terça-feira, 11 de junho de 2013

Lideranças evangélicas criticam marchas pela família e para Jesus devido a “hipocrisia” e falta de “amor”; Confira

Lideranças evangélicas criticam marchas pela família e para Jesus devido a “hipocrisia” e falta de “amor”; Confira

As mobilizações de setores evangélicos em marchas intituladas “pela família” ou “para Jesus” não são movimentos com apoio unânime no meio cristão, e causam polêmica por supostas motivações pessoais.
Recentemente, o reverendo presbiteriano Ageu Cirilocriticou a Marcha para Jesus em São Paulo, dizendo que o principal organizador, Estevam Hernandes, se “autodenomina apóstolo”, e que o evento não promove evangelismo, e sim, show. “A marcha tem caráter isolacionista, próprio de gueto, e não o que Cristo nos ensinou, a saber, envolvimento amplo na sociedade, como sal e luz (Mt 5.13-16), com irrepreensível testemunho cristão”, escreveu no jornal Brasil Presbiteriano.
Já o reverendo Hermes C. Fernandes voltou suas baterias à Marcha pela Família e Liberdade de Expressão, promovida em Brasília pelo pastor Silas Malafaia, no último dia 05 de junho.
De acordo com Fernandes, há “hipocrisia” no meio evangélico, o que desqualificaria tais mobilizações. Em seu texto, um diálogo ficcional de Jesus e seus discípulos sugere que os temas usados para promover tais eventos se pautam em interesses pessoais. Confira:
Chegou, finalmente, o dia em que Jesus colocaria suas manguinhas de fora. Os discípulos já divulgaram por toda a Judeia que aquele dia seria um divisor de águas. O lugar marcado para o encontro seria em frente ao templo. De lá eles sairiam numa marcha pela família, pela liberdade expressão e pela vida até o pátio do palácio de Herodes.
Placas foram confeccionadas com dizeres do tipo “Abaixo as prostitutas!”, “Eunucos vão torrar no mármore do inferno!”, “Publicanos são uns traidores!”, “Os bacanais romanos tem que acabar!”.
Pedro, um dos militantes mais engajados, dirige-se a Jesus, dizendo: – Hoje eles verão com quem estão lidando, mestre. Chega de subserviência.
João corrobora: – Nossa manifestação será a maior desde da entrada triunfal de César em Roma.
Tiago apimenta: – Não podemos perder para as procissões saturnais!
Jesus parece assentir com o entusiasmo de seus discípulos.
- Que tal se a gente aproveitar para fazer algumas reivindicações? – sugere Mateus.
- Precisamos de um quartel general aqui em Jerusalém! – declara Filipe.
- Vamos tomar o templo! Aqueles sacerdotes velhotes já estão ultrapassados – diz Judas.
- Calma, rapazes. Isso é só o começo. O próximo passo será tomar o poder – diz Jesus. – Afinal de contas, o Pai me enviou para ser cabeça, não cauda. Nasci para ser servido!
- A propósito, Senhor, quando faremos uma marcha contra o divórcio? Já que defendemos a família, o Senhor não acha que o divórcio é tão nocivo quanto a prostituição e o homossexualismo?
- Sem dúvida! Será nossa próxima agenda.
- Só tem um probleminha, Senhor. Alguns dos seus mais achegados discípulos são divorciados.
- Então, vamos colocar um pano quente nisso.
- E que tal uma marcha contra os filhos rebeldes? Nunca mais vimos um sendo executado à pedrada na porta da cidade como ordena a Lei. A coisa está ficando muito relaxada, Senhor. Temos que tomar providência e exigir que a Lei seja aplicada.
- Não esqueçam da marcha contra o adultério e contra o troca-troca de esposas que tem acontecido com tanta frequência entre os sacerdotes.
- Epa! Mas assim a gente acaba dando um tiro no pé! Tem tantos adúlteros entre nós, quanto entre os sacerdotes do templo.
- É… É melhor a gente focar os eunucos e as prostitutas. Elas são as bolas da vez. Pelo menos, enquanto nenhum dos discípulos resolve sair do armário ou nenhuma das ex-prostitutas resolve ter uma recaída.
- Já que o assunto é família, por que não promovemos manifestações contra a pedofilia? As crianças são as maiores vítimas, e não são delas o reino de Deus?
- Mas assim, a gente vai colocar azeitona na empada dos outros. Já tem quem defenda as crianças. Foco, gente!
- E que tal uma marcha contra a corrupção, a injustiça e a miséria? – sugere um discípulo anônimo.
- Abafa! – dizem todos em uníssono.
- É melhor a gente dar marcha-ré!
Já a blogueira Vera Siqueira, esposa do pastor Paulo Siqueira (líder do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira) questiona se a postura atual dessas igrejas segue estritamente as recomendações bíblicas.
“Cada vez com maior intensidade vemos as igrejas evangélicas se mostrando ao mundo que diz querer resgatar, através principalmente das marchas, mas também pela atuação de lideranças gospel que se utilizam dos meios de mídia para reforçar sua imagem junto à população (gospel ou não). Mas é assim que Deus deseja que Sua Igreja se mostre ao mundo?”, questiona.
Citando a passagem bíblica do evangelho de Mateus 5: 13-16, Vera diz que os eventos mostram “olhares de ódio, repulsa, desagrado, insatisfação, e às vezes até atitudes violentas” por parte dos participantes que se deparam com protestos, como os promovidos pelo MEEB.
“Jesus nos colocou dois mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao próximo como a nós mesmos. Nos dois mandamentos a ordem é: amar. Nas Marchas para Jesus, na ‘manifestação política-pacífica’ que o Malafaia articulou hoje [05 de junho] em Brasília, qual a expressão do amor cristão?”, questiona.
Confira a íntegra do artigo “Marchas para Jesus, manifestações políticas-pacíficas… Estamos sendo sal e luz?”, de Vera Siqueira:
“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” – Mateus 5:13-16
