quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

ATITUDES PARA O SUCESSO

 


Êxodo 13:17-15:21

 “A história não confia a guarda da liberdade por muito tempo àqueles que são fracos ou tímidos.” O presidente Dwight Eisenhower disse essas palavras em seu discurso de posse, no dia 20 de janeiro de 1953. Como o homem que ajudou a liderar os Aliados rumo à vitória na Segunda Guerra Mundial, o general Eisenhower tinha amplo conhecimento do altíssimo preço da vitória, bem como do fardo pesado da liberdade que sempre segue o triunfo. Charles Kingsley, escritor inglês, estava certo ao dizer que: “Há dois tipos de liberdade – o falso, no qual o homem é livre para fazer o que bem entende, e o verdadeiro, no qual o homem é livre para fazer o que deve”. Ao longo de sua história, a nação de Israel lutou com esses dois tipos de liberdade, como acontece com o povo de Deus nos dias de hoje.

É um sinal de maturidade quando aprendemos que a liberdade é uma ferramenta de construção, não um brinquedo, e que a liberdade envolve aceitar responsabilidades. O êxodo de Israel ensinou ao povo que seu futuro sucesso estava no cumprimento de três atitudes (responsabilidades) importantes: seguir ao Senhor (Êx 13:1 7-22), confiar no Senhor (14:1-31) e louvar ao Senhor (15:12-21).

  1. SEGUIR A O SENHOR (ÊX 13 :17-22)

O êxodo de Israel do Egito não foi o fim de sua experiência com Deus; na verdade foi um recomeço. “Foi preciso uma noite para tirar Israel do Egito, mas foram necessários quarenta anos para tirar o Egito de Israel”, disse George Morrison.1 Se Israel obedecesse 5 à vontade de Deus, o Senhor os conduziria à terra prometida e lhes daria sua herança. Quarenta anos depois, Moisés lembraria a nova geração de que Deus “te tirou do Egito […] para te introduzir na sua terra e ta dar por herança” (Dt 4:37, 38).

A mesma coisa pode ser dita da redenção que temos em Cristo: Deus nos livrou da escravidão para que pudesse nos conduzir à bênção. A. W. Tozer costumava nos lembrar de que “somos salvos de, como também para”. A pessoa que confia em Jesus Cristo nasce de novo e passa a fazer parte da família de Deus, mas esse é só o começo de uma nova e empolgante aventura que deve nos conduzir ao crescimento e a conquistas. Deus nos liberta e, então, nos conduz através das várias experiências da vida, um dia de cada vez, para que possamos conhecê-lo melhor e para que, pela fé, possamos nos apropriar de tudo o que ele deseja nos dar. Ao mesmo tempo, passamos a nos conhecer melhor e crescemos em entendimento quanto à vontade de Deus e quanto à confiança em suas promessas.

Deus traça o caminho para seu povo (w. 17, 18). Deus não é surpreendido por nada. Ele planeja o melhor caminho a ser percorrido por seu povo. E possível que nem sempre compreendamos o caminho que ele escolhe ou que nem mesmo concordemos com ele, mas o caminho de Deus é sempre certo. Podemos dizer cheios de confiança: “Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (SI 23:3) e devemos orar com humildade e pedir: “Faze-me, Senhor , conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guiame na tua verdade e ensina-me” (SI 25:4, 5).

Se houvesse algum estrategista militar no meio do povo de Israel naquela noite, ele provavelmente teria discordado da rota de desocupação escolhida por Deus, pois era longa demais.3 O primeiro destino de Israel era o monte Sinai, mas por que levar milhões de pessoas pela rota mais longa em vez de tomar o caminho mais curto e mais fácil? A resposta é simples: havia postos avançados egípcios por todo o caminho mais curto, e os soldados nesses locais teriam entrado em confronto com os hebreus. Além disso, cruzar a fronteira com a Filistia teria sido um convite a um ataque de seu exército, e a última coisa de que Israel precisava era entrar em guerra com seus vizinhos. Deus sabia o que estava fazendo quando escolheu o caminho mais longo.

Se você permitir que Deus dirija seus passos (Pv 3:5,6), espere ser conduzido, de vez em quando, por alguns caminhos que parecem desnecessariamente longos e sinuosos. Lembre-se de que Deus sabe o que está fazendo, de que ele não está com pressa e de que, enquanto você segui-lo, estará seguro sob a bênção dele. É possível que ele feche algumas portas e, de repente, abra outras, e devemos ficar alertas para isso (At 16:6-10; 2 Co 2:12,13).

