quinta-feira, 21 de março de 2019

O PERFIL DE UMA IGREJA IDEAL


O PERFIL DE UMA IGREJA IDEAL
1 Tessalonicenses 1:1-10
Você certamente já ouviu algum pastor dizer:
 – Se você encontrar uma igreja perfeita, não se torne membro dela, pois, se o fizer, ela deixará de ser perfeita!
Uma vez que as congregações locais são constituídas de seres humanos, salvos pela graça de Deus, nenhuma igreja é perfeita. Mas algumas se encontram mais próximas do ideal do Novo Testamento do que outras. A igreja de Tessalônica encaixava-se nessa categoria. Em pelo menos três ocasiões nesta epístola, Paulo dá graças pela igreja e pela maneira como ela respondeu a seu ministério (1 Ts 1:2; 2:13; 3:9). Nem todo pastor pode ser tão grato.
Que características tornavam esta igreja próxima do ideal e um motivo de alegria para o coração de Paulo?
1. UM POVO ELEITO – NASCIDOS DE NOVO (1 TS 1:1-4)
O termo “igreja”, em 1 Tessalonicenses 1:1, significa “um povo chamado para fora”. Todos os chamados sobre os quais lemos na Bíblia indicam eleição divina: Deus chama um povo, separando-o deste mundo e para si (At 15:13-18). Sete vezes em João 17, Jesus refere-se aos cristãos como os que o Pai lhe deu (Jo 17:2, 6, 9, 11, 12, 24). Paulo declara sua certeza de que os tessalonicenses haviam sido escolhidos por Deus (1 Ts 1:4).
A doutrina da eleição divina confunde alguns e assusta outros e, no entanto, nenhuma dessas reações é justificada. Um professor do seminário me disse certa vez: “Tente explicar a eleição divina e pode acabar perdendo o juízo; tente livrar-se dela e perderá a alma!”
Enquanto vivermos deste lado do céu, jamais seremos capazes de entender o conceito da eleição em sua totalidade. Mas não se deve ignorar essa importante doutrina ensinada ao longo de todas as Escrituras. Observemos alguns fatos evidentes acerca da eleição divina.
A salvação começa com Deus. “Porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação” (2 Ts 2:13). “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16). “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo” (Ef 1:4). Todo o plano da salvação nasceu no coração de Deus muito antes de o homem ser criado ou de o universo ser formado.
 A salvação envolve o amor de Deus. Paulo afirma que os santos são irmãos amados (ver 1 Ts 2:17), não só pelo apóstolo, mas também por Deus. Foi o amor de Deus que tornou possível o Calvário em que Jesus Cristo morreu por causa de nossos pecados (Rm 5:8). Mas não é o amor de Deus que salva o pecador, e sim sua graça. Em sua graça, ele nos dá aquilo que não merecemos e, em sua misericórdia, deixa de nos dar o que merecemos.
A salvação envolve fé. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé” (Ef 2:8). Paulo, Silas (cujo nome é escrito aqui na forma romana) e Timóteo levaram o evangelho a Tessalônica e pregaram no poder de Deus (1 Ts 1:5). Alguns dos que ouviram a mensagem creram, deixaram a idolatria e se voltaram para o verdadeiro Deus vivo (1 Ts 1:9). O Espírito de Deus usou a Palavra de Deus para gerar fé (Rm 10:1 7). Paulo chama isso de “santificação do Espírito e fé na verdade” (2 Ts 2:13).
A salvação envolve a Trindade. Ao ler esta carta, deparamo-nos com a doutrina da Trindade. Os cristãos crêem em um Deus que existe na forma de três Pessoas: Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. É importante ter em mente que essas três Pessoas participam da salvação. Isso nos ajuda a escapar dos extremos perigosos que negam a responsabilidade humana ou minimizam a soberania divina, pois a Bíblia ensina ambas as coisas.
No que se refere a Deus Pai, fui salvo quando ele me escolheu em Cristo antes do início do mundo. No que se refere a Deus Filho, fui salvo quando ele morreu por mim na cruz. E, no que se refere a Deus Espírito Santo, fui salvo em uma noite de sábado, em maio de 1988, quando ouvi a Palavra e aceitei a Jesus Cristo. Naquela ocasião, não fazia idéia do que era a eleição, mas o Espírito Santo testemunhou em meu coração que eu era filho de Deus.
A salvação transforma a vida. Como Paulo sabia que esses tessalonicenses eram eleitos de Deus? Por meio da mudança que observou na vida deles. Ao comparar 1 Tessalonicenses 1:3 com 1 Tessalonicenses 1:9, 10, verifica-se:
A operosidade da vossa fé. / Deixando os ídolos, vos convertestes a Deus. A abnegação do vosso amor. / Para servirdes o Deus vivo e verdadeiro. A firmeza da vossa esperança. / Para aguardardes do céu o seu Filho.
