Dt 6.1-25; Ef 6.1-4
O casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher na presença de
Deus e das testemunhas, através do qual se forma uma nova família, onde cada um
tem seu papel. E para o lar ser uma bênção, cada membro precisa desenvolver a
sua função.
No mundo atual, marcado pelo materialismo, muitos pais pensam que
só precisam ter um bom trabalho, uma boa casa, carro e ser um sucesso no
trabalho, etc. Estas coisas são importantes, mas o que adianta ter tudo isso e
uma família infeliz? Que adianta ser um sucesso no trabalho e ser fracasso na
família? Nenhum sucesso compensa o fracasso da família. A família é um projeto
de Deus, para a glória dele, e para que isso possa acontecer o pai precisa
desenvolver o seu papel sacerdotal no lar. Como cada pai pode assumir o papel
sacerdotal na família?
1 — VIVENDO EM SANTIDADE (Êx 28.1-4, 36; Lv 16; 19.1,2; 21.6,8)
— Quando Deus estabeleceu por Deus, ao separar Arão e seus filhos, ordenou
que eles vivessem em santidade. A santidade era indispensável a vida dos
sacerdotes para exercerem o seu ministério diante do Senhor, porque senão
seriam destruídos como aconteceu com Nadabe e Abiú filhos de Arão que morreram
diante do Senhor (Lv. 10.1-7).
Deus ao chamar o seu povo do Egito ordenou dizendo: “Disse mais o Senhor
a Moisés: “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis
santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”(Lv 19.1,2), e também o
apóstolo Pedro ao escrever aos irmãos dispersos disse: “porquanto está escrito:
"Sede santos, porque eu sou santo”(1 Pe 1.16).
Sem santidade não podemos desfrutar da presença de Deus e desenvolver o
sacerdócio do lar. Os pais precisam levar o relacionamento com Deus a sério,
para serem bênção e exemplo para os familiares. Eles sabem muito bem que somos
em casa. Se os nossos familiares nos conhecem, pense, quanto mais o nosso Deus.
Ele conhece cada pai (Sl 139). Portanto, precisamos de pais santos para serem
bênçãos e seus lares.
2 — SENDO UM PAI DE ORAÇÃO (Lv 9.1,2,22-24; 16.2-34; Ed 9.15) — A
vida de oração é era uma das características dos verdadeiros sacerdotes, pois
serviam a Deus na casa de oração. O capítulo de número 16 do livro de Levítico,
é o clímax do livro. Ele nos apresenta o caminho de acesso a Deus, onde os
sacerdotes no dia da expiação se achegavam diante de Deus, principalmente
quando o sumo-sacerdote se apresentava diante de Deus para fazer expiação por
sua casa, pelos sacerdotes e pelo povo de Israel.
O dia da expiação era um dia de jejum e lamentação pelos pecados Dt
9.18, de confissão! Sm 7.9, Ne 9.1,2. Era um momento de intercessão pelas
famílias e nação (Lv 16.11-34). Jó foi um homem rico, integro e temente a Deus
que se desviava do mal, mas era também um pai que intercedia ao Senhor por seus
filhos (Jó 1.5).
Orar uma vez pela família, é fácil, mas ter uma vida de oração, não é.
Para sermos maridos, pais de oração precisamos ter fé, dedicação, tempo,
consagração, etc. Em nossas igrejas, quando os pais apresentam seus filhos para
serem batizados, um dos compromissos assumidos diante de Deus, é de ter uma
vida de oração com e pelos filhos. Atualmente, precisamos de pais que
apresentem diante Deus as suas famílias em oração, como alguém já disse: “pais
de oração, famílias de pé”.
3 – ENSINANDO A PALAVRA DE DEUS (Ed 7.10; 10. 10, 16, Dt 6.6-9; 2
Tm 3.14-16) — Os sacerdotes tinham a responsabilidade de ensinar a Lei do
Senhor, como podemos ver o exemplo de Esdras. Porque Esdras tinha preparado o
seu coração para buscar e cumprir a lei do Senhor, e para ensinar em Israel os
seus estatutos e as suas ordenanças” (7.10). Os sacerdotes ensinavam aos
membros de sua casa e ao povo. Quando o sacerdote Eli deixou de ensinar aos
seus filhos ele foi repreendido, pois o verdadeiro ensino é muito mais do que
meras palavras, envolve atitude. Eli precisava ter confrontado os seus filhos,
sua falha em não ter tomado uma atitude “foi interpretada como ter honrado mais
os seus filhos do que o Senhor” (1 Sm 2.29).
Como homens de Deus, os pais israelitas, precisavam ensinar a Palavra de
Deus aos seus filhos conforme as sagradas escrituras: “E estas palavras que
hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas
falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao
levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais
entre os teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas
portas”(Dt 6.7-9).
Meus irmãos, nesta atualidade tão desafiadora em que estamos vivendo,
onde vemos o problema das drogas, prostituição, corrupção, idolatria, etc. Os
pesquisadores já descobriram que o problema começa nos lares. Os pais cristãos,
como sacerdotes do lar, precisam viver em santidade, não só na igreja, mas em
toda a sociedade, serem homens de oração que intercedem por seus lares e
ensinam a Palavra que transmite vida. Grande é o nosso desafio, mas não podemos
desanimar e sim despertar para cumprirmos o nosso papel de pais para a glória
de Deus.
Pr. Eli Vieira
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