No dia 25 de maio último estivemos na Marcha para Jesus no Rio de Janeiro. No feriado católico de Corpus Christ estivemos em Guaxupé (MG), na Marcha para Jesus daquela cidade. Dia 1o. de junho houve a Marcha para Jesus em Fortaleza e em Manaus. Hoje houve, em Brasília, a “Manifestação pacífica em favor da liberdade religiosa, liberdade de expressão e pela família tradicional”. E nas próximas semanas haverá mais e mais Marchas para Jesus em diversas cidades do país.
Cada vez com maior intensidade vemos as igrejas evangélicas se mostrando ao mundo que diz querer resgatar, através principalmente das marchas, mas também pela atuação de lideranças gospel que se utilizam dos meios de mídia para reforçar sua imagem junto à população (gospel ou não).
Mas é assim que Deus deseja que Sua Igreja se mostre ao mundo?
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”
Visitamos Marchas para Jesus desde 2009, e de lá para cá nada mudou (exceto pela inclusão de um ritmo novo para o deleite dos fiéis e suas “danças proféticas”: o funk gospel). Não importa a cidade, não importa o Estado da nação, não importa se há uma multidão incontável como em São Paulo anos atrás (pois no ano passado a Marcha teve um público bem diminuído), ou se poucas pessoas como em Guaxupé (MG) ou em Santo André (SP). A realidade é sempre a mesma:
- trios-elétricos ou coisas parecidas repletas das autoridades eclesiásticas gospel da cidade e os políticos em evidência da região;
- músicas bem dançantes, para animar a multidão, e palavras de ordem, de vitória;
- orações “fortes”, com quebras de maldição sobre a cidade, declarações de que a cidade é do Senhor Jesus, blábláblá, porém os anos passam e não há mudanças para melhor (obedecendo assim, ao que está profetizado na Bíblia, de que as coisas só tendem a piorar até a volta de Cristo, e contrariando os profetas do rei, que profetizam aquilo que todos querem ouvir: prosperidade, vitória, vida boa, etc);
- discursos das autoridades eclesiásticas e, claro, dos políticos convidados (as eleições estão sempre chegando, e a propósito no ano que vem elas estão aí de novo, e é preciso preparar o rebanho gospel para “bem votar” nos candidatos que prometem ajudar as igrejas evangélicas);
Mas o mais triste vem agora:
- olhares de ódio, repulsa, desagrado, insatisfação, e às vezes até atitudes violentas (agressões verbais e físicas) ao se vislumbrar faixas com textos como Amós 5.23, 2 Pedro 2.3, 1 Timóteo 6.10, textos estes retirados da mesma Bíblia que dizem obedecer, por ser a Palavra de Deus.
Se a multidão e as lideranças que as incitam não reconhecem como sendo bíblicos alguns versículos (será por nunca fazerem parte de suas pregações?), como podem dizer que conhecem a vontade de Deus e Sua Palavra?
Como cumprir a vontade de Deus sem conhecê-la? É possível ser cristão sem seguir a Cristo?
Jesus nos colocou dois mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao próximo como a nós mesmos. Nos dois mandamentos a ordem é: amar.
Nas Marchas para Jesus, na “manifestação política-pacífica” que o Malafaia articulou hoje em Brasília, QUAL A EXPRESSÃO DO AMOR CRISTÃO?
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios 13:4-7
Do alto dos trios-elétricos ou palcos montados vemos líderes gospel cheios de soberba, buscando seus próprios interesses. Não vemos atos contra a injustiça, em favor dos humildes, em favor dos fracos, em favor dos marginalizados. Não vemos a multidão se juntando para visitar os doentes, dar comida aos famintos, vestir os nus. Não vemos expressões de amor, não vemos boas obras que possam surpreender os descrentes e fazê-los glorificar a Deus.
O que vemos é uma multidão que pula e gira e dança e canta e rebola e estremece pois acha que tudo isso é do agrado do Senhor, mas o que estão agradando mesmo são a carne e a alma.
Realmente fica claro que não conhecem a Bíblia. Não a conhecendo, têm todo o motivo para se escandalizar quando são confrontados com versículos que pregam o contrário daquilo que têm prazer em acreditar.
Mas afinal, qual a visão que o mundo tem da igreja após uma Marcha para Jesus ou uma “manifestação política-pacífica”? É a visão de pessoas repletas do amor de Deus? E por aí vai…
Mas será que o mundo teria a visão que tem das igrejas ditas evangélicas, se elas agissem diferente? Se, ao invés de Marchas, se mobilizassem para ajudar ao próximo? Se, ao invés de gritos de vitória pessoal, a multidão expressasse atos de amor?
O sal só melhora a comida porque sem ele a comida não tem sabor. A luz só resplandece nas trevas porque são diferentes.
Qual a diferença entre uma Marcha para Jesus e um bloco de carnaval (exceto pela quantidade de roupas e pela letra das músicas)?
Como podemos ser sal e luz, se temos o mesmo gosto e a mesma falta de luminosidade do mundo que nos cerca?
“Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus. Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas. Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos odeia. Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte. Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações; sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus; e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista. E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento. E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele. E nisto conhecemos que ele está em nós, pelo Espírito que nos tem dado.” – 1 João 3:10-24
Pensemos nisso. Os verdadeiros cristãos são reconhecidos pelo amor que têm uns pelos outros.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
Em tempo: o vídeo da Marcha para Jesus no Rio de Janeiro.
Por Tiago Chagas
Fonte: Gospel+

