sábado, 25 de maio de 2024

O PAPEL SACERDOTAL DO PAI NA FAMÍLIA



Dt 6.1-25; Ef 6.1-4

 O casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher na presença de Deus e das testemunhas, através do qual se forma uma nova família, onde cada um tem seu papel. E para o lar ser uma bênção, cada membro precisa desenvolver a sua função.

 No mundo atual, marcado pelo materialismo, muitos pais pensam que só precisam ter um bom trabalho, uma boa casa, carro e ser um sucesso no trabalho, etc. Estas coisas são importantes, mas o que adianta ter tudo isso e uma família infeliz? Que adianta ser um sucesso no trabalho e ser fracasso na família? Nenhum sucesso compensa o fracasso da família. A família é um projeto de Deus, para a glória dele, e para que isso possa acontecer o pai precisa desenvolver o seu papel sacerdotal no lar. Como cada pai pode assumir o papel sacerdotal na família?

 1 — VIVENDO EM SANTIDADE (Êx 28.1-4, 36; Lv 16; 19.1,2; 21.6,8) — Quando Deus estabeleceu por Deus, ao separar Arão e seus filhos, ordenou que eles vivessem em santidade. A santidade era indispensável a vida dos sacerdotes para exercerem o seu ministério diante do Senhor, porque senão seriam destruídos como aconteceu com Nadabe e Abiú filhos de Arão que morreram diante do Senhor (Lv. 10.1-7).

 Deus ao chamar o seu povo do Egito ordenou dizendo: “Disse mais o Senhor a Moisés: “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”(Lv 19.1,2), e também o apóstolo Pedro ao escrever aos irmãos dispersos disse: “porquanto está escrito: "Sede santos, porque eu sou santo”(1 Pe 1.16).

 Sem santidade não podemos desfrutar da presença de Deus e desenvolver o sacerdócio do lar. Os pais precisam levar o relacionamento com Deus a sério, para serem bênção e exemplo para os familiares. Eles sabem muito bem que somos em casa. Se os nossos familiares nos conhecem, pense, quanto mais o nosso Deus. Ele conhece cada pai (Sl 139). Portanto, precisamos de pais santos para serem bênçãos e seus lares.

2 — SENDO UM PAI DE ORAÇÃO (Lv 9.1,2,22-24; 16.2-34; Ed 9.15) — A vida de oração é era uma das características dos verdadeiros sacerdotes, pois serviam a Deus na casa de oração. O capítulo de número 16 do livro de Levítico, é o clímax do livro. Ele nos apresenta o caminho de acesso a Deus, onde os sacerdotes no dia da expiação se achegavam diante de Deus, principalmente quando o sumo-sacerdote se apresentava diante de Deus para fazer expiação por sua casa, pelos sacerdotes e pelo povo de Israel.

 O dia da expiação era um dia de jejum e lamentação pelos pecados Dt 9.18, de confissão! Sm 7.9, Ne 9.1,2. Era um momento de intercessão pelas famílias e nação (Lv 16.11-34). Jó foi um homem rico, integro e temente a Deus que se desviava do mal, mas era também um pai que intercedia ao Senhor por seus filhos (Jó 1.5).

Orar uma vez pela família, é fácil, mas ter uma vida de oração, não é. Para sermos maridos, pais de oração precisamos ter fé, dedicação, tempo, consagração, etc. Em nossas igrejas, quando os pais apresentam seus filhos para serem batizados, um dos compromissos assumidos diante de Deus, é de ter uma vida de oração com e pelos filhos. Atualmente, precisamos de pais que apresentem diante Deus as suas famílias em oração, como alguém já disse: “pais de oração, famílias de pé”.

 3 – ENSINANDO A PALAVRA DE DEUS (Ed 7.10; 10. 10, 16,  Dt 6.6-9; 2 Tm 3.14-16) — Os sacerdotes tinham a responsabilidade de ensinar a Lei do Senhor, como podemos ver o exemplo de Esdras. Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os seus estatutos e as suas ordenanças” (7.10). Os sacerdotes ensinavam aos membros de sua casa e ao povo. Quando o sacerdote Eli deixou de ensinar aos seus filhos ele foi repreendido, pois o verdadeiro ensino é muito mais do que meras palavras, envolve atitude. Eli precisava ter confrontado os seus filhos, sua falha em não ter tomado uma atitude “foi interpretada como ter honrado mais os seus filhos do que o Senhor” (1 Sm 2.29).

 Como homens de Deus, os pais israelitas, precisavam ensinar a Palavra de Deus aos seus filhos conforme as sagradas escrituras: “E estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas”(Dt 6.7-9).

 Meus irmãos, nesta atualidade tão desafiadora em que estamos vivendo, onde vemos o problema das drogas, prostituição, corrupção, idolatria, etc. Os pesquisadores já descobriram que o problema começa nos lares. Os pais cristãos, como sacerdotes do lar, precisam viver em santidade, não só na igreja, mas em toda a sociedade, serem homens de oração que intercedem por seus lares e ensinam a Palavra que transmite vida. Grande é o nosso desafio, mas não podemos desanimar e sim despertar para cumprirmos o nosso papel de pais para a glória de Deus.

 Pr. Eli Vieira

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