 Deus encoraja a fé de seu povo (v. 19). Antes de morrer, José fez seus irmãos prometerem que, quando Deus livrasse Israel do Egito, seus descendentes levariam consigo os restos mortais dele para a terra prometida (Gn 50:24, 25; Hb 11:22). José sabia que Deus cumpriria sua promessa e salvaria os filhos de Israel (Gn 15:13-16). José também sabia que seu lugar era na terra de Canaã, junto com seu povo (Gn 49:29-33).

O que esse caixão significava para as gerações de judeus que viveram durante os terríveis anos de escravidão no Egito? Sem dúvida, os judeus podiam olhar para o caixão de José e ser encorajados. Afinal, o Senhor havia cuidado de José durante suas provações e, por fim, o havia libertado, e faria o mesmo pela nação de Israel, libertando-a no devido tempo. Durante os anos que passou no deserto, Israel viu o caixão de José como uma lembrança de que Deus tem seu tempo e cumpre suas promessas. José estava morto, mas servia de testemunho da fidelidade de Deus. Quando chegaram a sua terra, os judeus cumpriram sua promessa e sepultaram José na terra prometida a Abraão, Isaque e Jacó (Js 24:32).

É idolatria ter lembranças visíveis da fidelidade de Deus? Não necessariamente, pois há vários monumentos importantes no Livro de Josué. Quando Israel cruzou o rio Jordão, o povo ergueu um monumento de pedra na margem oposta para comemorar o que Deus havia feito (Js 4). Também colocaram pedras nos montes Ebal e Gerizim para servir de lembrança da lei de Deus (Êx 8:30-35). Um monte de pedras foi testemunho da traição de Acã (Js 7:25, 26), e uma grande pedra serviu de testemunho da reconsagração de Israel depois da conquista da terra (Js 24:24-28). Samuel colocou uma pedra como marco da vitória de Israel sobre os filisteus e a chamou de “Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o S e n h o r ” (1 Sm 7:12).

Enquanto continuamos a obedecer ao Senhor, tais lembranças podem servir para encorajar nossa fé. O importante é que elas apontem para o Senhor e não para um passado morto e que perseveremos em caminhar pela fé e em obedecer ao Senhor em nossos dias.

Deus vai adiante de seu povo para mostrar o caminho (w. 20-22). A nação foi guiada por uma coluna de nuvem, durante o dia, e uma coluna de fogo, durante a noite. Essa coluna é identificada como o anjo do Senhor, que guiou a nação (Êx 14:19; 23:20- 23; ver Ne 9:12). Houve ocasiões em que Deus falou de dentro da coluna de nuvem (Nm 12:5, 6; Dt 31:15, 16; Sl 99:7), e ela também protegeu o povo enquanto caminhavam sob o sol escaldante durante o dia. (Sl 105:39). Quando a nuvem se movia, o acampamento também se deslocava; quando a nuvem parava, o acampamento esperava (Êx 40:34-38).

Não temos o mesmo tipo de orientação visual hoje em dia, mas contamos com a Palavra de Deus, que é luz (Sl 119:105) e fogo (Jr 23:29). É interessante observar que a coluna de fogo servia de iluminação para os israelitas, mas era escuridão para os egípcios (Êx 14:20). O povo de Deus é esclarecido por sua Palavra (Ef 1:15-23), mas os que não são salvos não conseguem compreender a verdade de Deus (Mt 11:25; 1 Co 2:11-16).

O Espírito de Deus, que também é o Espírito de Verdade, guia-nos ao ensinar-nos a Palavra (Jo 16:12, 13). Assim como Deus falou a Moisés por meio da coluna, também o Senhor se comunica conosco por meio das Escrituras ao torná-las claras para nós. Há momentos em que não estamos certos do rumo que Deus deseja que tomemos, mas, se esperarmos nele, ele nos guiará.

Como teria sido insensato os israelitas pararem sua marcha a fim de fazer uma votação sobre o caminho que deveriam tomar para o monte Sinai! Certamente há um lugar para a deliberação e para o referendo comunitários (At 6:1-7), no entanto, quando Deus fala, não há motivo para fazer uma assembleia. Em mais de uma ocasião, nas Escrituras, a maioria estava errada.