Testemunho: “Vivi Ronaldinha” vira a missionária Viviane Brunieri


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Publicado em junho 7th, 2013 | by Milton
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No último domingo, 2 de junho, a missionária Viviane Brunieri – era conhecida como Vivi Ronaldinha devido ao seu namoro durante 10 meses com o então jogador Ronaldo – gravou dois DVDs sobre seu testemunho de vida. Convertida em 2009 após um período de turbulência em sua vida pessoal, Vivi passou a estudar teologia e enxergar a possibilidade de evangelizar a partir de seu testemunho:
“Comecei a cursar teologia e a ter uma vontade de ministrar a palavra de Deus. Demorou um ano para eu entender que eu poderia ir a uma igreja ou a uma escola e testemunhar, falar da minha conversão e restauração. Em 2010, comecei a ser convidada para dar testemunhos e sempre me procuravam e perguntavam se eu não tinha um livro”, contou a missionária, em entrevista ao site Ego.
Os DVDs de Vivi Brunieri falam de suas experiências, mas tem abordagens distintas:
“O primeiro fala da conversão, principalmente para os não convertidos. As pessoas têm muita curiosidade. Ali conto detalhadamente todo o processo”, resume a ex-modelo, que classifica o segundo DVD como uma ministração:
“É um DVD de pregação com um tema que vai impactar muitas vidas. Fala sobre a prostituição de várias maneiras e sobre drogas”.
Vivi conta que se envolveu com drogas, álcool e prostituição quando sua carreira como modelo começou a perder status:
“Eu saí com um homem bem mais velho em troca de um valor financeiro. Esta foi minha primeira experiência. Eu era recepcionista, mas sempre me envolvendo com algum cliente [...] Ali tive meu primeiro relacionamento homossexual, as primeiras experiências com vício do jogo e o contato com a metanfetamina. Foram 14 anos de dependência”, revela.
Numa entrevista ao G1, Vivi Brunieri conta que aceitou fazer um filme pornográfico por instabilidade emocional e por querer atingir pessoas próximas:
“Estava muito louca e fiz por vingança. Eu queria atingir algumas pessoas em um momento de muita revolta. Em todas as gravações eu estava muito louca, cheirada. Dediquei essa cena para algumas pessoas em uma rede social na internet”.
Segundo a missionária, na gravação de seus DVDs ela optou por usar o antigo apelido para chamar a atenção do público:
“As pessoas me associam à ex-Ronaldinha, mas isso é positivo. Ele é usado para ganhar vidas. Para pessoas que não conhecem o evangelho, que não se envolvem com Jesus, mas lembram da Ronaldinha”, afirma, comemorando o que considera uma conquista pessoal:
“Foi muita luta, é uma bênção. Eu sei que é uma bomba no inferno, durante muito tempo o inferno vai ficar de luto”.
Fonte: Gospel +

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Aos Revs: Augustus Nicodemus, Hernandes Dias e demais Reverendos conhecidos da IPB

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Por Luciano Sena


Caríssimos irmãos, ministros da IPB.

Diante das conturbadas polêmicas que envolvem o nome do Reverendo Marcos Amaral; diante de suas colocações públicas, ‘militância’ estranha aos interesses da fé reformada e confessionalidade da IPB, venho por meio deste blog, como membro da IPB, fazer um apelo público aos senhores. 

Especialmente Reverendos Augustus Nicodemus, Hernandes Dias Lopes, Professores de seminários, os que possuem cargos na IPB, em Autarquias, moderam algum site/blog, cuja opinião não raro é aceita e torna-se consenso:

Em nome do Senhor Jesus, e por amor ao Reino de Cristo: Manifestem-se!

Eu peço isso, pois sei que são fieis crentes em Cristo.

Eu peço isso, pois possuem visibilidade.

Eu peço isso, pois o Reverendo Roberto, irá esperar decisões Conciliares. Quem o conhece, sabe disto!

Eu peço isso, pois nem o Rev. Ludgero Bonilha nem o Rev. Roberto, não usam os meios atuais onde expressarem suas opiniões de forma rápia de dinâmica. É característica deles.

Eu peço isso, pois a nota do Rev. Roberto sobre o Rev. Marcos Amaral, se tornou inócua e nem está mais no site da IPB.

Eu peço isso, pois as igrejas presbiterianas em volta do mundo que sucumbiram no liberalismo teológico, começaram com o mesmo discurso do Rev. Marcos Amaral. Jesus vomitou essas igrejas, sinagogas de satanás!

Eu peço isso, pois em contextos longínquos e desfavorecidos, onde obreiros e missionários lutam por preservar a sã doutrina, ao entrar em contato com esses fatos envolvendo Marcos Amaral, a impressão que dá é: existe outra IPB?

Eu peço isso, pois vocês corretamente não poupam a teologia da prosperidade, o arminianismo, as danças litúrgicas, ‘as palmas para Jesus’, e tantas outras posições ‘teologias’, e o Reverendo Marcos Amaral está imune?

Eu peço isso, pois A Caminhada Presbiteriana em Copacabana, vinculará de forma definitiva a imagem do reverendo Marcos Amaral com a IPB. Imaginem isso!?

Eu peço isso, pois a política de ficar quieto, não ajuda em nada. Prestem atenção, não ajudou até agora! – “O silêncio dos bons!”

Como um cristão, lembro a todos vocês, o texto de Atos 20.28-30

"Atendei  pois vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles."

Não tenho doutorado, nem mestrado, nem bacharel. Tenho o Espírito Santo de Deus, assim como vocês.

Deus nos guarde!

Do conservo na causa Soberana,

Luciano Sena. 