Quem afirma ser um dos eleitos de Deus, mas cuja vida não mudou, está apenas enganando a si mesmo. Deus transforma seus escolhidos. Isso não significa que somos perfeitos, mas sim que possuímos uma nova vida que não pode ser escondida.
A fé, a esperança e o amor são as três virtudes cardeais da vida cristã e as três maiores evidências da salvação. A fé deve sempre levar as obras (Tg 2:14-26). Alguém disse que: “Não somos salvos pela fé em conjunto com as obras, mas sim por uma fé operante”. Se os tessalonicenses tivessem continuado a adorar ídolos mortos e, ao mesmo tempo, a professar sua fé no Deus vivo, teriam demonstrado que não faziam parte dos eleitos de Deus.
Outra evidência da salvação é o amor. “porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5:5). Somos “por Deus instruídos que
[devemos amar]
uns aos outros” (1 Ts 4:9). Servimos a Cristo porque o amamos, e essa é a “abnegação do vosso amor” à qual Paulo se refere. “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14:15).
A terceira evidência da salvação é a esperança com a qual se aguarda pela volta de Jesus Cristo (1 Ts 1:10). A volta de Jesus Cristo é o tema central das epístolas aos tessalonicenses. Os não salvos não aguardam com grande expectativa a volta do Senhor. Quando o Senhor arrebatar sua Igreja nos ares, os incrédulos ficarão surpresos (1 Ts 5:1-11).
A fé, a esperança e o amor são evidências da eleição. Essas qualidades espirituais estão ligadas entre si e só podem vir de Deus. Para mais exemplos, ver as seguintes passagens: 1 Coríntios 13:13; Romanos 5:1-5; Gálatas 5:5, 6; Colossenses 1:4, 5; Hebreus 6:10-12; 10:22-24; 1 Pedro 1:21, 22.
Uma igreja local deve ser constituída de eleitos salvos pela graça de Deus. Um dos problemas das igrejas de hoje é a presença em seu meio de não salvos, cujos nomes encontram-se registrados no rol de membros, mas não no Livro da Vida do Cordeiro. Todo membro da igreja deve examinar seu coração e se certificar de que é, verdadeiramente, nascido de novo e se faz parte dos eleitos de Deus.
2. ERA UMA IGREJA EXEMPLAR NO VIVER (1 TS 1:5-7)
Desde o início desta igreja, Paulo a contemplou com alegria e gratidão, como cristãos dignos deste nome. São exemplares em diversas áreas de sua vida.
Receberam a Palavra (v. 5). O evangelho chegou até eles pelo ministério de Paulo e de seus colaboradores. Muitos pregadores e filósofos itinerantes daquela época só estavam interessados em ganhar dinheiro à custa de pessoas ignorantes. Mas o Espírito Santo usou a Palavra com grande poder, e os tessalonicenses responderam recebendo tanto a mensagem quanto os mensageiros. Apesar das perseguições em Filipos, Paulo e Silas tiveram “ousada confiança em nosso Deus, para […] anunciar o evangelho” (1 Ts 2:2); e o povo creu e foi salvo. Em momento algum perderam o anseio pela Palavra de Deus (1 Ts 2:13).
Seguiram seus líderes espirituais (v. 6a). O termo “imitadores” indica que esses recém-convertidos não apenas aceitaram a mensagem e os mensageiros, mas também imitaram a vida deles. Em decorrência disso, foram terrivelmente perseguidos. É importante que cristãos novos na fé respeitem a liderança espiritual e aprendam com cristãos mais maduros.
Sofreram por Cristo (v. 6b). Ao deixar os ídolos para servir a Deus, esses cristãos provocaram a ira de amigos e parentes e sofreram perseguições. Sem dúvida, alguns perderam o emprego por causa de sua nova fé. Assim como os judeus incrédulos perseguiram os cristãos na Judéia, também os gentios incrédulos perseguiram os cristãos tessalonicenses (1 Ts 2:14-16). A fé é sempre provada, e a perseguição é uma das formas de testá-la (Mt 13:21; 2 Tm 3:12).
Encorajaram outras igrejas (v. 7). Os cristãos podem ser motivo de ânimo ou de desânimo a outros. Esse princípio também se aplica às igrejas. Paulo usou as igrejas da Macedônia como estímulo para a igreja de Corinto contribuir com a oferta missionária (2 Co 8:1-8). Apesar de serem novos na fé, os tessalonicenses deram um bom exemplo que serviu de encorajamento para as congregações a seu redor. As igrejas não devem competir entre si de maneira mundana, mas podem “[estimular] ao amor e às boas obras” (Hb 10:24).
