neguem a prestar serviços a casais homossexuais por motivos religiosos.
Esses estados têm enfrentado uma reação de corporações enfurecidas com seus parlamentares, enquanto artistas proeminentes se recusarm a realizar shows nessas regiões, como forma de protesto em favor do movimento LGBT. Outros estados, incluindo a Geórgia e Indiana, retiraram ou alteraram a legislação semelhante por causa dos potenciais efeitos econômicos que esta poderia surtir.
A lei de Louisiana foi aprovada pela maioria republicana da Câmara dos Deputados. No entanto, o governador do estado, democrata, John Edwards Bel, já adiantou que não vai vetar o projeto de lei.
"Eu não vejo nada na lei de proteção aos pastores que me cause preocupação", disse ele. "Eu não acredito que nós temos pastores que hoje estejam sob a ameaça de qualquer coisa adversa acontecendo com eles se eles não celebrarem um casamento gay".
O defensor do projeto, o deputado Mike Johnson, procurou acalmar os temores expressos pelo lobby do turismo de Lousiana que o Estado teria de enfrentar uma reação nos negócios. Depois de se reunir com funcionários de turismo em Nova Orleans, ele buscou deixar claro que a proteção só se aplica ao clero, igrejas e certas organizações religiosas.
Edwards já tinha assinado uma ordem executiva para fornecer proteções de emprego a funcionários públicos e empregados de empreiteiras estatais com base na orientação sexual e identidade de gênero.
Fonte:CPADNews

EXÉRCITOS DE VÁRIOS PAÍSES SE UNEM PARA LUTAR CONTRA O BOKO HARAM


Relatórios da Portas Abertas indicam que houve certo progresso na luta do governo contra o grupo extremista Boko Haram, ao longo dos últimos meses. De acordo com informações da Associated Press, 162 militantes foram mortos por forças especiais vindas de Camarões, para o nordeste da Nigéria. A mídia local também afirmou que outros 26 militantes morreram durante um combate, enquanto tentavam atacar um campo de refugiados para pessoas deslocadas, na cidade de Dikwa, no estado de Borno.


Além disso, o New York Times também informou que o governo dos EUA está planejando enviar forças especiais para prestar assessoria técnica e apoio ao exército nigeriano na linha de frente contra o Boko Haram. "Isso indica uma intensificação da luta contra esse grupo que tem atacado os cristãos com muita violência. Parece que os exércitos de outros países estão mais engajados agora. É uma boa notícia para os cristãos que tem sofrido desmedidamente com ataques frequentes", comenta um dos analistas de perseguição.

A Nigéria faz parte dos 50 países que sofrem com a perseguição religiosa, ocupando o 12º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa de 2016. Por outro lado, quanto mais perseguida, mais a igreja cresce. "Eu tenho os meus dias tristes, então eu leio o livro de Jó, que perdeu tudo, mas Deus o restituiu. Ele nunca cedeu e nem perdeu a fé, antes, porém, perseverou até o fim. Eu perdi meu marido, e ele cuidava de mim, agora eu luto até pela saúde, mas eu sei que Deus está no controle, Ele cuida de mim agora e minha fé me faz caminhar", declarou uma viúva cristã nigeriana que sofre com a perseguição religiosa. Interceda por essa nação.

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