domingo, 9 de junho de 2013

Se não tiver amor…

Por Maurício Zágari
Amor1Minha filha ganhou de presente de aniversário um item de segunda necessidade e resolvi trocar na loja por um sapato, algo mais importante neste momento. A vendedora chegou dizendo que tinha o must da hora. Imaginei que fosse algo como uma sola especial, um formato ergonômico, qualidades realmente importantes, um avanço de fato significativo. Mas, para meu espanto, a grande novidade é que o sapatinho, além de ser cheio de lantejoulas e acender luzes a cada pisada, também muda de cor. Hm. Tá. Pisquei algumas vezes, olhei para a sorridente vendedora com olhar entre o estoico e o incrédulo e optei por outro modelo, que fosse apenas confortável e que estivesse uns dois números acima do que calça minha filha, para durar por mais tempo. Algo de fato útil. E não o que não acrescenta nada. Sapato que pisca? Que muda de cor? Para quê? Pensando nisso, me dei conta de que essa valorização de coisas desimportantes em detrimento das fundamentais não ocorre só na indústria dos calçados. No nosso meio vivemos o mesmo fenômeno.
Vamos pensar. Em primeira análise, um sapato serve para proteger nossos pés dos pedregulhos da caminhada, para evitar que uma topada quebre uma unha, para resguardar nossos frágeis pés dos danos que longos passeios lhes causariam. Só que o que está sendo valorizado neles são características que não têm a ver com nada disso. A Bíblia nos ensina que o cerne da nossa fé é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Mas o que tem estado sob os holofotes são aspectos secundários, que não mereceriam muito de nosso tempo.
Amor3Um exemplo: em vez de discutirmos o que temos feito para ajudar órfãos e viúvas em suas tribulações (que é, segundo Tiago, “A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada”), estamos gastando horas e mais horas, por exemplo, em debates sobre a eterna querela “calvinismo versus arminianismo”. Outro exemplo: em vez de nos unirmos para encontrar o melhor caminho para discipular vidas, investimos nosso precioso tempo discutindo se crente pode ou não fazer tatuagem e usar piercing. E assim seguimos, gastando litros de saliva para defender nossos pontos de vista sobre temas que não mereceram nenhuma ou quase nenhuma atenção de Jesus.
Nos três anos em que passou ensinando, Cristo falou muito sobre arrependimento e perdão. Interessante é que nunca vi uma conferência teológica sobre o tema – mas já vi sobre questões como Missão Integral,  sobre “a Igreja relevante” (precisa de uma conferência para saber que a Igreja relevante é aquela que ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo?!) e outros temas do gênero. E, enquanto ficamos num interminável disse-me-disse sobre se embarcamos ou não em novidades, a Igreja segue em grande parte incompetente quando o assunto é perdoar e amar. E, entenda: quando falo “Igreja” não estou me referindo a uma quimera maligna e institucional à qual devemos nos opor como Quixotes contra moinhos de vento, tampouco a meia dúzia de líderes malignos e corruptos.
Ao me referir a “Igreja”, estou falando sobre eu e você. Pessoas.
A Igreja tem estado fora de foco. No Cristianismo, a teologia é fundamental e o sobrenatural é indispensável, mas muitos de nós estão perdidos entre teologismos sem vida e misticismos exagerados. Decoramos livros de duas mil páginas sobre se o Evangelho deve mudar de cor mas esquecemos de atentar para coisas simples, como se ele tem uma sola que proteja nossos pés na caminhada da vida. Ou perdemos tempo cobrando que o povo fique gritando “glória” na hora da pregação em vez de dirigir nossa atenção para se temos agido conforme a lâmpada para nossos pés.
Amor4Copiando Martin Luther King: eu tenho um sonho. Meses atrás, meu sonho era ver uma grande limpeza na Igreja: o fim da Teologia da Prosperidade, a extinção da heresia da confissão positiva, a pulverização das práticas neopentecostais esdrúxulas, a maturação do lado infantil da Igreja emergente, a erradicação do envolvimento da Igreja na política partidária, a destruição do sistema de celebridades gospel, a prisão de falsos líderes evangélicos que enganam o povo com suas campanhas estelionatárias,  a eliminação de teologias apócrifas e distorcidas e muito mais.
Só que meu sonho mudou. Pois parei. Suspirei. Respirei fundo. Pequei. Apanhei. Fui moído sob muitos aspectos. Travei longas conversas com o Senhor. E, com tudo isso, refleti. E cheguei à conclusão de que essa é uma guerra que, na sociedade pluralista e descentralizada em que vivemos, nunca terá fim. É tentar segurar o vento. Ou deter as águas de um tsunami com as mãos. Em outras palavras: é perda de tempo. Não somos mais a Igreja de 1.700 anos atrás, que resolvia suas disputas num concílio e decidia no voto se algo era heresia ou ortodoxia: o monstro de nossos dias tem muito mais tentáculos e, para se dobrar à verdade bíblica, depende muito menos de blá blá blá pseudoapologético e muito mais de oração. Muito menos de cansativos debates e muito mais de contrição. Muito menos de agressões e polêmicos manifestos on-line e muito mais da manifestação prática do fruto do Espírito nos relacionamentos.
A Igreja está com uma boca do tamanho do mundo para falar, mas com um coração do tamanho de uma formiga para amar.
Nos esquecemos que só Deus muda as coisas, mas, por vaidade, queremos nos tornar os paladinos do Evangelho. Triste Igreja nos tornamos, inchada em seu ego mas a léguas de distância daquilo que de fato muda o mundo. Hoje, concentro minhas energias no mais elementar do Evangelho: amor ao próximo. Vida de santidade. Perdão dos pecados. Ajuda aos necessitados. Jesus de Nazaré.
Amor5Depois de um período de quase um ano de reflexão, oração e leituras direcionadas das Escrituras, hoje acredito que Jesus está pouquíssimo interessado se eu sou calvinista ou arminiano, se sou adepto da Missão Integral ou não, se minha igreja tem cinco ou dez vitrais, se congrego com 50 ou 5.000 membros, e muitíssimo preocupado com o fato de eu dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, hospedar o forasteiro, vestir quem está nu, visitar o enfermo, ver o presidiário. Não adianta querermos combater sistemas de pensamento e doutrinas teológicas aviltantes enquanto ao nosso lado um pobre morre de fome, um pecador é abandonado pelos irmãos, um doente padece solitário, um órfão chora de frio, uma viúva pede esmolas nas janelas de nossos carrões com ar-condicionado, um perdido caminha a passos largos para as trevas. Primeiro o que vem primeiro e depois o resto.  Jesus veio à terra para estender a mão. Mas e nós? Temos feito isso? Ou temos investindo nosso tempo em debater qual é a melhor forma de estender a mão enquanto a mantemos encolhida?
A vaidade humana impera entre nossas lideranças. A arrogância teológica impera entre nossos acadêmicos. O ambição por poder e dinheiro impera por trás das paredes de muitas igrejas. O amor ao próximo e a preocupação com os outros mais do que conosco mesmo desapareceu enormemente da cristandade. Amamos o próximo quando e conforme nos convém. Valorizamos o outro quando nos interessa. Estendemos a mão para quem tem algo a nos oferecer. Essa é a igreja falida.
Amor2A Igreja pulsante e viva não tem lantejoulas ou luzes pisca-pisca. Ela tem um solado firme de amor ao próximo. Não perde seu tempo com discussões intermináveis ou com vaidades teológicas, mas se dedica a abrir mão de si pelos outros. Não se preocupa se o que amarra melhor é um cadarço de algodão ou sintético, mas sim com a busca da santidade. Aliás, cadarço para quê?
Só o que peço a Deus é que nunca deixe morrer em meu coração esse amor. Amor por Cristo, expresso em amor pelo próximo. Glória ao Pai, expressa em amor pelo próximo. Louvor ao Espirito Santo, expresso em amor pelo próximo. Quero um sapato simples. Pode ser de tiras de couro bruto, solado rígido e sem tingimento. Os sapatinhos com lantejoulas e luzes brilhantes deixo para os vaidosos e aqueles que querem ver seus nomes em letras de neon e suas fotos em banners e cartazes. Para os arrogantes donos da verdade. Aqueles que glorificam os holofotes enquanto dizem “Soli Deo Gloria” da boca para fora. Que fazem o que criticam. Que não agem como pregam. Que tomam todas as decisões pensando somente em si. Que são a expressão do século 21 dos fariseus da época de Jesus. E falo com conhecimento de causa, porque eu já fui assim. Já corri atrás do vento, vivi de forma hipócrita e me preocupei com o que não é pão. Basta.
Amor. E que Deus nos livre de tudo o mais.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Fonte:Blog Apenas

Mandato Cultural

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Por Alexandre Amin de Oliveira


Tenho certeza, de que como eu, você já se perguntou o motivo pelo qual o trabalho existe. E, provavelmente, encontrou a resposta de que o homem precisa trabalhar para obter seu sustento. Mas quem instituiu isto? Teria sido a ganância do coração humano? Ou algum líder religioso ou político?