A igreja de Tessalônica mostrou-se exemplar em todos os sentidos. Seu segredo era sua fé, esperança e amor, os três elementos espirituais que motivam a vida cristã.
3. ERA UMA IGREJA QUE TESTEMUNHAVA O EVANGELHO COM ENTUSIASMADO (1 TS 1:8)
A “operosidade da [sua] fé, e abnegação do [seu] amor” expressavam-se em seu testemunho do evangelho a outros. Eram tanto “receptores” (a Palavra chegou até eles; 1 Ts 1:5) quanto “transmissores” (a palavra repercutiu deles; 1 Ts 1:8). Todo cristão em toda congregação local deve receber e transmitir a Palavra de Deus. O verbo “repercutir” significa “soar como uma trombeta”. Mas os tessalonicenses não estavam se vangloriando, tocando trombetas diante de si como faziam os fariseus (Mt 6:1-4). Antes, anunciavam as boas-novas da salvação, e sua mensagem tinha um som claro e certo (1 Co 14:8). Em todo lugar por onde Paulo passava, ouvia as pessoas comentarem sobre a fé dos cristãos de Tessalônica.
É responsabilidade e privilégio da igreja local levar a mensagem da salvação ao mundo perdido. No final de cada um dos quatro Evangelhos e no começo do Livro de Atos, encontra-se uma comissão que deve ser obedecida pelas igrejas (M t 28:18-20; Mc 16:15, 16; Lc 24:46-49; Jo 20:21; At 1:8). Muitas congregações contentam-se em sustentar uma equipe de obreiros para testemunhar e ganhar almas para Cristo. Mas nas igrejas do Novo Testamento, a congregação toda estava envolvida na transmissão das boas-novas (At 2:44-47; 5:42).
De acordo com um estudo recente sobre o crescimento da igreja, cerca de 70% a 80% desse crescimento é resultado do testemunho a amigos e parentes. Apesar de a visitação evangelística e de outros métodos de expansão serem proveitosos, é o contato pessoal que gera a colheita.
Mas a eleição e o evangelismo andam juntos. Quem diz: “Deus não precisa de minha ajuda para salvar os que ele escolheu” não entende o que é eleição nem o que é evangelismo. Na Bíblia, a eleição sempre envolve responsabilidade. Deus escolheu o povo de Israel e fez dele uma nação eleita para que testemunhasse aos gentios.
Da mesma forma, Deus escolheu a Igreja para testemunhar hoje. O fato de sermos o povo eleito de Deus não nos exime da responsabilidade de evangelizar. Pelo contrário, a doutrina da eleição é um dos maiores estímulos ao evangelismo.
 A experiência de Paulo em Corinto (At 18:1-11) ilustra perfeitamente essa verdade. Corinto era uma cidade perversa e um lugar difícil para começar uma igreja. Seus habitantes eram pecadores iníquos (1 Co 6:911), mas Paulo pregou a Palavra fielmente. Quando os judeus incrédulos começaram a persegui-lo, Paulo saiu da sinagoga e passou a ensinar na casa de Justo. Então, o Senhor encorajou o apóstolo dizendo: “Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18:9, 10). O fato de Deus ter eleito cidadãos de Corinto estimulou Paulo a permanecer na cidade por um ano e meio.
Se a salvação fosse uma obra humana, teríamos todo direito de desanimar e desistir. Mas a salvação é uma obra divina, e Deus usa pessoas para chamar seus eleitos. Não há conflito entre a soberania divina e a responsabilidade humana, apesar de não sermos capazes de conciliar essas duas realidades.
Hoje, é necessário haver mais igrejas com pessoas cheias de entusiasmo para compartilhar a mensagem da salvação. Enquanto estamos aqui, há  2,4 bilhões de pessoas não têm qualquer testemunho visível do evangelho nem qualquer igreja em seu meio. Apesar da expansão dos programas de rádio e de televisão bem como dos textos impressos, estamos perdendo território no trabalho de alcançar os perdidos. Você é um cristão entusiasmado? Como igreja temos testemunhado com entusiasmo o evangelho? Sua igreja testemunha com entusiasmo?
4. UM POVO CHEIO DE ESPERANÇA (1 TS 1:9,10)
A operosidade de sua fé tornava-os um povo eleito, pois deixaram seus ídolos, voltaram- se para Deus e creram em Jesus Cristo. A abnegação de seu amor tornava-os um povo exemplar e entusiasmado, que colocava em prática a Palavra de Deus e compartilhava o evangelho. A firmeza de sua esperança fazia deles um povo esperançoso, que aguardava a volta do Senhor.