2- CONFIAR NO SENHOR (Ê X 14:1-31)

“[Deus] Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel” (SI 103:7). O povo judeu foi informado daquilo que Deus desejava que fizesse, porém Moisés foi informado do porquê de Deus estar fazendo tais coisas. “A intimidade do S e n h o r é para os que o temem” (SI 25:14). A liderança de Moisés foi um elemento essencial para o sucesso de Israel.

A perseguição dos egípcios (vv. 1-9). Finalmente, ocorreu ao Faraó e a seus oficiais que, ao deixarem os hebreus escaparem, haviam colocado em risco – ou talvez até destruído – toda a economia de sua terra, portanto o mais lógico era ir atrás deles e levá-los de volta ao Egito. Encontramos, aqui, outro motivo pelo qual o Senhor escolheu aquele determinado caminho: os relatos levariam o Faraó a crer que os hebreus estavam vagando como ovelhas perdidas no deserto e que, portanto, poderiam facilmente ser perseguidos e capturados pelo exército egípcio. O Senhor estava atraindo os egípcios para sua armadilha.

O pânico de Israel (w. 10-12). Enquanto os israelitas mantivessem seus olhos fixos na coluna de fogo e seguissem ao Senhor, estariam andando pela fé e nenhum inimigo poderia tocá-los. Contudo, quando tiraram os olhos do Senhor e olharam para trás, viram os egípcios se aproximando, apavoraram-se e começaram a murmurar.

Quando você se esquece das promessas de Deus, começa a imaginar as mais terríveis possibilidades. Os judeus estavam certos de que eles e seus filhos morreriam no deserto assim que o exército egípcio os alcançasse. Em pânico, o povo lembrou Moisés de que haviam lhe dito para partir sozinho (Êx 5:20- 23), mas ele insistira em desafiar o Faraó. Israel encontrava-se, então, numa situação terrível, e a culpa era de Moisés. A incredulidade consegue apagar de nossa memória todas as demonstrações que vimos do grande poder de Deus e todos os exemplos que conhecemos da fidelidade de Deus a sua Palavra.

O poder de Deus (w. 13-31). Moisés era um homem de fé, que sabia que o exército do Faraó não consistia, de modo algum, numa ameaça para Jeová. Moisés deu várias ordens ao povo, e a primeira delas foi: “Não temais” (v. 13). Às vezes, o medo nos enche de energia e procuramos evitar o perigo. Em outras ocasiões, porém, ele nos paralisa e não sabemos o que fazer. Israel foi tentado a fugir, mas Moisés deu-lhe mais uma ordem: “Aquietai-vos e vede o livramento do S e n h o r ” (v. 13). Pela fé, os israelitas haviam marchado para fora do Egito e deveriam, portanto, pela fé, aquietar-se e ver Deus destruir os soldados da cavalaria egípcia.

Moisés não disse apenas para se aquietarem, mas também “vós vos calareis” (v 14). Como teria sido fácil chorar, murmurar e criticar Moisés, mas nenhuma dessas coisas teria ajudado o povo a sair daquela situação. A incredulidade gera murmuração, mas a fé leva à obediência e traz glória para o Senhor. “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Sl 46:10). Que motivo há para reclamação quando temos a maravilhosa promessa de que “O Senhor pelejará por vós” (Êx 14:14)? Mais tarde, em sua jornada, o Senhor ajudaria Josué e o exército israelita a combater suas batalhas (Êx 17:8), mas, dessa vez, Deus derrotaria os egípcios sem a ajuda de Israel.

A ordem seguinte foi de Deus para Moisés: “Que marchem!” (14:15) O fato de Israel estar diante do mar não era problema para Deus, e ele disse a Moisés exatamente o que fazer.

 Por que Deus realizou essa série de milagres para o povo hebreu? Certamente, não era algo que merecessem, uma vez que se encontravam tomados de pânico e encolhidos de medo, reclamando e dizendo que Deus parecia não saber o que estava fazendo.

Em primeiro lugar, ele estava cumprindo sua promessa de que livraria Israel e de que os tomaria para si como seu povo (Êx 3:7,8). Em tempos vindouros, os judeus mediriam todas as coisas tomando como parâmetro a demonstração do grande poder de Deus no êxodo. No entanto, Deus tinha mais um propósito em mente: revelar outra vez seu poder e glória na derrota do exército egípcio. “E os egípcios saberão que eu sou o Senhor ” (Êx 14:18).