Ao contrário do que é comumente pensado, o trabalho não passou a existir no mundo em decorrência da queda da humanidade em pecado, através de Adão e Eva. A ordem para que o homem trabalhasse veio do próprio Deus, quando estabeleceu um pacto/aliança com sua criatura amada, criada à Sua imagem e semelhança.

Na realidade, podemos encontrar neste Pacto da Criação três mandatos que o Senhor deu ao homem: Espiritual, social e cultural.

O mandato espiritual envolve a expressão em forma de resposta da humanidade ao relacionamento que Deus estabelecera entre si próprio e os portadores da sua imagem. A cada sétimo dia, esta comunhão deveria ser expressa da maneira mais completa e rica possível.

O mandato social pôde ser dado porque Deus criou a humanidade como macho e fêmea. Deus ordenou a união do homem e mulher como uma só carne, a fecundidade, multiplicação e o enchimento da terra.

O mandato cultural envolve a vice-gerência do homem sobre o cosmos. Era para o homem desenvolver e manter tudo aquilo que havia sido criado por Deus. Através deste mandato, Deus colocou a humanidade em um relacionamento singular com a criação, para dominar e sujeitar (Gn 1.28), guardar e cultivar (Gn 2.17).

No decorrer do livro de Gênesis, percebe-se o surgimento e o desenvolvimento de diversas profissões. Abel foi pastor de ovelhas, Caim foi lavrador (Gn 4.2). Jabal foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado (Gn 4.20); Jubal foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta (Gn 4.21); Tubalcaim foi artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de ferro (Gn 4.22).

É justamente a existência de um mandato cultural no pacto da criação que justifica o trabalho e o envolvimento do cristão em áreas como: política, educação, artes, lazer, tecnologia, indústria, e quaisquer outras áreas. No entanto, devemos entender que onde quer que os vice-gerentes agem, devem agir em nome do Criador, revestidos de sua autoridade, fazendo a sua vontade.

“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo” (Cl 3. 23,24).