Nestes versículos, Paulo relaciona a segunda vinda de Cristo à salvação. Uma vez que haviam aceitado a Cristo, aguardavam sua volta com alegre expectativa e sabiam que seriam libertos “da ira vindoura” (1 Ts 1:10). Paulo repete esse fato em 1 Tessalonicenses 5:9, 10 e dá mais detalhes em 2 Tessalonicenses 1:5-10.
Enquanto adoravam ídolos, os tessalonicenses não tinham esperança alguma. Mas depois que creram no “Deus vivo”, passaram a ter uma “viva esperança” (ver 1 Pe 1:2, 3). Os que foram criados dentro da doutrina cristã não conseguem entender a escravidão da idolatria pagã. Antes de Paulo chegar até eles com o evangelho, eram pessoas sem esperança “e sem Deus no mundo” (Ef 2:12). No Salmo 115, encontra-se uma descrição clara da vida de idolatria.
Os cristãos são “filhos do Deus vivo” (Rm 9:26). Seu corpo é “santuário do Deus vivente” (2 Co 6:16), habitado pelo “Espírito do Deus vivente” (2 Co 3:3). A Igreja é “a igreja do Deus vivo” (1 Tm 3:15); e Deus está preparando para ela a “cidade do Deus vivo” (Hb 12:22). O Deus vivo nos deu uma esperança viva ao ressuscitar seu Filho Jesus Cristo dentre os mortos.
Convém distinguir dois aspectos da vinda do Senhor. Em primeiro lugar, Jesus Cristo virá nos ares para buscar sua Igreja (1 Ts 4:13-18), dando início, desse modo, a um período de Tribulação na Terra (1 Ts 5:1-3). No final desse período, Cristo voltará à Terra com sua Igreja (2 Ts 1:5-10; Ap 19:11-21), derrotará os inimigos e estabelecerá seu reino (Ap 20:1-6).
A palavra traduzida por “aguardardes”, em 1 Tessalonicenses 1:10, significa “aguardar alguém com paciência, confiança e expectativa”. Aguardar envolve atividade e perseverança. Alguns dos cristãos tessalonicenses pararam de trabalhar e se tornaram fofoqueiros desocupados, alegando que o Senhor estava preste a voltar. Mas, se cremos, de fato, que o Senhor está voltando, provaremos nossa fé mantendo-nos ocupados e obedecendo à Palavra de Deus. A parábola dos talentos que Jesus contou (Lc 19:11-27) ensina que devemos nos manter ocupados (nesse caso, “negociar”, investindo o dinheiro) até sua volta.
Os cristãos aguardam a volta de Jesus Cristo, e ele pode voltar a qualquer momento. Não esperamos “sinais”, mas sim o Salvador. Aguardamos a redenção do corpo (Rm 8:23-25) e a esperança da justiça (Cl 5:5). Quando Jesus Cristo voltar, receberemos um novo corpo (Fp 3:20, 21) e seremos como ele (1 Jo 3:1,2). Ele nos levará ao lar que preparou (Jo 14:1-6) e nos recompensará pelos serviços que prestamos em seu nome (Rm 14:10-12).
Uma igreja local que vive, de fato, a expectativa de ver Jesus Cristo a qualquer momento é um grupo vibrante e vitorioso. Esperar a volta de Cristo é uma grande motivação para ganhar almas (1 Ts 2:19, 20) e para desenvolver a firmeza na fé (1 Ts 3:11-13). Também é um consolo maravilhoso em meio ao sofrimento (1 Ts 4:13-18) e um grande estímulo para uma vida piedosa (1 Ts 5:23, 24). É triste quando as igrejas se esquecem dessa doutrina tão importante; e é mais triste ainda quando as igrejas crêem nessa doutrina e pregam sobre ela, mas não a colocam em prática.
Paulo lembra como esta igreja nasceu (1 Ts 1:3) e dá graças por suas características espirituais: são eleitos, exemplares, entusiasmados e esperançosos. Mas as igrejas são constituídas de indivíduos. Ao falar da igreja, não se deve dizer “eles”, mas sim “nós”. Afinal, nós somos a igreja! Isso significa que se nós tivermos essas características espirituais, nossas igrejas se transformarão naquilo que Deus deseja que sejam. Como resultado, ganharemos os perdidos para Cristo e glorificaremos ao Senhor. O perfil da igreja ideal é o perfil do cristão ideal: eleito (nascido de novo), exemplar (imitando as pessoas certas), entusiasmado (dando testemunho do evangelho) e esperançoso (aguardando diariamente a volta de Jesus Cristo). Talvez seja hora de fazer um balanço.
C.A.Eli Vieira

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