Sabendo que estavam sendo perseguidos pelo inimigo e ouvindo os ventos uivando a noite toda, os israelitas devem ter se perguntado o que iria acontecer e por que Deus estava demorando tanto. Contudo, quando temos fé nas promessas de Deus, temos paz em nosso coração. Jesus perguntou a seus discípulos depois de acalmar uma tempestade: “Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé?” (Mc 4:40). A fé e o medo não podem viver juntos no mesmo coração, pois uma coisa destrói a outra. A verdadeira fé depende daquilo que Deus diz e não daquilo que vemos ou da maneira como nos sentimos. Alguém disse, muito corretamente, que fé não é crer apesar das evidências – isso é superstição -, mas sim obedecer apesar das consequências.

Essa série de milagres divinos certamente foi uma revelação da grandeza e do poder de Deus, de sua fidelidade às suas promessas e de sua preocupação por seu povo. Em anos vindouros, os salmistas exaltariam ao Senhor por seus poderosos feitos no mar Vermelho (Sl 66; 78; 80, 81; 105, 106; 136), e os profetas usariam o êxodo para encorajar os exilados judeus durante sua volta à terra depois do cativeiro na Babilônia (Is 43:1-7; 52:11, 12; 55:12, 13; Jr 16:14, 15; 23:7, 8), bem como para motivar a nação apóstata a voltar para o Senhor (Jr 2:2, 3; Ez 20; Os 2:14-23; Am 3; Mq 6:3, 4).

A posição de Moisés (v. 31; 1 Co 10:1, 2). Paulo considerou a marcha de Israel pelo mar como um “batismo”, pois as águas os cercavam de ambos os lados como muros, e a presença de Deus estava atrás deles e sobre eles. Era como se Israel tivesse sido “imersa” ao atravessar rapidamente o fundo seco do mar. Seu livramento certamente foi um ato de Deus, porém realizado mediante a liderança obediente de Moisés. Em decorrência disso, “o povo […] confiou no S en h o r e em Moisés” (Êx 14:31). Passaram, então, a ser uma nação tendo Moisés como líder. Por meio desse “batismo”, o povo de Israel foi identificado com Moisés, assim como nas águas do batismo, o povo de Deus hoje em dia é identificado com jesus Cristo. O milagre do êxodo tornou-se parte da confissão de fé de Israel ao levarem suas ofertas ao Senhor (Dt 26:1-11).

3. LOUVAR AO SENHOR (ÊX 15:1-21) – Uma vez que os inimigos haviam se afogado e que a liberdade era certa, o povo de Israel irrompeu em cânticos e adorou ao Senhor. Não lemos que adoraram a Deus enquanto eram escravos no Egito, e, durante a saída da terra, queixaram-se a Moisés pedindo que os deixasse voltar ao Egito. Mas é preciso haver maturidade da parte do povo de Deus a fim de ser capaz de entoar “canções de louvor durante a noite” (Jó 35:10; SI 42:8; Mt 26:30; At 16:25), e naquele tempo os israelitas ainda eram imaturos em sua fé.

O hino de louvor tem quatro estrofes: a vitória de Deus é anunciada (Êx 15:1-5), as armas de Deus são descritas (vv. 6-10), o caráter de Deus é exaltado (vv. 11-16a) e as promessas de Deus são cumpridas (vv. 16b-18).

A vitória de Deus é anunciada (w. 1-5). O Senhor é mencionado dez vezes nesse hino, enquanto Israel cantava ao Senhor e sobre o Senhor, pois a verdadeira adoração envolve o testemunho fiel de quem Deus é e do que ele faz por seu povo.

A vitória de Deus foi gloriosa, pois em tudo foi obra do Senhor. O exército egípcio foi lançado no mar (vv. 1 e 4), e os soldados afundaram como pedras (v. 5) e como chumbo (v. 10). Foram consumidos como restolho (v. 7). O Faraó havia ordenado que os bebês hebreus do sexo masculino fossem afogados, de modo que Deus lhe retribuiu afogando suas tropas.

Moisés prometeu ao povo: “O Senhor pelejará por vós” (Êx 14:14; ver Dt 1:30), e um dos nomes de Deus é “Jeová Sebaoth”, que significa ” Senhor dos Exércitos”, título que aparece mais de duzentas e quarenta vezes no Antigo Testamento. Em seu hino da reforma, Castelo Forte, Martinho Lutero escreveu:

A nossa força nada faz

Num mundo tão perdido,

Mas nosso Deus socorro traz,

Por Cristo, o escolhido.