sábado, 8 de junho de 2013

10 Mitos sobre a Educação Teológica da IPB


Por Rev. Ageu Magalhães
O dicionário Caldas Aulete define mito como uma “crença popular ou tradição que se desenvolve sobre alguém ou algo”. O mito se enquadra bem na definição de Joseph Goebbels: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. De fato, algumas afirmações equivocadas têm sido ditas em nossos dias quanto à educação teológica na IPB. Estes mitos são repetidos tantas vezes que já começam a parecer verdade. Alistei abaixo os que considero mais equivocados:
1º Mito: A formação teológica atual não prepara o ministro para um auditório mais capacitado.
A atual grade de disciplinas aprovada pelo Supremo Concílio prepara o aluno para qualquer tipo de auditório. O que pode ocorrer, em casos isolados, é algum aluno pouco aplicado obter aprovação no curso e sair menos preparado. Porém, na medida em que os seminários da IPB são exigentes nas avaliações e na formação de seus estudantes, a grade atual se encarrega de capacitar o seminarista aos desafios desta geração. Neste sentido, é muito comum encontramos alunos do primeiro ano, que já fizeram alguma faculdade, estranhando o peso do curso de Teologia e tendo certa dificuldade para passar nas avaliações. Eu me recordo que na minha época de estudante, fazendo seminário e trabalhando no setor de um banco em que todos tinham formação universitária, eu acabei gerando olhares surpresos ao contar que mal dormia durante a semana fazendo os trabalhos do Seminário. Muitos ali me diziam que, em sua época de faculdade, nunca haviam passado um sábado estudando.
2º Mito: Quanto mais alto o grau acadêmico do ministro, melhor pastor ele será.
Este também é um equívoco de nossos dias. Com a multiplicação da oferta de pós-graduações em Teologia, muitos acham que para serem bons pastores devem ter grau de mestrado e doutorado. Não é verdade. Às vezes, ocorre justamente o contrário. Os altos graus acadêmicos fazem com que o pastor, outrora humilde, passe a aceitar convites de pastorado apenas em igrejas grandes.
Um mestrado ou doutorado podem ser bênção na vida de um pastor se ele, primeiro, continuar dedicado no pastoreio das ovelhas; segundo, não perder sua humildade e continuar disposto a pastorear aonde quer que o Senhor lhe envie. Não precisamos dizer que muitos pastores, sem qualquer pós-graduação, foram e ainda têm sido muito usados por Deus em todo o nosso extenso país. 
3º Mito: Os seminários da IPB só formam teólogos.
Bem, a princípio, assim como um curso de Medicina forma médicos, um curso de Teologia tem de formar teólogos. Todavia, sabemos que a palavra “teólogo” às vezes é usada com sentido pejorativo. Intenciona-se dizer que “ser teólogo” é diferente de “ser pastor”. Esta divisão é equivocada. Todo teólogo deve ser pastor. E todo pastor deve ser teólogo. O reformador João Calvino, comentando a epístola de Tito 1.1, diz isso de forma bem clara: “E assim aprendemos que o homem que mais progride na piedade é também o melhor discípulo de Cristo, e o único homem que deve ser tido na conta de genuíno teólogo é aquele que pode edificar a consciência humana no temor de Deus”. A grade de nossos seminários é composta por disciplinas que visam formar o verdadeiro teólogo – aquele que progride na piedade e alimenta o rebanho de Deus.
4º Mito: Jovens ministros não têm responsabilidade.
Esta afirmação vai contra a Palavra de Deus. Na Bíblia temos muitos jovens que se portaram com grande responsabilidade, não obstante suas idades. José do Egito, Davi, Jonatas, Daniel e seus amigos, são alguns. No Novo Testamento, Paulo disse ao jovem pastor Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade...” (1Tm 4.12). Responsabilidade independe de idade. E pessoas com certa experiência de vida sabem disso.
5º Mito: Os candidatos que têm saído de nossos seminários são muito jovens.
Isso já foi verdade. Não é mais. Por causa das últimas resoluções do Supremo Concílio que exigem pelo menos 3 anos de observação antes de o candidato ser enviado ao Seminário, hoje a maioria dos candidatos é mais madura. Muitos entram no Seminário casados e boa parte ingressa já possuindo diploma de curso superior. No ano passado, dos 322 inscritos para o vestibular unificado, 65% já estavam casados. Quanto à formação acadêmica, 24% dos candidatos possuía curso superior completo, 21% curso superior incompleto e 11% já possuía pós-graduação, totalizando 55% contra 45% de candidatos com apenas o ensino médio (antigo segundo grau) completo.
6º Mito: A grade de nossos seminários está desatualizada porque foi feita em contexto rural e hoje o Brasil é um país urbano.
Há dois erros nesta afirmação. O primeiro é que a grade de nossos seminários está desatualizada. Não é verdade. A grade de disciplinas vem sendo atualizada a cada Supremo Concílio. A que está em vigor foi produzida em 2006, revista e ratificada em 2010. A grade apresenta 87% de disciplinas obrigatórias a todos os seminários e 13% de disciplinas eletivas, que contemplam as diferenças regionais de nosso país. O segundo erro está na afirmação de que o Brasil é um país urbano, pois passa a impressão de que ele é totalmente urbano. Não é. Segundo dados do IBGE, pelo menos 30 milhões de pessoas ainda vivem em ambiente rural em nosso país. E a grade atual, com disciplinas obrigatórias e eletivas, contempla as duas realidades.
7º Mito: O sonho de todo seminarista é ter curso reconhecido pelo MEC e Mestrado.
A generalização é precipitada. Pode ser que alguns seminaristas sonhem com isso, mas está longe de ser a maioria. Minha experiência no Seminário JMC é ver alguns estudantes sonhando com missões transculturais, com plantação de igrejas e com pastorado em regiões difíceis. Tenho testemunhado o mesmo sentimento em muitos alunos dos outros seminários da IPB, na convivência que tenho com eles em viagens missionárias.
8º Mito: Os cursos da IPB seriam melhores com o reconhecimento do MEC.
Desde 1999 este assunto tem sido debatido na IPB. No SC-IPB-2002 foi formada comissão para estudar o assunto e dar passos para o credenciamento dos Seminários junto ao MEC (Doc. XXVII). Na mesma reunião foi aprovado parecer desfavorável sobre o tema, nos seguintes termos:
“SC-IPB-2002 Doc. XXVIII – Quanto ao Doc. 44 - Da JET sobre reconhecimento dos Cursos de Bacharel em Teologia pelo MEC e criação do Curso de Ministério Pastoral. O Supremo Concílio da IPB: 1. Considerando o relatório da Comissão de Educação Teológica I sobre o reconhecimento dos Cursos de Bacharel em Teologia pelo MEC; 2. Considerando que a IPB entende que pastores são formados em seus seminários e que a experiência de formação de pastores em cursos universitários na Europa e Estados Unidos causou a secularização e mesmo a liberalização da teologia; 3. Considerando a existência de muitos seminários em todo o território nacional, mantidos pela IPB, o que facilita o acesso de todos quantos neles desejarem estudar. 4. Considerando que o fato do candidato fazer uma Faculdade Superior de Teologia, em muitos casos lhe privaria do acompanhamento do presbitério através de um tutor nomeado; RESOLVE: 1. Considerar a primeira proposta prejudicada; 2. Não aprovar a criação do curso de Ministério Pastoral, determinando que os que quiserem ser pastores da IPB façam o curso regular em um dos seus seminários, conforme Art. 118 da CI/IPB.”
Em 2006, o Supremo Concílio recebeu relatório da comissão especial que estudou o assunto e resolveu remeter o assunto à JET para continuar a análise (Doc. CXXVII). Em 2010, o Supremo Concílio recebeu o relatório da comissão e aprovou o parecer contrário da comissão quanto ao credenciamento:
“SC/IPB-2010 - DOC.LXXXIV - Quanto ao documento 285 - Oriundo do(a): Educação Teológica - Ementa: Relatório sobre Credenciamento de Seminários da IPB junto ao MEC. Considerando: 1- a relevância da matéria, a qual toca diretamente a gestão dos Seminários da IPB, refletindo-se sobre o conteúdo da grade curricular e contratação de professores; 2 - a fluidez das normas baixadas a este respeito pelo MEC, fato que representa insegurança para a confessionalidade dos Seminários; 3 - a desnecessidade do credenciamento junto ao MEC para o exercício do pastorado junto às igrejas da IPB; O SC/IPB - 2010 RESOLVE: 1. Conhecer o documento; 2. Aprová-lo em seus termos .”
Portanto, o entendimento do Supremo Concílio é o de que o credenciamento ao MEC representa insegurança à confessionalidade do nosso ensino teológico.  De fato, é temerário submeter a formação de nossos pastores a um órgão do governo federal. Por mais que em nosso país haja separação entre Igreja e Estado, a prática intervencionista do último é constante. Não podemos submeter o ensino teológico de nossa denominação a este risco. Para sermos pastores, não necessitamos do reconhecimento do MEC, mas do reconhecimento de Deus. Este basta.
9º Mito: Um curso híbrido é o melhor para a formação teológica atual.
A proposta de um curso híbrido seria parecida com o que é praticado em seminários norte-americanos, isto é, o candidato ao ministério obrigatoriamente cursaria primeiro um bacharelado em teologia reconhecido pelo MEC, e depois faria uma complementação pastoral de dois anos em um seminário da IPB. A proposta é apenas parecida, pois lá fora estes dois anos são intensivos, cursados em dois períodos, manhã e tarde, por exemplo.
Apesar do mérito da proposta em o candidato fazer um curso de 6 anos, vejo que teríamos mais a perder do que a ganhar com esta forma. Alisto meus pontos:
1) Na primeira etapa do curso, a de teologia reconhecida pelo MEC, as disciplinas de cultura geral teriam a orientação própria dos cursos seculares, a saber, exclusão do elemento transcendente. Para entender melhor isso, veja um trecho do parecer do Conselho Nacional de Educação, do MEC, de 06/05/2009, sobre a questão:
“Por essa razão, o estudo das teologias, da área de Ciências Humanas conforme classificação CAPES/CNPq, não pode prescindir de conhecimentos das ciências humanas e sociais, da filosofia, da história, da antropologia, da sociologia, da psicologia e da biologia entre outras. Essas ciências permitem estudar o universo teológico respeitando o princípio da “exclusão da transcendência”, condição da abordagem científica, ou seja, não se trata de afirmar ou negar a veracidade das afirmações teológicas, mas, sim, estudar o modo como elas surgem, como se manifestam e como atuam nas diferentes dimensões da vida, das experiências e do conhecimento humano. O estudo da teologia deve, ainda, buscar diálogo com outras áreas científicas, possibilitando estudos interdisciplinares.” (Grifos nossos)
Atualmente, mesmo as disciplinas de cultura geral do nosso currículo são ministradas embaixo de uma cosmovisão cristã, isto é, o conteúdo é examinado sob o prisma da Teologia Reformada. Veja, por exemplo, as ementas de Psicologia e Sociologia do currículo atual:
Psicologia Geral (CG07): Investiga os aspectos psicológicos da personalidade humana. Inclui os fundamentos da Psicologia e das principais escolas de Psicologia à luz da Teologia Reformada. Envolve análise crítica, engajamento e reflexão teológica.
Sociologia Geral (CG10): Introduz os alunos aos conceitos básicos da Sociologia. Estuda o fato social, grupos sociais, método sociológico, elementos estruturais, atividades e funções dos grupos, fatores da vida e do progresso social, sob a ótica bíblico-reformada.
Se a proposta do modelo híbrido fosse aprovada, nós perderíamos este prisma cristão sobre várias disciplinas.
2) Em um curso hibrido, com 4 anos de faculdade normal, perderíamos o ambiente de piedade e comunhão entre futuros pastores, próprio dos nossos seminários. Qualquer faculdade vinculada ao MEC tem de ter vestibular aberto a quaisquer interessados. Teríamos, portanto, estudantes não interessados no ministério sagrado e, possivelmente, até não crentes fazendo o curso. Lembro-me que quando cursei a pós-graduação em Ciências da Religião, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, tinha como colega de classe uma jovem espírita.
3) Em um curso híbrido perderíamos também o “currículo informal”, isto é, o aprendizado a partir do exemplo e da convivência com professores, em sua maioria, pastores. Em um curso híbrido, reconhecido pelo MEC, o corpo docente não necessariamente seria de pastores. Hoje em nossos seminários o convívio com pastores é um currículo a parte. O relato de suas experiências no campo, de como lidam com problemas ministeriais e do dia-a-dia da igreja é algo que não pode ser perdido, pois é precioso ao aluno.
10º Mito: Presbitérios podem enviar seus candidatos a seminários que não são da IPB
Não. Pelas nossas leis, presbitérios não podem enviar candidatos a seminários de fora da IPB. Pouca gente observa o que prescreve o artigo 118 da nossa Constituição. É um artigo difícil de ser interpretado, mas acompanhe o raciocínio:
O artigo diz: "Ninguém poderá apresentar-se para licenciatura sem que tenha completado o estudo das matérias dos cursos regulares de qualquer dos seminários da Igreja Presbiteriana do Brasil." Observe: Ninguém pode se apresentar sem ter completado as matérias dos cursos regulares de qualquer dos seminários da IPB. Este artigo fecha as portas para alguém fazer outro seminário, que não um dos 8 seminários da IPB.
Mas, e o parágrafo 1º? Ele não permite que um presbitério encaminhe aluno para seminário não presbiteriano? Não permite. Observe bem o que ele diz: "§ 1º. Em casos excepcionais, poderá ser aceito para licenciatura candidato que tenha feito curso em outro seminário idôneo ou que tenha feito um curso teológico de conformidade com o programa que lhe tenha sido traçado pelo Presbitério."
O artigo não fala que, em casos excepcionais poderá ser enviado para outro seminário. Mas fala do candidato que está se apresentando para licenciatura e já fez um curso em outro seminário. Veja novamente: "candidato que tenha feito curso em outro seminário". Ele já está no final do processo, com curso pronto. Os legisladores vislumbraram a situação de alguém que veio de outra denominação com um curso concluído e agora quer ser ordenado na IPB. Neste caso, de acordo com as últimas resoluções do Supremo Concílio, o presbitério deve juntar toda a documentação do seminário deste candidato e enviá-la à Junta de Educação Teológica da IPB para que ela averigue a idoneidade do Seminário. Mas, o envio do candidato, no início do processo, deve ser a um seminário da IPB.
Note que o caput do Artigo 118 fala da regra: ninguém pode se apresentar sem curso de seminário da IPB. Ele abrange o envio do candidato. Já o parágrafo 1º não trata do envio, mas da excepcionalidade de se receber alguém com curso pronto, vindo de outra denominação. E isso não pode anular a regra estabelecida no caput. Na última reunião do Supremo Concílio, em 2010, foi reafirmada a resolução da CE-2008, justamente com a interpretação dada acima:
“CE-SC/IPB-2008 RESOLVE: 1. Tomar conhecimento; 2. Responder que são seminários idôneos aqueles cujos conteúdos programáticos oferecidos estejam de acordo com a confessionalidade da Igreja Presbiteriana do Brasil; 3. Responder que a competência para aferir a idoneidade dos seminários é da JET, segundo decisões SC-94-024 - Doc. CCXXVIII; CE-SC/IPB-2000-Doc.CV; 4. Reafirmar a resolução SC-70-097- Recomendar a todos os presbitérios da IPB que encaminhem os seus candidatos ao Sagrado Ministério aos seminários da Igreja Presbiteriana do Brasil". (SC/IPB-2010 - DOC.CXLIII)

Louvado seja Deus, pois mesmo com as falhas próprias de sistemas conduzidos por homens, a educação teológica de nossa Igreja vai muito bem e tende a ficar ainda melhor. A JET tem feito um trabalho primoroso na superintendência dos seminários e institutos bíblicos de nossa denominação e está trabalhando agora na padronização dos conteúdos programáticos dos Seminários, para aprovação do próximo SC. Isto fortalecerá e consolidará a formação teológica de nossa Igreja.
Que o Senhor da Seara continue enviando trabalhadores (Mt 9.38) e que nós, conselhos, presbitérios e seminários, sejamos zelosos na preparação deles.

O renascimento da Somália significa liberdade aos cristãos?

No ano passado, o povo da Somália elegeu seu primeiro presidente, após mais de 20 anos sem um governo central. Durante as duas décadas que antecederam a essa mudança, o país foi assolado por pirataria, fome, violência e morte. O artigo a seguir fala sobre os cristãos desta "nova" Somália
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Em 2012, a Somália realizou suas primeiras eleições democráticas depois de quase duas décadas de violência, corrupção e caos. Agora, a comunidade internacional surge para apoiar os esforços para a reconstrução do país. Os Estados Unidos focaram seu apoio na estabilidade e reintegração do país na comunidade internacional, reconhecendo oficialmente o governo da Federação da Somália pela primeira vez, desde 17 de janeiro de 1991.

A Conferência Somália, realizada na Lancaster House, em 7 de maio, e co-organizada por representantes do Reino Unido e da Somália, foi um passo ainda mais significativo em direção à estabilidade e reintegração na comunidade internacional. Mais de 50 amigos e parceiros da Somália compareceram.

O comunicado de imprensa do governo do Reino Unido, de 7 de maio, afirma: "Na Conferência, a comunidade internacional se reuniu a fim de discutir medidas práticas para o apoio aos planos do Governo Federal em três áreas principais: segurança, justiça e gestão das finanças públicas. Nós apoiamos a proteção dos direitos fundamentais da Constituição e o compromisso do Governo Federal na defesa dos direitos humanos, inclusive através da criação de uma Comissão Nacional de Direitos Humanos independente".

Contudo, apesar de todas estas ações positivas visando a restauração da nação, e dos elogios da comunidade internacional às promessas do governo da Somália de proteger e defender os direitos humanos fundamentais no artigo 3º da Constituição, os cristãos da Somália ainda não têm muito a comemorar. Eles permanecem escondidos e em sério perigo diante dos extremistas.

Infelizmente, a Constituição prestes a ser concluída e ratificada também afirma:
•  “O islamismo deve ser  a religião do Estado.”
• “Toda pessoa deve ter o direito à liberdade de consciência, de professar livremente sua própria religião e de prestar culto sem qualquer restrição que possa estar prescrita em lei com a finalidade de garantir a moral, a saúde pública e a ordem. No entanto, não será permitido divulgar ou fazer propaganda de qualquer outra religião que não seja a religião do Islã.”
• "A doutrina islã deve ser a principal fonte das leis do Estado."

E assim, na Federação da Somália, os cristãos continuam marginalizados, criminalizados e ameaçados. Há, contudo, um raio de esperança...

O número de cidadãos da Somália voltando do exílio tem aumentado, enquanto a nação recupera lentamente sua estabilidade. Entre os regressos, está a geração nascida, criada e educada nos países ocidentais. Muitos prosperaram nas várias nações em que estiveram exilados, demonstrando grande empreendedorismo, habilidades variadas e instrução.

"Estamos orando para que a vida em cidades cosmopolitas do mundo tenha aberto suas mentes e transformado suas visões de mundo. Eles têm visto os benefícios de viver em sociedades mais livres que seguem o Estado de Direito e desfrutado da liberdade religiosa, liberdade de associações, da liberdade de viver suas vidas como bem entenderem, sem interferências. Também estamos orando para que esses regressos estejam mais religiosamente tolerantes, sem ceder facilmente às rigorosas leis da Sharia, as quais os extremistas defendem. Oramos para que isso venha a significar num futuro próximo a aceitação social dos não-muçulmanos, incluindo os cristãos somalis", comentou um colaborador da Portas Abertas no Leste Africano.

Por enquanto, as ameaças continuam a espreitar as comunidades extremamente unidas, ligadas por fortes laços familiares e de clãs. Nessas famílias e estruturas sociais rigorosamente monitoradas existem extremistas anticristãos e anti-judeus.

Agora é o momento de o presidente Hassan Sheikh Mohamud cumprir as palavras de seu discurso de abertura da Conferência da Somália 2013, quando afirmou que seu governo está dedicado à criação de uma Somália "em paz consigo mesma e com os seus vizinhos, uma Somália que valoriza a bondade, o respeito e os direitos humanos." Ele prometeu que, sob sua liderança, o governo oferecerá ao mundo um parceiro legítimo em que se pode confiar. Falou ainda que está trabalhando arduamente para tornar efetivo, entre outras coisas, o Estado de Direito e o sistema de justiça.

Enquanto as pessoas não tiverem a permissão para mudar de religião, viver a sua fé cristã ou falar aos outros sobre sua crença, as garantias de respeito aos direitos humanos continuam como meras palavras no papel. Continuando a caça e matança aos cristãos, prova-se que a liberdade ainda não chegou verdadeiramente à Somália.

Pedidos de oração:
• Ore para que a situação dos cristãos somalis chegue ao conhecimento e tenha destaque na comunidade internacional, que busca reconstruir a nação.
• Peça pelo retorno de milhões de somalis que viveram ou até mesmo nasceram e se criaram no exílio. Ore para que a sua mentalidade "diferente" e visões de mundo abertas tragam uma concepção de tolerância à sociedade.
• Interceda pelo estabelecimento de uma sociedade civil nativa, forte e imparcial e de agências de direitos humanos para dar voz aos que não a tem, por serem controlados pelo governo (incluindo os cristãos).
• Ore para que os direitos humanos constitucionais garantidos sejam respeitados e para que todos os somalis tenham espaço para praticarem a religião de sua preferência.
• Apresente ao Senhor a juventude da Somália nascida antes ou durante o conflito:
- Aqueles que ficaram no país e não conheceram outra forma de vida exceto a violência, vingança e amargura.
- Muitos dos que fugiram com suas famílias sofreram os horrores da fome e inanição, viajaram muitos quilômetros, principalmente a pé, encontraram milícias ilegais que os estupraram e, em alguns casos, assassinaram.
- Ore para que Deus possa redimi-los e trazer cura aos seus corações feridos.
FontePortas Abertas EUA
TraduçãoDaniela Cunha

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