Conosco está Jesus,

O que venceu na cruz,

Senhor dos altos céus;

 E, sendo o próprio Deus,

Triunfa na batalha.

(Hinário Luterano, nº 165)

          Se temos neste mundo um inimigo como Satanás e se o pecado e o mal são abomináveis ao Senhor, então Deus deve guerrear contra eles. “O Senhor sairá como valente, despertará o seu zelo como homem de guerra; clamará, lançará forte grito de guerra e mostrará sua força contra os seus inimigos” (Is 42:13). jesus Cristo é tanto o Cordeiro que morreu pelos nossos pecados como o Leão que julgará o pecado (Ap 5:5, 6) e, um dia, cavalgará para a conquista de seus inimigos ; (Ap 19:11). Enfatizar somente que “Deus é | amor” (1 jo 4:8, 16) e ignorar que “Deus é luz” (1 Jo 1:5) significa tirar de Deus os seus atributos de retidão, santidade e justiça. 

Em três ocasiões específicas registradas nas Escrituras, o povo de Israel cantou: “O S en h o r é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação” (Êx 15:2): quando Deus livrou Israel do Egito, quando o remanescente judeu lançou os alicerces do segundo templo (Sl 118:14) e quando os judeus foram reunidos e voltaram para sua terra a fim de desfrutar as bênçãos do reino (Is 12:2)

Em cada um desses casos, o Senhor deu força, salvação e um cântico.

As armas de Deus são descritas (vv. 6- 10). O Senhor é um “homem de guerra” que não luta com armas convencionais. Ao usar características humanas para descrever atributos divinos, os cantores declaram que sua destra é gloriosa em poder, sua majestade lança por terra os inimigos e sua ira os consome como o fogo que queima o restolho

O caráter de Deus é exaltado (w. 11-16a). Com as dez pragas que havia enviado sobre a terra, o Senhor já havia provado como era maior do que os deuses e deusas do Egito. Não é de se admirar que seu povo cantou: “Ó S e n h o r , quem é como tu entre os deuses?” (v. 11; ver Mq 7:18) A resposta, obviamente, é que não há ninguém como o Senhor, pois nenhum outro ser no Universo é “Glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que opera(s) maravilhas” (Êx 15:11). Essa estrofe prossegue louvando a Deus por seu poder (v. 12), por sua sabedoria ao conduzi-los (v. 13) e pela grandeza de sua presença ao inspirar o medo no coração de seus inimigos (v. 14).

A promessa de Deus é cumprida (w. 16b-18). Essa estrofe refere-se à futura conquista de Canaã por Israel e afirma que Deus comprou Israel e que são seu povo. As nações de Canaã ficariam mudas como pedras, quando os exércitos israelitas conquistassem a terra e as tribos se apropriassem de sua herança. Deus os tirou do Egito para levá-los a Canaã e plantá-los em sua própria terra (Sl 44:2; 80:8, 15; Is 5). Deus colocaria seu santuário no meio do povo e habitaria com eles em glória. A frase “O S en h o r reinará por todo o sempre” (Êx 1 5:18) é o apogeu do cântico, enfatizando que Deus é soberano e eterno.

Não apenas Moisés liderou os homens no cântico desse hino de louvor (Êx 15:1) como também Miriã formou um coral especial de mulheres israelitas, que se juntaram a ela repetindo as primeiras palavras do cântico. Seu entusiasmo cheio de regozijo expressou-se enquanto cantavam, tocavam seus tamborins e dançavam na presença do Senhor (ver 1 Sm 18:6; 2 Sm 1:20). Miriã é chamada de “profetisa”, o que explica a razão de, mais tarde, ela ter coragem de criticar Moisés (Nm 12:1, 2).n “As águas cobriram os seus opressores; nem um deles escapou. Então, creram nas suas palavras e lhe cantaram louvor” (Sl 106:11, 12). Contudo, esse não é o fim da história, pois o cântico do povo logo transformou-se em murmuração ao entrarem no deserto e rumarem para o monte Sinai. “Cedo, porém, se esqueceram das suas obras e não lhe aguardaram os desígnios; entregaram-se à cobiça, no deserto; e tentaram a Deus na solidão” (Sl 106:13, 14).

Não foi fácil para eles carregar o fardo da liberdade, e Deus precisou ensiná-los a viver um dia de cada vez.

Pr. Eli V. Filho (Adap. de W.W.)


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